• Nenhum resultado encontrado

Para realizar a coleta de dados da investigação, foram utilizadas a técnica de observação estruturada/sistemática, guia de entrevista com questões semi fechadas e entrevista, que foram contruídos (Apêndices 7, 8 e 9).

Para validação dos instrumentos de coleta dos dados, foram construído guias de entrevistas com questões abertas e fechadas para a população participante (os gestores administrativos e pedagógicos, professores) e entrevista para os alunos, sendo construído de acordo com o tema, a problemática, o objetivo geral e os objetivos específicos desta pesquisa.

Posteriormente foi encaminhado para análise dos doutores: professora Dra. Clara Roseane da S. A. Mont'Alverne , professor Dr. Antônio Hernández Fernández e do professor Dr. Jair Alcindo Lobo de Melo e dos mestres: professor Ms. Diego Ventura Magalhães e professora Ms. Josefa Maria Argolo Pimenta para verificação sobre adequação e coerência entre as questões formuladas e os objetivos referentes a cada uma delas, além da clareza na construção dessas questões. Caso alguma questão ter suscitado dúvida, foi solicitado que os mesmos assinalassem e descrevesse se possível, as dúvidas que gerou a questão em sua observação. Cabendo destacar que tais professores que participaram da validação dos instrumentos de coleta de dados apresentam conhecimentos, trabalham ou pesquisam sobre o assunto abordado nesta pesquisa.

Dessa forma, segue abaixo as técnicas utilizadas e nos apêndices 7, 8 e 9 os guias de entrevistas para os gestores administrativos, pedagógicos e professores, bem como a entrevista para os alunos versão final.

2.7.1. Técnica de observação estruturada/sistemática

Na observação estruturada/sistemática, conforme Lakatos e Marconi (2003, p. 193), “o observador sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação; deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe”. Para Kauark, Manhães e Medeiros (2010, p. 104) nessa observação, “tem planejamento, é realizada em condições controladas para responder aos propósitos

preestabelecidos. É utilizada com frequência em pesquisas que têm como objetivo a descrição precisa dos fenômenos ou o teste de hipóteses”.

Ludke e André (1986) enfatiza que devemos planejar a observação com antecedência, visualizando o que e como será realizado a observação, primeiramente deve delimitar o objeto de estudo, o foco de observação e investigação.

E Patton (1980, apud Ludke e André, 1986, p. 26) ainda complementa dizendo que para realizar as observações é preciso material, físico, intelectual e psicológico[…] precisa aprender a fazer registros descritivos, saber separar os detalhes relevantes dos triviais, aprender a fazer anotações organizadas e utilizar métodos rigorosos para validar suas observações.

Porém, Lakatos e Marconi (2011, p. 78) ressalta que a observação sistemática deve se realizar “em condições controladas, para responder a propósitos preestabelecidos. Todavia, as normas não devem ser padronizadas nem rígidas demais”.

Nesse sentido, a observação sistemática da presente pesquisa visa observar as questões tratadas nos objetivos específicos que versam sobre a utilização das TIC’ s na educação infantil. Sendo analisadas quais as TIC’s estão presentes na Creche, suas quantidades, estado e manutenção do uso dessas ferramentas tecnológicas pelos professores na sua prática pedagógica. Essas informações foram organizadas na forma de relatório (Apêndice 10), descrevendo as observações realizadas nas visitas, durante o mês de outubro e novembro.

2.7.2. Guia de entrevista

O guia de entrevista é uma ferramenta de investigação, que consiste em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem redigidos na forma de perguntas ordenadas que devem ser respondidas pelo entrevistado.

Assim, será aplicada o guia de entrevista para os gestores (administrativos e pedagógicos) e professores (Apêndices 7 e 8). Sendo composto por questões abertas, onde “os respondentes ficam livres para responderem com suas próprias palavras, sem se limitarem à escolha entre um rol de alternativas” (Kauark, Manhães e Medeiros, 2010, p. 109). E questões fechadas, ou seja “são limitadas, apresentam alternativas fixas (duas escolhas: sim ou não etc.). Dessa maneira, o informante escolhe sua resposta entre duas opções apresentadas” (Kauark, Manhães e Medeiros, 2010, p. 109).

2.7.3. Entrevista

A entrevista conforme destaca Ludke e André (1986), é um dos instrumentos básicos para a coleta de dados na pesquisa qualitativa, sendo utilizada em quase todas os tipos de pesquisas na área de ciências sociais, devendo atentar-se para a interação que permeia a entrevista que acontece entre o entrevistado e o entrevistador.

Desta forma, na entrevista ocorre “um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional” (Lakatos e Marconi, 2011, p. 80). E esse interesse da entrevista em obter informação também é afirmado por Gonzáles, Fernández e Camargo (2014).

A entrevista será na forma não estruturada, que segundo Gerhardt e Silveira (2009), nesse tipo de coleta de dados, o entrevistado é solicitado a falar livremente a respeito do tema pesquisado, e o entrevistador busca a visão geral do tema nessa conversa. Já Gonzáles, Fernández e Camargo (2014, p. 36) destaca que ela “é mais flexível e aberta. No entanto, devem responder os objetivos da pesquisa”. E Sampieri, Collado e Lúcio (2006, p. 381) confirma que esse tipo de entrevista é aberta quando afirma: “ as entrevistas não estruturada ou aberta [...] são fundamentadas em um guia geral com assuntos não-específicos e o pesquisador tem toda a flexibilidade para dirigi-las”.

Desta forma, a pesquisa terá como entrevistados justamente 33 alunos que estudam no ciclo 1 fase 2, no turno matutivo e vespertino, na Creche Municipal Dom Eduardo, turma essa que possuem alunos entre 04 anos a 05 anos de idade que não possuem maturidade suficiente para responder um questionário, nem mesmo uma entrevista estruturada.

Por esse motivo se escolheu a entrevista não estruturada, visto que é realizada de forma livre, dialogada com bastante ludicidade e utilizando de uma linguagem acessível as crianças, visto que Lakatos e Marconi (2011, p. 82), afirma que nesta entrevista “tem a liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma forma de poder explorará mais amplamente uma questão. Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal.”

Nesse sentido, os 33 alunos foram entrevistados individualmente e separadamente em outra sala, para não ter interferências externas, sendo realizada de forma dialogada, mas seguindo o guia de entrevista (Apêndice 9) no qual contém questões específicas sobre o tema.