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As taxas de conversão do euro De acordo com a decisão tomada pelo Conselho

No documento RELATÓRIO ANUAL 1998 (páginas 85-87)

1 Condições macroeconómicas externas Incertezas crescentes na conjuntura

2.1 As taxas de conversão do euro De acordo com a decisão tomada pelo Conselho

Europeu na reunião que teve lugar no Luxemburgo, em Dezembro de 1997, e na sequência da decisão adoptada pelo Conselho da União Europeia (Conselho da UE), reunido a nível de Chefes de Estado ou de Governo, quanto aos Estados-membros participantes na área do euro desde o início da Terceira Fase, os ministros e governadores dos bancos centrais desses Estados-membros, a Comissão Europeia e o IME, na qualidade de percursor do BCE, emitiram, no dia 3 de Maio de 1998, um Comunicado Conjunto sobre o procedimento a utilizar para determinar as taxas de conversão irrevogáveis para o euro no final da Segunda Fase.

A forma do pré-anúncio - declaração política conjunta aprovada por todas as autoridades envolvidas - foi escolhida em virtude do requisito previsto no Tratado de que a adopção formal das taxas de conversão irrevogáveis para o euro deveria ocorrer no dia 1 de Janeiro de 1999. Além disso, uma vez que o ECU deveria ser convertido em euro à taxa de 1:1 e que

algumas moedas componentes do ECU (a coroa dinamarquesa, o dracma grego e a libra esterlina) não participariam na área do euro desde o início, não era possível anunciar as taxas de conversão irrevogáveis em relação ao euro para as moedas participantes. Assim, foi tomada a decisão de pré-anunciar as taxas bilaterais (iguais às taxas centrais do MTC) das moedas participantes na área do euro, que seriam utilizadas em 31 de Dezembro de 1998 para determinar as taxas de conversão irrevogáveis do euro.

No dia 31 de Dezembro de 1998, as taxas de conversão irrevogáveis do euro foram determinadas no contexto do procedimento normal de concertação diária, tal como se encontrava especificado no pré-anúncio (ver Caixa 5 para uma descrição dos procedimentos seguidos para a adopção das taxas de conversão do euro).

Podem ser identificados três passos.

Passo 1: Determinação das taxas de câmbio de concertação das moedas da UE face ao dólar dos EUA.

Às 11h00m (C.E.T.) (10h00m, hora legal portuguesa), os bancos centrais da UE, incluindo aqueles cujas moedas não faziam parte da composição do cabaz do ECU, comunicaram mutuamente, por teleconferência, as taxas de câmbio das respectivas moedas face ao dólar dos EUA. Estas taxas de câmbio foram registadas como valores discretos que se encontravam dentro do intervalo entre o câmbio de compra e o câmbio de venda de mercado prevalecente na altura da teleconferência. Os bancos centrais dos Estados-membros que adoptaram o euro como moeda única estavam preparados para utilizar, se necessário, técnicas de mercado adequadas para assegurar que, no momento da teleconferência em 31 de Dezembro de 1998, as taxas de câmbio de mercado seriam iguais às taxas centrais bilaterais do MTC.

O Comunicado Conjunto de Maio último tinha já mencionado que, devido aos arredondamentos, as taxas bilaterais implícitas que poderiam resultar das taxas de conversão do euro podiam nem sempre corresponder, até ao último (sexto) algarismo significativo, às taxas centrais bilaterais do MTC pré-anunciadas. Por forma a minimizar estas inconsistências, as taxas de câmbio das moedas participantes face ao dólar dos EUA foram calculadas com um elevado grau de precisão. Em primeiro lugar, e de acordo com procedimentos normais de concertação, uma moeda da área do euro, nomeadamente o marco alemão, foi cotada face ao dólar dos EUA de acordo com convenções de mercado (até 5 algarismos significativos). Em seguida, as taxas de câmbio do dólar dos EUA face às restantes moedas da área do euro foram determinadas multiplicando as suas taxas centrais bilaterais pré-anunciadas face ao marco alemão pela taxa de câmbio DEM/USD1. As taxas de câmbio das 11 moedas da área do euro calculadas desta forma tinham 11 algarismos significativos, todos mantidos para efeitos de precisão máxima. Uma vez que as taxas centrais bilaterais do MTC se encontravam dentro do intervalo entre o câmbio de compra e o câmbio de venda de mercado para as moedas participantes em vigor no momento da teleconferência em 31 de Dezembro de 1998, foi assegurada a igualdade entre as taxas de câmbio de mercado e as pré-anunciadas, sendo minimizada a probabilidade de ocorrência de erros de arredondamento. Os dois passos seguintes fizeram parte do procedimento habitual de cálculo diário das taxas do ECU desde a criação do cabaz em 1979.

Passo 2: Cálculo da taxa de câmbio do ECU oficial face ao dólar dos EUA

As taxas do dólar dos EUA registadas pelos bancos centrais da UE foram posteriormente comunicadas pela Banque Nationale de Belgique/Nationale Bank van België à Comissão Europeia, que as utilizou para calcular as taxas de câmbio do ECU oficial. A taxa de câmbio USD/ECU (expressa como ECU1=USDx) foi obtida através da soma do contravalor em dólares dos EUA dos montantes de moeda nacional que compõem o ECU.

Passo 3: Cálculo das taxas de câmbio do ECU oficial face às moedas da UE participantes na área do euro

As taxas de câmbio do ECU oficial face às moedas da UE foram calculadas pela Comissão multiplicando o valor não arredondado da taxa de câmbio do USD/ECU pelas respectivas taxas de câmbio face ao dólar dos EUA. As taxas de câmbio do ECU resultantes (ou seja, unidades de moeda por ECU) foram arredondadas para o sexto algarismo significativo. Foi efectuado este cálculo para todas as moedas da UE, e não apenas para as moedas que entravam na composição do cabaz do ECU. A Comissão calculou também, como habitualmente, as taxas do ECU para diversas moedas não pertencentes à UE. As taxas do ECU de 31 de Dezembro de 1998 foram publicadas no Jornal Oficial das Comunidades Europeias (Parte C).

Estas taxas foram então propostas como taxas de conversão irrevogáveis do euro para as moedas participantes. O quadro que se segue ilustra o cálculo das taxas de câmbio do ECU oficial face a todas as moedas da UE, em 31 de Dezembro de 1998.

1 Por exemplo: BEF/USD = (BEF/DEM)TC* DEM/USD, em que (BEF/DEM)TC é a taxa central pré-anunciada do MTC entre o DEM e o BEF. Este cálculo é aplicável a todas as moedas participantes, à excepção da libra irlandesa, relativamente à qual, a fim de aderir à convenção de mercado, foi utilizada a taxa de câmbio inversa. A mesma convenção é aplicável à GBP.

2.2 Acordo sobre o novo mecanismo

No documento RELATÓRIO ANUAL 1998 (páginas 85-87)