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Talvez não seja realista acreditar que designers vão salvar o mundo, mas faz sentido reconhecer que o design quando práticado com consciência ética é uma das

No documento 4485_2014_0_3.pdf (5.669Mb) (páginas 38-42)

ferramentas mais poderosas da humanidade. “O design é processo que o ser humano

tem usado ao longo dos tempos para desenvolver contextos necessários à sua

sobrevivência e ao progresso” (MARGOLIN, 2014, p. 78). Certamente outra forma de

ver o crescimento intelectual e a apreensão do conhecimento na área do design,

especificamente nos aspectos projetuais, como apontado por Fernanda Harada, “as

escolas devem formar, curiosos, observadores, detalhistas, críticos e criativos”.

5.4 Ponto 4. Atuação Profissional

Quadro 9 – Quadro sinóptico seleção das respostas mais significativas do Grupo 1 referentes ao Ponto 4. Atuação Profissional

A Atuação Profissional

10. Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do designer brasileiro? 11. O que o (a) senhor(a) diria à um jovem designer que enfrenta hoje o mundo do trabalho?

12. Qual a sua opinião sobre a regulamentação da profissão do designer no Brasil? Cesar

Robert Moraes de Sousa

(10) Entendo o designer brasileiro como um profissional que tem um olhar muito abrangente e multidisciplinar, por conta de toda a bagagem cultural que carrega e pelo ambiente sempre multifacetado e plural em que vive. Acredito que essa construção espacial e cultural do povo brasileiro faça com que ele se torne um profissional sempre com uma grande facilidade para ter um olhar multidisciplinar e versátil sobre projetos e briefings.

(11) Entenda muito bem as demandas do projeto, busque mais informações e faça pesquisas bem aprofundadas sobre os temas envolvidos no projeto, crie com muita ousadia e afinco, finalize com a melhor qualidade possível, apresente com envolvimento e paixão.

Eduardo Barroso Neto

(10) Pontos fortes: otimismo; pontos fracos: formação

Fernanda Jordani

Barbosa Harada (10) Fortes: São criativos, observadores e persistentes. Fracos: São preguiçosos e muitas vezes não são curiosos e não aprofundam seus conhecimentos para criar uma solução. Não questionam o caminho já existente para criar novos conceitos.

(11) Seja persistente e não desista, assim como o resto do mundo, nosso país está mudando, e o design tem cada vez mais um importante papel nesta transformação. Pesquise, observe, critique o status quo, quebre paradigmas, converse com usuários e entapize com sua situação .Por ser uma profissão jovem, muitos ainda não tem plena consciência do que significa, mas mais importante que isso é criar algo que supra necessidades objetivas e subjetivas. Algo que informe, que ensine, que instigue a crítica para que o usuário clame por mudanças. o design é uma ferramenta de transformação social.

Gabriela Botelho Mager

(12) Considero importante a regulamentação para que o campo profissional possa atuar em áreas e projetos que hoje não pode. Algumas licitações públicas, projetos governamentais, etc. Além disso, a regulamentação possibilitará um maior reconhecimento da profissão.

Giorgio Giorgi Junior

(12) A regulamentação interessa na medida em que fixa direitos, responsabilidades e parâmetros mínimos de remuneração. De resto, me incomoda um pouco o espírito fisiológico que costuma acompanhar esse gênero de processos. Penso que, entre nós, nada deixou de acontecer no território do design por falta de regulamentação profissional.

Gustavo Curcio

(12) Essencial para que haja um reconhecimento. Essencial para que seja exigido um designer assinando uma peça. Dentro da industria quando você produz um produto de limpeza, por exemplo, obrigatoriamente você tem que ter um químico assinando aquele produto, porque você não precisa de um

designer assinando obrigatoriamente o projeto de uma cadeira? Por que ninguém provou que um designer é realmente necessário para que aquela cadeira seja segura, confortável, eficiente como solução de projeto e essa regulamentação só vai ocorrer se houver uma organização, e a organização vem da classe, não vem do mercado.

Gloria Lin

(11) Pergunte o que o “consumidor” deseja.

José Carlos Pavone

(10) Pontos fortes: São dedicados e passionais em relação a profissão. Tendem a ser bastante criativos com poucos recursos. Pontos fracos: Tendem as vezes a ser um pouco superficiais na elaboração de conceitos e as vezes tendem a não acompanhar todo o processo e garantir que a qualidade de execução esteja sempre presente. (Baseado na minha experiência profissional com designers brasileiros que atuam/atuaram no exterior)

Marcelo S. Oliveira

(11) Trabalhe bastante e se mostre comprometido com as questões da empresa ou do empregador, resolva ou tente resolver mais.

Marcelo

Resende (10) Talento, cultura e informação técnica são pontos fundamentais e indissociáveis. (11) Talento é intrínseco; cultura e técnica são adquiridos, ou seja, estude muito.

