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TÉCNICA TERAPÊUTICA

No documento LINGUAGEM DOS MATERIAIS (páginas 173-179)

Os Materiais Alternativos

TÉCNICA TERAPÊUTICA

Trabalhar com pedras pode despertar diferentes sentimentos, pois, ao ser manipulada, ela estimula o tato, dando uma sensação de força, permanência, de dureza, de textura (lisa, crespa, etc.), às vezes, por sua transparência e cor, remetem às pedras preciosas.

Está técnica deve começar com a leitura da lenda da pedra do toque. Após a leitura, incentive o diálogo sobre o texto lido.

Para o segundo momento, separe os seguintes materiais.

Pedras pequenas e lisas, de diferentes cores, formatos e tamanhos. Algumas já vêm previamente furadas, o que vai facilitar o seu uso na montagem e criação de colares;

Fios de barbantes coloridos, ou de couro, ou correntes, fio de náilon.

Coloque sobre a mesa os materiais, peça para pensarem numa pessoa muito especial, depois escolha, entre as pedras, aquela que mais se parece com a pessoa amiga. Deve se pensar pelo menos em quatro ou cinco pessoas. Caso alguém pense em mais ou em menos, não tem problema. Após a escolha das pedras, deverá ser dado o fio que unirá as pedras escolhidas. Os fios devem ser maleáveis para o caso das pedras não possuírem furos para passar o fio, para que eles possam ser enrolados ao redor da pedra dando um nó.

Esse trabalho ajuda a pessoa a identificar seus amigos, pessoas especiais, e muitas vezes julgamos não ter amigos e eles estão tão perto de nós, a ponto de serem jogados ao mar, como na lenda.

Dicas: Fazendo sua própria pedra.

Pegue uma caixa de leite vazia, corte a parte de cima, coloque uma xícara de gesso em pó e um copo de água (averiguar a quantidade de água), misture rapidamente, pois o gesso endurece muito rápido. Depois do gesso seco, tire da caixa (se achar mais fácil rasgue a caixa), aí está uma pedra de gesso, com ela você pode trabalhar a técnica de esculpir, a colher e a faquinha plástica são ótimos instrumentes para esculpir a pedra de gesso.

As pedras, também, são ótimas para fazer construções. Escolham pedras lisas, lave-as e seque-as. Com cola branca, ou cola de silicone, vá unindo uma na outra, na forma que quiser, formando casa, torre, monte. Porém, esse é um trabalho muito lento, deverá esperar que a cola de cada camada de pedra seque. Quando finalizar, pincele com cola branca para dar um brilho todo especial.

Grãos e sementes

Texturas, cores, tamanhos e formas criativas.

A nossa natureza é riquíssima. Ela produz inúmeros materiais com os quais podemos utilizar em diversos trabalhos artísticos, tanto na arte, na educação quanto na saúde. Com eles, podemos trabalhar a textura, as formas, os tamanhos, as cores, os pigmentos para criação de tintas e muito mais.

Dica da professora Outra possibilidade de atividade com pedra é uma infinidade de jogos e brincadeiras. Os jogos possibilitam trabalhar a atenção, a concentração, a coordenação motora ampla e a socialização.

Os trabalhos com os grãos e as sementes permitem o despertar da atenção para a valorização dos recursos oferecidos pela natureza como materiais de arte de grande possibilidade criativa e reflexiva sobre o cuidado com a terra e com seus frutos, tão importante na alimentação.

Através das sementes, podemos levá-los a descobrir um mundo fascinante, onde uma pequena semente ou grão podem se transformar em árvores, flores, frutos, em alimento, através do processo de plantação e germinação. Quem nunca experimentou colocar um grão de feijão no algodão molhado dentro de um copo para vê-lo crescer e se tornar um broto, e vir até se transformar num pé de feijão? Essa, com certeza, é uma experiência simples, mas de extrema grandeza, pois podemos trabalhar a morte, o nascimento, o crescimento, o dar frutos...

Terapeuticamente, essa experiência nos leva a refletir sobre como estamos, como nos sentimos, e o que estou precisando para crescer mais forte e saudável, o que preciso para me desenvolver, onde estou plantada, se estou forte, alimentada, seca, murcha, e muito mais, pois quem dará os significados serão os pacientes, ou os alunos, ou até mesmo seus clientes.

