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TESTE DE AVALIAÇÃO

No documento Outros percursos 12-Guia Prof..pdf (páginas 34-39)

Se a pintura era então o campo em que mais visivelmente se evidenciava a rutura com os modelos tra- dicionais de expressão artística, a situação alterar-se-á com o aparecimento do futurismo, cujo manifesto de fundação é publicado no jornal Le Figaro de 20 de fevereiro de 1909. Promovido por F. T. Marinetti, italiano de origem egípcia, residindo em Milão, e que em breve se tornará um globe-trotter do movi- mento, o manifesto apela a favor de uma arte em consonância com o século XX, a época da eletricidade e do automóvel, cortando de vez com o espírito crepuscular e decadente do simbolismo e recusando-se a olhar para o passado, como pretendem as academias.

O manifesto de Marinetti é publicado em 1909 no Diário dos Açores, sem consequências imediatas. No entanto, a colaboração de Marinetti no Mercure de France, revista conhecida em Portugal, e os con- tactos que ele mantém com a Península através da sua revista Poesia (1905-1909) tornam o seu nome familiar nos nossos meios literários.

nNuno Júdice, Viagem Por Um Século de Literatura Portuguesa, Lisboa, Relógio D’Água Editores, 1997, pp. 44-45 (adaptado)

1.Seleciona a alínea correta, de acordo com as informações textuais.

1.1.Aquilino Ribeiro desenvolveu atividades na revista Ilustração Portuguesa, em França,

a)em virtude do seu espírito revolucionário.

b)em consequência do seu exílio por motivos pessoais.

c)pelo facto de ter sido publicista.

d)em consequência do seu exílio, motivado pelo seu espírito irreverente e pelo

regime ditatorial de João Franco.

1.2.Começaram a surgir novas manifestações estéticas, tais como:

a)o cubismo na arte arquitetónica.

b)o futurismo a marcar o corte com a tradição.

c)o futurismo, difundido num manifesto de Picasso e Braque.

d)uma arte que cantava a época da eletricidade e do automóvel.

2.Atenta na seguinte frase retirada do texto.

Aí dá conta, em alguns artigos, das primeiras exposições do cubismo de Picasso e de Braque, bem comodo choqueprovocado poressas manifestações estéticas. (ll. 4-5)

2.1.Identifica o tipo de coesão que se verifica em cada um dos casos assinalados a cores diferen-

tes.

3.Há situações em que a mesma palavra, em contextos diferentes, pode ser um anafórico ou um deítico.

3.1.Redige duas frases em que tal se verifique.

3.2.Explicita a diferença entre as duas ocorrências.

3.3.Refere se na frase dada em 2.ocorre a situação apresentada.

GRUPO III

Partindo da afirmação, redige uma reflexão, entre 200 e 300 palavras, sobre a importância da arte e suas manifestações para a afirmação da cultura de um país. Para fundamentares o teu ponto de vista, recorre a dois argumentos, ilustrando cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

As manifestações artísticas são a expressão cultural de uma nação.

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GRUPO I

A

Lê atentamente o texto que se segue.

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grande navios E navega nele ainda,

Para aqueles que veem em tudo o que lá não está, A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha

E o Tejo entra no mar em Portugal. Toda a gente sabe isso.

Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai

E donde ele vem.

E por isso, porque pertence a menos gente, É mais livre e maior o rio da minha aldeia. Pelo Tejo vai-se para o Mundo.

Para além do Tejo há a América E a fortuna daqueles que a encontram. Ninguém nunca pensou no que há para além Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

nAlberto Caeiro

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Propõe uma possível explicação para o facto de um dos rios ser nomeado e o outro não.

2.Explicita as diferenças entre os dois rios referenciados.

3.Comenta o verso 6: “Para aqueles que veem em tudo o que lá não está.”

4.Identifica, no texto apresentado, três características da poesia do heterónimo Alberto Caeiro.

B

Em Dicionário de Literatura pode ler-se:

“ (…) Ricardo Reis (…) segue Caeiro no amor da vida rústica, junto da Natureza; mas enquanto o mes- tre, menos culto e complicado, é um homem franco, alegre, Reis é um ressentido, que severamente se molda a si mesmo; sofre por se saber efémero, (…) aflige-o a imagem antecipada da Morte, conhece a dureza do Fatum; por isso busca o refúgio dum epicurismo temperado de estoicismo (…).”

nJacinto do Prado Coelho, Dicionário de Literatura, vol. 3, 1982, Figueirinhas, Porto 5

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SEQUÊNCIA 1

Nome ____________________________________________________________ Turma __________Data __________

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Testes de avaliação

Convoca os conhecimentos adquiridos sobre o heterónimo pessoano referido na citação e, num texto de 80 a 130 palavras, refere-te ao posicionamento que este assume perante a vida e a realidade com que se confronta.

GRUPO II

Lê com atenção o texto.

