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SUMÁRIO 1 Considerações iniciais

VII. aderência a diretrizes e

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.4. Técnica de coleta de dados

Para a coleta de dados, é necessário correlacionar os objetivos aos meios para alcançá-los além de justificar a adequação de um a outro (VERGARA, 2007). Para este fim, foi utilizado como suporte dados primários e secundários, sendo que àqueles são elaborados pelo pesquisador, enquanto estes são obtidos, de fontes que não tiveram tratamento ou que podem ser reelaborados (GIL, 2010), como por exemplo, documentos, publicações da própria organização, livros e dissertações. Vergara (2007) sinaliza que procedimentos de coleta de dados têm vantagens e desvantagens, as quais devem ser avaliadas pelo pesquisador a fim de escolher o(s) instrumento(s) de pesquisa(s) mais apropriado(s) ao problema de investigação.

Nesta pesquisa, os dados primários foram coletados por meio de entrevistas e questionários e os secundários a partir de pesquisa documental. A observação foi do tipo participante, a qual pressupõe pessoa implicada no problema sob investigação, e desta forma, aproxima pesquisador e pesquisado (VERGARA, 2007).

A utilização da entrevista apresenta a vantagem de permitir maior entendimento em relação às informações, uma vez que no decorrer da aplicação alguns aspectos podem ser mais esclarecidos e explicados entre as partes envolvidas. A entrevista em profundidade consiste em técnica demorada e requer muita habilidade do entrevistador. Conforme Easterby-Smith et al. (apud ROESCH, 1999), as entrevistas semi ou não estruturadas são recomendadas quando:

a. é necessário entender os constructos que os entrevistados usam como base para suas opiniões e crenças sobre uma questão ou situação específica;

b. o objetivo da entrevista é desenvolver uma compreensão sobre o “mundo” do respondente, para que o pesquisador possa influenciá-lo, seja de maneira independente, seja em colaboração, como é o caso com a pesquisa-ação;

c. a lógica passo a passo da situação não está clara;

d. o assunto em questão é altamente confidencial o entrevistado poderia relutar em dizer a verdade sobre a questão e forma confidencial, numa situação de pessoa a pessoa. (EASTERBY- SMITH et al, apud ROESCH, 1999, p. 159) Neste estudo, o tipo de entrevista adotada foi a semiestruturada, a qual, conforme Trivinos (1987), parte de questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses, que interessam à pesquisa, oferecendo amplo campo de interrogativas, fruto de novas hipóteses que vão surgindo à medida que se recebe as respostas dos informantes. O Roteiro da entrevista consta no Apêndice C e compreendeu 5 questões relacionadas ao tema. Para concretizar as entrevistas, foi realizado um pré-agendamento por e-mail, apresentando preliminarmente os motivos do contato. Das 11 entrevistas programadas, 6 foram realizadas no mês de fevereiro de 2014, 2 (duas) no mês de março de 2014 e 3 (três) delas não foram realizadas devido à indisponibilidade de tempo e agenda, o que representou 72% da amostra inicial. Acrescenta-se que a cada um dos entrevistados foi apresentado o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”, constante do Apêndice A. Para facilitar a transcrição e com a permissão dos participantes, 7 das entrevistas foram gravadas, gerando aproximadamente 4 horas de gravação e 27 páginas de conteúdo e, 1 (uma), devido a preferência dos participante, foi entregue por escrito. Em seguida, foram atribuídos aos depoimentos um código de identificação para garantir a confidencialidade e melhor apresentação textual: a) Entrevistado 1: E1; b) Entrevistado 2: E2; c) Entrevistado 3: E3; d) Entrevistado 4: E4; e) Entrevistado 5: E5; f) Entrevistado 6: E6; g) Entrevistado 7: E7; h) Entrevistado 8: E8.

No que concerne ao questionário, verifica-se que é a técnica de investigação composta por um número relativamente elevado de questões apresentadas por escrito, que visa o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e situações vivenciadas (GIL, 2010). Para elaboração do questionário, levou-se em consideração Oppenhein (apud ROESCH, 1999) que descreve sobre a necessidade de

haver reflexão e planejamento do pesquisador para mensuração do que se quer obter, operacionalizando-o através de escalas, questões abertas e fechadas, ordem e agrupamentos das questões e instruções de preenchimento. Em relação aos questionamentos, o referido instrumento de coleta conteve, ao todo, 20 perguntas. Dessas, 5 referiram-se ao perfil dos participantes e as demais compuseram-se de perguntas fechadas (sim, não ou inapto a responder), de múltipla escolha (possibilidade de mais de uma resposta), do tipo escala social (medição da intensidade das percepções), além de uma questão aberta (GIL, 2010). A identificação do perfil considerou as seguintes categorias: gênero, faixa etária, área de formação, titulação e cargo. Salienta-se que tal identificação não teve como intuito relacionar essa caracterização com a percepção dos controles, mas tão somente obter um panorama da população respondente. Este instrumento de pesquisa consta do Apêndice D e foi encaminhado por e-mail e disponibilizado por meio de um link na internet, utilizando-se da ferramenta Google Doc’s®, a fim de garantir o anonimato dos participantes. A opção da escolha por esse instrumento relaciona-se à otimização de tempo e facilidade para a posterior análise dos dados. Na mensagem de e-mail, encaminhada aos sujeitos da pesquisa, constou a “Apresentação e pedido de participação” demonstrada no Apêndice B.

Salienta-se que, previamente ao encaminhamento do questionário, foi realizado um pré-teste com três servidores da UFSC, a fim de verificar a coerência e clareza das questões. Após alguns ajustes, os questionários foram encaminhados por e-mail por duas vezes no mês de fevereiro de 2014, sendo que dos 50 questionários, o percentual de retorno foi de 52% (26 questionários respondidos).

Em relação à pesquisa documental, dentre outras vantagens, trata-se de uma fonte rica e estável de dados, possibilita a confirmação de achados de outras fontes, apresenta custos baixos, permite conhecimento do passado (GIL, 2010; YIN, 2010). Assim, na presente pesquisa foram empregados como base documental o Relatório Anual das Atividades da Auditoria Interna (RAINT), o Plano Anual das Atividades da Auditoria Interna (PAINT), o Relatório de Gestão, Acórdãos do Tribunal de Contas da União, além de Portarias da UFSC consultadas pelo Sistema Lotus Notes.

Na sequência, são demonstradas as principais variáveis utilizadas para a coleta, análise e interpretação de dados.