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Concluída a análise dos diversos tópicos 5.1 a 5.11 se torna possível preencher o quadro 4 obtendo-se o trabalho de avaliação sintetizado em um só painel, que é o quadro 8, permitindo uma visão geral dos resultados e gerando uma sugestão de estratégias para adotar para cada item avaliado.

6 – CONCLUSÕES

Dos pontos mais relevantes da pesquisa é possível afirmar que há três evidências fortes que tendem a confirmar a hipótese de pesquisa, a saber:

 Os resultados do desempenho ambiental da empresa apresentados pelos indicadores e informações verificados apontam que a mesma obteve, sob a égide do seu SGA, substanciais avanços em consumo de gás, qualidade da água, manejo de resíduos e reciclagem e obtenção de plena conformidade com a legislação ambiental;

 O reconhecimento documental escrito da Agência Estadual de Meio Ambiente, a CETESB, de que o sistema deve ser mantido, sem entrar no mérito dos critérios que a mesma adotou para chegar a tal conclusão e exigência é prova incontestável da importância do SGA, já que tal agência constitui-se em um stakeholder com poder de controle e autorização que está emitindo opinião favorável ao sistema estudado.

 O resultado da pesquisa com os empregados comprova a eficácia do trabalho de disseminação das políticas, programas e esforços da empresa na área ambiental entre eles, que são os atores mais importantes da execução das práticas que mantem o SGA funcionando. A partir da mencionada pesquisa observa-se também que as ações informativas e motivacionais que a empresa tem executado sob a égide do SGA implantado foi capaz de promover o engajamento dos empregados. Eles mostram-se comprometidos com tarefas a eles designadas com relação à conservação ambiental compreendendo sua importância. Com relação à capacitação dos mesmos, a pesquisa revela ainda que os meios adotados para treiná- los e fornecer-lhes os conhecimentos necessários para a correta execução de seu trabalho foram eficazes.

Estas três evidências confirmam a hipótese de pesquisa, ou seja, de a “empresa médio-grande pode gerar resultados de desempenho ambiental,

econômico e social adequados a partir da adoção de modelos próprios, não certificados de administração da responsabilidade ambiental”.

Quanto aos pontos fortes e fracos do SGA da Impacta e a avaliação de sua estrutura administrativa como capaz de garantir a sustentabilidade dos resultados, observa-se que em doze itens avaliados, o sistema, no tocante à produção de resultados práticos, é eficaz em sete e parcialmente eficaz em quatro, sendo ineficaz em apenas um item, a comunicação com os stakeholders. Quanto à avaliação das práticas administrativas, quatro de doze itens avaliados se revelaram adequados e três outros são adequados com poucas lacunas, o que eleva o total de itens aderentes a sete. Quatro itens apresentaram importantes lacunas. O único item não adequado revelou-se também o único ineficaz em termos práticos e mais uma vez refere-se a abordagem da empresa com relação aos stakeholders não-empregados.

Além da questão acima mencionada da deficiência das práticas administrativas no que diz respeito aos stakeholders, as lacunas importantes indicadas pela pesquisa em quatro de seus componentes estruturais são as seguintes:

 Na política ambiental: falta de declaração formal de comprometimento com os stakeholders e com uma estrutura administrativa para o SGA.  Nos programas: falta de programas formais de treinamento e

engajamento dos empregados e de prestação de contas e comunicação com demais stakeholders.

 Nos objetivos e metas: ausência de ligação formal entre metas e objetivos e a falta de parâmetros mensuráveis para os objetivos.  Desenvolvimento e treinamento de empregados: a empresa vive uma

situação ambígua pois não tem práticas formalizadas; no entanto, esta investigação apontou uma presença intensa de evidencias de boas praticas de comunicação, motivação de empregados, treinamento e gestão de conhecimento.

Em seus resultados observáveis, a maneira como a empresa implementa práticas administrativas para os componentes acima revelou-se parcialmente eficaz

para todos eles, enquanto foi considerada eficaz para aqueles outros três componentes com poucas lacunas evidenciadas.

