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4.3 Relação com o mundo

4.3.1 Envolvimento

4.3.2.1.2 Técnicas de cuidados

A busca constante por uma aparência bonita leva o metrossexual a querer conhecer os efeitos dos produtos, ou ainda, a procurar se informar como esses produtos agem e devem ser usados, por exemplo:

“É diário, tem cremes que não podem ser todos os dias, é alternado, segunda, quarta e sexta e domingo, aí eu tenho que saber essa tabela kkk, e tem outros não, que são para todos os dias, antes de passar o creme, além de lavar o rosto tem aquela...é...uma loção que remove as impurezas, então passa essa loção e aplica esses cremes”. (E1- L.83-86)

A partir da primeira linha do trecho acima, observamos que esse novo homem cuida de si com seriedade, ele procura se informar sobre como usar determinado produto, e segue as recomendações. Ao ser dito no discurso acima “tem que saber essa tabela” e “então passa a loção e aplica esses cremes”, vemos que o metrossexual sabe a freqüência e ordem de usar determinado produto, mostrando que conhece a técnica, ou seja, não usa simplesmente por usar, mas procura alcançar os efeitos do produto, o usando de forma adequada.

Até pouco tempo atrás, o homem parecia não se importar com os cuidados voltados para a aparência. Tomar um banho era o suficiente para ele. Hoje, a vaidade, o gostar de cuidar de si, faz com ele queira conhecer técnicas que aprimoram os cuidados, que o deixem mais bonito, como abaixo:

“...limpeza de pele de 15 em 15 dia(sic), massagem no rosto, sempre é bom é... massagear o rosto (...) muito bom. (...) É bom porque estimula as células...as células... (...) estimula pra criar novas células, tira as mortas e a massagem estimula, estimula...e com creme ajuda a...a penetrar melhor né, o creme”. (E2- L338-340)

O metrossexual domina determinados conhecimentos que antes interessavam apenas à mulher. Falar de “células mortas”, como no discurso acima, não fazia parte do discurso masculino, hoje, no entanto, ele já conhece e valoriza uma limpeza de pele, por exemplo, e conhece a importância de fazê-la.

4.3.2.2Influência externa

Diz respeito a como o meio externo influencia nas opiniões e decisões das pessoas. O metrossexual compartilha dessa influência externa, uma vez que ele gosta de seguir as tendências e costuma incorporar ao seu dia-a-dia o que é exibido na mídia. Essa subcategoria incorpora dois elementos cuja discussão a respeito deles nos faz compreender melhor essa subcategoria, são eles: mídia e imagem de marca.

4.3.2.2.1Mídia

A mídia é considerada como uma influenciadora de opinião e decisão. De acordo com Lima (2001), grande parte da sociedade contemporânea está centrada na mídia para, a partir dela, construir conhecimento e tomar decisões. A família, a escola, a igreja, os partidos, entre outros, deixam de ser os grupos de referência, e a mídia passa a ser a grande influenciadora.

Para o metrossexual, a mídia aponta para os padrões de beleza, aparência, e para ele esses são assuntos que o interessam, como visto a seguir:

“Sim, eu acho que é o fator que pesa mais é a mídia...eu acho se...é aquela coisa se a gente não conhece determinada....determinada coisa ninguém vai querer ter, entendeu se eu não conhece...se eu nunca ouvi falar de Londres, eu não posso querer ir a Londres, porque...porque eu nunca ouvi falar de Londres, entendeu...então se o padrão fosse outro...se todo mundo seguisse outro padrão, ninguém ia achar estranho aquele padrão que se segue, é o que o que tá acontecendo hoje é que, eu acho que talvez o padrão de beleza imposto hoje não é o padrão normal entendeu, acho que naturalmente as pessoas tem um peso a mais e...tem algumas coisas que não gostam mais é saudável num tá no seu peso ideal, tá um pouco abaixo do peso, isso num é saudável, tá acima um pouco acima do peso, não muito obviamente, é que é saudável, aquelas coisas que com o tempo vão surgindo entendeu, mas eu acho que a imposição da mídia que aquele modelo que se criou que aquele modelo que se deve seguir é o que...o que guia essas coisas da vaidade”. (E7- L.334-345)

A mídia desperta a aquisição de determinados conhecimentos e faz com que o metrossexual incorpore e assuma os padrões ditados por ela, como é ressaltado nas primeiras e últimas linhas do trecho acima. Essa “imposição” citada é o que direciona o metrossexual a conhecer o que é bonito, o que está no padrão, e ele gosta de seguir isso.

