• Nenhum resultado encontrado

5.3.4. Obtenção da memantina, padrão para os testes em Caenorhabditis

elegans

As principais alternativas farmacológicas para tratar a DA são os inibidores da enzima acetilcolinesterase e a memantina, sendo que a memantina é o medicamento de escolha para os quadros avançados da doença, onde as placas senis formadas pelo peptídeo βA estão em estágio avançado. O mecanismo de ação da memantina consiste no antagonismo dos receptores NMDA e sua principal resposta farmacológica está relacionada com a redução da excitotoxicidade nos neurônios. Devido a isso ela foi escolhida como padrão de referência na avaliação da atividade biológica no modelo CL2006 de C. elegans, a fim de comparar os efeitos da mesma com os dos derivados. A memantina foi isolada a partir de comprimidos comerciais da indústria Sandoz do lote GG5342 e validade 04/2018.

Para isolar a memantina foram realizados 2 processos: uma extração ácido-base com clorofórmio e uma extração ácido-base com hexano. A extração com clorofórmio gerou uma fração que ao ser analisada por CCD mostrou apenas dois alcaloides, mas devido ao seu rendimento e ao seu perfil cristalino esta foi analisada por UPLC-MS. A amostra hexânica apresentou 4 bandas características de alcaloides. A amostra foi submetida a isolamento por cromatografia em camada delgada preparativa a partir da

81 qual foram isoladas 2 bandas: o cromatograma da amostra B1 (Figura 21) apresentou apenas um pico, que ao ser analisado pelo espectrômetro de massas mostrou um íon com massa de 180,1747 m/z e um fragmento principal com massa de 163,1477 m/z (Figura 22). A partir destes achados podemos concluir que o produto isolado tratava-se da Memantina.

Figura 21 - Cromatograma das amostras provenientes dos comprimidos de memantina. (A) amostra hexânica após cromatografia preparativa banda 2 (B) amostra hexânica após cromatografia preparativa, banda 1 (C) amostra clorofórmica sem tratamento prévio. 2 x10 0 0.5 1

+ESI TIC Scan Frag=200.0V ALC WA.d Subtract

* 2171821533.26 * 475275600.62 * 181261183.98 2 x10 0 0.5 1

+ESI TIC Scan Frag=200.0V B1 R.d Subtract

* 1680827636.39 2 x10 0 0.5 1

+ESI TIC Scan Frag=200.0V B2 R.d Subtract

* 1945976595.14 * 1043973734.15 * 1461750053.12

* 3893010554.03 * 129702218.15

* 396746337.55

Counts (%) vs. Acquisition Time (min)

1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 12.5 13 13.5 14 14.5 15 15.5 16

Figura 22 -Espectro de massas da memantina (tr 11,28 min).

5 x10 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5 9

+ESI Scan (rt: 11.261 min) Frag=200.0V B1 R.d

163.1477 180.1743 107.0847 121.1003 150.1108 194.1886 250.2150 294.2423 352.3347 453.3423 479.2471 509.2878531.3359553.3183575.3589597.3451 641.3635 710.5055 Counts vs. Mass-to-Charge (m/z) 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350 360 370 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 520 530 540 550 560 570 580 590 600 610 620 630 640 650 660 670 680 690 700 710 720 730 NH3 Chemical Formula: C12H22N+ Exact Mass: 180,1747 Chemical Formula: C12H19+ Exact Mass: 163,1481 A B C

82 5.4. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE IN VIVO NO MODELO

CAENORHABDITIS. ELEGANS PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER 5.4.1. Avaliação da atividade da Memantina

A primeira etapa da avaliação da atividade biológica in vivo consistiu em verificar se o padrão, a Memantina (MNTN), iria promover o retardamento da paralisia no animal transgênico. A escolha da Memantina como padrão positivo para a avaliação do seu efeito na toxicidade promovida pelo peptídeo βA foi baseada em dois fatores: a Memantina é o único fármaco, até o momento aprovado pelo FDA, útil para os quadros avançados e severos da doença, portanto um novo candidato a fármaco deve ser, no mínimo, equivalente a este, e com um perfil de reações adversas menor, ou ser farmacologicamente superior; o outro fator foi a utilização da mesma como padrão no trabalho de Xin e colaboradores (2013).

