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1. A existência de previsão de audiências públicas obrigatórias. Se sim, em que casos? As audiências públicas estão mencionadas no artigo 170 como forma de assegurar o envolvimento de atores sociais no Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana e no artigo 174 como forma de debate sobre propostas de alterações e ampliações das diretrizes gerais previstas no Plano. As audiências não estão estabelecidas como obrigatórias.

2. As definições relativas às consultas públicas (plebiscito; referendo popular ou outras)

O Plano não defini outras formas de consulta pública além de audiências e das conferências apesar de estabelecer a participação dos representantes das Regiões Administrativas no artigo 173.

3. As definições relativas às Conferências (identificar quais) e sua peridiocidade.

“Art.172. As Conferências Municipais de Desenvolvimento Urbano terão como finalidade proporcionar um fórum de ampla discussão sobre a política urbana e ocorrerão:

I – ordinariamente a cada 2 (dois) anos; II – extraordinariamente, quando convocadas.

Parágrafo Único - A Conferência Municipal de Desenvolvimento Urbano, entre outras funções, deverá:

I – promover debates sobre matérias da política de desenvolvimento urbano e ambiental; II – sugerir ao Poder Executivo Municipal adequações em objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos urbanos;

III – sugerir propostas de alterações do Plano Diretor e da legislação urbanística, a serem consideradas quando de sua revisão.”

4. A instituição de Conselho das Cidades e outros Conselhos ligados à política urbana (Conselho Gestor do Fundo de Habitação de Interesse Social, Conselho de Transporte, Conselho de Saneamento, de Desenvolvimento Urbano, etc.) e se existem conexões ou mecanismos de articulação entre estes.

As atribuições do Conselho Municipal do Plano Diretor são definidas no artigo 171:

“Art.171. O Conselho Municipal do Plano Diretor de São Francisco de Itabapoana tem como função; acompanhar a implementação do Plano Diretor de São Francisco de Itabapoana e a execução dos seus planos,programas e projetos de interesse para o desenvolvimento urbano e ambiental.

Parágrafo Único - O Conselho Municipal do Plano Diretor de São Francisco de Itabapoana será composto por representantes de:

I- entidades de ensino e científicas; II- entidades de classe;

III- associações de moradores;

IV- organizações não governamentais; V- órgãos e entidades públicas.”

5. Identificar para cada Conselho:

a) Composição por Segmento (identificar os seguintes segmentos: (i) governo, (ii) empresários, (iii) trabalhadores e entidades de ensino e pesquisa, (iv) movimento popular, (v) ONGs, (vi) outros – especificar, (vii) total. Anotar o número de representantes por segmento e o percentual sobre o total de conselheiros(as). Observação: Estão sendo considerados os mesmos segmentos que orientam a composição do Conselho Nacional das Cidades

b) Composição do poder público e sociedade

Tabela – Composição poder público e sociedade Município Público e Sociedade Civil) Composição (Poder Segmentos sociais representados

Participação do Movimento Popular (%)

Observações: (i) Composição: anotar a composição percentual entre o poder público e a sociedade; (ii) Segmentos sociais representados: levar em consideração dos seguintes segmentos: poder público federal; poder público estadual; poder público municipal; movimentos populares; entidades da área empresarial; entidades dos trabalhadores; entidades da área profissional, acadêmica e de pesquisa; organizações não-governamentais; (iii) Participação do movimento popular: indicar o peso relativo (%) do segmento do movimento popular na composição total do Conselho das Cidades.

c) Caráter (consultivo ou deliberativo ou ambos)

d) Atribuições (verificar se está prevista como uma das atribuições a iniciativa de revisão dos planos diretores)

e) A definição da forma de eleição dos conselheiros.

f) A definição de critérios de gênero na composição do conselho. Tudo que se refere ao Conselho está resumido no artigo anterior.

6. Previsão de participação da população e de entidades representativas dos vários segmentos da sociedade na formulação, execução e acompanhamento dos planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.

Além do que já foi mencionado anteriormente, no artigo 173 há uma definição de competências sobre a participação dos representantes das Regiões Administrativas que serão compostos por integrantes de associações de moradores e entidades de classe com atuação nas respectivas regiões. Além disso, dentro da organização institucional do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana está previsto como uma de suas atribuições: “promover e apoiar a formação de colegiados comunitários de gestão territorial, ampliando e diversificando as formas de participação no processo de planejamento e gestão urbana e ambiental” (artigo 164). Também há a definição de “interação com lideranças comunitárias” no artigo 162 sobre as diretrizes daquele mesmo Sistema. Entretanto não está explícito como realizar essas diretrizes.

