CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Para futuros trabalhos seria interessante o acompanhamento da implementação do BSC na Rede Ecológica, fazendo um estudo comparativo de antes e depois da utilização da ferramenta estratégica. Além disso, poderia ser feito outro estudo na própria Rede Ecológica levando em consideração demais áreas da Engenharia de Produção, como logística e financeira, tendo como base o presente trabalho.
Outra proposta relevante, que possui caráter similar a do mercado de orgânicos, seria a análise da crescente demanda mundial pelo estilo de vida vegetariano e um possível paralelo entre os dois, visto que o vegetarianismo possui, assim como os produtos orgânicos, o apelo por um consumo ético e responsável, visando uma maior
67
sustentabilidade. Seus princípios são regidos pela questão do meio ambiente e da saúde também, mas leva em consideração ainda a preocupação com os animais e sua exploração, bem como a má distribuição de alimentos.68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, Paulo Peixoto de. Autogestão. In: CATTANI, Antônio D. (Org.). A outra economia. Porto Alegre: Veraz Editores, 2003.
ARMSTRONG, G., & KOTLER, P. (2009). Marketing – An introduction (9th ed.). Pearson international edition. New Jersey: Pearson Prentice Hall.
AS-PTA. Programa de Agricultura Urbana. Disponível em:
http://aspta.org.br/2015/08/programa-de-agricultura-urbana-realiza-seminario-final-do- projeto-alimentos-saudaveis-nos-mercados-locais/ (Acessado em novembro de 2016). BARDIN L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977.
BORGUINI, R. G.; SILVA, M. V.; TORRES, E. A. F. S. Consumer opinion on organic foods. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ECONOMIA E GESTÃO DE REDES AGROALIMENTARES, 4., 2003, Ribeirão Preto, SP. Anais... Ribeirão Preto: USP, 2003.
BORINELLI, Benilson; OSÓRIO, Sinival. Economia Solidária em Londrina: Aspectos Conceituais e a Experiência Institucional. Universidade Estadual de Londrina, Paraná, 2010.
BUAINAIN, A. M. & BATALHA, M. O.; Cadeia produtiva de produtos orgânicos – Série Agronegócios. v. 5. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretária de Política Agrícola, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, 2007.
BUNTE, F., VAN GALEN, M., KUIPER, W., & TACKEN, G. (2010). Limits to growth in organic sales. De Economist.
CAMPANHOLA, C.; VALARINI, P. J. A agricultura orgânica e seu potencial para o pequeno produtor. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília.
CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações. 1. ed. 13° tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
COTTINGHAM, M. (2014). Organic market report 2014. Bristol: Soil Association. CROSSAN, M. M.; APAYDIN, M. A Multi-Dimensional Framework of Organizational Innovation: A Systematic Review of the Literature. Journal of Management Studies. CULTI, Maria Nezilda; KOYAMA, Mitti A.H; TRINDADE, Marcelo. Economia Solidária no Brasil: Tipologia dos empreendimentos econômicos solidários, São Paulo: Todos os Bichos, 2010.
DAROLT, Moacir Roberto (2003) O consumidor e o mercado de produtos orgânicos. I Simpósio sobre Pesquisa em Agricultura Orgânica da UFLA, Lavras-MG.
69
DAYCHOUW, Merhi. 40 Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2007.DULLEY, R. D. et al. Passado, ações presentes e perspectivas à Associação de Agricultura Orgânica (AAO), São Paulo, Brasil. Informações Econômicas, São Paulo, 2000.
E-COMMERCE NEWS; O que é compra coletiva, 2010. Disponível em: https://ecommercenews.com.br/glossario/o-que-e-compra-coletiva (Acessado em junho de 2016)
FALGUERA, V., ALIGUER, N., & FALGUERA, M., 2012. An integrated approach to current trends in food consumption: Moving toward functional and organic products. FONSECA, M. F. de A. C. A institucionalização do mercado de orgânicos no mundo e no Brasil: uma interpretação. Rio de Janeiro: CPDA/Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Tese de doutorado, 2005.
