• Nenhum resultado encontrado

SUGESTÕES DE ADEQUAÇÕES PARA ACESSO AO CURRÍCULO ESCOLAR, PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

No documento BAIXA VISÃO E CEGUEIRA (páginas 175-179)

• Prover a escola de sistema de comunicação, adaptado às possibilidades do aluno em questão: Sistema Braille, tipo ampliado, recursos tecnológicos; • Prover a escola ou o aluno cego de máquina braile, reglete, punção, soroban,

bengala longa, livro falado, material adaptado em relevo, etc...

• Prover a escola ou o aluno de baixa visão de: lápis 6B, canetas de ponta porosa de cores contrastantes, papel pauta dupla, recurso óptico necessário, luminária, lupa, etc..

• Prover adequação de materiais escritos de uso comum: tamanho das letras, relevo com texturas, softwares educativos em tipo ampliado, etc.

• Prover a escola ou o aluno de materiais adaptados: pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, lupas, computador com sintetizador de voz e periféricos adaptados, etc.

• Providenciar softwares educativos específi cos e recursos ópticos;

• Propiciar acomodação, para aluno de baixa visão, com iluminação adequada;

• Posicionar o aluno na sala de aula de modo a favorecer sua possibilidade de ouvir o professor;

• Promover organização espacial para facilitar a mobilidade e evitar acidentes: colocar extintores de incêndio em posição mais alta, pistas táteis, auditivas e olfativas para orientar na localização de ambientes, espaço entre as carteiras para facilitar o deslocamento, corrimão nas escadas, etc.;

• Providenciar materiais desportivos adaptados: bola de guizo, xadrez, dominó, dama, baralho e outros;

• Promover o ensino do braile para alunos, professores e pais videntes que desejarem conhecer esse sistema;

• Divulgar informações sobre a melhor maneira de guiar, informar ou dar referências de locais ao aluno com defi ciência visual;

• Apoiar a locomoção dos alunos no acesso à diretoria, salas de aula, banheiros e demais dependência da escola;

• Possibilitar as alternativas na forma de realização das provas: lida, transcrita em braile, gravada em fi ta cassete ou ampliada para o aluno com baixa visão, bem como uso de recursos tecnológicos.

• Permitir a realização de provas orais, caso necessário, recorrendo-se a assessorias legais, em provas de longos textos.

A construção de um sistema educacional acolhedor para os alunos que têm deficiência visual exige, além das acima expostas e mais freqüentemente, adaptações de objetivos (com as conseqüentes mudanças no conteúdo e no processo de avaliação) e adaptações no método de ensino (didático-pedagógicas).

Adequações de objetivos e de conteúdo

• Adequar/enfatizar objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, tendo em vista peculiaridades individuais do aluno;

• Variar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, quando necessário, levando em conta que o aluno com defi ciência visual pode atingir os objetivos comuns do grupo, em um período mais longo de tempo. • Introduzir conteúdos, objetivos e critérios de avaliação, indispensáveis à

educação do aluno com defi ciência visual, tais como: ensino de atividades da vida diária, orientação e mobilidade, escrita cursiva e exercícios com o soroban.

• Eliminar conteúdos, objetivos e critérios de avaliação que difi cultem o alcance dos objetivos educacionais postos para seu grupo de referência, em função da defi ciência que apresentam. Cabe, entretanto, enfatizar, que essa supressão não deve comprometer sua escolarização e sua promoção acadêmica.

Adequações didático-pedagógicas

No segundo grupo de adequações tem-se: o reagrupamento de alunos, os métodos de ensino adotados, o processo e as estratégias de avaliação. Seguem exemplos de adaptações dessa categoria:

• Promover o trabalho em parceria, lembrando que diversas teorias de aprendizagem indicam que o aprendiz pode ser beneficiado, quando trabalhando com alguém que sabe um pouco mais do que ele. Da mesma forma, é importante que o aluno seja agrupado com colegas com quem ele melhor se identifi que.

• Uso de métodos e técnicas específi cos para o ensino de pessoas que têm a limitação visual para a compreensão e acesso à realidade;

• Uso de procedimentos, técnicas e instrumentos de avaliação distintos da classe, quando necessário, sem privilegiar o aluno com defi ciência visual, nem prejudicá-lo quanto ao alcance dos objetivos educacionais para ele estabelecidos;

• Disponibilizar suportes físico, verbal, visual (aos portadores de baixa visão) e outros que se mostrem necessários, de modo a facilitar a realização das atividades escolares e do processo avaliativo. O suporte pode ser oferecido pelo professor regente, pelo professor de sala de recursos, pelo professor itinerante ou pelos próprios colegas;

• Introduzir atividades complementares individuais que permitam ao aluno alcançar os objetivos comuns aos demais colegas. Essas atividades podem realizar-se na própria sala de aula, na sala de recursos ou por meio de atenção de um professor itinerante, devendo ser implementadas de forma conjunta com os professores regentes das diversas áreas, com a família e/ou com os colegas;

• Introduzir atividades complementares específicas para o aluno, em grupo ou individualmente. Essas atividades podem ser mediadas pelo professor especializado nas salas de recursos e/ou por meio do atendimento itinerante; • Eliminar atividades que não benefi ciem o aluno, ou que lhe restrinjam a

participação ativa e real no processo de ensino e aprendizagem • Eliminar atividades que o aluno esteja impossibilitado de executar;

• Suprimir objetivos e conteúdos curriculares que não possam ser alcançados pelo aluno em razão de sua defi ciência, substituindo-os por objetivos e conteúdos acessíveis, signifi cativos e básicos, para o aluno.

