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2 MATERIAIS E MÉTODOS

3.6 OS ITINERÁRIOS TÉCNICOS DAS CULTURAS

3.6.3 Soja

As primeiras citações dos grãos aparecem por volta de 2883 a.C. na costa Leste da Ásia e na China. Esta além de ser consumida por milhares de anos pelos orientais, só foi deixar o território aproximadamente em 1894, onde foi levada para a Europa. A partir de 1920 o grande teor de óleo e proteína começou a desperta o interesse pela cultura, mas o clima dos Europeus impossibilitou o seu cultivo, principalmente na Alemanha, Rússia e Inglaterra.

No Brasil esta foi introduzida no inicio do século XX, por imigrantes japoneses que a cultivavam e pequenas quantidades. O primeiro registro da cultivo da soja em território nacional, data de 1924, em Santa Rosa, no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, uma das principais regiões produtoras de grãos do pais. A partir do final da década de 60 o produto começou a ganhar força já como um produto comercial. Dois fatores incentivaram essa expansão. Um o sul do país tinha como principal produto comercial o trigo que era implantado no período de inverno e se estava necessitando a adaptação de uma cultura de verão para realizar sucessão com o trigo. E o outro fator que incentivou o plantio foi o inicio da produção brasileira de suínos e aves a qual gerou uma grande demanda por farelo de soja. Em meados de 1970 a elevação do preço internacional do produto elevou ainda mais o interesse dos produtores.

Nos dias de hoje a soja brasileira segue em ascendência como fonte energética mundial. Das plantações espalhadas pelo país, segue para a China um dos maiores importadores desse produto.

- Composição química dos grãos

O grão da soja é um dos principais alimentos atualmente no mundo, servindo tanto para o homem como para animais, mas em substratos diferentes. É um grão riquíssimo em proteínas, e com um bom percentual de gordura. Esse grão da origem a muito produtos usados pela agroindústria, na indústria química e de alimentos. Na alimentação humana a soja entra na composição de vários produtos como, embutidos, chocolates, temperos entre outros.

A proteína extraída do grão é a base para ingredientes usados em padarias, massas, produtos de carne, bebidas e alimentos dietéticos. A soja também é muito usada pela indústria de adesivos e nutrientes, alimentação animal, adubos, formulador de espumas, fabricação de fibra, revestimento, papel emulsão de água para tintas.

Recentemente, a soja vem crescendo também como fonte alternativa de combustível. O biodiesel de soja já vem sendo testado por instituições de pesquisa, como a Embrapa, além de estar sendo testado em diferentes cidades brasileiras.

- Ciclo de desenvolvimento

A cultura da soja possui um ciclo o qual está dividido em duas fases: A primeira é a fase vegetativa a qual vai desde a emergência da planta até o aparecimento do primeiro botão floral. O tempo de duração dessa fase pode depender da variedade, seja ela com um ciclo mais longo ou mais curto e da região em esta sendo implantada.

A segunda fase é a mais delicada em termo de produtividade, pois como o próprio nome já diz esta é considerada a fase reprodutiva, a qual tem inicio após o aparecimento dos primeiros botões florais ate a maturação completa dos grãos. A falta de água durante esse período pode acarretar em uma redução na produtividade, como, redução do numero de grãos por área, perda de peso desses grãos e o pior deles, que é a perda de qualidade dos grãos acarretando em uma menor quantidade de óleo no grão o qual poderá interferir no preço do produto.

- Épocas de semeadura

O período de semeadura na região é muito variável, e vários fatores podem interferir, por isso, não podemos citar qual seria a data ideal para esse manejo. A melhor época para o plantio em nossa região esta entre o final do mês de outubro e o inicio do mês de dezembro.

Não querendo dizer que se plantarmos fora desse período o manejo esteja incorreto, muito pelo contrario, como já foi dito anteriormente dependendo da situação poderemos realizar este manejo da cultura desde o mês de setembro ate o mês de fevereiro, claro que se isto acontecer as probabilidade de riscos aumentam, como por exemplo as geadas no mês de setembro que atingiria a planta muito jovem e que poderia ser fatal, e as geadas que ocorrerem em maio também poderiam afetar aquelas que ferem plantas em fevereiro.

- Necessidade hídrica

Segundo Marchetti (2006), o consumo de água diário requerido pela planta vai aumentando sucessivamente ate atingir o máximo de 7 a 8 mm por dia durante a fase de florescimento e enchimento de grãos. A necessidade total de água que a cultura necessita vai depender de fatores como tipo de solo, clima da região, ciclo da cultivar entre outros. Todos esses fatores interferem de tal maneira que o consumo de água durante um ciclo completo possa variar de 450 a 800 milímetros, para que esta atinja o máximo de rendimento.

- Correção do solo

Para que possamos realizar uma a analise do solo e ter em mãos a atual situação química e física da era em que desejamos, é necessário que se realize uma amostragem do mesmo de acordo com as instruções contidas no manual de Fertilidade. Após a amostragem devemos enviar a amostra para uma laboratório credenciado e aguardarmos o resultado.

Para uma melhor interpretação dos dados consultar um Engenheiro agrônomo.

- Processo produtivo

Como já citado anteriormente a data de plantio vai variar conforme a cultura antecedente e a sucessora, por isso não irei detalhar a época exata dessa cultura, pois cada ano de acordo com a rotação de culturas necessária para o equilíbrio do sistema terá um planejamento diferenciado.

Para o início do plantio, se mostrar necessário será realizada uma dessecação de restos culturais ou eventuais plantas daninhas, será aplicado uma dose de 1,0 kg de Roundup wg em um volume de 66,66 litros de calda para cada hectare. Se necessário será realizada uma aplicação pós-emergente com um controle para a mesma finalidade da aplicação anterior.

A quantidade de semente a ser utilizada será em torno de 40 a 50 kg por hectare, e será tratada com Standak Top (100ml/100kg semente), Maxim XL (40ml/100kg semente), CoMo (150ml/100kg semente), o processo de tratamento será realizado na propriedade. A adubação será feita na linha de plantio com a própria plantadeira em uma quantidade de 350 kg da formula 02-20-30.

Principalmente durante a fase vegetativa da cultura há uma probabilidade de ocorrer algumas infestações da Lagarta da soja, a qual poderá ser controlada somente com a aplicação de uma Permetrina, e um fisiológico no qual usaríamos o Certero (0,08 L/ha).

Outro inseticida que deveremos utilizar já na fase reprodutiva da cultura para o controle percevejo, lagarta, ácaro e tripés quando necessário será o Talstar dose de 0.15 L/ha dependendo dos insetos que se deseja controlar. Todas as aplicações citadas nesse parágrafo devemos aumentar o volume de água por hectare para 100 litros.

Possivelmente junto com uma das aplicações de inseticidas citadas anteriormente iremos adicionar o fungicida. Esse tratamento deve ser realizado após o inicio da fase reprodutiva, fase em que as doenças começam a se instalar com mais intensidade. O produto a ser utilizado será Opera em uma dose de 0,4 L/há. Obs: poderá ocorrer a necessidade de duas aplicações.

Após a colheita os grãos serão beneficiados e armazenados na propriedade e só serão comercializados quando necessário.

Quanto às máquinas e equipamentos a serem utilizadas na implantação das culturas, nos tratos culturais, na Colheita, no transporte, na secagem e no armazenagem dos produtos, todas são particulares de uso exclusivo da propriedade, e a principio nenhum serviço precisara ser terceirizado.

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