No screening virtual realizado para os derivados da RTN, foi observado que as moléculas apresentaram a capacidade de interagir com a enzima AChE, que é um alvo importante no tratamento da DA. Além disso, outros trabalhos já mostraram a capacidade de alcaloides ou derivados semi-sintéticos destes reduzir a toxicidade promovida pelo peptídeo βA em modelos de C. elegans para a DA (ARYA; DWIVEDI; SUBRAMANIAM, 2009; HUANG et el., 2017; KHADIJAH, 2016).

No ensaio com a MNTN foi utilizada uma concentração de 10 mmol, de acordo com a literatura (XIN et al., 2013). O ensaio foi realizado em triplicata, o número total de animais analisados foi 90 sendo que os animais perdidos e mortos não entraram para os dados estatísticos e os resultados estão apresentados na Figura 23.

Figura 23 - Ensaio de paralisia com o transgênico CL2006 para Memantina demonstrando o a porcentagem de animais sobreviventes em relação ao tempo.

83 De acordo com os resultados a Memantina apresentou resultado estatístico significativo quando comparado ao controle (p<0,005). No entanto, os resultados não foram iguais àqueles encontrados por Xin e colaboradores (2013). Esse fato pode estar diretamente relacionado à forma de tratamento empregada, enquanto Xin tratava os animais adultos grávidos por apenas 24h, e no outro dia realizava o ensaio de paralisia, nós deixamos os animais crescerem no meio contento a MNTN, ou seja, um processo que dura 3 dias, e somente no quarto dia os animais eram transferidos para o meio NGM, onde seriam realizados os ensaios. Possivelmente, a performance menor da MNTN pode estar relacionada ao tempo de permanência da mesma no meio NGM, o que pode ter levado a degradação da MNTN e consequentemente redução da concentração e atividade. Ainda, a exposição prolongada pode ter apresentado algum efeito tóxico aos nematódeos. Além disso, o medelo de Alzheimer utilizado foi o CL4176, que diferentemente do modelo CL2006, não produz o peptideo βA de forma constitutiva, mas somente quando o animal é submetido ao aumento de temperatura de 16ºC para 20ºC. Apesar da diferença dos modelos e da forma de tratamento, a Memantina mostrou superioridade em relação ao controle não tratado, indicando que a mesma tem a capacidade de reduzir a toxicidade promovida pelo peptídeo βA, pois prolongou o tempo de paralisia nos helmintos, portanto, poderia ser utilizada como padrão positivo para as analises side by side.

5.4.2. Avaliação da atividade das moléculas obtidas a partir da monocrotalina

RTN condensada aos aminoácidos fenilalanina e triptofano, contudo nenhuma das tentativas foi eficiente considerando o rendimento e as estruturas químicas obtidas em comparação com as esperadas e avaliadas in silico, possivelmente devido a características estruturais da RTN que serão discutidas adiante. Devido a isso foram testados os intermediários sintéticos obtidos, isto é, a RTN), que é o núcleo do alcaloide de partida, e seu derivado halogenado na posição 9 com o cloro (RTN-Cl).

A escolha da faixa de concentrações a serem utilizadas para os testes em C. elegans foi a partir de outros trabalhos que utilizaram modelos do nematódeos para avaliação da atividade biológica de compostos isolados (GRÜNZ et al., 2012; HUANG et al., 2017; JAKOBSEN et al., 2013; KAMPKÖTTER et al., 2008).

A primeira molécula a ser avaliada foi a RTN (10, 50 e 100 µmol). Testar a RTN isolada é uma etapa importante, pois esta foi obtida a partir da Monocrotalina, um

84 alcaloide pirrolizidínico conhecido por sua atividade tóxica, sendo assim, torna-se essencial verificar se a RTN também apresenta atividade tóxica. Os resultados das análises para este alcaloide estão apresentados na Figura 24.