As celebridades também servem como grupo de referência, ou seja, são modelos a ser seguidos. Como afirma Schiffman e Kanuk (2000, p. 234) “as celebridades representam idealização da vida que a maioria das pessoas imagina que gostaria de viver”. Assim, o

“Eu tento ler revistas, sempre que passa algum programa de TV paro um pouquinho dou uma olhada, vejo quais são as próximas tendências, se é uma camisa mais de uma cor, se é um sapato mais bico fino, bico quadrado, ou...hoje em dia pode ser tênis né muita gente usa tênis pra sair...é... (...) Exatamente, eu tento sempre tá antenado e no que possível adquirir esses produtos, me sentir bem, essas coisas. (...) Se eu não me engano tem a Caras, sempre tem fotos de...de artistas e normalmente essas pessoas seguem muito a moda e é bom sempre da uma olhada vê como eles tão se vestindo você pode aproveitar alguma coisa daquilo no seu dia a dia”. (E10-L.62-74)

No final do trecho acima, observamos a importância que as celebridades têm como referência para o metrossexual. Ele acredita que essas pessoas “seguem muito a moda”, ou seja, são pessoas antenadas, que conhecem e estão em dia com sua aparência. Dessa forma, o metrossexual procura se espelhar nelas.

Assim, as empresas sabem da importância da mídia atualmente para a sociedade, e se utiliza dela para alcançar seus objetivos, para influenciar decisões de consumo e moda que devem ser seguidas, como observamos abaixo:

“Com certeza, muitas vezes, a mídia ela...ela leva você a uma tendência pra moda, a aquele tipo de roupa, tá se preocupando mais com uma determinada coisa, um artigo, é...por exemplo é...hoje em dia tem...tem muitas abordagens sobre desfile de moda...na mídia mesmo, local onde tem desfile é aquela repercussão, passa na TV, no jornal, eu creio que isso é pra chamar o público pra ter um consumo maior dos artigos, e seguir essa moda que...hoje em dia tantos correm atrás”.(E10- L.83-86)

Tendo em vista que a mídia dita os padrões de moda, as empresas se utilizam dela para lançar e vender seus produtos. E a partir disso, o metrossexual busca se informar, como citado no trecho acima.

4.3.2.2.2

Imagem de marca

O metrossexual atribui valor às marcas, seja porque acredita que estas garantam mais qualidade, seja porque tragam status. Para Schiffman e Kanuk (2000, p. 129) “imagem positiva de marca está associada a fidelidade do consumidor, crenças do consumidor acerca

de valores positivos da marca e um desejo de procurar a marca”. O discurso abaixo comenta sobre isso:

“eu acho que o essencial é o estilo que a pessoa impõe ao vestir, só que, eu, por exemplo, dou muito valor a marca, né, eu gosto muito de marca nem sempre eu posso comprar marca, porque são caras mas eu gosto muito; né, eu acho que...a marca ela dá um valor extra a roupa, não quer dizer que ela seja fundamental não, eu conheço muitas pessoas que se vestem muito bem...independente de marca, eu creio que uma...uma grife quando lança uma coleção, ela tá lançando o que tem de mais moderno, né que tem tendência, você não vai comprar uma roupa cara ela estando ultrapassada, então ela é tendência, então, se é uma grife conhecida, provavelmente o que ela tá colocando ali, expondo é coisa muito...atual, eu penso dessa forma, mas nem sempre a marca quer dizer muita coisa, têm pessoas que não ligam pra marca, pegam uma coisa de um jeito, outra coisa...e monta um visual super legal independente de...de marca, a marca também da um pouco de status né, você vê lá, ah essa roupa foi cara e tem gente que pega roupa caríssima e não sabe se vestir, acaba com a roupa, também tem isso né, mas eu acho que a marca num tem... a ver com... (...) É status... acho que a marca é mais status né, lógico...como eu tava dizendo, eu acho que uma grife tem responsabilidade em colocar tendência, o que é moderno, então você não vai comprar em uma loja grande de marca e sabe que tem uma série pessoas por trás daquilo...estilista, é...modista que tá botando coisas...atuais, você tá usando coisas boas...caras e boas”. (E9- L.49-69)

