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Técnicas de compressão torácica 1 Vitimas acima de 8 (oito) anos.

No documento MTB-12 RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS.pdf (páginas 180-187)

8 REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

CAPÍTULO 08 – REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR

8.4. Técnicas de compressão torácica 1 Vitimas acima de 8 (oito) anos.

8.4.1.2. posicionar a vítima na horizontal (Decúbito Dorsal Horizontal) numa superfície rígida, posicionando-se lateralmente a mesma, na altura do seu tórax;

8.4.1.3. palpar o apêndice xifóide (extremidade inferior do osso esterno). Se houver dificuldade em localizá-lo, palpar a última costela e seguir o rebordo costal até o centro do tórax onde se encontra o apêndice xifóide;

8.4.1.4. colocar as suas mãos a uma distância de dois dedos acima do apêndice xifóide apoiando a região tenar e hipotenar da mão no centro do esterno e a outra mão sobre a primeira;

8.4.1.5. manter os braços estendidos, num ângulo de 90º com o corpo da vítima;

8.4.1.6. comprimir o esterno cerca de 3 a 5 centímetros, realizando as compressões com o peso de seu corpo e não com a força de seus braços, no ritmo de 100 repetições por minuto;

8.4.1.7. no caso de vítimas de trauma, ao deitá-la de costas, fazê-lo de forma que proteja ao máximo a coluna da vítima;

8.4.1.8 os dedos do socorrista, durante a compressão, não devem apoiar no peito da vítima e sim ficar estendidos e entrelaçados;

8.4.1.9. após cada compressão, aliviar totalmente o peso para que o tórax retorne à posição normal e permita o enchimento sangüíneo das cavidades cardíacas (diástole), mas não perder o contato entre a base da mão e o tórax da vítima;

8.4.1.10. poderá ser verificadas a efetividade das compressões, por um segundo socorrista, com a palpação de pulso carotídeo ou femoral.

8.4.2. Vítima com idade entre 1 (um) e 8 (oito) anos.

8.4.2.1. posicionar a vítima na horizontal (Decúbito Dorsal Horizontal) numa superfície rígida, posicionando-se lateralmente a mesma, na altura do seu tórax;

8.4.2.2. palpar o apêndice xifóide (extremidade inferior do osso esterno). Se houver dificuldade em localizá-lo, palpar a última costela e seguir o rebordo costal até o centro do tórax em que se encontra o apêndice xifóide;

8.4.2.3. colocar uma única mão a uma distância de dois dedos acima do apêndice xifóide. A outra mão permanece apoiando a cabeça da vítima a fim de manter abertas as vias aéreas;

8.4.2.4. apoiar a região tenar e hipotenar da mão no centro do esterno, mantendo o braço estendido, num ângulo de 90º com o corpo da vítima;

8.4.2.5. comprimir o esterno 2,5 a 3,0 centímetros. Realizar a compressão com o peso de seu corpo e não com a força de seus braços, no ritmo de 100 repetições por minuto;

8.4.2.6. no caso de vítima de trauma, ao deitá-la de costas, fazê-lo de forma que proteja o máximo que puder a coluna da vítima;

8.4.2.7. os dedos do socorrista durante a compressão não devem apoiar no peito da vítima, devem ficar estendidos;

8.4.2.8. após cada compressão aliviar totalmente o peso para que o tórax retorne a posição normal e permita o enchimento sangüíneo das cavidades cardíacas (diástole);

8.4.2.9. poderá ser verificada a efetividade das compressões, por um segundo socorrista, com a palpação do pulso carotídeo ou femoral.