A partir dos grãos secos, podemos trabalhar com várias técnicas diferentes como na colagem, por exemplo. Essa técnica é muito aceita nas diferentes faixas etárias, pois ela é muito simples e facilitadora da expressão plástica.

Os grãos e as sementes, também, podem ser usados no desenho, criar formas, linhas, usando apenas papel, cola, sementes e muita criatividade. As

sementes podem ser pintadas e transformadas em belíssimas bijuterias, bordados, mosaicos, adornando telas, caixas, agendas e em tudo o mais que a imaginação permitir criar.

Dicas: experiências com o “Meu pé de feijão”

Antes de trabalhar com o feijão, conte o conto “João e o pé de feijão”, depois sugira o plantio do feijão, ensine como cuidar do pé de feijão e a observar seu crescimento, dia após dia. Ao término dessa experiência, o feijão se tornará um broto, levante questões, comente e fale a respeito das observações, sempre incentivando a escrita e a narrativa a partir da história pessoal, baseada nas experiências com o plantio do pé de feijão.

Outras atividades: MOSAICO COM SEMENTES

Material:

 papéis ou cartões;  cola;

 Sementes de formas e cores diversas (feijão, ervilha, amendoim, arroz, milho.

Procedimento

Desenhe livremente sobre o cartão e, em seguida, aplique as sementes como elementos de textura e cor, colando-as sobre o desenho.

Procure usar sementes bem coloridas e contrastantes, colando uma a uma para evitar deslocamento não prejudicar o trabalho.

Pode-se iniciar o trabalho espalhando cola sobre uma parte do desenho aplicando imediatamente as sementes.

Use a cola polar que tem a propriedade de plastificar, protegendo, assim, as sementes da deterioração.

No caso de não conseguir sementes coloridas, use qualquer uma neutra (arroz, por exemplo) como textura, colorindo, em seguida com anilinas dissolvidas em álcool de 90º.

Construindo mandalas com grãos e sementes:

Material:

 Papel Canson A3 em forma circular;  Cola branca;

 Diferentes sementes ou grãos;  Lápis preto;

 Lápis cera.

Processo:

Em primeiro lugar, faça um desenho com traços suaves para não marcar, depois preencha com o giz de cera, colorindo, em seguida passe a cola branca sobre as linhas do contorno do desenho e com uma colherinha ou manualmente, uma a uma, coloque as sementes. Aproveite a variedade de sementes e ou grãos e misture dando colorido e texturas em seu desenho. Dica da professora Com o mesmo procedimento, você pode desenhar livremente e construir diferentes imagens com as sementes.

Mandala Tibetana

Mandala é uma palavra sânscrita para círculo de cura ou mundo inteiro. É uma representação do universo e de tudo que há nele. Khyil-khor é a palavra tibetana para mandala e significa "centro do universo onde um ser totalmente iluminado habita". Os círculos sugerem totalidade, unidade, o útero, completude e eternidade. Representa a harmonia do cosmo e a energia. Tem o poder de modificar as nossas energias diárias e exercem influência sobre o ambiente.

Carl Gustav Jung, eminente psiquiatra suíço, fez uso do termo mandala e de seu significado simbólico na construção de sua teoria. Correlacionava a mandala e suas imagens circulares usadas na religião e na psicologia, elas podem ser confeccionadas de várias maneiras e com vários materiais diferentes, que vão das areias, pedras, pétalas de flores, ou da forma tradicional como desenho e pintura.

Trabalhar com mandalas tem um efeito terapêutico muito profundo, tanto em produção espontânea quanto em trabalhos efetuados em processo terapêutico; não tendo grande valor terapêutico no caso de cópia ou repetição de forma aleatória.

Técnica: Frottage Material:

 Papelão ou papel panamá;  Cola branca;

 Sementes ou grãos;  Giz de cera;

Processo:

Escolha alguns tipos de sementes ou grãos, como, por exemplo, arroz, lentilha, linhaça, sementes de girassol. E cole aleatoriamente numa base de papelão, ou papel panamá; em seguida, pegue papel A4, coloque sobre as sementes coladas no papelão e com giz de cera deitado, passe sobre o papel. Vá virando o papel e mudando de cor, isso produzirá um lindo efeito.

No documento LINGUAGEM DOS MATERIAIS (páginas 173-179)

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