Como afirma Churchill (2003, p. 245) “as marcas podem reduzir o tempo e a energia envolvidos no processo de compra, além de proporcionar bons sentimentos derivados de associações positivas com a marca”. Essa afirmação do autor se comprova no trecho acima, no qual observamos que para o entrevistado a marca é uma garantia de que o produto é bom, atual, na moda, ou seja, ele confia, por isso se sente seguro em adquiri-lo, e provavelmente não perde tempo pensando em qual marca levar, pois ele já conhece a que gosta. Assim, como refletido no início do trecho, o metrossexual exalta a marca, mesmo tendo que pagar mais caro por uma peça de marca, porque acredita no valor que ela apresenta. Esse valor é aceito por ele acreditar que uma grife, por exemplo, “lança o que tem de mais moderno”, assim, ele se sente seguro porque “está usando coisas boas”, como é ressaltado no final da fala acima.

Outro aspecto retratado no discurso acima é que apesar da importância da marca e o metrossexual valorizá-la, ele afirma que ela não é essencial. O que aparece também abaixo

“hoje em dia eu acho que tem várias formas, não só a questão da roupa, da marca, do que está na moda, ou às vezes, apenas uma etiqueta. Eu não me importo tanto com a etiqueta né, não, pra mim, eu acho que muitos ainda sim, mas com roupas mais adequadas”. (E1- L42-45)

Apesar dos trechos acima falarem sobre não se importar com a marca, observamos que ela é importante sim, pois mesmo estando presente no discurso a negação dessa importância, temos a comprovação de que ela agrega valores, como vemos a seguir:

“Não importante, mas tem algumas marcas que...além da qualidade ela tem um caimento muito bom pra um determinado tipo de pessoa, que como eu falei algumas marcas ela tem um corte mais largo ou mais fino nas pernas, uma camisa pode ser também ou mais larga ou mais comprida e dependendo do tipo físico da pessoa se encaixa melhor”. (E10- L.54-57)

Por valorizar a marca, o preço de determinadas marcas não interfere na compra do metrossexual. Como afirma Churchill (2003, p. 245) “usar uma marca é uma maneira de distinguir produtos na mente de compradores potenciais. Eles podem dedicar um esforço extra e gastar dinheiro adicional para comprar uma determinada marca”. Acreditamos que isso ocorre porque ele paga pelo valor agregado ao produto, como no trecho a seguir:

“É, eu gosto de...eu me preocupo também assim...eu gosto de usar sempre uma marca, que geralmente tem marca que veste bem, tem marca que não veste, sabe. Tendo uma marca que não veste bem, e se eu ver que a...a roupa que ela produz se vestir bem, aí eu vou pela marca também. (...) É, independendo do valor. Isso aí dá um jeito. (...) Se...é...o importante pra mim é se sentir bem né, você se realizando, tando, tá se sentindo bem, não importa o valor. O que vale é você ta com auto-estimo né, se achando elegante...é isso”. (E11- L.203-213)

Assim, observamos que mesmo os entrevistados afirmando nos seus discursos que a marca não é fundamental, vemos que, em todos eles, o discurso se contradiz, ressaltando que a marca é valorizada, e se adquiri produtos de marca “independente do valor”, como citado no meio do trecho acima.

5

Conclusões

Ao estudarmos a identidade metrossexual, pudemos observar que se trata da desconstrução de uma identidade fixa, ou seja, não nos parece possível falar de identidade masculina como única e acabada, pois o conceito construído sobre esse homem se cristalizou a partir de vários discursos.

A fluidez das identidades está relacionada ao que o homem vive hoje e, dessa forma, a escolha desse tema tem proximidade com os autores que vêm analisar, debater sobre essa liquidez, discutida por Bauman (2005), na contemporaneidade.