Figura 24 - Ensaio de paralisia com o transgênico CL2006 para Retronecina

A s concentrações de 10, 50 e 100 µmol não foram estatisticamente significativas em relação ao controle e nem entre si, sendo que os valores de p para cara uma das concentrações foi respectivamente 0,5799, 0,5898 e 0,0976. Apenas a Memantina apresentou valor de p<0,05 (0,0099).

O derivado halogenado da RTN também foi avaliado para o modelo de DA em C. elegans. As mesmas concentrações utilizadas para a RTN foram utilizadas para o 7- (clorometil)-2,3,5,7a-tetrahidro-1H-pirrolizin-1-ol (RTN-Cl). Os resultados da análise estão apresentados na Figura 25.

Figura 25 - Ensaio de paralisia com o transgênico CL2006 para Retronecina halogenada

85 A RTN-Cl também não apresentou efeito estatisticamente significativo em relação ao controle sobre o fenótipo de paralisia de C. elegans. Assim como para a RTN também não foi verificado efeito tóxico sobre o animal.

Apesar de a RTN e a RTN-Cl não terem apresentado resultados satisfatórios no fenótipo de paralisia no animal, os resultados foram animadores, pois a toxicidade, que é verificada na MCT não foi evidenciada com moléculas derivadas desta. Em teoria esse resultado já era esperado, pois a toxicidade da monocrotalina é caracterizada por critérios estruturais já bem estabelecidos (MATTOCKS, 1968 1971, 1972; DEWICK,2009). A presença do diéster nos carbonos 7 e 9, bem como a dupla ligação entre os carbonos 1 e 2 são essenciais para a toxicidade, e a RTN, bem como a RTN-Cl apresenta apenas a dupla ligação nos carbonos C1 e C2, mas os ésteres não estão mais presentes.

87 6. CONCLUSÃO

As cinco moléculas propostas como novas alternativas terapêuticas para o tratamento da DA apresentaram potencial biológico in silico como fármacos anticolinesterásicos. As propriedades físico-químicas importantes para a farmacocinética foram avaliadas em comparação com um fármaco padrão utilizado no tratamento da DA, a galantamina. Dos 5 derivados propostos apenas dois apresentaram características físico-químicas favoráveis a farmacocinéticas, os derivados RTN-Trp e RTN-Phe. Devido a isso as reações foram direcionadas para a obtenção destes dois compostos. Nós conseguimos isolar e caracterizar a MCT a partir das sementes de C. retusa. Obtivemos a partir da MCT o seu núcleo pirrolizidínico a RTN, que foi utilizada com protótipo para a síntese dos compostos desejados. Apesar de 6 propostas reacionais terem sido efetuadas, não conseguimos obter os produtos de interesse, algumas estruturas foram propostas a partir da análise dos espectros dos produtos reacionais, mas a caracterização inequívoca não foi possível devido ao nível de impureza dos espectros. A não obtenção dos compostos de interesse podem estar relacionadas a características estruturais da RTN, bem como a condições reacionais ineficientes. Devido a isso nós avaliamos o potencial biológico dos produtos intermediários no modelo de Alzheimer de C. elegans, mais especificamente na cepa CL2006, um mutante que expressa o peptídeo βA no músculo. As moléculas testadas não apresentaram atividade significativa neste modelo de DA, no entanto os resultados ainda são animadores, pois diferentemente da MCT, que é um alcaloide primariamente tóxico, os compostos intermediários não apresentaram toxicidade para o nematoide, indicando que o núcleo pirrolizidínico pode ser explorado como protótipo para a síntese de novas moléculas e ser avaliada para outros alvos biológicos.

88 7. REFERENCIAS

ADAMS, R.; ROGES, E. F. Erratum: The structure of monocrotaline, the alkaloid in crotalaria spectabilis and crotalaria retusa. I. Journal of the American Chemical Society. v. 63, p.3605, 1939.

ALEXANDER, A. G.; MARFIL, V.; LI, C. Use of Caenorhabditis elegans as a model to study Alzheimer ’ s disease and other neurodegenerative diseases. Frontier in genetics. v. 5, n. September, p. 1–21, 2014.

