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CAPÍTULO 3 POLUIÇÃO VEICULAR E INDICADORES DE SAÚDE AMBIENTAL EM MANAUS

3.1. A análise de indicadores de Efeito

3.1.3. Terminal 02 – Cachoeirinha.

Figura 27. Malha urbana de Manaus: localização Terminal 02 – Cachoeirinha. Fonte: Souza, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

O bairro da Cachoeirinha, que dá título ao Terminal, é projetado em 1892, por iniciativa do governador Eduardo Ribeiro, visando, dentre outras coisas, reestruturar a frota de bondes (serviço que veio a funcionar até meados de 1950), serviços de saneamento e expandir o perímetro urbano da cidade. Uma ponte de madeira, denominada pela população local de Itacoatiara, ligava o bairro ao Centro. O nome Cachoeirinha se deve a um igarapé com forte corredeira na vazante servindo como lazer para a maioria dos poucos habitantes e como oficio para as lavadeiras. O Terminal é inaugurado em 1986, como Terminal de Integração da Manicoré.

Comparativamente ao que ocorre com o Terminal 01 Constantino Nery, o Terminal 02 Cachoeirinha também apresenta alta densidade e ocupação do solo em suas laterais, conforme podemos observar nas figuras seguintes. Apresenta o terceiro quadro sintomático com maior incidência sintomática aguda.

Figura “28a” (entrada bairro-centro) e Figura “28b” (entrada centro-bairro): Terminal 02 Cachoeirinha. Fonte: Trabalho de Campo, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

Figura “29a” (entrada bairro-centro: vista lateral direita) e Figura “29b” (entrada bairro-- centro: vista lateral esquerda). Terminal 02-Cachoeirinha. Fonte: Trabalho de Campo, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

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Figura 30. Terminal 02 – Cachoeirinha: interior. Fonte: Trabalho de Campo, 2009.

Por situar-se num platô, o Terminal 02 recebe ação dos ventos com consequente dispersão dos poluentes, o que corrobora a constatação de um quadro sintomático menos acentuado se comparado aos Terminais 01 e Matriz.

3.1.4. Terminais 03 (Cidade Nova), 04 (Jorge Teixeira) e 05 (São José).

Figura 31. Malha urbana de Manaus: localização Terminais 03-04-05. Fonte: Souza, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

Como podemos observar anteriormente na matriz de relacionamento e nas análises dos quadros sintomáticos, o agrupamento dos Terminais 03, 04 e 05 apresenta as menores incidências de sintomas agudos e crônicos, comparativamente às demais áreas de estudo. Como expressamos anteriormente, as semelhanças dos terminais 03, 04 e 05 se referem tanto à topografia local elevado com ação dos ventos, baixa densidade de ocupação do uso do solo no entorno e, principalmente, por apresentar a mesma tipologia construtiva, como podemos observar nas figuras seguintes.

Figuras “32a” (Terminal 03), “32b” (Terminal 04) e “32c” (Terminal 05): Entrada centro – bairro. Fonte: Trabalho de Campo, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

Figuras “33a” (Terminal 03), “33b” (Terminal 04) e “33c” (Terminal 05): Interior. Fonte: Trabalho de Campo, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

Referente ao Terminal 03, situa-se no bairro da Cidade Nova. Este bairro começa a ser ocupado no começo da década de 1980. Apesar de contar com variada opções de linhas de ônibus para se chegar à área central (Avenidas Grande, Parque das Laranjeiras e Constantino Nery), alguns moradores do bairro se sentem prejudicados com a implantação do Sistema Expresso de transporte urbano, pois os ônibus que conectam as periferias aos demais terminais saem lotados deste terminal, haja vista, o Terminal 03 ser o principal ponto de ligação com a Zona Norte.

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Como podemos observar na figura seguinte, a topografia local e a baixa densidade de ocupação do uso do solo no entorno possibilita ação dos ventos ao dispersar os poluentes veiculares.

Figura “34a” (entrada centro-bairro: vista lateral esquerda) e Figura “34b” (entrada centro - bairro: vista lateral direita): Terminal 03 – Cidade Nova. Fonte: Trabalho de Campo, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

Referente à tipologia e/ou partido construtivo, como podemos observar nas duas figuras seguintes, a altura do pé-direito, isto é, da cobertura, contribui para maior dispersão dos poluentes veiculares, o que corrobora a baixa incidência sintomática, se comparado ao Terminal 01, Terminal da Matriz e Terminal 02.

Figura 35. Terminal 03 – Cidade Nova: Interior. Fonte: Trabalho de Campo, 2009.

Figura 36. Terminal 03 – Cidade Nova: Interior. Fonte: Trabalho de Campo, 2009.

No que se refere ao Terminal 04, situa-se no bairro Jorge Teixeira. Este bairro é criado pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, em 14 de março de 1989, com a distribuição de lotes para pessoas carentes, principalmente do bairro do São José. A ocupação da área e a implantação do Terminal 04 estão atreladas à abertura da Avenida Autaz Mirim, primeiramente denominada Grande Circular, para ligar a Zona Leste da cidade à Zona Norte, criando um corredor viário que se estende do bairro São José (Terminal 05) ao bairro Cidade Nova (Terminal 03).

Como já apontamos, no que se refere à topografia local e a baixa densidade de ocupação do uso do solo no entorno do Terminal 03, o mesmo se aplica ao Terminal 04, possibilitando ação dos ventos ao dispersar os poluentes veiculares. Neste contexto, a exemplo do que se verifica no Terminal 03, a tipologia e/ou partido construtivo, mais precisamente, a altura do pé-direito (cobertura) do Terminal 04, como podemos observar nas figuras seguintes, contribui para uma maior dispersão dos poluentes veiculares, corroborando por sua vez, a constatação de baixa incidência sintomática com um quadro sintomático mais agudo do que crônico, se comparado aos Terminais 01, da Matriz e 02.

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Figura “37a” (entrada centro-bairro: vista lateral esquerda) e Figura “37b” (entrada centro - bairro: vista lateral direita): Terminal 04 – Jorge Teixeira. Fonte: Trabalho de Campo, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

Figura 38. Terminal 04 – Jorge Teixeira: Interior. Fonte: Trabalho de Campo, 2009.

Referente ao Terminal 05, este situa-se no bairro de São José Operário. É o segundo bairro a surgir na atual Zona Leste e desenvolve-se a partir do final da década de 1970 e início da década de 1980. Assim como em toda a Zona Leste, este bairro se inicia a partir da apropriação de área pertencente à Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A implantação do terminal de transporte coletivo urbano objetivou minimizar a falta de transporte coletivo, o que

obrigava muitos de seus moradores a caminharem longas distâncias para conseguir condução a outros bairros.

Como já apontamos em relação aos Terminais 03 e 04, a topografia e a baixa densidade de ocupação do solo no entorno, com dispersão dos poluentes atmosféricos através da ação dos ventos, o partido construtivo com os recuos laterais, e, principalmente, seu pé-direito, como podemos observar nas figuras seguintes, corroboram a baixa incidência sintomática do Terminal 05 e seu quadro sintomático agudo, frente aos Terminais 01, da Matriz e 02.

Figura “39a” (entrada centro-bairro: vista lateral esquerda) e Figura “39b” (entrada centro - bairro: vista lateral direita): Terminal 05 – São José. Fonte: Trabalho de Campo, 2009. Org.: AMORIM, 2010.

Figura 40. Terminal 05 – São José Operário: Interior. Fonte: Trabalho de Campo, 2009.

Figura 41. Terminal 05 – São José Operário: Interior. Fonte: Trabalho de Campo, 2009.