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acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que

exigirem assistência especial. Escola Particular

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Quadro 13: Freqüência dos incidentes críticos relativos à atribuição “sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial.”

A atribuição que mais obteve indicações nos incidentes críticos tanto com teor negativo como positivo, foi a sistematização e o acompanhamento dos alunos encaminhado-os a outros especialistas.

Os orientadores de escolas públicas encaminham seus alunos para as equipes pedagógicas que são compostas por psicólogo, psicopedagoga e orientador educacional. Essas equipes dão suporte aos profissionais de cada escola sobre a forma de trabalhar tanto com alunos que necessitam de um acompanhamento especial como com suas famílias. Os orientadores educacionais das escolas particulares apesar de relatarem em menor número essa atribuição também encaminham os alunos a outros especialistas. Entretanto, a realização desse encaminhamento é mais difícil em virtude das despesas que os pais terão que arcar.

A escola não pode se omitir de sua função social que é antes de tudo a obrigatoriedade de adequação, seja curricular seja de ação prática, às necessidades do aluno e da comunidade. O olhar do orientador educacional deve ser atento aos aspectos bio-psico-sociais que interferem no desenvolvimento do educando. O Or.E. tem, entre

suas atribuições, a de trabalhar com o aluno de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento de todos os aspectos de sua vida, devendo empregar, para isso, a escuta e o olhar diferenciado.

O orientador é o profissional responsável na escola pelos encaminhamentos para assistência médica, odontológica, psicológica, entre outros. Encaminhamentos feitos a partir da comunicação de todos os envolvidos no processo de aprendizagem: professores, família e alunos. (SANTIS, 2006). Nesse sentido, o modo como o orientador realiza seus encaminhamentos está vinculado à forma como ele percebe a realidade de vida do educando. Cabe ressaltar que o encaminhamento do educando não pode ser reduzido aos alunos com dificuldades de aprendizagem, mas abranger toda e qualquer problemática que interfira no pleno desenvolvimento do indivíduo.

A participante 5 afirma que “É necessário que a escola, o especialista e a família estejam envolvidos na busca de uma solução para aquela criança, sabe? Porque se não houver esse tripé, esse aluno não vai conseguir superar suas dificuldades e isso vai refletir na sua vida dentro e fora da escola.” Isso se confirma também na fala da participante 9: “O encaminhamento dos alunos com dificuldades, seja de aprendizagem, seja de questões emocionais, nem sempre é fácil porque quando os pais levam seus filhos aos especialistas e eles dizem que a família tem culpa e precisa ser trabalhada, os pais desistem.”

Sendo mais específica, a participante 8 enfatiza que “Não tem como o orientador trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades, sem a orientação de um especialista, pois na minha graduação não tive aulas de como lidar com essas dificuldades. Foi assim que eu resolvi fazer uma pós em psicopedagogia. Não para clinicar, mas para discutir os casos com o psicopedagogo ou qualquer outro especialista que esteja trabalhando com o aluno.”

O orientador educacional é um profissional que, para perceber com mais profundidade e amplitude a realidade do cotidiano escolar, necessita de um olhar atento, de uma escuta sensível, de muita reflexão e análise para lidar com as angústias, limitações e conflitos que interferem de alguma forma no rendimento escolar (SANTIS, 2006). Assim, é necessário que o orientador se ausente de uma posição cômoda e de

unilateralidade e se proponha a analisar todo o contexto que envolve a vida do aluno; só assim poderá realizar a sua atuação de forma coerente, tendo sempre um olhar diferenciado para a realidade que se apresenta.

Análise dos incidentes críticos relativos à atribuição ( H )

Atribuição Escolas Positiva Negativa Total

Escola Pública 0 0 0 Coordenar o acompanhamento pós-escolar. Escola Particular 1 0 1

Quadro 14: Freqüência dos incidentes críticos relativos à atribuição “ coordenar o acompanhamento pós-escolar.”