FRANÇA FILHO, Genauto Carvalho. A Temática da Economia Solidária e suas implicações Originais para o Campo dos Estudos Organizacionais. In: ENCONTRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS (ENEO) DA ANPAD. Anais... Recife: 2002.
GEUSER, D. F., MOORAJ, S., & OYON, D. (2009). Does the balanced scorecard add value? Empirical evidence on its effects on performance. The European Accounting Review.
GODOY, Tatiane Marina. O Espaço da Economia Solidária:a autogestão na reprodução das relações sociais e os limites da emancipação social. Tese (Doutorado em Geografia). Programa de Pós-Graduação em Organização do Espaço. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2009.
GONÇALVES, M. M.; GOMES, C. B.; MEDEIROS, C. A. B. Efeito de diferentes caldas e biofertilizantes no controle de requeima (Phytophthora infestans) em batata (Solanum tuberosum) sob cultivo orgânico. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA, 2., 2007, Porto Alegre (RS).
GREENE, C. (2014). USDA ERS Organic Agriculture: Organic Market Overview. Retrieved online 19.07.2014, last updated 05.26.2016, published by Unites States
Department of Agriculture, Economic Research Service [URL: <http://www. ers.usda.gov/topics/natural-resources-environment/organic-agriculture/>].
GUDYNAS, E; porducion orgánica em América Latina, crescimiento sostenido com enfasis exportador. Montevideo - Uruguai: Claes, 2003.
IBGE; Censo Agropecuário 2006. Disponível em: http://prefiraorgânicos.com.br (Acessado em junho de 2016).
IDEC; Notícia do Consumidor, 2016. Disponível em: http://www.idec.org.br/em- acao/noticia-do-consumidor/como-consumir-produtos-organicos-sem-pagar-muito- mais-por-isso (Acessado em novembro de 2016).
70
IDEC; Notícia do Consumidor, 2015. Disponível em: http://www.idec.org.br/em- acao/noticia-do-consumidor/produtos-organicos-preco-mais-alto-em-prol-da-saude (Acessado em setembro de 2016).HILL, T., & WESTBROOK, R. (1997). SWOT analysis: It’s time for a product recall. LongRange Planning.
KAPLAN, R. S., NORTON, D. P. (2008) Executive premium: Linking strategy to operations for competitive advantage. Boston: Harvard Business School Press.
KAPLAN, R. S., NORTON, D. P. (2001). The strategy focused organization: How the balanced scorecard thrive in the new business environment. Cambridge, MA: Harvard Business School Press.
KAPLAN, R. S., NORTON, D. P. (2000) Organização Orientada para a estratégia: como as empresas que adotam o Balanced Scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de Janeiro: Campus.
KAPLAN, R. S., NORTON, D. P. (1997) Balanced Scorecard: A Estratégia em Ação. KAPLAN, R. S., NORTON, D. P. (1996) The balanced scorecard: Translating strategy into action. Cambridge, MA: Harvard Business School Press.
KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
KURTTILA, M., PESONEN, M., KANGAS, J., & KAJANUS, M. (2000). Utilizing the analytic hier-archy process (AHP) in SWOT analysis-a hybrid method and its application to aforest-certification case. Forest Policy and Economics.
LISBOA, Armando de Melo. Economia solidária e autogestão: imprecisões e limites. Revista de Administração de Empresa, Rio de Janeiro, p. 109-115, jul.-set. 2005.
LOTTER, D. W. Organic agriculture. Journal of Sustainable Agriculture, 2003.
MARIAN, L., CHRYSOCHOU, P., KRYSTALLIS, A., & THOGERSEN, J. (2014). The role of price as a product attribute in the organic food context: An exploration based on actual purchase data. Food Quality and Preference.
MATSUO, T. (2009). A reassuring mechanism design for traders in electronic group buying. Applied Artificial Intelligence. V. 23
MCCREADIE, Karen. A Arte da Guerra SUN TZU: uma interpretação em 52 ideias brilhantes: 1. ed. São Paulo: Globo, 2008.