Como ponto forte das práticas administrativas destaca-se o comportamento da direção da empresa com o SGA implantado. É preciso que se frise que a adoção pura e simples de um SGA certificado não necessariamente garantiria resultados melhores, pois eles dependem sempre da qualidade do trabalho e engajamento da alta administração, e se limitam aos objetivos e metas estabelecidos pela empresa, os quais não são ditados pelas normas dos sistemas certificados, nem pelas entidades certificadoras. A alta administração da Impacta revelou-se engajada com o SGA implantado, ao concluir com sucesso a modelagem e implantação do SGA, montar e manter uma estrutura administrativa correta com pessoas qualificadas para a execução das tarefas e que o mantém funcionando. Esta alta administração também mostrou-se comprometida com a obtenção dos resultados ambientais ao realizar importantes investimentos em tecnologia de tratamento de efluentes, conservação de energia, coleta seletiva e gastos com treinamento e comunicação. A despeito da falta de rotinas escritas para tratar a questão do envolvimento dos stakeholders, a diretoria manteve também fortes ações que buscaram satisfazer três stakeholders fundamentais: os empregados por seu empenho em envolvê-los, as autoridades através do comprometimento com a conformidade legal da empresa e os acionistas através da prestação de contas dos resultados ambientais a eles.

Levando-se em conta que o resultado do desempenho ambiental, ponto mais importante desta avaliação, confirma que o SGA estudado se revelou eficaz, com melhorias consistentes ao longo do tempo para a maioria dos indicadores investigados, e que a avaliação das práticas administrativas apresenta-se favorável, conclui-se que a empresa desenvolveu e implantou um SGA que aplica as boas práticas de administração ambiental de modo sustentável.

A partir das estratégias sugeridas na síntese do processo de avaliação do SGA, o foco da empresa deverá estar nos itens para os quais se indica estratégia de ação, ou seja, a inserção no SGA das estruturas formais indicadas para a política ambiental, os programas, os objetivos e metas e o desenvolvimento e treinamento de empregados e uma sistemática de envolvimento e comunicação com stakeholders.

As estratégias que solucionam as deficiências evidenciadas em tais tópicos envolvem formalização de compromissos, implementação de práticas administrativas e implantação de procedimentos formais que estabeleçam sistemas de controle para tais práticas. Para dar maior consistência à metodologia, sugere-se que outros estudos sejam realizados utilizando-se de casos de SGAs com o intuito de apurar se a hipótese de pesquisa se verifica em outras empresas de porte médio-grande.

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ANEXO 1 – DESDOBRAMENTO DOS ITENS DO QUADRO 3 EM UMA “LISTA DE VERIFICAÇÃO”

1) QUESITOS PARA VERIFICAÇÃO DA POLÍTICA AMBIENTAL

 Estar escrita e documentada tomando a forma de uma declaração de compromisso;

 Que contemple o comprometimento com a obediência à legislação ambiental;  Que contemple a prevenção das formas de poluição que a atividade da empresa possa gerar;

 Que busque o uso racional e sustentável de recursos dentro de um conceito de eficiência ambiental e econômica;

 Que assegure o controle do desempenho e da melhoria contínua do desempenho ambiental, fundados em uma estrutura administrativa e um conjunto de programas, objetivos e metas;

 Que contemple a inclusão do treinamento, envolvimento e desenvolvimento de empregados e participação e prestação de contas aos demais stakeholders, e sua comunicação adequada a ambos e sistemática.

2) PROGRAMAS PERMANENTES DO SGA A SEREM BUSCADOS E VERIFICADOS

 Gestão do uso da água, incluindo uso, tratamento e disposição;  Gestão dos resíduos industriais e prática da reciclagem;

 Gestão do uso de matérias-primas e sua eficiência;

 Eficiência no uso da energia e busca de fontes de menor impacto ambiental;  Prevenção da poluição do solo;

 Prevenção da poluição do ar;

 Programas educativos da força de trabalho;

 Programas de comunicação com outros stakeholders sobre o desempenho ambiental, em especial clientes.

3) INDICADORES A VERIFICAR-SE

Para a lista de verificação relativa ao tópico “indicadores” a ser usada nesta metodologia empírica, buscou-se aqueles que Amaral (2005) considera que os indicadores mais adequados de desempenho ambiental, ou seja, indicadores de “Eco eficiência”:

Ambientais Econômicos

● Consumo de Energia ● Vendas líquidas

● Consumo e qualidade da água ● Lucratividade

● Emissões atmosféricas Outros – Crescimento,

● Consumo de materiais investimentos em ativos,

● Resíduos e sua disposição EBITDA

● Unidades produzidas ● Efluentes

● Contaminação de subsolos

A estes indicadores serão para composição da “Lista de Verificação” adicionados indicadores relativos à educação dos colaboradores:

 Investimento em educação dos colaboradores;

 Medidas da absorção dos valores, políticas, objetivos, metas e práticas da empresa pelos empregados.