Álvaro de Campos visto por Ricardo Reis

Em tudo que se diz – poesia ou prosa – há ideia e emoção. A poesia difere da prosa apenas porque esco- lhe um novo meio exterior, além da palavra, para projetar a ideia em palavras através da emoção. Esse meio é o ritmo, a rima, a estrofe; ou todas, ou duas, ou uma só. Porém menos que uma só não creio que possa ser. A ideia, ao servir-se da emoção para se exprimir em palavras, contorna e define essa emoção, e o ritmo, ou a rima, ou a estrofe são a projeção desse contorno, a afirmação da ideia através de uma emoção, que, se a ideia a não contornasse, se extravasaria e perderia a própria capacidade de expressão.

[…]

A poesia é superior à prosa porque exprime, não um grau superior de emoção, mas, por contra, um grau superior do domínio dela, a subordinação do tumulto em que a emoção naturalmente se exprimiria (como verdadeiramente diz Campos) ao ritmo, à rima, à estrofe.

nMaria José Lencastre, in O essencial sobre Fernando Pessoa, INCM (Instituto Nacional Casa da Moeda) – adaptado

1.Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F).

a)O segmento entre travessões na linha 1 apresenta uma ideia mais genérica do que o que é

referido anteriormente.

b)Em “A poesia difere da prosa…” (linha 1), o sublinhado corresponde ao complemento oblíquo.

c)A oração “… para projetar a ideia em palavras…” (linha 2)apresenta um valor lógico de finalidade.

d)No segmento “Esse meio é o ritmo, a rima…” (linhas 2-3), o sublinhado é um exemplo de um deítico.

e)No último parágrafo estabelece-se uma relação de contraste com a ideia primeiramente expressa.

1.1.Converte as afirmações falsas em verdadeiras.

2.Considera as frases:

a)“… ao servir-se da emoção para se exprimir em palavras…” (linha 4).

b)“… mas, por contra, um grau superior…” (linhas 8-9).

2.1.Transforma a alínea a) numa oração não finita gerundiva, fazendo as alterações necessárias.

2.2.Substitui o sublinhado na alínea b) por outra expressão equivalente.

GRUPO III

Redige uma reflexão, entre 200 e 300 palavras, sobre a importância dos dois espaços re- feridos na afirmação.

Para fundamentares o teu ponto de vista, recorre a dois argumentos, ilustrando cada um com um exemplo.

“Este mundo rural secular opõe-se claramente ao mundo urbano, marcado por funções, atividades, gru- pos sociais e paisagens não só distintos mas, mais do que isso, em grande medida construídos "contra" o mundo rural.”

nin http://www.estig.ipbeja.pt/~pmmsc/git/rurbanos_2.pdf [último acesso a 27 de maio de 2011] 5

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GRUPO I

A

Lê atentamente estas estâncias com que terminam Os Lusíadas.

152

Fazei, Senhor, que nunca os admirados

Alemães, Galos1, Ítalos e Ingleses,

Possam dizer que são pera mandados2,

Mais que pera mandar, os Portugueses. Tomai conselho só de esprimentados, Que viram largos anos, largos meses, Que, posto que em cientes muito cabe, Mais em particular o experto sabe. 153

De Formião3, filósofo elegante,

Vereis como Annibal escarnecia, Quando das artes bélicas, diante

Dele, com larga voz tratava e lia4.

A disciplina militar prestante Não se aprende, Senhor, na fantasia, Sonhando, imaginando ou estudando, Senão vendo, tratando e pelejando. 154

Mas eu que falo, humilde, baxo e rudo, De vós não conhecido nem sonhado? Da boca dos pequenos sei, contudo,

Que o louvor sai às vezes acabado5.

Nem me falta na vida honesto estudo, Com longa esperiencia misturado, Nem engenho, que aqui vereis presente, Cousas que juntas se acham raramente.

Responde de forma completa e contextualizada às questões seguintes.

1.Destaca as marcas do discurso apelativo, indicando o recetor das palavras do poeta. 2.Resume por palavras tuas os conselhos dados ao monarca.

3.Destaca os principais traços com que o poeta se autocaracteriza.

155

Pera servir-vos, braço às armas feito6,

Pera cantar-vos, mente às Musas dada;

Só me falece7ser a vós aceito,

De quem virtude8deve ser prezada.

Se me isto o Céu concede, e o vosso peito

Dina empresa tomar de ser cantada,

Como a pressaga mente vaticina Olhando a vossa inclinação divina, 156

Ou fazendo que, mais que a de Medusa, A vista vossa tema o monte Atlante, Ou rompendo nos campos de Ampelusa Os muros de Marrocos e Trudante, A minha já estimada e leda Musa Fico que em todo o mundo de vós cante, De sorte que Alexandro em vós se veja, Sem à dita de Aquiles ter enveja.

nOs Lusíadas, X

Notas

1Franceses;

2para (serem) mandados; 3filósofo grego; 4expunha pomposamente; 5perfeito; 6habituado; 7falta; 8merecimento. SEQUÊNCIA 2

Nome ____________________________________________________________ Turma __________Data __________

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Testes de avaliação

4.O poeta coloca-se à disposição do monarca.

4.1.Clarifica o modo como isso acontece.

B

Comenta a afirmação a seguir transcrita, num texto de 80 a 130 palavras, convocando os conhecimentos adquiridos ao longo do estudo da obra camoniana Os Lusíadas.

GRUPO II

No documento Outros percursos 12-Guia Prof..pdf (páginas 34-39)

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