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Figura 42 – Sugestões dos moradores relacionadas ao saneamento básico 4.3.9 Análise da percepção dos moradores

SETORES PROPOSTOS DE COLETA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM VIÇOSA

4.4.7. Sistema de varrição

Uma das maiores reclamações por parte da população entrevistada, foi a questão da varrição, como demonstrado na Figura 37. Sendo assim, apesar da presente pesquisa abordar somente os RSD, a seguir são feitas algumas recomendações para a melhoria deste serviço:

• Aumento do quadro de funcionários para o setor; • Capacitação dos varredores;

• Utilização de uniformes, luvas e sapato fechado pelos varredores; • Aquisição de carrinhos próprios para a varrição;

• Fiscalização para o cumprimento do serviço pelos varredores; • Maior abrangência da varrição (definição das rotas);

• Valorização da auto-estima do trabalhador; • Maior disponibilidade de lixeiras nos bairros; • Programa de limpeza das bocas de lobo.

A região central da cidade, abrangida pela área comercial, deverá ser varrida duas vezes ao dia, sendo uma no período diurno e outra no período noturno. A Figura 50 apresenta os setores e a freqüência a serem empregadas na cidade de Viçosa. Em alguns bairros próximos ao centro da cidade, a varrição deverá ser alternada com freqüência de três vezes na semana, outros serão atendidos semanalmente e duas vezes na semana.

A limpeza deverá ocorrer em dias de eventos esporádicos como shows, e após a realização das feiras livres, que acontecem aos sábados na Avenida Santa Rita. Em acontecimentos emergências como chuvas fortes, uma equipe de varredores deve ser programada para atender os locais atingidos. Quando houver necessidade, deverão ser formados mutirões, que são compostos pelos serviços de varrição, poda e capina, retirada do mato e pintura do meio - fio.

Cada varredor deve estar munido de um carrinho com capacidade de 240L, provido de rodinhas para facilitar o deslocamento, e demais materiais necessários como sacos de lixo, vassoura, pá e da programação (rota) de trabalho.

4.4.8. Usina de triagem

A usina de triagem atualmente se encontra em estado de abandono, devido aos problemas ocorrentes, mencionados no item 4.2.5. No local, deve ser realizado um estudo com intuito de verificar a viabilidade econômica de se continuar encaminhando os RS para a triagem na usina, devido à sua grande distância do aterro sanitário. Se a opção for continuar mantendo a usina, devem-se planejar melhorias imediatas:

• Contratação de um engenheiro responsável pela reestruturação da usina e coordenação das atividades;

• Contratação de um técnico responsável pelo gerenciamento dos trabalhos de campo;

• Fiscalização dos associados na realização das atividades e cumprimento dos horários de serviço;

• Verificação do funcionamento dos equipamentos e maior manutenção, principalmente da esteira que freqüentemente há a paralisação dos trabalhos devido a defeitos encontrados;

• Aquisição de balança adequada;

• Aquisição de equipamentos e ferramentas para realização dos trabalhos, como: enxadas, pás, carrinhos - de - mão e tonéis de 200L, caçambas para a disposição dos rejeitos após a triagem;

• Utilização de EPI e uniformes para os associados; • Limpeza dos locais de trabalho;

• Retirada dos animais existentes na usina;

• Realização de cursos de treinamento aos associados, abordando os temas mencionados no item 4.4.12.

• Destinação à usina somente os resíduos provenientes dos grandes geradores como dos supermercados e os resíduos advindos da coleta seletiva;

• Pesquisa de mercado para a venda dos recicláveis e envolver os associados neste trabalho;

• Pesagem dos materiais que chegam para serem triados e os que são vendidos; • Controle da venda dos materiais: uma pessoa capacitada deve ser destinada a

• Realização de ações para o aumento da auto-estima dos associados; • Promoção de programas que visem a alcançar a união dos associados.

Com as medidas propostas, se conseguirá aumentar a eficiência da usina, e conseqüentemente diminuir a quantidade de resíduos a serem dispostos no aterro sanitário. Com isto haverá o aumento da arrecadação com a venda dos recicláveis elevando a renda dos associados.

No entanto, os gastos com o transporte dos resíduos da usina até o aterro são muito elevados. Logo o funcionamento da usina somente será viável economicamente para o município, após a estruturação da mesma, e a implantação do programa de coleta seletiva, pois somente os resíduos potencialmente recicláveis seriam encaminhados para a triagem, eliminando-se os custos com o transporte do material orgânico e rejeitos provenientes da usina que são destinados no aterro sanitário.

4.4.9. Tratamento

Apesar de existir um pátio de compostagem na usina, próximo ao local há uma nascente, sendo um dos motivos principais para o impedimento da realização do tratamento da matéria orgânica no local.

A proposta para a implantação da compostagem, como forma de tratamento dos resíduos, é a aquisição de uma área próxima ao aterro, onde fosse construído um galpão de triagem juntamente com o pátio de compostagem.

4.4.10.Disposição final

Medidas emergenciais devem ser adotadas para a adequação do aterro sanitário aos padrões ambientais, de acordo com a concepção de projeto especificada na NBR 8914 (ABNT, 1992). Objetivando aumentar a vida útil do aterro sanitário, assim como minimizar os impactos ambientais decorrentes de sua implantação, é que se propõem ações para a estruturação das etapas anteriores à disposição final de resíduos. Para tanto, devem ser realizadas ações como:

• Campanhas educativas junto à população visando à minimização da geração de resíduos;

• Estruturação do setor de limpeza;

• Melhorias na usina de triagem de forma a melhorar o seu desempenho, possibilitando um maior recebimento de materiais potencialmente recicláveis e diminuindo a quantidade de resíduos a ser destinada ao aterro;

A adequação do aterro sanitário às normas ambientais implica nas seguintes ações:

• Contratação de um engenheiro responsável pelo monitoramento do aterro sanitário;

• Contratação de um técnico responsável pela coordenação dos trabalhos de campo;

• Maior fiscalização dos funcionários na realização dos trabalhos e cumprimento dos horários de serviço;

• Monitoramento do lençol freático e das canalizações de gás, água pluvial e chorume;

• Realização do tratamento do chorume; • Retirada dos animais existentes no aterro;

• Adequação do recobrimento dos resíduos, utilizando-se adequadamente as canalizações de drenagem de gases, de drenagem de água pluvial e de percolado, de forma que o aterro venha a se tornar sanitário;

• Implantação de sinalização do local, indicando a existência do aterro; • Controle de acesso ao aterro;

• Controle da quantidade e do tipo de resíduo destinado ao aterro; • Realização de melhoria nas vias de acesso ao aterro sanitário;

• Adequação da vala de RSS, impedindo a realização da incineração a céu aberto;

• Aumento do quadro de funcionários; • Capacitação dos funcionários;

• Utilização de uniformes e EPI por parte dos funcionários; • Operação do aterro em conformidade com o Projeto.

A disposição final dos resíduos realizada de forma ambientalmente adequada aumentará a vida útil do aterro sanitário, reduzirá os riscos de contaminação dos funcionários

ao manusear os RS, bem como contribuirá para a eliminação das moscas e urubus presentes no local.

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