Assim, o homem hoje transita por várias identidades, e uma delas é a identidade metrossexual. Esse estudo nos possibilitou sugerir uma compreensão dessa identidade e vislumbrar que essa compreensão ocorre através da subjetividade, alteridade e relação com o mundo.

5.1Subjetividade

Ao estudar a identidade metrossexual, foi possível compreendermos características próprias dessa identidade, ou seja, o que constrói o metrossexual a partir dele mesmo. Assim, como mostrado na análise dos dados, encontramos as duas dimensões senso estético e características pessoais, as quais nos possibilitou mergulhar nessa identidade e esboçar partes relevantes sobre ela.

Através do senso estético, observamos que o metrossexual assume um cuidado com o que denominamos de corpo, com isso pudemos vislumbrar a importância que o corpo assume para esse homem. Podemos dizer que o corpo é tratado como um santuário, ou seja, um lugar sagrado que deve ser cuidado e mantido com o intuito de se chegar ao ideal.

Assim, um das grandes buscas do metrossexual é a beleza, por acreditar que o mundo abraça as pessoas belas, pois abre caminhos que ele deseja conquistar. E por se tratar de um lugar sagrado, ele procura um corpo saudável. No entanto, essa preocupação vem em relação a algo externo, como a pele, por exemplo, o que o faz recorrer a dermatologistas e procurar tratamentos preventivos.

Segundo a análise, o “endeusamento” do corpo faz com que o metrossexual procure retardar o envelhecimento. Assim, podemos afirmar que ele acredita que o envelhecer compromete a aparência que almeja, então, há uma busca constante em se manter jovem. Daí a utilização de recursos para a prevenção desse envelhecimento como protetores solares e cremes anti-rugas. Esses cuidados agora passam a fazer parte do dia-a-dia dele como algo necessário, algo fundamental para o cuidado do corpo.

Essa relação com o próprio corpo exige um constante monitoramento para que se conquiste e mantenha o “corpo ideal”. Isso ocorre através da dieta e exercícios físicos. Assim, segundo os discursos dos entrevistados, é realizado um controle diário da alimentação; o metrossexual procura ingerir alimentos mais leves, lights, como menos gordura, com o intuito de não engordar. No entanto, ficar magro demais também não o deixa satisfeito, pois o que se busca é um corpo desejável. Aliada à dieta, ele malha ou pratica algum esporte o que permite a conquista de um padrão corporal aceitável por ele e, conseqüentemente, pela sociedade.

Mas observamos que, além disso, o metrossexual é adepto de procedimentos mais rigorosos como a cirurgia plástica ou lipoaspiração. Quando tem algo em seu corpo que o

incomoda, ele recorre a esses recursos. O procedimento cirúrgico já é considerado como uma das opções que os homens utilizam em prol do seu corpo, da sua estética.

Além do corpo, o senso estético ocorre pela vaidade. O metrossexual é vaidoso, gosta de se cuidar. Para ele, o bem-estar vem através da aparência, ou seja, ele se sente bem estando com uma aparência bonita. Para isso é essencial estar cheiroso, com uma pele macia, cabelo arrumado, unha bem feita. Assim, boa parte de seu tempo está preenchida com esses cuidados. Se o corpo é considerado um santuário, há um ritual para cuidar desse santuário, e esse ritual refere-se aos cuidados diários que se tem.

Outro aspecto em relação à subjetividade diz respeito às características do metrossexual. Uma delas está relacionada ao amor-próprio, o qual se evidencia com o cuidado que se tem consigo e por gostar de ser como é. Devemos destacar também que nas entrevistas, a auto-estima é outra característica forte do metrossexual, ele se valoriza, acredita em si, e essa auto-estima está relacionada diretamente a aparência deste homem. Tanto o amor-próprio quanto a auto-estima são vistos como uma forma de realização pessoal, e como um fator que o diferencia dos outros homens. Assim, retomando o que Woodward (2000) discute, uma identidade existe porque existem outras, e isso fica evidente em relação ao metrossexual, ou seja, ele é considerado metrossexual porque difere, em vários aspectos, de outros homens.

