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7.0 SUPORTE ADMINISTRATIVO: PLANEJAMENTO, APOIO À DECISÃO E AVALIAÇÃO.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) RECURSOS E DISPONIBILIDADES

7.0 SUPORTE ADMINISTRATIVO: PLANEJAMENTO, APOIO À DECISÃO E AVALIAÇÃO.

Como se vem afirmando, a informação, resultado do tratamento aplicado aos dados, é um bem de valia inestimável, para não dizer revolucionário, posto que incide, decisivamente, na alteração dos valores e do “modus operandi” de uma sociedade, determinando, em consequência, seu grau de desenvolvimento, seu acervo cultural, sua produção técnico-científica, suas rotinas em diferentes atividades etc.

Face às condições potenciais da informação, advinda, sobretudo, com as novas tecnologias fundamentadas na tríade metodologia-técnicas-ferramentas, os sistemas de informação surgem, não apenas, como meio de se evitar o risco do tempo perdido, mas, principalmente, para se interpor como autêntico instrumento de re-estruturação com modernização, relevando, como premissa básica, a transparência como forma de controle, de integridade e de acessibilidade às informações (Schneider et al, 1992).

Considerando a informatização como processo global integrado, destacam- se dois cenários distintos, porém complementares: a automatização dos principais serviços ou tarefas diuturnas, através dos sistemas de informação; e a disponibilidade de um sistema de computação. Com relação aos sistemas de informação, estes devem operar de uma forma cooperativa e integrada, pois a dissociação dos mesmos reproduzirá um ambiente convencional de processamento de dados, ou seja, o processamento de arquivos de dados isolados.

Como se disse, a informação é o resultado do processamento aplicado aos dados primários. A sua produção e disseminação estão suportadas em três pilares, a saber: a engenharia da informação, a informática e a telecomunicação.

A engenharia da informação tem, como objetivo principal, permitir que uma organização funcione como uma unidade, isto é, fazer com que os sistemas separados relacionem-se entre si na forma adequada. Para tanto, as informações devem ser planejadas, projetadas, coordenadas e estarem disponíveis quando solicitadas pelos usuários credenciados.

Didaticamente, se pode separar a ação da engenharia da informação em quatro fase: (Neto et al, 1998)

a) Planejamento Estratégico de Informações, relativo à estratégia de negócios, objetivos da alta administração e fatores críticos de sucesso. Nesta fase, cria- se uma visão de alto nível da organização, suas funções, dados e necessidades de informações. Busca-se saber, também, como a tecnologia pode ser usada para criar novas oportunidades e oferecer vantagens sobre a concorrência.

b) A segunda fase é a Análise da Área de Negócios, que se preocupa com o levantamento dos processos necessários para operacionalizar determinada área de negócios, como estes processos estão relacionados entre si e quais os dados necessários.

c) A próxima fase é a de Projeto dos Sistemas de Informação, quando se verificará como os processos selecionados serão automatizados. Em outras palavras, é nesta fase que os Analistas de Sistema modelam o mini-mundo estudado, utilizando teorias, técnicas e ferrramentas de modelagem. É impressindível o envolvimento do usuário final no projeto dos procedimentos que implementarão os sistemas.

d) A última fase é a da Construção dos Programas definidos na fase anterior. Esta tarefa é realizada pelos programadores ou pelos geradores automáticos de código. Como produto final, tem-se os programas escritos em uma linguagem de programação de alto nível, os quais serão traduzidos para a linguagem de máquina para, posteriormente, serem executados pelo computador.

É importante frisar que as duas primeiras fases são independentes da tecnologia, enquanto as duas últimas dependem da tecnologia a ser utilizada.

A informática vem oferecer os meios necessários para que os problemas sejam adequadamente representados, os dados sejam armazenados, a informação seja produzida e disponibilizada para o usuário final. À seguir, comentar-se-á acerca de algumas áreas da informática, cujo objetivo principal é gerar informação.

A engenharia de software se preocupa com o projeto e construção dos sistemas de informação. Em outras palavras, é o conjunto de técnicas que trata a concepção de um software como um produto de engenharia que requer planejamento, análise, projeto, implementação, teste e manutenção.

