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No sexto encontro realizamos a primeira parte das apresentações e os debates. Neste encontro embora já tivéssemos lido os trabalhos previamente entregues, nos mantivemos atentos às observações a serem realizadas pelos alunos, pois, os conceitos e posicionamentos nem sempre estão de acordo com os atuais níveis de entendimento da ciência, não obstante a necessidade do professor se manter o mais neutro possível intervindo apenas nos casos em que haja flagrante descompasso com os conceitos estudados.

Como a apresentação dos trabalhos foram realizadas em equipe, e geralmente há um ou mais alunos que possuem uma maior facilidade em falar publicamente, estes alunos representaram as equipes. Mas incrivelmente, às vezes acontece que, nenhum aluno da equipe possui desenvoltura nesta habilidade, neste caso o tivemos de nos comportar como um facilitador (MOREIRA, 2011, p.227) a fim de que a compreensão dos demais alunos, em relação ao contexto, de todo o trabalho, não ficasse prejudicada.

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Este tipo de apresentação é rico também para que o professor possa observar as aptidões que alguns alunos apresentam para esta ou aquela profissão e que eles mesmos não percebem e que o professor poderá, em outra oportunidade conversar com o aluno e alertá-lo e incentivá-lo quanto esta ou aquela habilidade importante para tal ou qual profissão.

Em relação à qualidade das apresentações há uma considerável variação. Alguns grupos apresentaram em forma de jogral, em outros notamos uma concentração de tarefas em somente um ou dois alunos e em outros grupos a apresentação foi realizada através de programas de computador, tais como, o Power Point. Vide figuras 6.15, 6.16 e 6.17 que ilustram o que descrevemos.

Figura 6.15 – Apresentação no formato de jogral. Foto realizada pelo autor.

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Figura 6.16 – Apresentação com recursos de informática. Foto realizada pelo autor.

Figura 6.17 – Apresentação com recurso de informática

Embora nosso trabalho tenha sido aplicado em alunos do curso noturno, conforme já comentamos anteriormente, não é raro observarmos, mesmo em alunos mais maduros, ou seja, alunos os quais a idade esta bastante defasada

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para o ensino médio, segundo os parâmetros do Estado do Rio. Vemos alunos na faixa de 40 (quarenta) anos com uma visão de mundo um tanto quanto maniqueísta, mesmo com os exemplos de biografias de personalidades escolhidas previamente, tais como expomos na Justificativa das tarefas, 5.2, logo, novamente, a necessidade do professor realizar as intervenções necessárias. Durante as exposições dos trabalhos é necessário muito cuidado, por parte do professor, pois verificamos que alguns alunos são muito tímidos e este comportamento pode mascarar e fatalmente prejudicar a desenvoltura na apresentação dos trabalhos. É necessário, então que o professor procure deixar os alunos o mais à vontade possível, incentivando-os para que possam externalizar suas idéias.

6.8 Sétimo Encontro: Apresentação dos Trabalhos e Fechamento

No sétimo encontro realizamos a complementação das apresentações das demais equipes. Fizemos, também, o fechamento e conexões que os alunos não conseguiram realizar durante suas exposições. Este fechamento coroado com as devidas conexões é muito importante, pois, observamos que os alunos, na maioria das vezes, não conseguem realizar as conexões que idealizamos. Por exemplo: não conseguiram perceber a relação entre o Projeto Manhattan e os Primórdios dos Institutos de Ciências no Brasil, entendendo que este segundo tema esteja totalmente desconectado do esforço internacional para a construção da bomba atômica. Não conseguiram, por exemplo, perceber que ao analisarmos a tabela 5.4 vemos que há uma pressão midiática sobre um consumo do cidadão que está muito longe dos maiores consumidores de energia.

Este sétimo encontro foi muito importante pois, é através dele que pudemos costurar os três eixos estruturantes da Alfabetização Científica. O primeiro eixo foi estudado nos terceiro, quarto e quinto encontros. O segundo eixo no segundo encontro e as conexões necessárias para o fechamento do

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triple, com o terceiro eixo, que de uma forma ideal seria percebida pelo aluno foi, por nós, realizada.

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CAPÍTULO 7

ANÁLISE DOS DADOS

Procuraremos, neste capítulo, analisar os dados que levantamos através de um questionário que os alunos responderam de forma livre e espontânea, sem compromisso avaliativo. Optamos por levantar os percentuais sobre o entendimento, ou não, dos conceitos de Fusão e Fissão Nucleares, através deste questionário, onde os alunos responderam textualmente e não, através da prova. Na prova as questões também foram textuais, mas devido à proximidade do término dos estudos, a possibilidade das questões terem sido respondidas por memorização era maior, embora ainda na prova, podemos notar que para alguns alunos a internalização dos conceitos foi muito satisfatório, vide, por exemplo, o apêndice 2, que a aluna descreve o conceito de fissão e desenha o processo; desenho este que o professor não havia executado em sala de aula, e a aluna lembrou a animação que foi mostrada no documentário trabalhado. Como o questionário foi respondido no último encontro, ou seja, no último dia de aula, os alunos estavam relaxados e no entendimento do autor a possibilidade de se avaliar, se a aprendizagem foi, ou não, significativa (MOREIRA, 1999, passim) era maior. Solicitamos que eles não se identificassem, pois, neste questionário, foram respondidas questões em que eles opinam sobre o tipo de estudo que participaram, e caso tivessem que se identificar, certamente se sentiriam pouco confortáveis para realizarem as suas críticas.

Além de avaliarmos se os conceitos de Fissão e Fusão Nuclear foram bem entendidos, e os locais, na natureza, nos quais encontramos o fenômeno da Fusão e como a sociedade usa os conhecimentos acumulados sobre Fissão. Solicitamos que os alunos respondessem algumas questões de caráter socioeconômico, que nos ajudaram a esboçar um perfil resumido da realidade dos mesmos. Vide questionário apêndice 3.

Conforme já relatamos anteriormente, o trabalho em análise foi aplicado em duas turmas do Segundo Ano do Ensino Médio e duas turmas do Terceiro

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Ano do Ensino Médio do Curso Noturno do Colégio Estadual Glória Roussin Guedes Pinto. Os dados coletados foram os seguintes:

7.1 Turma 2012