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Defesa Nacional

7 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM DEFESA

7.4 ANÁLISE TEMÁTICA

7.4.6 Temáticas reunidas

Neste item, os títulos de cada uma das produções técnico-científicas (652 no total) foram reunidos em uma planilha EXCEL, filtrados por categorias temáticas e, em seguida, apresentados em um único gráfico. A partir destes resultados, podem ser revelados os temas mais publicados pelos pesquisadores, os emergentes, e os poucos explorados. São três os temas mais pesquisados e, consequentemente, mais publicados. 2% 2% 21% 4% 13% 1% 0% 46% 3% 3%

5% Conflito, Violência e Pacificação

Cooperação, Integração e Instituições Internacionais.

Economia Política Internacional Estratégia, Defesa e Política Externa Globalização, governança e desenvolvimento

Indústria de Defesa no Período Republicano

Pensamento sul-americano a respeito da Defesa e da Segurança

Política Externa e Integração Regional Segurança Internacional e

Democracia

Tecnologia, Estado e Segurança Internacional

Gráfico 7—Temáticas reunidas

Fonte: Portal CAPES, 2015.Dados sistematizados pela autora

Política Externa e Integração Regional, originário do programa da UFGRS, revela-se o tema mais investigado pelos pesquisadores, com 25% de frequência.

Este tema expoente foi observado como o mais desenvolvido pelos programas San Tiago Dantas (28%) e o da PUC (23%), além do PPGEEI da própria UFRGS (46%), e o terceiro no ranking do PPGRI da UNB (18%).

Tal resultado pode ser explicado ao menos em dois programas: o da UNB que desenvolve parcialmente o tema na linha Política Exterior, e o da UNB, que desenvolve a temática em duas linhas distintas, a saber: Integração Regional; e Politica Externa Brasileira.

O segundo tema mais frequente é Globalização, Governança e Desenvolvimento com 17% de frequência, oriundo da PUC-Rio. Utilizando-se a mesma lógica, o tema foi o mais desenvolvido pela UNB (23%), o segundo para a

5% 4% 13% 7% 17% 2% 2% 25% 9% 3% 13%

Conflito, Violência e Pacificação Cooperação, integração e instituições intenacionais

Economia politica internacional Estratégia, Defesa e Política Externa Globalização,governança e

desenvolvimento

Indústria de Defesa no Período Republicano

Pensamento sul-americano a respeito da Defesa e da Segurança

Política Externa e Integração Regional Segurança Internacional e Democracia Tecnologia, Estado e Segurança Internacional

própria PUC-Rio (21%) e para o programa San Tiago Dantas (17%), e o terceiro para o PPGEEI da UFRGS (13%).

O terceiro tema de mais alto índice de frequência é Economia Política Internacional com 13%, tema comum em três dos cinco programas investigados: San Tiago Dantas, PPGEEI da UFRGS e PPGRI da UNB, este último com o acréscimo da palavra “Estudos”. Este foi o segundo no ranking da UNB, com 19% e da própria UFGRS (21%) , que se justificam por serem desenvolvidas tais linhas de pesquisa nessas duas Universidades.

Importante observar que todos as temáticas foram representadas no gráfico, ainda que algumas em menor escala.

Igualmente importante é observar os temas não categorizados, em percentual bem expressivo em relação ao montante (13%). Nesta categoria se incluem os assuntos que fogem do interesse desta análise, mas que pertencem às linhas de pesquisa dos programas, como a História das Relações Internacionais Contemporâneas, da UNB; Arquitetura do Sistema Internacional, da PUC-Rio; e Relações Exteriores dos EUA do programa San Tiago Dantas.

Outro ponto a ser observado é a existência de temas emergentes, assuntos de ampla discussão, presentes na agenda internacional, os quais não encontraram, ainda, seu espaço de interlocução e estão dispersos nos programas. São temas relacionados ao meio ambiente (mudanças climáticas, emissão de carbono, efeito estufa). Também se incluem nesta categoria os assuntos afetos ao Direito, e relacionados, de alguma forma, aos temas de defesa; e os estudos sobre cultura e sociedade, também relacionados à defesa e segurança, cuja temática é importante, mas não estão contidas em nenhuma das áreas de concentração e linhas de pesquisa ora existentes. Nestes últimos, se incluem trabalhos sobre gênero, línguas indígenas, e educação. Trata-se de aspectos não convencionais da defesa, cujo interesse precisa ser absorvido pelos programas.