8.4.3. Vítima com idade abaixo de 1 (um) ano.

8.4.3.1. posicionar a vítima na horizontal (Decúbito Dorsal Horizontal) numa superfície rígida, posicionando-se lateralmente a dela, na altura do seu tórax;

8.4.3.2. traçar uma linha imaginária entre os mamilos e colocar o dedo indicador na linha imaginária;

8.4.3.3. posicionar os dedos médio e anelar imediatamente abaixo do dedo indicador, retirando, em seguida, o dedo indicador do tórax da vítima, mantendo-o apontado para a linha imaginária;

8.4.3.4. comprimir o esterno cerca de um terço da profundidade torácica da vítima (cerca de 1,5 cm) usando a polpa digital dos dedos médio e anelar. A compressão não deverá ser realizada no apêndice xifóide ou acima da linha entre os mamilos;

8.4.3.5. como opção para compressão torácica pode-se envolver o tórax da vítima com as duas mãos e posicionar os dois polegares sobre o esterno (lado a lado) – ou (um

sobre o outro) – logo abaixo da linha dos mamilos; os outros dedos fornecem apoio necessário ao dorso da vítima; esta técnica é recomendada se empregada com 02 (dois) socorristas utilizando equipamentos auxiliares na reanimação (ressuscitador, cânula orofaríngea e oxigênio). No caso da compressão torácica com os 2 polegares, a técnica não é efetiva quando a vítima é grande ou quando as mãos do socorrista são pequenas.

8.4.3.6. após cada compressão, aliviar a pressão para que o tórax retorne à posição normal e permita o enchimento passivo de sangue nas cavidades cardíacas;

8.4.3.7. poderá ser verificada a efetividade da compressão, por meio de um segundo socorrista, palpando-se o pulso braquial;

8.4.3.8. Realizar compressões no ritmo de:

8.4.3.8.1. 100 por minuto para vítimas com idade entre 1 ano e 28 dias; 8.4.3.8.2. 100 por minuto para vítimas com idade abaixo de 28 dias.

8.4.4. Diferenças de posicionamento das mãos durante a RCP, de acordo com a faixa etária da vítima.

8.4.5. Erros mais comuns na aplicação de RCP

8.4.5.1. a vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida; 8.4.5.2. a vítima não está em posição horizontal;

8.4.5.3. não se executa adequadamente a manobra de liberação das vias aéreas;

8.4.5.4. a máscara não está perfeitamente selada e o ar escapa;

8.4.5.5. as narinas da vítima não estão fechadas na respiração boca-a-boca; 8.4.5.6. as mãos estão colocadas incorretamente ou em local inadequado sobre o tórax;

8.4.5.7. as compressões estão sendo realizadas muitas profundas ou demasiadamente rápidas;

8.4.5.8. a razão entre as ventilações e compressões está incorreta; 8.4.5.9. a RCP deixa de ser executada por mais de 5 segundos. 8.4.6. A RCP deve continuar até que:

8.4.6.1. Ocorra o retorno da respiração e circulação;

8.4.6.2. Ocorra o retorno espontâneo da circulação (retorno do pulso), situação em que deverá ser mantida a ventilação de resgate;

8.4.6.3. A vítima seja entregue sob os cuidados da equipe de USA ou médica no hospital;

8.4.6.4. Médico devidamente qualificado e identificado determine o óbito da vítima no local.

8.4.7. Reanimação cardiopulmonar por faixa etária. 8.4.7.1. Em vítimas com idade acima de 8 anos. 8.4.7.1.1. Confirmar a PCR constatando:

8.4.7.1.2. Inconsciência;

8.4.7.1.3. Ausência de movimento respiratório; e

8.4.7.1.4. Ausência de pulso central (artéria braquial em vítimas com idade abaixo de 1 ano e carotídeo em vítimas com idade acima de 1 ano).

8.4.7.1.5. Informar a Central de Operações, solicitar SAV ou autorização para transporte imediato.

8.4.7.1.6. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida.

8.4.7.1.7. Efetuar 30 compressões torácicas, no ritmo de 100 compressões por minuto.

8.4.7.1.8. Efetuar 2 ventilações.

8.4.7.1.9. Manter as compressões e ventilações na freqüência 30:2. 8.4.7.1.10. Verificar o pulso central a cada 2 minutos:

8.4.7.1.10.1. Se não houver pulso, RCP deve ser reiniciada pelas 30 compressões torácicas;

8.4.7.1.10.2. Se houver retorno do pulso, porém respiração ausente, iniciar a ventilação artificial.

8.4.8. ATENÇÃO

8.4.8.1. O socorrista que ventila é responsável por avaliar a eficácia da compressão, controle do tempo e verificação do pulso central.

