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Sistema de Informação Geográfica

No documento TURISMO SUSTENTÁVEL NAS MARGENS DO TEJO (páginas 83-87)

4. Estudo de caso

4.4 Sistema de Informação Geográfica

A análise de aptidão para a localização do parque de campismo e optimização dos percursos para bicicleta, foi efectuada com recurso à implementação de um Sistema de Informação Geográfica, dadas as possibilidades e vantagens dai resultantes, como referido no 3º Capítulo.

e Network Analyst, bem como o ModelBuilder.

4.4.1 Dados e informação de base

A informação de base utilizada para a construção do SIG construído encontra-se no formato vectorial e provém, na sua maioria, da Série Cartográfica Nacional (SCN) à escala 1:10.000 do Instituto Geográfico Português (IGP), de 2004. Desta, salientam-se os seguintes temas:

• Altimetria • Construções • Hidrografia • Indústria • Infra-estruturas de abastecimento • Lazer

• Limites administrativos e outros • Ocupação agro-florestal do solo • Vias (ferroviária e rodoviária)

Foram ainda utilizados dados de outras fontes:

• Projectos existentes e investimentos em curso – fornecido pelas autarquias; • Património arqueológico existente – idem;

• Capacidade de uso e de drenagem do solo – proveniente da Carta de Capacidade de Uso do Solo, do Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRHa); • Planos Directores Municipais (PDM) de Abrantes, Constância e Vila Nova da

Barquinha – Carta de Ordenamento, Condicionantes, RAN e REN, convertidas para formato vectorial pelo Centro Nacional de Informação Geográfica (CNIG) em 2003.

• Carta de Ruído de Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha, elaboradas pelo Instituto Politécnico de Tomar – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (IPT-ESTA) em 2004.

No Anexo II apresentam-se os metadados relativos aos dados e informação acima referidos.

4.4.2 Implementação

4.4.2.1 Preparação / Tratamento dos dados

Numa primeira fase procedeu-se à análise da qualidade dos dados de base, fornecidos pelas autarquias envolvidas no projecto, no sentido de ser verificada a sua compatibilidade,

consistência e correcção topológica.

Na compatibilização da informação foi necessário proceder à reorganização dos dados por temas ou conjuntos de entidades, na medida em que se encontravam estruturados de formas diversas. Foi, ainda, necessário proceder à agregação dos dados para a área de estudo (merge) por se encontrarem desagregados por concelho.

Definida a estrutura dos dados (Bases de Dados Geográficas, entidades e conjuntos de entidades a criar) foi carregada a base de dados do projecto.

Nesta fase procedeu-se, ainda, à recolha e verificação dos metadados da informação de base utilizada.

Seguiu-se a delimitação das áreas de intervenção e área de análise para a elaboração do estudo, cujos limites foram utilizados para efectuar o recorte (clip) dos temas a estudar.

A localização do património, equipamento ou projectos existentes foi introduzida no SIG através da sua digitalização sobre a base cartográfica em uso ou, no caso em que existiam, por importação das respectivas plantas de implantação ou levantamentos topográficos.

4.4.2.2 Análises

Todos os processos de análise foram executados com base em modelos construídos em

ModelBuilder (ESRI). Esta metodologia permitiu que os critérios e parâmetros a utilizar

pudessem ser testados e avaliados esses resultados, de modo a introduzir alterações no modelo para a sua correcta implementação.

O resultado final, quer da análise de aptidão para localização de um parque de campismo, quer para optimização de percursos de bicicleta, foram obtidos através de modelos parciais que, em conjunto e de modo sequencial completaram a análise. Os diagramas destes modelos encontram-se no Anexo III e serão, a seu tempo, referidos.

Executados os modelos, produziram-se os resultados que, em determinados casos, compreendiam abordagens diferenciadas através da variação dos parâmetros utilizados. Com os resultados obtidos foram construídas matrizes de comparação entre as diferentes alternativas e foi atribuída uma pontuação relativa para a sua hierarquização, tendo em conta factores preferenciais.

4.4.3 Delimitação das áreas de análise e de intervenção

A área de intervenção foi digitalizada em ArcMap, em função dos limites indicados pelas autarquias: a Este o Açude Insuflável em Abrantes, a Oeste o perímetro urbano da vila de Constância, a Norte a EN3 e a Sul a EN118.

Esta delimitação foi posteriormente corrigida de modo a retirar da área de intervenção os espaços urbanos eventualmente abrangidos, para o que se utilizaram os perímetros urbanos, de Constância Sul, Tramagal, Abrantes, Rio de Moinhos e Montalvo, definidos nos respectivos PDM.

Para traçar os limites da área de análise foi construída, como referido anteriormente, uma zona de transição relativamente ao território de intervenção, considerando dois aspectos:

• Uma zona tampão (buffer) de 3 km a partir do polígono constituído pela área de intervenção;

• No concelho de Vila Nova da Barquinha, não incluído na área de intervenção, a zona de 3 km tendo como referência a EN3 (utilizada para a delimitação anterior, nos restantes municípios). A Oeste foi considerado o limite administrativo deste concelho.

Nesta delimitação incluiu-se uma parte do município de Tomar, abrangida por esta zona tampão que, pelas razões anteriormente referidas, se decidiu manter na área de análise, embora não fizesse parte dos concelhos envolvidos no projecto.

O limite Sul da área de análise foi obtido através do recorte da informação com os limites de concelho de Vila Nova da Barquinha e Constância. Não se aplicou aqui a zona de transição de 3 km relativamente ao eixo do Rio Tejo para Sul, como seria de esperar, por esse facto implicar o envolvimento da C.M. da Chamusca e tal não ter sido possível em tempo útil para o desenvolvimento desta dissertação.

Este processo encontra-se representado no Anexo III - Modelo 1 – Delimitação da área de análise.

Figura 7 – Áreas de análise e de intervenção

Obtiveram-se, deste modo, os limites dos territórios a analisar (Figura 7), sendo a superfície total da área de análise 165,13 km² e da área de intervenção 28,85 km².

No documento TURISMO SUSTENTÁVEL NAS MARGENS DO TEJO (páginas 83-87)