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4.3 LIBERDADE RELIGIOSA E DECISÕES EMBLEMÁTICAS DO SUPREMO

4.3.4 STF E A União Homoafetiva

Por fim, encerrando as decisões emblemáticas do STF, tem-se a recente discussão sobre a união homoafetiva. O STF "entendeu que a união homoafetiva é entidade familiar, e que dela decorrem todos os direitos e deveres que emanam da união estável entre homem e mulher." (CHAVES, 2011).

Segue parte da ementa da decisão:

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO. RECEBIMENTO, NA PARTE

REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA DE

INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir “interpretação conforme à Constituição” ao art. 1.723 do Código Civil.

[...]

O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. [...]

O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco importando

se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão “família”, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa.

[...]

Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de “interpretação conforme à Constituição”. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva.

O principal pedido da ação era o requerimento da aplicação de forma análoga ao art. 1723 do Código Civil brasileiro (CC) para as uniões homoafetivas, e "que o STF interprete conforme a Constituição, o Estatuto dos Servidores Civis do Estado do Rio de Janeiro e declare que as decisões judiciais denegatórias de equiparação jurídica das uniões homoafetivas às uniões estáveis afrontam direitos fundamentais." (CHAVES, 2011).

Em contrapartida ao requerimento, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não considerava a união homoafetiva como entidade familiar, conforme previsto no art. 1723 do CC. O advogado da CNBB, José Sarubbi Cysneiros de Oliveira, argumentou que "Afeto não pode ser parâmetro para constituição de união homoafetiva estável." (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 2011).

O advogado da CNBB ainda alegou que a ausência da palavra "apenas" não determina uma interpretação ampla do texto. (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 2011).

O Ministro Marco Aurélio, em seu voto, discorre:

Especificamente quanto à religião, não podem a fé e as orientações morais dela decorrentes ser impostas a quem quer que seja e por quem quer que seja. As garantias de liberdade religiosa e do Estado Laico impedem que concepções morais religiosas guiem o tratamento estatal dispensado a direitos fundamentais, tais como o direito à dignidade da pessoa humana, o direito à autodeterminação, o direito à privacidade e o direito à liberdade de orientação sexual.

[...]

Ao analisar a questão atinente à união estável homoafetiva, o STF entendeu que a Constituição de 1988 tratou de diversas espécies de família, sendo certo que a Constituição não limitou a formação de família a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa, mas, sim, tratou da família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e a sociedade civil uma necessária relação tricotômica.

A propósito, registre-se que, no julgamento da referida ADI 4277/DF, os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso convergiram no particular entendimento da impossibilidade de ortodoxo enquadramento de união homoafetiva nas espécies de família constitucionalmente estabelecidas, mas, sem embargo, reconheceram a união entre parceiros do mesmo sexo como uma nova forma de entidade familiar.

Coutinho (2014, p. 197) discorre que a decisão permite que, presentes os requisitos para ser considerada união estável, essa união será reconhecida como entidade familiar. Coutinho (2014, p. 197) observa que a decisão não permite, porém, casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Jacobina, a respeito do tema, discorre:

Indiscutível, na verdade, que há sérios motivos, de ordem estritamente racional e jurídica, para entender que equiparar as relações conjugais homoafetivas a casamentos é simplesmente injusto, e corresponde a uma tentativa mundialmente articulada de equiparar o que é diferente, em prejuízo da família como um todo e, portanto, da própria sociedade.

[...]

Essa equiparação matrimonial agora forçada, portanto, não tem nada que ver com discriminação injusta e irracional aos homossexuais, senão com a discussão política de uma noção de família que, em nome de uma simpatia muito justa para com o sofrimento das pessoas homossexuais, está sendo alterada para toda a população, não apenas para os homossexuais. Há muito mais em jogo do que o direito das minorias: há a concepção de família que vale para todos, e cuja alteração atingirá a todos. (JACOBINA, 2015, p. 119).