Observamos que muitos falam do orgulho de ser como é, pelo cuidado com o corpo, com sua vaidade. E esse discurso está muito presente na subjetividade metrossexual, ou seja, ele se define a partir do corpo, da vaidade, e de tudo o que possibilita o bem-estar. Além disso, se sente uma pessoa corajosa por ir de encontro aos preconceitos relacionados ao que é ditado culturalmente como ser ou não homem, ou seja, não se retrai por gostar de cuidar de si. Isso está relacionado a traços de personalidade que ele apresenta. A tolerância também é um traço marcante do metrossexual, ele aceita mais facilmente a forma do outro ser, apesar de

acreditar que o outro deveria seguir seu jeito. Além destas características, o metrossexual gosta de se exibir, de mostrar para as pessoas que se cuida, que é vaidoso.

Por fim, em se tratando das características pessoais, observamos aspectos relacionados ao estilo de vida do metrossexual, através dos quais queremos destacar que o metrossexual também apresenta cuidados com o intelecto. Ele gosta de ter conhecimentos, de saber conversar. A aparência para ele é fundamental, mas o conhecimento também.

Uma outra questão sobre as identidades fluidas e em construção está no estilo de vida que alguns adotam. O metrossexual adota um estilo de vida feminino, pois não se incomoda em cuidar da casa, dos filhos, em cozinhar. Ele é consciente do espaço que a mulher alcançou na sociedade e não faz questão de ajudar nas tarefas domésticas. Esse estilo feminino também é visto no cuidado com a aparência, pois o metrossexual gosta de usar cremes, de depilar partes do corpo onde o pêlo o incomoda, por exemplo. Ele também é estiloso, gosta de fazer suas próprias escolhas em relação à roupa, a que corte ou cor de cabelo usar.

5.2Alteridade

Para a identidade metrossexual a alteridade se faz fundamental, pois aceitamos que o sujeito constrói sua identidade tendo em vista outro sujeito. Assim, em relação a alteridade chegamos em duas categorias que corroboram para a identidade metrossexual: avaliação e imagem pessoal.

No que se refere à avaliação, temos o preconceito em relação ao ser metrossexual. Esse novo homem parece não se incomodar com o que os outros pensam sobre sua masculinidade; ele tem consciência de que gostar de fazer determinadas coisas em nada interfere na sua masculinidade. A identidade metrossexual começa a quebrar com os conceitos

pré-estabelecidos do que é ser masculino, pois o fato do metrossexual cuidar de si, de ser como é, vai de encontro ao discurso que se tinha a respeito da identidade de gênero, pondo em crise essa construção. Por isso, na fala dos entrevistados, percebemos que eles não se preocupam com o julgamento do outro no que se refere a sua sexualidade, eles se sentem à vontade de ter certas práticas.

Ainda em relação à avaliação por parte do outro, temos o apoio que esse outro fornece ao metrossexual. Esse apoio pode vir através do elogio. Ele gosta de ser elogiado pelos outros, é como se o elogio fosse a mola propulsora de incentivo para que ele se cuide cada vez mais e a recompensa pelos cuidados que tem. Crê, também, que a aparência que exibe lhe propicia maior respeito por parte do outro. É como se a aparência dissesse quem é a pessoa e fizesse com que o outro lhe dedicasse uma maior consideração.

Assim, o metrossexual se preocupa com como os outros o enxerga, ele está sempre em busca da aprovação do outro. Apesar de ter estilo próprio, gosta que outra pessoa dê o seu aval para suas escolhas, ou seja, quando ele gosta de uma roupa, por exemplo, ele pede que outra pessoa olhe para confirmar a sua escolha. Aqui não se configura a questão do outro escolher por ele, mas apenas confirmar ou não uma escolha.

A imagem pessoal para o metrossexual é algo fundamental. Ele acredita que a imagem que apresenta o traz benefícios tanto na vida profissional quanto na vida pessoal. Em relação ao aspecto profissional, ele afirma ser mais fácil conseguir emprego e manter-se nele, porque a imagem da pessoa é valorizada. Nas relações pessoais, ele vislumbra conquista de amizades

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