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PARTE I: Ensino do Português como Língua Estrangeira na Universidade Italiana

Capítulo 3. Processos de ensino e aprendizagem de uma língua

3.3 Sistemas de aprendizado

Balboni (2013) discorre ainda sobre a questão da microlíngua, um termo que Freddi (2000) assim coloca ao fazer a introdução a um específico trabalho de Balboni sobre o tema: Le microlingue sono le voci delle scienze, delle tecnologie e di altre aree di specializzazione. Queste voci comunicano e dialogano all‟interno della propria area e all‟esterno di essa. Si comprende allora come la comunicazione microlinguistica possa presentare i caratteri di una descrizione generica, cosa che avviene nei contatti interpersonali tra ricercatori e operatori o sui giornali a grande diffusione; si comprende come in altri contesti essa possa presentare i caratteri di una descrizione specifica, cosa che avviene nelle conferenze, nelle videoconferenze o anche nei manuali scolastici; come infine possa conoscere una trattazione specialistica, fatto che di norma accade nei congressi, nei simposi, nelle tavole rotonde o nella letteratura specializzata. Questi diversi livelli comunicativi delle microlingue presuppongono un buon possesso della língua comune, il cui apprendimento dovrebbe precedere di norma quello delle microlingue. (Freddi, 2000, p.6 como citado em Balboni, 2000). Dentro das diversas demandas de oferta de ensino de línguas, o aprendizado/aquisição de uma nova língua, afirma Balboni (2013), classifica-se em níveis preestabelecidos em termos de competências e aprofundamento. Ele conceitua, então, o termo microlíngua científica para aqueles que superaram os quadros de nível intermediário, ou seja, que possuem escopo comunicativo, e, portanto, apresentam aplicabilidade em questões disciplinares por razão de trabalho ou estudo.

Ele classifica a microlíngua científica como aquela utilizada para fins científicos em áreas como a matemática, ciências exatas e naturais, numa construção intelectual conduzia pela ciência da qual se ocupa. E a microlíngua profissional como aquela que apresenta uma finalidade operativa oferecida em campos como a medicina, contabilidade, engenharia, intercâmbio comercial e financeiro entre outros. A microlíngua disciplinar pressupõe um estudo cuja metodologia trabalha o ensino/aprendizado do argumento, seja científico ou profissional, com fins de produção técnicos e recitativa uma vez que não é capaz de produzir textos, como adianta Balboni (2008).

Ao se tratar de noções de competência comunicativa, segundo Balboni (2008), nos referimos a quatro níveis de competência conforme o quadro, que não representará conforme afirma o estudioso uma lista hierárquica de competências, uma vez que cada item de cada

107 fase é elemento formativo e formador dentro de um sistema equilibrado que possui diferentes e específicas técnicas para se conquistar.

Quadro 3 - Competências Comunicativas no Aprendizado de Língua

Saper fare língua

Padronneggiare le abilità linguistiche, cioè la comprensione e la produzione orali e scritte, oltre (a segunda de bisogni) alle abilità di dialogo, riassunto, parafrasi, dettato, raccolta di appuni, traduzione

Saper fare com la língua

Capacità di utilizar ela língua come strummento di azioeni: si trata della competenza funzionale, pragmática che per realizzarsi há bisogno anche di competenza socioculturale.

Sapere da língua

Capacità di usar ele grammatiche fonológica (‘pronuncia’), grafêmica (‘ortografica), lessicale, morfo-sintatica, testuale. Questa è la consideta competenza linguística, parte di quella comunicativa.

Saper integrar ela língua com i línguaggi non verbali Consapevolezza dei línguaggi gestual, oggettuali, prossemci, vestemici ecc. È la competenza extra linguística.

Fonte: Balboni, 2008, p. 52.

A fim de abranger esse saber fazer que inclui as diversas possibilidades comunicativas é a tarefa do docente. Nesse escopo geral com gêneros comunicativos (diálogos, cartas, instruções de uso...), e atos comunicativos (pedir, ordenar, saudar, agradecer...), compreendendo a pessoa como estando em contato com si própria, com outros e de certa forma com o mundo, onde o eu se revela como uma função pessoal, o eu e tu a uma função interpessoal e regulatória, e o mundo como uma relação referencial, ou poético-imaginativa, além de uma função metalinguística, ou seja que se explica a si própria (Balboni, 2008, p.53). Pode-se pensar que uma língua se aprende melhor fora do que dentro da classe, conforme argumenta Ciliberti (2001). No entanto, a questão do aprender como resultado de uma estratégia do professor em como preparar a aula. O planejamento diferencia os resultados, afirma Ciliberti (2001). Faz-se imprescindível hoje, estar em contato com os conceitos e descobertas sobre as formas pelas quais o aprendizado ocorre. Estar atento ao processo dinâmico de informação e produção de saberes através da prática em experimentos que vem formulado de pesquisas dentro dos novos conhecimentos, em especial, aqueles que se referem ao exercício de conteúdos.

Ciliberti (2001) considera os tipos de interação que possam haver em uma aula de línguas, ponderando o equilíbrio entre dois parâmetros entre o como se diz e o que se diz, contemplando nesse fazer a liberdade do aprendiz, ao invés do uso da repetição mecânica, e utilizando a interação e interatividade que tem continuidade na realização de um trabalho ou projeto, exigindo para isso organização e gestão como suporte para as práticas comunicativas e linguísticas, proporcionando espaço para a iniciativa e inclusão do aprendiz.

108 a busca por um produto concreto a se obter e reproduzir, estabelecendo uma competência que deve ser também mensurável, além da competência comunicativa final quando se deve obter uma metacompetência internalizada que possibilite o aprendiz a reproduzir essa micro competência inserindo como referência de que se chama de saber fazer (Cini, 2005, como citado em Diadori, 2005, p.92), concluindo que “All’insegnante spetta infatti um compito importantíssimo e cioè quello di selezionare e garduare quei contenuti che siano motivanti, utili e produttivi al tempo stesso”. (Cini, 1995, como citado em Diadori, 2005, p. 95).