Coutinho (2014, p. 199) discorre que "com relação à questão religiosa tem-se que esta é, inegavelmente, um fator impeditivo para o casamento entre pessoas do mesmo sexo; porém, por razões bíblicas e históricas (e não por mero preconceito)."

Por ser o matrimônio regido por questões bíblicas e religiosas, não pode se estender a pessoas do mesmo sexo, mas essa proibição não impede que essas pessoas constituam entidade familiar e, consequentemente, possam gozar dos direitos derivados da mesma. (COUTINHO, 2014, p. 199).

Todos os 10 Ministros votantes no julgamento da ADPF 132 e da ADI 4277 manifestaram-se pela procedência das respectivas ações constitucionais, reconhecendo a união homoafetiva como entidade familiar e aplicando à mesma o regime concernente à união estável entre homem e mulher, regulada no art. 1.723 do Código Civil brasileiro. Talvez nunca se tenha visto a Suprema Corte brasileira com um posicionamento tão homogêneo e consensual, ao menos no que diz respeito ao resultado, ao considerar que a união homoafetiva é, sim, um modelo familiar e a necessidade de repressão a todo e qualquer tipo de discriminação.

Mesmo não sendo o objeto do presente trabalho, cabe aqui também mencionar a PL 6583/2013 proposta pelo deputado Anderson Ferreira, que dispõe sobre o Estatuto da Família. Em um dos seus artigos, o projeto de lei pretende definir a entidade familiar como um núcleo social a partir da união entre um homem e uma mulher. (PROJETO DE LEI 6583/2013). Observa-se, então, a forte influência da bancada evangélica compondo o legislativo e sendo assim, as concepções religiosas acerca dos direitos civis retroagem.

Desta forma, verifica-se que a união homoafetiva repercutiu em diversas esferas. Apesar de variadas manifestações de representantes das igrejas, a união homoafetiva não possui relação com as mesmas, pois trata-se de um direito civil, que independe de religião. Por essa razão, faz-se imprescindível entender as particularidades de cada religião e daqueles que optam por não professar nenhuma, pois, independentemente de religião, está o direito civil dos homossexuais, no caso em tela.

Por essa razão, mais uma vez, confirma-se a necessidade do Estado manter-se laico, conforme prescrito na CRFB/1988, pois, a respeito do casamento religioso nada pode o Estado embaraçar ou postular, porém, em se tratando de direitos civis, constitucionais e fundamentais, cabe a sua tutela.

5 CONCLUSÃO

A discussão a respeito dos limites e possibilidades entre o estado laico a liberdade religiosa mostra-se, ao longo desse trabalho, deveras importante pois o sistema político-jurídico adotado pelo Brasil é laico e a liberdade religiosa é um direito fundamental. Assim sendo, o estudo sobre algumas decisões do Supremo Tribunal Federal apresenta-se indispensável, visto que o mesmo é guardião da Constituição.

É importante entender o conceito de laicidade como a doutrina que busca adotar uma postura neutra em relação as religiões ou a adoção de nenhuma religião, sem intervir, privilegiar ou confundir as funções do Estado com as da Igreja. A laicidade permite ainda que o Estado não interfira nas decisões das igrejas e que as decisões do estado também não tenham interferência delas.

Após entender o conceito de laicidade, verifica-se que a religião esteve presente desde antes da colonização do Brasil, pois Portugal, país colonizador, possuía forte relação com a Igreja católica. Essa ligação permaneceu no país nas expedições jesuítas que catequisavam e ao mesmo tempo exploravam terras.

A influência da religião católica trazida por Portugal só começou a se separar na Constituição de 1891, na qual postulava a liberdade religiosa e a não profissão por alguma religião específica. Ou seja; O Brasil passa de católico oficial a Estado laico, não adotando nenhuma religião como sua.