Um sistema de informação é um tipo especial de software e pode ser definido como uma série de elementos inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) as informações e fornecem um mecanismo de feedback para possibilitar ajustes ou modificações nas atividades de entrada ou processamento. (Stair, 1998)

Os sistemas de informação podem ser classificados de acordo com o nível do seu usuário dentro da organização. Numa visão top-down , tem-se, no nível mais alto, os Sistemas de Apoio à Decisão, cuja função é ajudar a alta gerência a decidir. No nível intermediário ou tático, aparecem os Sistemas de Informações Gerenciais, os quais já apresentam informações com um nível razoável de agregação e, finalmente, no nível mais baixo, os Sistemas de Processamento de Transações, são utilizados para automatizar as rotinas de nível operacional.

Para que um sistema de informação seja considerado de qualidade, ele deve atender, satisfatoriamente, à três requisitos: revisão, transição e operação. À seguir, encontra-se os fatores que conferem qualidade a cada uma dessas características. (Pressman, 1995)

a) Para que um software possibilite revisão, ele deve ser legível, de fácil verificação e correção, ser flexível e deve ser mensurável.

b) Quanto à transição, os fatores que a d eterminam são: portabilidade, isto é, a facilidade de instalar o software em ambientes computacionais distintos; a reutilizabilidade, ou seja, a possibilidade de reaproveitar partes de um software na construção de outro software e a interoperabillidade, quer dizer, a característica de um software interagir com outro software.

c) Como se disse, a terceira característica de um software de qualidade é a facilidade da sua operação. Para tanto, o software deve atender às seguintes prerogativas: fidedignidade, robustez, eficiência, integridade e utilizabilidade.

Uma outra área da Informática que é voltada para a informação é a dos Sistemas de Banco de Dados (SBD). Eles são constituídos por programas que servem de interface entre o Banco de Dados e os programas aplicativos ou entre o Banco de Dados e o usuário. Como objetivo principal, um SBD deve fornecer, a qualquer instante, uma representação concisa e de fácil entendimento do problema que está modelando. Deve, também, oferecer acesso eficiente às informações e apresentar mecanismos de atualização simples e consistentes.

O Sistema Gerenciador de Banco de Dados, um dos componentes de um Sistema de Banco de Dados, é o software que se encarrega de atender as solicitações dos usuários quanto à recuperação, modificação, eliminação dos dados armazenados ou inclusão de novos dados no Banco de Dados. (Schneider, 1988)

O que as ferramentas digitais fazem que os relatórios em papel não conseguem, é dar a todos a capacidade de fazer a próxima pergunta. Uma vez que nunca se sabe qual será essa questão, se precisa, então, de ferramentas que nos ajudem a explorar as respostas.

A integração dos sistemas de informação é obtida, tendo-se uma visão macro da organização. Essa referência permite a concepção top-down de um sistema integrado de informações, ou seja, inicialmente, é feito um modelo descritivo, a partir de observações e vivência do mini-mundo, derivando-se, a seguir, o modelo conceitual e, deste, um modelo operacional que é, então, introduzido no computador (Schneider et al, 1992).

Já os sistemas de apoio à decisão visam permitir, de forma eficiente, o acesso aos dados importantes para o planejamento, análise e controle das atividades semi-estruturadas de uma organização, ou seja, aquelas onde existe mais de uma regra de decisão que resolve as situações onde se pode assegurar certeza em relação aos dados, aos procedimentos utilizados ou à sua sequenciação (Schneider, 1988).

Assim, as informações das grandes áreas temáticas deverão se relacionar entre si, apenas no nível estratégico, onde novas informações seriam geradas, aferindo-se, de forma contraposta, todas as funções e serviços da organização,

tomada, agora, como um todo. Evidentemente, será necessário observar um grau de agregação suficiente, segundo as classes de informações (estatísticas, documentais, cadastrais, projetos/atividades etc), para subsidiar, continuamente, os processos de planejamento, de decisão e, sobretudo, de avaliação institucional. Dessa forma, se apresentou neste capítulo, um conjunto de tecnologias informáticas e de comunicação que podem ser empregadas no processo ensino- aprendizagem ou nas atividades que lhe confere suporte.

No próximo capítulo é descrito um ambiente que se utiliza das tecnologias ora descritas, com o intuito de melhorar a qualidade das atividades desenvolvidas na escola, visando promover um melhor aproveitamento por parte dos estudantes no processo de aprendizagem.

CAPÍTULO V

UMA PROPOSTA DE AMBIENTE ERGONÔMICO DE