MTE. Economia Solidária é alternativa para geração de trabalho e renda, 2016. Diponível em: http://www.mtps.gov.br/noticias/3203-economia-solidaria-e-alternativa- para-geracao-de-trabalho-e-renda (Acessado em julho de 2016).
71
MTE. O que é economia solidária, 2014. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/ecosolidaria/o-que-e-economia-solidaria.htm (Acessado em julho de 2016).
NEVES, José Luis. Caderno de pesquisa em administração, São Paulo, 1996.
NEVES, M. F.; CASTRO, L. T. (Org.). Marketing e estratégia em agronegócios e alimentos. São Paulo: Atlas, 2003.
OLABUENAGA, J.I. R.; ISPIZUA, M.A. La descodificacion de la vida cotidiana: metodos de investigacion cualitativa. Bilbao, Universidad de deusto, 1989.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologias e práticas. 20ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ORGANICSNET; Mercado de Orgânicos Cresce o Dobro no Brasil (2016). Disponível em: http://www.organicsnet.com.br/2016/01/mercado-de-organicos-cresce-o-dobro-no- brasil/ (Acessado em junho de 2016).
OTA; National Organic Program: Sunset Review (2012) for Nutrient Vitamins and Minerals. Disponível em www.ota.com (Acessado em junho 2016).
OWEN, R. A New View of Society and other Writings. London, Penguin Books, 1991. PLANETA ORGÂNICO; posição do Brasil no Mercado de Alimentos Orgânicos. Disponível em http://www.planetaorganico.com.br. (Acessado em junho de 2016). RODIGER, MANIKA; HAMM, ULRICH. How are organic food prices affecting consumer behaviour? A review, 2014.
RODRIGUES, Jorge Nascimento et al. 50 Gurus Para o Século XXI. 1. ed. Lisboa: Centro Atlântico.PT, 2005.
SACHS, I. (2002). Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável (4ª Ed.). Rio de Janeiro: Garamond
SAHOTA, A. (2014). The global market for organic food & drink. In Willer, H., & Lernoud, J. (Eds.), The world of organic agriculture – Statistics & emerging trends 2014. FiBL-IFOAM report. Research Institute of Organic Agriculture (FiBL), Frick, and International Federation of Organic Agriculture Movements (IFOAM), Bonn. SCHIMAICHEL, G. L.; RESENDE, J. T. V. A importância da certificação de produtos orgânicos no mercado internacional. Revista Eletrônica Lato Sensu, Ano 2, n. 1, jul/2007.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Entenda as diferenças entre associação e cooperativa. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-associacao-e- cooperativa,5973438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD (Acessado em dezembro de 2016).
72
SINGER, P. Introdução à Economia Solidária.1ª ed. - São Paulo: Fundação Perseu Abrano, 2002.SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM ECONOMIA SOLIDÁRIA.
Relatório Nacional 2005 – 2007. Disponível em:
http://www.mtb.gov.br/ecosolidaria/sies.asp# (Acessado em julho de 2016).
SOUZA, J. L. Desenvolvimento tecnológico da agricultura orgânica no espírito santo. In: AMBROSANO, E. (Ed.). Agricultura ecológica. Guaíba: Agropecuária, 1999. SOUZA, M. C. Aspectos institucionais do sistema agroindustrial de produtos orgânicos. Informações Econômicas, São Paulo, 2003.
SOUZA, R. A. M. de. Mudanças no consumo e na distribuição de alimentos: o caso da distribuição de hortaliças de folhas na cidade de São Paulo. 2005. 150 f. Dissertação (Mestrado)-Instituto de Economia, Universidade Federal de Campinas, Campinas (SP), 2005.
TENÓRIO, Fernando G. Gestão de ONGs – principais funções gerenciais. 3. Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.
TERRAZZAN, P., & VALARINI, P.J. Informações Econômicas, SP, v.39, n.11, nov. 2009.
TIFFANY, P.; PETERSON, S. D. Planejamento Estratégico: o melhor roteiro para um planejamento estratégico eficaz. Rio de Janeiro, Campus, 1998.
WILSON, R. M., & GILLIGAN, C. (2005). Strategic marketing management: Planning, imple-mentation and control. Routledge.