Marcos da Costa Braga

(11) Primeiro, paciência porque muitos não vão conseguir de inicio uma boa colocação no mercado, hoje principalmente por causa da recessão, mesmo quando a recessão acabar, eu diria para ter paciência, e procurar atuar nos espaços que apareceram procurando ser um pouco mais plural. Não se restringir apenas a um nicho de mercado. Muitas vezes no inicio de profissão o que se abre pra nos não é exatamente aquele nicho que queríamos atuar, mas deve-se atuar mesmo assim. É necessário ter uma experiência profissional logo de imediato, isso agregara diversas coisas: como se comportar com o cliente, como projetar na prática, os erros e os acertos numa experiência real que podem ocorrer, as idas e vindas do projeto. Então deve procurar ter paciência e ser flexível nas oportunidades que lhe aparecem, para ganhar experiência e depois caminhar para a área que pretende.

Mario

Fioretti (11) Conheça profundamente seu cliente e seus usuários finais – são eles que determinarão seu sucesso ou fracasso no mercado.

Olavo Egydio de Souza Aranha

(12) Inócua. A profissão é indefinida, ou mal definida e está espremida entre três agentes mais numerosos, mais economicamente relevantes e mais politicamente ativos: engenheiros/arquitetos e o pessoal de marketing. Além do que é sabotado por uns cem número de amadores...

Pedro Paulo Delpino Bernades

(10) Não diria pontos fortes ou fracos....acho que eles estão no geral, mal encaminhados academicamente. Todos eles, em questão de poucos anos se tornam doutores....inclusive sem desenvolver qualquer experiência projetual...além de nenhuma relação direta com as burocracias da atividade

(11) O amadurecimento profissional, acredito que em qualquer país, se dá com muita dificuldade e desafios. Muitos inesperados pela própria ausência de referências durante o período de formação e outros pela própria pluralidade das ́reais de atuação. Entendo que a maioria das empresas que adotam/empregam designers têm sua estrutura de organização pouco alinhada com a atividade, portanto criando modelos próprios. Entender as reais necessidades da adoção de designers, passa a ser a função primeira do próprio profissional.

Rafael Campoy

(12) Extremamente positiva! Sem dúvida, representa um primeiro passo para mapear os territórios do design – o que é e o que não é design. Estou muito otimista quanto à valorização da atividade profissional ao longo dos próximos anos.

Rodolfo Reis e Silva Capeto

(10) Sem poder fugir ao clichê̂, o ponto forte é a adaptabilidade às circunstancias sempre imprevistas. Os pontos fracos são a pouca consistência de classe e algumas vezes a falta de uma visão menos imediatista e mais ampla de sua própria atuação.

(11) Estude, leia, informe- se sobre todos os assuntos. Cultura, no mais amplo sentido, é o principal material de trabalho do designer; é o que vai habilitá-lo a encontrar conexões imprevistas e definir soluções inteligentes e surpreendentes. Procure formar uma boa rede de clientes e parceiros, e mantenha essa rede sempre atualizada com novos contatos (os clientes também envelhecem). Seja confiável e sempre cumpra o combinado, cobre honestamente e não transija com propostas comerciais indecorosas.

(12) O tema é polêmico. Uma das justificativas importantes para a regulamentação é que atividades limítrofes se regulamentaram e com isto criam dificuldades para a certos âmbitos da atuação em design. Por outro lado, o design, por sua tendência a encontrar novos nichos de atuação, é dificilmente enquadrável em legislações burocráticas. Em nosso contexto, alguns campos específicos da atividade precisam da regulamentação. Penso que ela é necessária neste contexto presente, mas deveríamos migrar para um ambiente econômico-político onde ela não fosse necessária.

Sandra Nishida

(11) O que se propuser a ler, leia com profundidade: conhecimentos superficiais são apenas a maquiagem, não trazem o conteúdo. aperfeiçoe- se sempre, técnica e teoricamente. Inspire-se em alguém, pergunte, questione, busque direcionamento para se desenvolver. Aprenda a trabalhar em equipe, a colaborar, a delegar. Seja comprometido e responsável. e tenha paciência.

Quadro 10 – Quadro sinóptico seleção das respostas mais significativas do Grupo 2 referentes ao Ponto 4. Atuação Profissional

Professional performance

10. Which are the strengths and weaknesses concerning designer’s work in your country?

11. What would you say to a young designer who needs to face, nowadays, the job market?

12. Is designer profession regulated in your country? What is your opinion about the profession regulation?

Lise Capet Boston, USA

(10) In USA there is too many men designers, the profession is almost dominated by men. Design company might hire women as design researcher or design strategist . but not as product designer. people still often think it’s about cars and styling. Usa education seems very backward to me after my education in Europe but maybe it is just a question of taste. Designer often things they don’t need users or testing, that just doing internal testing in their design studio is enough and that’s really not true , also people are usually good at testing and getting feedback they will bring user at the very end of the design process and translate what feedback they receive into what they want to hear. A strength is that there is job here.

Rastislav Ceresna Slovakia, EU

(11) Why on earth haven´t you become an IT specialist or a lawyer?

Eduardo Côrte Real Portugal, EU

(10) STRENGHTS: a strong cultural education and a sturdy drawing culture. WEAKNESSES: a blind faith in technology.

(11) Quoting Saul Bass: Learn to Draw.

(12) It's starting. All regulations are good if they restrict design territory to design as an art business.

No documento 4485_2014_0_3.pdf (5.669Mb) (páginas 38-42)