Em outros casos são temas destoantes, assuntos que se distanciaram dos demais temas, por razões não conhecidas. É o caso de publicações quese incluem assuntos diversos como biografias, história em geral, contos, memórias, entre outros não objeto desta análise. Podem ser temas de interesse pessoal ou particular de alguns docentes e que foram, equivocadamente, registrados nas plataformas da CAPES.

A classificação temática possibilitou o conhecimento dos temas mais frequentemente publicados nos programas e as áreas de interesses dos docentes. Permitiu também avaliar os programas mais focados em suas áreas e os mais dispersos.

Tal análise observou a adequação da produção às linhas de pesquisa, em geral. O da UFGRS é o mais focado, com 67% da produção alinhada às discussões do programa. O da UFF é o mais equilibrado na relação entre a produção de conhecimento nas linhas de pesquisa.

Os resultados apontam uma produção significativa no período dessa área em construção. A tendência é que tais números cresçam, já que somente cinco dos oito programas hoje existentes participaram da análise.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Defesa Nacional, no sentido como foi estudado nesta Tese, se insere no campo acadêmico-cientifico. Entretanto, percebe-se a necessidade que seja incluída, também, por agentes de outros setores, como o político, para que tenha atendidas suas necessidades econômicas e científicas, entre outras.

Tendo como inspiração a metáfora do jogo de Bourdieu, a luta é travada no campo entre os agentes – dominantes e dominados. Ao final desta pesquisa fica clara a posição que hoje a Defesa atua no jogo: somos os dominados - aqueles que lutam para conquistar capital social no campo. A luta é necessária para conquistar e desfrutar de posições reconhecidas. Para tanto, há que se ter investimentos, a fim de contribuir para legitimação do capital científico dos agentes. Este capital conquistado pelos agentes é que irá garantir num dado momento, a inserção no campo científico, passando à posição de dominantes.

Contudo, a passagem de dominado a dominante, a mudança de posição no do jogo dependerá, em primeira instância, da comprovação dos ganhos de capital cientifico acumulado por cada um dos jogadores ao longo do jogo. No caso em tela, os docentes dos programas de pós-graduação. Para tanto, terão que cumprir com sucesso cada etapa ou partida do jogo. Isto implica a contínua produção com publicações que lhe permitam visibilidade, reconhecimento pelos pares e aceitação pela comunidade científica, atendendo aos ditames da ciência. A participação em eventos, bancas, cargos de direção e coordenação, comitê editorial de periódicos científicos, também faz parte deste jogo.

Não há como participar do jogo sem realizar os investimentos necessários. Tanto do capital politico, quanto do econômico. Este se reflete nos recursos, investimentos, públicos e privados, que possibilitem novos reinvestimentos e a consequente criação de um ciclo virtuoso. Qualquer “time” precisa de patrocinadores. Os programas de pós-graduação, além das próprias instituições que os mantêm, concorrem avidamente pelos fomentos das agências públicas de fomento, entre outros escassos projetos privados.

O aporte conceitual de Pierre Bourdieu permitiu compreender a dinâmica reprodutiva das práticas das comunidades acadêmicas, por meio do conceito de

habitus; a composição do conjunto de atores, cujo pertencimento a um dado campo, o caracteriza e o distingue, representados pelos campos académico-científico da

Defesa; e as efetivas contribuições dos programas de pós-graduação, desde a geração do conhecimento à disponibilização da informação, correspondendo ao capital acadêmico-científico da Defesa. Desta forma, os conceitos de habitus, campo e capital se inserem ao longo de toda a pesquisa ora finalizada, corroborando os resultados revelados.

Por fim, cabe resgatar a pergunta que orienta a presente pesquisa: como se processa o fluxo de Comunicação Científica no campo da Defesa, no âmbito dos programas de pós-graduação que abordam a temática defesa e segurança, e quais as ações que contribuem para a instituição e constituição deste campo no Brasil? Ressalta-se que foi plenamente respondida pelos resultados apresentados. Da mesma forma, o seu objetivo geral – identificar, no processo de comunicação científica do campo da Defesa nacional, os seus componentes básicos relativos aos programas de pós-graduação, à produtividade dos docentes e aos canais de comunicação para a institucionalização do campo – foi alcançado.