WILLER, H. Organic Agriculture Worldwide: The main results of the FiBL-IFOAM Survey 2010.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
ZANOLI, R., & NASPETTI, S. (2002). Consumer motivations in the purchase of organic food. A means-end approach. British Food Journal.
73
APÊNDICES
Apêndice A – Entrevista semi-estruturada realizada na Rede Ecológica
1) Em relação ao funcionamento da Rede, há funcionários assalariados ou somente voluntários? Qual a diferença na função?
2) A Rede Ecológica trata-se de um empreendimento econômico solidário, e portanto utiliza regime de autogestão e o conceito de democracia direta. No entanto, existe uma divisão hierárquica? Como é feita a divisão de funções?
3) Como são escolhidos os produtores? Quais são os requisitos que devem ser atendidos para ser um produtor associado da Rede? Existe certificação?
4) Os produtos enviados aos núcleos já são previamente reservados através do site. Como se dá a compra por um não associado então?
5) O que se faz com as sobras? Existe estoque para os produtos secos? 6) No caso de devolução dos produtos, quem arca com os custos?
7) Quais são as fontes de obtenção de recursos? Quais são as parcerias existentes? 8) Existe o conhecimento de quais são os maiores concorrentes da Rede Ecológica? Como a rede lida com a competitividade?
9) Como é medido o nível de satisfação do consumidor, uma vez que eles também atuam na gestão a Rede?
10) Existe carência de produtos? Como a Rede lida com a sazonalidade? Exista um estudo de previsão e demanda?
11) O que ocorre com os inadimplentes?
12) As taxas de associação variam de acordo com o núcleo (se são mensais, quinzenais ou semanais). É viável economicamente para o consumidor? Compensa pagar a taxa mais o custo do produto?
13) Como são estabelecidos os preços dos produtos?
74
Apêndice B – Quadro Comparativo entre preços dos produtos da Rede Ecológica e supermercado75
ANEXOS
Passo a passo Mutirão
1. Chegada (1º turno) às 15 horas;
2. Conferência dos produtos recebidos com a nota fiscal dos produtores e a Planilha Geral de Pedidos (atenção: sempre começar a conferência pelos eventuais ítens em estoque do mês anterior);
3. Pesagem e distribuição das castanhas do Pará em embalagens individuais de 500 gr (o peso deverá variar entre 497 e 502 gr, e deve-se pesar as castanhas usando sempre o centro da balança);
4. Assim que chegar o tofu, separar por Núcleo guardando etiquetado na geladeira ou no Freezer. Obs.: Não utilizar as duas prateleiras superiores do freezer pois o tofu congela e escurece;
5. Separação dos produtos pelos Núcleos a partir da Planilha Simplificada:
- Quando um ou mais produtos chegam em quantidade inferior a que foi pedida, avisar a pessoa responsável pelo mutirão. Será feita uma divisão proporcional pelos núcleos/pedidos;
- Quando um ou mais produtos chegam em quantidade superior a que foi pedida, separar na pilha de “Extras”. No final do dia sera feita a divisão dos produtos pelos núcleos que podem receber extras;
- Os produtos de limpeza chegam geralmente mais tarde, por volta da mudança de turno. 6. Anotação dos produtos que sobraram para formar estoque.
7. 18h Troca de turno. Os participantes costumam levar algo simples para comer e/ou beber, então geralmente de 17:45 às 18:15 acontece o “momento lanche”;
8. Continuação/conclusão dos processos anteriores;
9. Distribuição dos produtos extras. No mutirão estará indicado quais são os Núcleos que permitem ou não o envio de extras. Além disso, as pessoas que participam do mutirão têm direito a encomendar produtos extras, que serão encaminhados para o respectivo núcleo como produto “em reserva”.
10. Conferência final e distribuição para cada Núcleo da Planilha Simplificada e das Planilhas de Controle de Entrega (Produtos Secos), com a indicação dos produtos não entregues, dos produtos em quantidade menor ao pedido, e dos pedidos com excedente; 11.Arrumação e limpeza do espaço.