Apesar disso, algumas Constituições, até mesmo a atual, mencionam Deus no preâmbulo. O Estado, no entanto, não deixa de ser laico por essa razão, conforme se verifica.

A Constituição de 1988 manteve a laicidade presente nas constituintes anteriores e não adotou nenhuma religião como oficial, conforme era anteriormente. Permaneceu, então, com a postura de neutralidade em relação à religião e o Estado, porém permitindo, por meio da liberdade religiosa, a livre escolha de religião ou não- religião.

Para entender a liberdade religiosa, faz-se necessário compreender o que é religião. Variados são os significados, no entanto comum a todos eles seria o conceito de que religião é a crença pessoal, intrínseca de cada pessoa, em uma ou mais divindades.

Variadas também são as religiões existentes no Brasil e busca-se nesse trabalho apresentar um pouco de cada uma, entendendo suas particularidades e suas semelhanças. Só assim, conhecendo cada qual, é possível respeitar e cumprir de forma plena a liberdade religiosa.

O direito fundamental a que tange a liberdade religiosa é dividido, de forma didática, em três espécies de liberdade: liberdade de consciência e de crença, liberdade de culto e liberdade de organização religiosa.

A liberdade de consciência e de crença é vista de forma separada, pois a liberdade de consciência tutela a respeito daqueles que não creem em nenhuma religião, permitindo que esses possam buscar a proteção do Estado para manifestarem seus pensamentos e sua consciência ou não. Já a liberdade de crença protege aqueles que escolhem uma crença, podendo esses escolherem a crença que desejarem, mudar de crença ou não escolherem nenhuma, sem que o Estado os impeçam.

A liberdade de culto, no entanto, é o direito de prática de ritos, celebrações e cultos à crença professada. Essa liberdade permite que a liberdade de crença não fique apenas na esfera do pensamento, pois, pela liberdade de culto é que a liberdade de crença pode ser exteriorizada. Há de se observar que a liberdade de culto possui algumas limitações como os requisitos constitucionais para o culto em lugares públicos, porém possui também direitos, como a imunidade tributária aos locais de culto.

Já a liberdade de organização religiosa tange sobre a separação do Estado e Igreja adotada pela Constituição Federal de 1988, pois o Estado permite às entidades criarem e se organizarem sem sua intervenção, sendo proibido ao mesmo estabelecer ou embaraçar o funcionamento das igrejas.

Por ser um direito fundamental previsto no artigo 5º da Constituição Federal de 1988, a liberdade religiosa é protegida pelo Supremo Tribunal Federal, chamado de guardião da Constituição.

Antes da análise de algumas decisões do STF, é necessário entender que esse órgão é o maior do Poder Judiciário, composto por 11 ministros escolhidos pelo Presidente da República após votados por aprovação absoluta no Senado Federal.

A interpretação a que se dá as decisões do Supremo Tribunal Federal não são apenas gramaticais, ou seja; Na forma da lei, pois a hermenêutica constitucional define um sistema de princípios de interpretação do Direito.

Desta forma, observa-se que o Supremo Tribunal Federal deve ser cuidadoso em suas decisões, a fim de mediar situações que envolvam direitos fundamentais como a liberdade religiosa no sistema político-jurídico laico.

As decisões apresentadas verificam que o STF tem respeitado os limites que separam Estado e Igreja, sendo coerente em todas elas. Mesmo com muitos religiosos, doutrinadores e opiniões, o Supremo Tribunal Federal tem decidido de forma laica, porém sempre analisando as questões de forma a não prejudicar a liberdade religiosa, conforme verificado.

É necessário entender que o Brasil é um país relativamente novo na vivência democrática e que, mesmo apresentando a separação do Estado e Igreja dede 1891, ainda é cedo para que se consiga uma separação completa e genuína entre Estado e Igreja, pois o Estado é laico, mas o povo, em sua maioria, é religioso e questões polêmicas a esse respeito geram dúvidas morais e pessoais, tornando mais difícil essa separação.

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