As descobertas encontradas à luz da Comunicação Científica são essenciais para identificar padrões de comunicação da área, revelando-se como um retrato do campo da defesa. Fotografias instantâneas, cujos registros destacam os momentos e revelam a realidade do campo para a sociedade, como uma exposição fotográfica analisada quali-quantitativamente.

Mas não podemos nos iludir em achar que a Comunicação Cientifica somente será suficiente para comprovar, por si própria, os resultados do campo. Há muito trabalho a fazer por outras áreas do conhecimento, que contribuam com seus conhecimentos teóricos. É oportuno ressaltar que aspectos teóricos da Comunicação Científica tem por fundamento a História da Ciência, a Sociologia da Ciência ou estudos sociais da Ciência.

Uma questão evidenciada por esta pesquisa, a partir das discussões e fatos destacados ao longo dos capítulos 4, 6 e 7, é que a Defesa não é assunto exclusivo dos militares, com se pensava até um passado recente. Na verdade nunca o foi, embora muitos tivessem certeza disso.

Documentos norteadores das políticas públicas brasileiras para a Defesa são recentes e, com sua aprovação, buscam o alcance dos objetivos estratégicos para o país, em uma dimensãoaté então não experimentada no campo da Defesa: Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa e Livro Branco. Este conjunto de documentos legitima e marca resultados definidos objetivamente.

Neste contexto, a esfera acadêmica é presenteada. Há passagens no texto que promovem ações efetivas de fomento e empoderamento da área. Hoje, o campo da Defesa é representado por oito programas de pós-graduação: cinco estabelecidos, mencionados intensamente nesta pesquisa e três em construção, ainda sem avaliação.

Outra constatação desta pesquisa foi verificar que não há consenso sobre o conceito de Defesa, nem sobre em qual áreadeve estar epistemologicamente vinculada. Há muito, ainda, que se delimitar, ressaltar, construir:suas origens e fronteiras no Brasil e no exterior; campo de conhecimentos em que se insere; cruzamento epistêmico e interdisciplinaridadecom outras áreas − como Estudos Estratégicos,Ciências Militares, Ciência Política e Relações Internacionais. Com muito esforço, foi proposto um novo conceito a ser experimentado.

A percepção da Defesa pela sociedade é outro quesito em que ainda estamos “engatinhando”. Os resultados apresentados no Capítulo 4 apontam que tal percepção vem avançando, timidamente, mas ainda sem muita clareza sobre onde se quer chegar. O atrelamento da Defesa unicamente às Forças Armadas ainda é muito presente na sociedade em geral.

A discussão conceitual, assim como a da percepção e do entrecruzamento com outras áreas, não se encerra por aqui. Esta pesquisa abre pistas para muitas frentes de discussão.

A investigação do campo ajuda a compreendê-lo: foram evidenciados autores e pesquisadores expoentes no Brasil, periódicos científicos editados pelas instituições militares e bem qualificados no QUALIS; graduação e programas de pós-graduação em instituições de ensino; grupos de pesquisadores registrados; sociedade científica formalmente estabelecida, que promove, sistematicamente, eventos de natureza técnico-científicae temáticas mais discutidas.

A área de Engenharias, em que também se inclui aDefesa, está bem consolidada e é representada com excelência e meritocracia. Nas áreas Humanas, o campo encontra-se em construção, com cinco programas consolidados e três em andamento. A próxima avaliação contemplará os oito programas em curso.

É preciso que gestores e agentes públicos, de instituições civis e militares, compreendam as dinâmicas da Comunicação Científica, em prol de resultados mais efetivos para a área da Defesa.E este entendimento poderá ser conhecido por meio da pesquisa que ora se encerra. A contribuição desta tese reside em revelar o

acúmulo do capital científico pelos docentes dos programas de pós-graduação no último triênio de avaliação. Dessa forma, pode-se pensar estrategicamente sobre o papel que os referidos programastêm para a constituição e institucionalizaçãodo campo acadêmico daDefesa no Brasil.

Há muita partida para vencer até ganhar o campeonato. Uma destas é a aprovação de uma nova tabela de área do conhecimento (TAC) do CNPq, que considere a Defesa como área do conhecimento. Para que ocorra a institucionalização da Defesa como área, tornam-se urgentes esforços políticos e negociações, desenvolvimento e produção de pesquisas, a fim de conquistar espaço em cena. A TAC em vigor está ultrapassada, anacrônica e reflete parcialmente a dinâmica do conhecimento atual, assim como áreas emergentes do conhecimento. A Defesase insereno rol de áreas em construção epistêmica, como tantas outras.