Os dados desse quadro indicam que apenas 1 orientadora relacionou a atribuição que trata do acompanhamento pós-escolar ao incidente crítico. Entretanto, 2 orientadoras entenderam que essa atribuição apresenta duplo significado. Um, seria o de acompanhamento escolar após o horário da aula; por exemplo, o acompanhamento pedagógico, as aulas de esporte, terapias, entre outros. O outro, o de acompanhamento após o período de escolarização; por exemplo, o encontro de ex- alunos, encontro de profissões, entre outras.

Giacaglia e Penteado (2000) chamam a atenção para a atuação do orientador além dos muros da escola; é necessário o acompanhamento dos alunos que saem da escola seja em virtude da conclusão do curso seja por pedido de transferência.

[...]o acompanhamento pós-escolar é importante para o orientador educacional, pois é a partir desse trabalho que ele identifica as diversas razões que levam o aluno a deixar a escola. Os ex-alunos são uma rica fonte de informação e proporcionam uma troca de experiência sobre os aprendizados adquiridos na escola... (GIACAGLIA ; PENTEADO, 2000, p. 123).

A participante 2 ilustra como a realização dessa atribuição transformou sua vida. Transcreve-se o relato do incidente crítico evocado pela orientadora:

O aluno saiu da escola no final de 2006. Geralmente em agosto nós (orientadora e direção) realizamos a semana vocacional e sempre convidamos algum ex-aluno para falar sobre o que está sendo mais difícil depois que se conclui o ensino médio, quais as maiores dificuldades? O que ele espera do futuro? Enfim o aluno relata como está sendo essa nova fase de sua vida. Esse aluno foi convidado porque ele deu muito trabalho no último ano e o resultado disso foi que ele não conseguiu entrar na faculdade. No início de 2007, ele teve que fazer cursinho e a família dele cobrou muito porque já haviam pago uma escola particular para não terem que passar por isso. Bem, esse aluno estudava de manhã no cursinho e à tarde ele vinha para a escola e eu orientava sobre como estudar, conversávamos muito sobre suas ansiedades e medos e principalmente no arrependimento que ele sentia sobre sua falta de interesse no 3º ano. Quando finalizou o 1º semestre ele conseguiu passar na UNB para Letras tradução. Ao saber da notícia, fiquei muito emocionada pois ajudei esse aluno só quando ele saiu da escola, mas para mim foi muito importante ele ter continuado a receber orientações.

Segundo Giacaglia e Penteado (2000), costuma ocorrer que ex-alunos necessitem de recomendações, apoio, conselho ou esclarecimento. Nessas circunstâncias, é bom saber que embora tenha deixado a escola ele pode contar com o SOE.

Análise dos incidentes críticos relativos à atribuição ( K )

Atribuição Escolas Positiva Negativa Total

Escola Pública

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Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional

Escola Particular

3 3 6

Quadro 15: Freqüência dos incidentes críticos relativos à atribuição “Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional.”

No que diz respeito à emissão de pareceres concernentes à OE, os orientadores de escolas públicas realizam essa atribuição com mais ênfase em virtude das reuniões com a equipe pedagógica que acontece semanalmente. A participante 2 esclarece essa afirmativa “... o parecer sobre a vida acadêmica, social e familiar que temos do aluno são dados extremamente importantes para o trabalho da equipe pedagógica e do professor em sala de aula, porque é através desse relato (ou parecer) que eles vão criar estratégias para se trabalhar com determinados alunos.

[...] para que possa ser auxiliada em seu processo de aprender a criança precisa ser auxiliada em seu processo de aprender, precisa ser avaliada como um todo: sua personalidade, sua situação familiar, sua relação com o professor, sua relação com os colegas, sua situação familiar, sua relação com o professor, sua relação com os colegas, sua situação frente aos métodos e currículo utilizados e sua situação diante do sistema educacional em questão. ( SANTIS, 2006, p.53 )

Assim sendo, fica evidente que o orientador é o agente educativo que necessita emitir os pareceres necessários, a quem for de direito, para o pleno desenvolvimento do educando.

Análise dos incidentes críticos relativos às atribuições ( I e J )

Atribuição Escolas Positiva Negativa Total

Escola Pública

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