• Complementar os textos escritos com outros elementos (ilustrações táteis) para melhorar a compreensão;

• Explicar verbalmente todo o material, informações e dispositivos apresentados em aula de maneira visual;

• Encorajar o aluno a deslocar-se na sala de aula e dependências externas para obter materiais e informações;

• Dar apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e a mobilidade, visando à locomoção independente do aluno;

• Dizer o nome do aluno com defi ciência visual, sempre que desejar sua participação;

• Identifi car-se sempre que começar a conversar com um aluno com defi ciência visual;

• Informá-lo quando for ausentar-se da classe e, quando for embora, despedir- se dele;

• Ensinar a boa postura, evitando os “maneirismos” comumente exibidos pelos alunos;

• Agrupar os alunos de uma maneira que favoreça a realização de atividades em grupo e incentivar a comunicação e as relações interpessoais;

• Encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a participação, o sucesso, a iniciativa e o desempenho do aluno;

• Fazer-lhe perguntas, pedir-lhe para buscar algo, falar com outros professores, solicitar sua opinião, para que possa sentir-se membro ativo e participante da sala de aula;

• Dar-lhe a oportunidade de ler, como os demais colegas, integrando-o nas atividades extra-classe com outros alunos;

• Dar oportunidade para que toda a turma se apresente ao aluno com defi ciência visual, nominalmente e em voz alta, para ele possa conhecer todos os colegas, e que seus colegas próximos possam servir-lhe de apoio;

• Estimulá-lo a expressar-se oralmente e por escrito, cumprimentando-o pelos sucessos alcançados;

• Substituir gráfi cos, fl uxogramas, tabelas e mapas por textos quando sua adaptação em relevo não for compreensível;

• Ampliar o tempo disponível para a realização das provas;

• Conceder tempo de descanso visual para alunos com baixa visão.

• Ao escrever, ler e dar mais tempo para que o aluno com defi ciência visual possa tomar notas e acompanhar o raciocínio;

• Sempre que dispuser de modelos, objetos, mapas em relevo, fi guras em três dimensões, etc., fazê-lo observar pelo tato;

• Não se esquecer de que a leitura e a escrita do braile exigem mais tempo que a escrita comum;

• Quando o aluno apresentar baixa visão, colocá-lo nas primeiras fi las, sem que receba luz de frente;

• Quando se tratar de cego, colocá-lo numa carteira das primeiras fi las, de modo que fi que bem a sua frente para ouvir-lhe;

• Alguns alunos de baixa visão recorrem à lupa e necessitam de ampliações que podem ser feitas a mão, usando maior espaço entre as palavras e as linhas e serem escritas com caneta futura, ou pincel preto sobre papel branco ou palha;

• Adequar, sempre que necessário, os comandos, as instruções, as questões (e não somente na hora das avaliações);

• Prestar atenção ao utilizar material concreto, fi guras e gestos, porque será necessário explicar-lhe o signifi cado;

• Oferecer-lhe ajuda sempre que parecer necessitar, sem entretanto ajudá-lo sem que ele concorde. Ao prestar ajuda, pergunte antes como agir, e se você não souber em que, e como ajudar, peça explicações de como fazê-lo;

• Nunca lhe dizer “ali”, “aqui”, mas indicar, com precisão o lugar exato, usando termos como: a sua frente, atrás de você, em cima, etc.;

• À hora da refeição dizer-lhe o que vai comer. Se solicitado, ajudá-lo a se servir. Não encher, demasiadamente, o prato, a xícara ou o copo que vai ser utilizado;

• Organizar jogos (cabra-cega e outros), vivência de simulações da limitação visual, de modo que os outros alunos possam perceber as difi culdades dos colegas com defi ciência visual;

• Contatar, sistematicamente, os pais e os professores da Educação Especial, o itinerante e o da sala de recursos;

• Enviar, com antecedência, para o professor de sala de recursos/itinerante, todo o conteúdo a ser desenvolvido na semana seguinte, possibilitando, assim, sua adaptação para o braile ou tipo ampliado;

• Solicitar a presença do professor itinerante ou da sala de recursos nos Conselhos de Classe e no momento da avaliação, se julgar oportuno.

ADEQUAÇÕES NA SALA DE AULA PARA ALUNOS COM

No documento BAIXA VISÃO E CEGUEIRA (páginas 175-179)