7. A definição de criação de Fóruns entre governo e sociedade para debate de políticas urbanas.

Não se aplica

8. A definição de criação de instâncias de participação social no orçamento público municipal (definir quais instâncias estão previstas: debates, reuniões periódicas, audiências, consultas públicas, etc. e se são condição obrigatória para o

encaminhamento das propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentária e do orçamento anual).

Não são definidas instâncias de participação social no orçamento público. Apenas na organização institucional do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana está previsto no artigo 164: elaborar e coordenar a execução integrada de planos, programas e projetos necessários à implementação do Plano Diretor de São Francisco de Itabapoana, articulando-os com o processo de elaboração e execução do orçamento municipal.

9. Verificar no plano diretor a relação que existe entre a definição de obras e investimentos propostos com a capacidade financeira do município (se existem definições relativas a essa relação e quais).

Não se aplica

10. A definição de outras instâncias de participação Já foi respondido.

11. Identificar a existência no plano da instituição de sistema de gestão, estrutura, composição e atribuições de cada órgão; as formas de articulação das ações dos diferentes órgãos municipais.

No artigo 163 existe uma composição das áreas que articularão o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana como: planejamento urbano; proteção do meio ambiente; controle e convívio urbano; habitação de interesse social; saneamento ambiental; transporte e tráfego; obras e infra-estrutura urbana; finanças municipais; administração municipal; coordenação das Regiões Administrativas e Procuradoria do Município.

Já no artigo 169 há uma superposição dessas definições. Nesse artigo, é estipulada a articulação com representantes dos órgãos e entidades municipais responsáveis por: planejamento urbano; patrimônio natural; patrimônio cultural; controle e convívio urbano; habitação de interesse social; saneamento ambiental; transporte e tráfego; obras e infra- estrutura urbana; finanças municipais; administração municipal; coordenação das Regiões Administrativas e procuradoria do município. Entretanto não existe uma definição de competências dessas áreas para as diferentes secretarias e/ou coordenadorias. Com exceção da Coordenadoria de Patrimônio Histórico e Cultural que segundo artigo 166 tem as seguintes atribuições: monitorar a gestão das Zonas Especiais de Preservação Cultural, previstas nesta Lei e a serem criadas; formar e atualizar informações sobre o patrimônio cultural e alimentação do sistema municipal de informação; elaborar o Plano de Preservação do Patrimônio Cultural de São Francisco de Itabapoana; elaborar planos de gestão, programas e projetos para as Zonas Especiais de Preservação Cultural; capacitar gestores culturais para informação à população sobre o patrimônio cultural; articular, quando necessário, com órgãos e entidades federais, estaduais e municipais afins à questão cultural; constituir parcerias com agentes de turismo para conhecer e divulgar o patrimônio

cultural de São Francisco de Itabapoana; apoiar a articulação com as entidades públicas e privadas afins, quando de intervenções nas Zonas Especiais de Preservação Cultural.

12- Identificar no plano diretor as formas de planejamento e execução das ações; se existem definições relacionadas às formas regionalizadas e centralizadas de gestão; Como está previsto a participação da sociedade neste processo?

Com relação as formas regionalizadas de gestão podemos dizer que isso está previsto através da representação das regiões administrativas, como já foi colocado. A forma centralizada de gestão está prevista pela implementação do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana que possui como principais premissas: promover a participação de setores organizados da sociedade e da população nas políticas de desenvolvimento territorial, voltando as ações do Governo para os interesses da comunidade e capacitando a população de São Francisco de Itabapoana para o exercício da cidadania; instituir mecanismos permanentes para implementação, revisão e atualização do Plano Diretor de São Francisco de Itabapoana, articulando-o com o processo de elaboração e execução do orçamento municipal; instituir processo de elaboração, implementação e acompanhamento de planos, programas, anteprojetos de lei e projetos urbanos, assim como sua permanente revisão e atualização.

13. Identificar, no plano, as formas de monitoramento das ações no território municipal; Está previsto a participação da sociedade?

Já foi respondido nas questões anteriores.

14. Identificar, no plano, a referência a existência de cadastros (imobiliário, multifinalitário, georeferenciados, planta de valores genéricos e as formas de atualização) e a implementação dos impostos territoriais (IPTU, ITR e ITBI).

Observação: O ITR pode não aparecer porque o plano pode ter sido aprovado antes do ITR ser passado para o município.

Não se aplica.

15. Identificar a previsão no plano, de revisão do código tributário.

Não se aplica. Há apenas como uma diretriz do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana a adequação de política tributária de forma a torná-la também instrumento de ordenação do espaço coerente com disposições do Plano Diretor (artigo 162)

Nas disposições finais e transitórias está estabelecido que o Código Tributário do Município faz parte do Plano entretanto não tivemos acesso a ele.