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Teste 4, com Media Gateways Inativos

Validação da Proposta

6.4 Teste 4, com Media Gateways Inativos

Assim como nos Testes 2 e 3, o presente teste, é composto pelos Participantes A e B, com respectivos codecs, G.711 ȝ-law e G.711 a-law e dois Media Gateways inativos, 1 e 2. Quando intentado o estabelecimento das chamadas, elas não foram estabelecidas, devido à ausência de Media Gateway apto a transcodificá-la, detectada pelo Módulo Balanceador de Chamadas. A Figura 6.8 ilustra o cenário utilizado no presente teste.

Figura 6.8 – Teste 4, com Media Gateways Inativos.

O objetivo do Teste 4, ilustrado pela Figura 6.8, foi verificar como o Módulo Balanceador de Chamadas se portou no ambiente VoIP, cenário de testes, com participantes que possuíam codecs distintos e dois Media Gateways, ambos inativos propositalmente. Para a inativação dos Media Gateways 1 e 2, fez-se uso do software

aafire, que lhes exauriu o processador, tornando-os inaptos a qualquer outro

processamento e, por conseguinte, eliminou-os da Lista de Prioridades [51].

A fim de constatar o objetivado, foram intentadas cinco chamadas. Contudo, nenhuma foi estabelecida, o que é justificado pela ausência de Media Gateway apto a completá-la, ou seja, transcodificá-la. A Tabela 6.10 ilustra as chamadas intentadas, tanto originárias do Participante A para o B, ou do B para o A.

Tabela 6.10 – Teste 4, com Media Gateways Inativos.

Figuram na Tabela 6.10 os participantes das chamadas efetuadas, caracterizados como origem e destino, bem como a duração, pelo registro dos seus respectivos inícios e términos coincidentes. Mesmo não tendo sido possível estabelecer nenhuma chamada em tal cenário, no entanto, o Módulo Balanceador de Chamadas esteve ativo e, quando as chamadas foram intentadas, foi acionado, conforme constante nos logs integrantes do Anexo B.4, comprobatórios do respectivo teste.

O fato do Módulo Balanceador de Chamadas, apesar de acionado, não ter retornado nenhum Media Gateway apto a estabelecer as chamadas por meio da transcodificação, justifica-se, em virtude da ausência de Media Gateway na Lista de Prioridades. O transcurso para as chamadas do Teste 4 é representado pela Figura 6.11, sob forma de linha de tempo.

Figura 6.9 – Linha de Tempo para o Teste 4.

A Figura 6.9 representa a síntese das etapas das chamadas VoIP efetuadas no Teste 4, em que x e t correspondem, respectivamente, a momentos e intervalos de tempo, descritos a seguir:

x x1: momento que marca o início da chamada;

x t1: intervalo de tempo decorrido até a detecção do erro 488;

x t2: intervalo de tempo decorrido para que o Módulo Servidor de Sessão acione o Módulo Balanceador de Chamadas;

x x3: momento em que o Módulo Balanceador de Chamadas é acionado;

x t3: intervalo de tempo decorrido para que o Sub-módulo Indicador de MG consulte a Lista de Prioridades e retorne o endereço IP do Media Gateway nela melhor classificado, ou seja, que possua menor VCB. No entanto, a Lista de Prioridades estava vazia, pelo que não houve retorno;

x x4: momento de término da chamada intentada.

A Tabela 6.11 apresenta os dados contidos nos respectivos logs das chamadas efetuadas no Teste 4, apresentados no Anexo B.4 e sumarizadas pela linha de tempo da Figura 6.9.

Tabela 6.11 – Momentos e Intervalos de Tempo do Teste 4.

Assim como no Teste 2, no Teste 3, é comprovado nos logs constituintes do Anexo C.4, que neles não figuram o momento x1 e o intervalo t1. Ou seja, o início do registro da chamada no log, deu-se apenas a partir de x2, momento de detecção do erro 488, inerente a chamadas VoIP com participantes de codecs distintos.

Constitui-se peculiaridade do Teste 4, a Lista de Prioridades encontrar-se vazia, quando se intentou realizar as chamadas. Tal situação é ilustrada pela Tabela 6.12 e comprovada pelos logs contidos no Anexo C.4.

Tabela 6.12 – VCBs Disponibilizados na Lista de Prioridades Durante o Teste 4.

Pela análise da Tabela 6.12, constata-se que não há registro de VCB, o que se faz coerente ao modelo de teste aplicado, que não contou com Media Gateways ativos, pois, ambos não possuíam o percentual mínimo de recurso computacional disponível requerido para figurarem na Lista de Prioridades, por utilizarem o software aafire. Por conseguinte, nenhum Media Gateway foi disponibilizado para o cálculo de VCB e a Lista de Prioridades permaneceu vazia. Contudo, se chamadas fossem encaminhadas a

Media Gateways saturados, a qualidade seria altamente comprometida.

Apesar de não ter havido a efetivação de nenhuma das chamadas intentadas no presente teste, o Módulo Balanceador de Chamadas mostrou-se igualmente eficaz como nos demais testes implementados, pois aferiu os Media Gateways para o cálculo dos seus respectivos VCBs, bem como ao ser acionado pelo Módulo Servidor de Sessão, consultou a Lista de Prioridades, constatando-a vazia, pelo que não retornou nenhum

Media Gateway.

6.5 Conclusão

O encaminhamento de chamadas a um Media Gateway permanece enquanto este dispuser de menor VCB, ou seja, somente quando outro Media Gateway obtiver menor VCB, as chamadas a ele serão encaminhadas. Assim, no caso de chamadas simultâneas, o VCB sofrerá alterações e, chamadas que necessitam de transcodificação serão direcionadas ao Media Gateway cujo VCB se encontre melhor classificado na Lista de Prioridades.

A inserção do Media Gateway na Lista de Prioridades é dinâmica. Desta forma, ao ultrapassar o limiar de VCB, ocorre que ele não constará na Lista de Prioridades, mesmo que esteja em funcionamento, transcodificando chamadas por exemplo. E tão logo atinja o limiar de VCB, voltará a figurar na Lista de Prioridades, o que é detectado pelo Módulo Balanceador de Chamadas; da mesma forma acontece com os demais que porventura venham a compor o cenário.

O Media Gateway 2, nos Testes 2 e 3, embora dotado de, praticamente, os mesmos percentuais de recursos computacionais disponíveis, apresenta, no entanto, pela normalização, em cada qual, respectivo VCB na fase prévia às chamadas “Antes”, como apresentado pela Tabela 6.13.

Tabela 6.13 – VCBs do Media Gateway 2 nos Testes 2 e 3.

Assim, pela Tabela 6.13, pode-se concluir a equivalência entre ambos os valores de média de VCBs, respectivamente 59 e 12,2, o que, consequentemente, demonstra a eficácia do Módulo Balanceador de Chamadas. Ainda, a variação de um respectivo VCB pode ser traduzida como a variabilidade da disponibilidade de recursos computacionais do Media Gateway.

Em suma, o Módulo Balanceador de Chamadas teve sua validação comprovada em todos os testes a que foi submetido, com ou sem transcodificação, bem como com

Capítulo 7