Serão ainda incluídos na “Lista de Verificação” os seguintes indicadores complementares:

 Investimento total em meio ambiente;

 Evolução dos resultados produzidos pelo SGA;

 Informações sobre “compliance” (atendimento) aos quesitos da legislação ambiental.

Neste ponto da investigação, avaliada a pertinência dos indicadores, deverão ser verificados os resultados do desempenho da empresa com base nos mesmos indicadores e sua evolução.

Conforme discutido no referencial teórico, os indicadores econômicos devem ser verificados dentro de uma perspectiva de sustentabilidade econômica, mas podem não se relacionar diretamente com o desempenho ambiental da empresa, sendo portanto a conexão entre seus resultados e o desempenho ambiental da empresa sujeita a interpretações mais complexas.

4) OBJETIVOS E METAS – QUESITOS A INVESTIGAR

 Objetivos devem ser compatíveis com a política e derivados dos programas escolhidos pela organização para atender a sua política. Estes objetivos deverão ser viáveis, factíveis, tendo em vista as limitações de tecnologia e recursos materiais humanos e financeiros e levar em conta os requisitos legais a que a organização está submetida.

 Metas devem ser quantificáveis expressas em números preferencialmente conectadas aos objetivos. Estes números advem dos indicadores escolhidos pela organização e são uma expressão do resultado ambiental da mesma e de seu SGA.

5) QUESITOS DE ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO SGA

 Existência de um organograma formal do SGA;

 Existência de uma alta administração composta por Presidente, diretores e gerentes, supervisores e técnicos-chave na gestão do processo;

 Existência de um especialista em meio ambiente compondo o organograma do SGA;

 Atribuições definidas concernentes à política, objetivos, metas, análise crítica e orientação geral.

6) QUESITOS DE AUDITORIA

 Auditoria somente interna;

 Roteiro e processo de treinamento de auditores;

 Basear-se no manual do SGA, política, programas objetivos, metas, indicadores e resultados;

 Gerar relatório imparcial;

 Tomar o relatório por base para a análise crítica pela alta administração;  Adotar frequência mínima de um ano.

7) VERIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE MONITORAMENTO E MEDIÇÃO – QUESITOS DE EFICÁCIA DE CONTROLE

 Existência de relatórios periódicos de monitoramento apresentados à alta administração;

 Nestes relatórios devem constar os indicadores de desempenho ambiental comparados às metas pré-estabelecidas;

 A alta administração deve, com base nas informações observadas em tais relatórios, exercer o controle decidindo as ações corretivas necessárias e documentando-as;

 Os indicadores controlados devem ser relativos às características significativas do SGA;

 Analogamente à ISO 14001, a documentação relativa a requisitos legais deve ser documentada e mantida em arquivos conforme necessário.

8) TREINAMENTO, COMUNICAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS AOS EMPREGADOS

As boas práticas de administração da responsabilidade ambiental para este item necessitam da existência de:

 Um processo interno de treinamento dos empregados para a prática ambiental adequada;

 Um sistema de comunicação com os empregados sobre o trabalho de conservação ambiental da empresa com canais definidos, periodicidade definida e meio de comunicação e expressão que possa atingir e motivar os diversos níveis de empregados envolvidos e disseminar o conhecimento de políticas, programas, objetivos, metas e boas práticas.

 Comunicação via sessões de treinamento, palestras, “press releases internos”, campanhas motivacionais e outras formas de comunicação voltadas para o envolvimento dentro de um processo interno de busca de sua conscientização.  Definição clara das formas de tratamento da gestão do conhecimento na área ambiental, definindo em manual como será o processo de transformação do conhecimento tácito em explícito e de que fontes externas se obterá o conhecimento tecnológico que suportaria a parte operacional do SGA e o conhecimento conceitual que suportará o desenvolvimento das políticas, metas e indicadores, treinamento e motivação. É essencial a busca e aquisição de conhecimento destas fontes, já que estes são conhecimentos detidos por especialistas da área ambiental, seja de sistemas de tratamento, conservação de energia ou água, reciclagem ou fundamentos conceituais inclusive envolvendo desenvolvimento de pessoas e métodos.

9) QUESITOS DE PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO E ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS

 Empregados - Por sua importância no funcionamento direto do sistema, o caso destes stakeholders já foi objeto de tratamento a parte na elaboração desta metodologia no item anterior de número 8 deste anexo 1.

 Acionistas - Uso de relatórios e resumos periódicos como forma de comunicação

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