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WALBERT DE ANDRADE VIEIRA EMÍLIO CARLOS SPONCHIADO JÚNIOR LARISSA COSTA E SILVA ADRIANA DE-JESUS-SOARES O impacto da pandemia por COVID-19 no funcionamento das atividades educacionais ocorreu em escala global. Estima-se que mais de 80% dos estudantes do mundo tiveram suas rotinas paralisadas pelos fechamentos das instituições de ensino em mais de 160 países. Especificamente para o ensino odontológico, o alto risco de contaminação durante as atividades ambulatoriais exigiu a imediata paralisação e elaboração de novas estratégias de ensino. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar as mudanças ocasionadas pela pandemia por COVID-19 no funcionamento dos cursos de odontologia no Brasil e as estratégias educacionais adotadas nesse período. Este estudo trata-se de um Web-survey, onde os coordenadores dos cursos de odontologia do Brasil foram contatados via email em Junho de 2020 e convidados a responderem um questionário online formado por oito perguntas relacionadas à suspensão de atividades acadêmicas, quais atividades mantidas, quais alternativas de ensino adotadas e qual o planejamento de mudanças pós-pandemia. Os cursos de odontologia, bem como o contato dos coordenadores foram identificados pelo sistema do E-MEC, e apenas os cursos ativos foram incluídos. A taxa de resposta foi analisada pela estratificação por natureza jurídica, resultado da avaliação nacional de desempenho e tempo de criação dos cursos. Os dados das respostas dos questionários foram analisados por meio de estatística descritiva e expressos como frequência absoluta ou relativa. Um total de 481 cursos ativos foram identificados, porém apenas 230 coordenadores (47,8%) responderam ao questionário. A taxa de resposta foi total nos cursos públicos (100%) e parcial nos privados (40,8%). Estratificando pelos conceitos do ENADE, instituições com conceitos 4 e 5 apresentaram uma taxa de resposta de 79,2% e 84,6%, respectivamente. A menor taxa de resposta (38%) foram dos cursos iniciados nos últimos 8 anos (n=277) e que ainda não possuem conceito ENADE. A taxa de resposta também foi alta entre os cursos criados até 1990 (75% de resposta). Em relação as principais mudanças ocorridas no ensino, a maioria dos cursos (83,3%) suspendeu todas as atividades clínicas, e uma pequena parcela manteve apenas os atendimentos de emergência. A minoria dos cursos suspendeu totalmente as atividades (16,7%), enquanto a maioria manteve as atividades teóricas via salas virtuais (Google Meet ou Hangouts, Zoom ou Microsoft Teans). Grande parte dos cursos (50%) estão viabilizando discussões para garantir a formatura dos alunos finalistas e também adaptando meios alternativos de avaliação dos estudantes (30%). O planejamento para o retorno das atividades envolve principalmente adaptações nos protocolos de atendimentos clínicos (86,3%) e de distanciamento social (82,4%). Pode-se concluir que a pandemia teve impacto direto no funcionamento dos cursos de Odontologia brasileiros, ocasionando na paralisação total das atividades práticas, e migração das atividades

MUDANÇAS IMPOSTAS PELO SARS-CoV-2 AO ENSINO DA SAÚDE BUCAL COLETIVA

MARIA CAROLINA VALDIVINO SOARES DEBORA LANA ALVES MONTEIRO WILTON WILNEY NASCIMENTO PADILHA ALESSANDRO LEITE CAVALCANTI ALIDIANNE FÁBIA CABRAL CAVALCANTI A pandemia desencadeada pelo novo coronavírus impôs a necessidade de modificação dos sistemas educacionais, devido à recomendação do distanciamento social. No Brasil, o Ministério da Educação publicou uma Portaria autorizando o uso de tecnologias da informação e comunicação em substituição ao ensino presencial. Desse modo, as Instituições de Ensino Superior (IES) buscaram meios para instituir ou aprimorar o ensino em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi relatar as mudanças impostas pelo SARS-CoV-2 ao ensino do componente curricular “Saúde Bucal Coletiva”, em uma instituição pública do estado da Paraíba. Com a anuência de todos os discentes e em cumprimento às normativas institucionais, o conteúdo programático foi ministrado, integralmente, por meio de atividades síncronas, e, não excedeu 50% da carga horária semanal do componente (3h). Os encontros virtuais ocorreram por meio da ferramenta Google Meet, da plataforma G Suite for Education, sempre no mesmo dia e horário, com o suporte dos recursos do Google Classroom, de modo a permitir a comunicação integrada entre docente e alunos por meio de vídeos, áudios e mensagens de texto. Para complementação do processo de aprendizagem foram elaboradas atividade pautadas no método “Problem-Based Learning” (PBL), bem como disponibilizadas listas de exercícios e roteiros de estudo. Além das atividades expositivas, na 1ª Unidade Temática (UT) foram convidadas docentes de IES parceiras, com expertise nas áreas de Odontopediatria e Odontologia para Pacientes com Necessidade Especiais, para que uma discussão conjunta e dinâmica possibilitasse aos discentes um olhar mais aprofundado sobre os agravos que acometem grupos populacionais específicos. Durante todo o desenrolar da 2ª UT, uma monitora e uma aluna de Pós-graduação estabeleceram com os discentes uma comunicação por meio do aplicativo Whatsapp, a fim de discutirem os assuntos expostos, bem como eventuais dúvidas das temáticas apresentadas. A abordagem avaliativa incluiu a utilização do Google Forms, com questões subjetivas e de múltipla escolha, sendo a atividade executada individualmente, em tempo real. O protagonismo discente foi explorado por meio da produção de material audiovisual, no qual foram expressas as perspectivas futuras da SBC, face ao atual contexto. Todo o percurso metodológico e avaliativo foi pactuado previamente com os discentes. É inegável que a pandemia da COVID-19 acelerou um processo de transformação do contexto educacional. Na experiência ora apresentada, destaca-se o papel essencial de uma abordagem multidimensional que além de fomentar o conhecimento da área técnica e despertar o raciocínio crítico e reflexivo, incorporou uma contextualização da situação sanitária vigente, bem como buscou estabelecer um diálogo com os estudantes. Um olhar atento, individualizado e flexível somado a um constante exercício de resiliência de todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem constituíram as principais mudanças vivenciadas nesse período letivo. Foi uma nova forma de pensar, ensinar e aprender que trouxe outros significados para a Saúde Bucal Coletiva.

MUDANÇAS NA VIDA DE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA NO ISOLAMENTO

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