O referencial teórico descrito no Capítulo 5 sobre Comunicação Científica foi determinante para explicar os resultados apresentados na análise da produção científica dos programas de pós-graduação revelados no Capítulo 7. Entre as limitações desta pesquisa cabe informar que as leis bibliométricas estudadas no Capítulo 5 não puderam ser aplicadas na maneira como foram formuladas, mas sim seus princípios. Algumas leis, também não puderam ser verificadas porque exigem um período de tempo maior do que os três anos considerados nesta Tese, uma vez que a pesquisa contemplou a análise recente de Comunicação Científica da área de Defesa. Se comparados a outros trabalhos, por exemplo, da área de História, em que Aguiar (2011) analisou 25 anos de pesquisa, ou de Pinheiro, Brascher e Burnier (2005) que investigaram 32 anos da revista Ciência da Informação, pode parecer uma pequena contribuição, mas não o é. Trata-se de um estudo pioneiro sobre a Comunicação Cientifica na área de Defesa, ainda não explorado em pesquisas anteriores na geração de conhecimento na área.

No que se refere à produção bibliográfica, comparativamente a outros programas, o Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas destaca-se pela expressiva produção, seguido do programa da UNB. Este, embora com menor número de produções do que o programa San Tiago Dantas, teve 38% de artigos publicados em periódicos QUALIS A e 20 % publicados em periódicos ou eventos estrangeiros. Por outro lado, a PUC-Rio, com menos publicações no triênio, teve mais da metade (51%) de suas publicações em periódicos QUALIS A e o mesmo percentual em canais de publicações estrangeiros.

Entre os canais de comunicação preferenciais para disseminação dos resultados das pesquisas estão os capítulos de livros e artigos de periódicos, em igualdade de condições. No entanto, se somados à publicação em capítulos de livros e livros na íntegra, inclusive coletâneas, os livros, em geral, tornam-se os canais preferenciais de comunicação dos resultados de pesquisas cientificas no campo.

Entre as características da produção, o padrão de autoria é a publicação individual; as publicações em canais de comunicação estrangeiros não se constituem um habitus do campo: o programa que mais se destacou no triênio em relação a este quesito foi o da PUC-Rio, com 50% desse padrão.

A pesquisa revelou vinte autores mais produtivos dos 90 docentes inscritos nos cinco programas analisados. A média é de 8 artigos por autores no triênio, o que significa 2,6 de média anual, considerada satisfatória.

Sobre o conteúdo dos trabalhos publicados no triênio, são três as temáticasevidenciadas: Política Externa e Integração Regional, com 25% de frequência; Globalização, Governança e Desenvolvimento, com 17% de frequência; e Economia Política Internacional, com 13%. Tais temas refletem a evolução dos estudos do campo no Brasil. Destacaram-se, ainda, temas emergentes, os quais não encontraram, ainda, seu espaço de interlocução e estão dispersos nas linhas de pesquisa: meio ambiente; os assuntos afetos ao Direito; e os estudos sobre cultura e sociedade. Trata-se de aspectos não convencionais da defesa, cujo interesse pode ser absorvido pelos programas.

Tal análise observou a adequação da produtividadeàs linhas de pesquisa. O programa da UFGRS é o mais focado, com 67% da produção, alinhada às discussões do programa. O da UFF é o mais equilibrado na relação entre a produção de conhecimento e as linhas de pesquisa.

Os resultados apontam uma produção significativa no período no campo em construção. A tendência é que tais números cresçam, já que somente cinco dos oito programas existentes participaram da análise.

Vale a pena enfatizar a disponibilização dos dados primários no portal da CAPES e na Plataforma Lattes, fator determinante para os resultados evidenciados por esta pesquisa e, consequentemente, para os seus objetivos.

Há necessidade de aprofundamento de estudo, pesquisa e ensino da área de Defesa, com produção de conhecimento sistemática e intensa, para que este campo

possa ser institucionalizado, num espaço em queseconstrua sólidos fundamentos teóricos e se faça representar epistemologicamente como ciência.

