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O objetivo da coleta de dados é garantir a obtenção de dados que possam atingir o alcance das informações necessárias para fundamentar a resposta do problema de pesquisa proposto (ZAMBERLAM et al., 2014).

Foram utilizadas fontes primárias e secundárias para realizar a coleta de dados. As fontes secundárias são dados provenientes de bibliografias já publicadas, ou seja, de autoria conhecida. Utilizou-se, livros, artigos e monografias sobre o tema estudado. Já as fontes primárias, são referentes aos dados nunca antes coletados, compilados e analisados pela autora deste estudo. Neste caso, será utilizada a aplicação de um questionário junto aos trabalhadores da organização (MARCONI; LAKATOS, 2011).

Para Luz (2003, p. 39), o questionário “geralmente é mais aceito pelos respondentes, pelo fato de as empresas usarem como premissa a preservação do anonimato. Isso garante maior credibilidade a esta técnica”. Marconi e Lakatos (2011, p. 86) afirmam que o “questionário é um instrumento de coleta de dados construído por uma série ordenada de perguntas”. Neste caso, o questionário apresentará questões demográficas e questões referentes à opinião dos respondentes sobre atitudes, percepções e sentimentos relacionados com o seu ambiente de trabalho (SCHERMERHORN JR.; HUNT; OSBORN, 1999).

O instrumento de coleta de dados escolhido para desenvolver o presente estudo é a Escala de Clima Organizacional – ECO que foi desenvolvida por Martins (2008). Esse modelo busca avaliar o clima organizacional através de um questionário que abrange cinco indicadores: apoio da chefia e da organização, recompensa, conforto físico, controle/pressão e coesão entre colegas (Definições no Quadro 2 a seguir). Os cinco fatores são avaliados através de 63 afirmativas que dispõe de cinco opções de respostas representadas por uma escala que utiliza “Discordo totalmente”, “Discordo em partes”, “Nem concordo nem discordo”, “Concordo em partes” e “Concordo totalmente”. As cincos opções de resposta da escala representam os valores 1, 2, 3, 4 e 5 respectivamente.

Conforme citado anteriormente escolheu-se o modelo de Martins (2008) para o desenvolvimento desta pesquisa de clima organizacional, por ter sido avaliado e considerado como o mais adequado dentre os modelos estudados, pois apresenta vários elementos que

condizem com os objetivos propostos neste estudo para resolver o problema de pesquisa, além de os cinco fatores avaliados na escala também condizerem com a realidade organizacional e as expectativas da cooperativa acerca deste estudo.

Os cinco fatores avaliados são definidos, delimitando quais são as afirmativas que pertencem a cada fator, e são apresentados ainda seus índices de precisão no Quadro 2 a seguir.

Quadro 2 - Denominações, definições, itens integrantes e índices de precisão dos fatores da ECO.

Denominações Definições Itens Índices de precisão

Apoio da chefia e da organização

Suporte afetivo, estrutural e operacional da chefia e da organização fornecido aos empregados no desempenho diário de suas atividades no trabalho.

1 ao 21 0,92

Recompensa Diversas formas de recompensa usadas pela empresa para premiar a qualidade, a produtividade, o esforço e o

desempenho do trabalhador. 22 ao 34 0,88

Conforto físico Ambiente físico, segurança e conforto proporcionados pela empresa aos empregados. 35 ao 47 0,86 Controle/pressão Controle e pressão exercidos pela empresa e pelos supervisores sobre o comportamento e desempenho dos

empregados. 48 ao 56 0,78

Coesão entre

colegas União, vínculos e colaboração entre os colegas de trabalho. 57 ao 63 0,78 Fonte: Martins (2008, p. 33)

Para garantir o entendimento dos trabalhadores na aplicação do questionário e assim garantir a obtenção do resultado esperado do estudo, foram realizadas algumas adaptações no modelo proposto por Martins (Apêndice 1).

As principais adaptações foram elaboradas pensando em facilitar o entendimento dos trabalhadores que responderam ao questionário, modificando palavras e terminologias que pudessem não ser compreendidas. As adaptações foram basicamente realizadas na ortografia das afirmativas. A única afirmativa substituída foi a de número 37 que no modelo de Martins (2008) afirmava: Nesta empresa, o deficiente físico pode se movimentar com facilidade. Como entre os trabalhadores do supermercado não existe nenhum deficiente físico a questão foi modificada para: Ao desenvolver suas tarefas, você faz muitos movimentos repetitivos. A escala utilizada também sofreu pequenas adaptações ortográficas e de layout para facilitar o entendimento e a escolha das alternativas aos respondentes. Foi acrescentada ainda uma breve explicação sobre a pesquisa e incluídas questões sobre dados demográficos no questionário para que fosse possível verificar o perfil dos trabalhadores do supermercado e identificar possíveis comportamentos específicos relacionados a determinados grupos.

A fim de sensibilizar os trabalhadores sobre a pesquisa de clima organizacional, na oportunidade da reunião mensal realizada no supermercado da cooperativa foi comunicada a realização do estudo, apresentado seus principais objetivos e contribuições, a importância da participação de todos, a importância da sinceridade ao responder o questionário e por fim, foi enfatizado ainda o anonimato da pesquisa, a fim de garantir a ampla adesão dos trabalhadores. Após a finalização das adaptações realizadas no instrumento de coleta de dados, foi realizado o pré-teste com quatro dos trabalhadores terceirizados e os dois menores aprendizes do supermercado.3 A aplicação do pré-teste possibilita verificar a fidedignidade, validade e operabilidade do questionário. A aplicação do pré-teste é necessária uma vez que permite verificar possíveis erros no instrumento de coleta dos dados (MARCONI; LAKATOS, 2011). A escolha dos trabalhadores terceirizados e dos menores aprendizes para a aplicação do pré- teste se justifica como um critério para não viciar a amostra e pelo fato de que estes não farão parte do estudo, pois são prestadores de serviços para a cooperativa.

Ao analisar as dificuldades e sugestões dos respondentes do pré-teste verificou-se a necessidade de adicionar a escala das respostas em todas as páginas e acrescentar um intervalo de tempo que estava faltando no item tempo de empresa. Essas modificações foram realizadas e a partir destes últimos ajustes o instrumento de coleta de dados foi aprovado e autorizado para aplicação pela cooperativa.

A aplicação dos questionários aconteceu em grupos de cinco trabalhadores, nos períodos da manhã e da tarde e em horários pré-definidos. Somente um trabalhador que demonstrou dificuldades de interpretação respondeu o questionário fora da cooperativa com o auxílio dos familiares, os demais responderam os questionários no local de trabalho durante o tempo estabelecido para aplicação com o acompanhamento da pesquisadora.4

Para o desenvolvimento do presente estudo, foi utilizada ainda a coleta de dados documentais sobre a organização, realizadas in loco e no website. Gil (2010) destaca que esta técnica busca descrever os dados de modo objetivo, metódico e qualitativo.

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