8.4.8.2. A troca de posição entre socorristas deve ser feita durante a verificação do pulso central, não devendo exceder a 5 segundos.

8.4.9. Em vítimas com idade entre 28 (vinte e oito) dias e 8 (oito) anos. 8.4.9.1. Confirmar a PCR constatando:

8.4.9.1.1. Inconsciência;

8.4.9.1.2. Ausência de movimento respiratório;

8.4.9.1.3. Ausência de pulso central (artéria braquial em vítimas com idade abaixo de 1 ano e carotídeo em vítimas com idade acima de 1 ano).

8.4.9.2. Informar a Central de Operações, solicitar SAV ou autorização para transporte imediato.

8.4.9.2.1. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida.

8.4.9.2.2. Efetuar 30 compressões torácicas, no ritmo de 100 compressões por minuto.

8.4.9.2.3. Efetuar 2 ventilação.

8.4.9.2.4. Manter as compressões e ventilação na freqüência 30:2. 8.4.9.2.5. Verificar o pulso central e respiração a cada 2 minutos:

8.4.9.2.5.1. Se não houver pulso, a RCP deve ser reiniciada pelas 30 compressões torácicas;

8.4.9.2.5.2. Se houver retorno do pulso, porém respiração ausente, iniciar e manter a ventilação artificial.

8.4.10. Em vítimas com idade inferior a 28 ( vinte e oito) dias. 8.4.10.1. Confirmar a PCR constatando:

8.4.10.1.1. Inconsciência;

8.4.10.1.2. Ausência de movimento respiratório;

8.4.10.1.3. Ausência de pulso central (artéria braquial em vítimas com idade abaixo de 1 ano e carotídeo em vítimas com idade acima de 1 ano).

8.4.10.2. Informar a Central de Operações, solicitar SAV ou autorização para transporte imediato.

8.4.10.2.1. Posicionar a vítima em DDH sobre uma superfície rígida.

8.4.10.2.2. Efetuar 30 compressões torácicas, no ritmo de 100 compressões por minuto.

8.4.10.2.3. Efetuar 2 ventilação.

8.4.10.2.4. Manter as compressões e ventilação na freqüência 30:2. 8.4.10.2.5. Verificar o pulso central a cada minutos:

8.4.10.2.5.1. Se não houver pulso a RCP deve ser reiniciada pelas 30 compressões torácicas;

8.4.10.2.5.2. Se houver retorno do pulso, porém respiração ausente, iniciar e manter a ventilação artificial.

8.4.11. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

8.4.11.1. Os ciclos de reanimação iniciam-se com a compressão torácica e terminam com a ventilação artificial;

8.4.11.2. Após checagem de pulso ao término dos ciclos, estando este ausente, deve o socorrista reiniciar a RCP com as compressões torácicas;

8.4.11.3. Quando efetuando a RCP com 2 socorristas, a fim de manter um controle da freqüência de compressões e os ciclos de RCP, utilizar a seguinte regra:

8.4.11.3.1. O socorrista que ventila conta os ciclos;

8.4.11.3.2. O socorrista que efetua as compressões marca somente o ritmo das compressões.

8.4.11.4. O socorrista que ventila é quem checa o pulso ao término dos ciclos; 8.4.11.5. Marcação de ritmo para vítima com idade acima de 8 anos: um, dois, três, quatro, cinco quinze;

8.4.11.6. Marcação de ritmo para compressões em vítima com idade entre 28 dias e 8 anos: um, dois, três, quatro, cinco;

8.4.11.7. Marcação de ritmo para compressões em vítima com idade abaixo de entre 28 dias: um, dois, três, quatro, cinco – com mais velocidade.

8.4.11.8. Em geral, na RCP em vítima acima de 8 anos, exige-se a aplicação de 5 ciclos de 30x2 no tempo de 2 minutos para se atingir corretamente a técnica proposta para a reanimação;

8.4.11.9. Em situações de trauma, o colar cervical deve ser aplicado em qualquer momento antes da movimentação da vítima para a prancha longa por socorrista que não esteja empenhado na RCP. Ex: o motorista de resgate.

No documento MTB-12 RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS.pdf (páginas 180-187)