A Comunicação Científica revela, por meio dessa subárea da Ciência da Informação, qualitativa e quantitativamente, o conhecimento produzido nos programas de pós-graduação, desde o processo degeração do conhecimento até sua disponibilização da informação. Por meio desta, os próprios programas se veem como um “espelho da ciência” produzida, e podem se avaliar pelas pesquisas que desenvolvem, orientam, disseminam e publicam.

A área de Defesa, ainda incipiente como campo de conhecimento, ao comprovar sua natureza e constituição, e demonstrar seu potencial de crescimento por meio dos resultados que apresenta, cria condições para sua institucionalização como campo, área ou subárea de conhecimento. Esta tese contribuiu para revelar à comunidade científica da área os resultados da produção científica num contexto espaço-temporal contemporâneo.

Foram quatro anos de intenso estudo e pesquisa. Não há com fazer tudo. A decisão entre o que fazer e o que não fazer é difícil, mas necessária para a delimitação do objeto de estudo. Esta pesquisa teve como recorte a análise da produção científica dos programas de pós-graduação na área de Defesa, considerando aqueles inscritos na Ciência Politica e Relações Internacionais, área do conhecimento em que se inserem os programas alvo da pesquisa.

Como contribuição para futuras pesquisas, fica a sugestão para se analisar as produções pretéritas dos programas mais antigos (UNB – 1984 e PUC - 1987) desde sua primeira avaliação, acompanhá-las e compará-las ao longo de uma perspectiva temporal. Dessa forma, poderá se medir quali-quantitativamente a evolução dos programas em tela.

Há farta documentação e informação referente aos programas de pós-graduação nas Engenharias, bem como intensa produção de conhecimento, tendo em vista a antiguidade de tais programas, muitos desses singulares, como o mestrado em Engenharia de Defesa desenvolvido pelo IME. Fica a sugestão para que se estude e pesquise o conhecimento produzido nessas instituições militares de pesquisa, a fim de destacá-los e mostrar seu valor para a comunidade científica.

Outra interessante pesquisa seria analisar a produção dos grupos de pesquisa inscritos no CNPq e avaliar seus resultados, em metodologia semelhante a usada nesta pesquisa.

Igualmente importante é realizar uma análise semelhante, a partir dos anais da ABED, sociedade científica identificada na presente pesquisa. A ABED já realizou oito eventos ao longo de sua existência e os três últimos anais estão publicados na internet, viabilizando tal pesquisa.

Muitos interesses ficaram pelo caminho, como pistas para voltar. Ou para outros seguirem. Deixo expressa minha enorme satisfação em realizar a pesquisa que ora finalizo. Dizem que melhor é o fim. Eu não concordo.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Renata R. G. Barbatho de. Um olhar sobre a história: características e tendências da produção científica na área de história no Brasil (1985-2009). 2011, 150 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) — PPGCI/IBICT/

FAC/UFRJ. Rio de Janeiro, 24 mar. 2011. Orientadoras: Lena Vania Ribeiro Pinheiro; Tânia Bessone.

ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila de. Fundamentos teóricos da classificação.

Encontros Bibli: R. Eletr. Bibl. Ci. Inf., Florianópolis, n. 22, p.117-140, 2. sem. 2006. ARAÚJO, F.M.B; ALVES, E.M.; CRUZ, M.P. Algumas reflexões em torno dos

conceitos de campo e de habitus na obra de Pierre Bourdieu. Revista Perspectivas da Ciência e Tecnologia, v.1, n.1, p. 31-40, jan./jun., 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DE DEFESA (ABED). s.d. Disponível em:< http://www.abedef.org/>. Acesso em: 30 mar.2015.

BARRADAS, Jaqueline Santos. Aplicações da Ciência da Informação na Defesa Nacional: possibilidades de cooperação, contribuição e integração entre as áreas.

Revista da Escola Superior de Guerra, Rio de Janeiro, v.27, n. 55, jul./dez.2012 Disponível em:<http://www.esg.br/centro-de-estudos-estrategicos/publicacoes/>. Acesso em: 9 mar.2015.

______.Estado informacional: uma introdução às abordagens de Pierre Bourdieu e Sandra Braman. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 13, 2012, Rio de Janeiro. Anais Digitais. Disponível em:

<https://obgi.files.wordpress.com/2012/10/jaqueline-xiii-enancib.pdf>Acesso em 09.mar.2015.

______. Periódicos científicos de defesa: uma contribuição das instituições militares