AMIRKIA, V.; HEINRICH, M. Alkaloids as drug leads – A predictive structural and biodiversity-based analysis. Phytochemistry Letters, v. 10, p.48-53, 2014.

ANISZEWSKI, T. ALKALOIDS – SECRETS OF LIFE. Second edi ed. Amsterdam: 2015.

ANTHONY, J. P.; FYFE, L.; SMITH, H. Plant active components - a resource for antiparasitic agents? Trends Parasitol, v. 21, p. 462-468, 2005.

ARYA, U.; DWIVEDI, H.; SUBRAMANIAM, J. R. Reserpine ameliorates A?? toxicity in the Alzheimer’s disease model in Caenorhabditis elegans. Experimental

Gerontology, v. 44, n. 6–7, p. 462–466, 2009.

ASSCHE, R. VAN; TEMMERMAN, L. Metabolic profiling of a transgenic Caenorhabditis elegans Alzheimer model. Metabolomics p. 477–486, 2015. ASSOCIATION, A. 2013 Alzheimer’s disease facts and figures. Alzheimer’s and Dementia, v. 9, n. 2, p. 208–245, 2013.

ATANASOV, A. G. et al. Discovery and resupply of pharmacologically active plant- derived natural products : A review. Biotechnology Advances, v. 33, n. 8, p. 1582– 1614, 2015.

BARD F, CANNON C, BARBOUR R, et al. Peripherally administered antibodies against amyloid β-peptide enter the central nervous system and reduce pathology in a mouse model of Alzheimer’s disease. Nat Med v. 6, p. 916-919, 2000.

BALLARD, C. et al. Alzheimer’s disease. The Lancet, v. 377, n. 9770, p. 1019–1031, 2011.

89 BARRI, M.E.S; ADAM, S.E.I. Author links open the author workspace.S.E.I.Adam. The toxicity of Crotalaria saltiana to calves. Journal of ComparativePathology, v. 91, Issue 4, p. 621-627, 1981.

BARTUS, R. T. et al. The cholinergic hypothesis of geriatric memory dysfunction. Science (New York, N.Y.), v. 217, n. 4558, p. 408–414, 1982.

BELVOIR, F.; HOSPITAL, C. Cholinesterase Inhibitors for Alzheimer’s Disease. American family physician, v. 87, n. 5, p. 313–314, 2013.

BLOOM, G. S. Amyloid-β and Tau. JAMA Neurology, v. 71, n. 4, p. 505, 2014. BOYD-KIMBALL, D. et al. Proteomic identification of proteins specifically oxidized in Caenorhabditis elegans expressing human Aβ ( 1 – 42 ): Implications for Alzheimer’s disease. Neurobiology of aging. v. 27, p. 1239–1249, 2006.

BOHLIN, L. et al. Natural products in modern life Science. Phytochem Rev, v. 9, p. 279–301, 2010.

BRENNER, S. Caenorhabdztzs elegans. p. 71–94, 1974

BURTON, M.; ROBINS, D. J. Synthesis of Macrocyclic Pyrrolizidine Alkaloid

Analogues from (-)-(7R88R)- 1 -Chloromethyl-7,2-didehydro-7-hydroxypyrroliridinium Chloride. J. Chem. Soc., n. l, p. 585–589, 1986.

CALAHORRO, F. Conserved and divergent processing of neuroligin and neurexin genes: from the nematode C. elegans to human. Invertebrate Neuroscience, v. 14, n. 2, p. 79–90, 2014.

CARDOSO, P. M. L. et al. Síntese de derivados de aminoácidos: ligandos quirais para catálise enantio seletiva. 2010, 76 folhas, Dissertação (Mestrado em química) - Departamento de química, Universidade de Coimbra, 2010.

CHEEKE, P. R. Toxicity and metabolism of pyrrolizidine alkaloids. J Anim Sci, v. 66, p. 2343-2350, 1998.

CHEN, J. S. et al. Lycopene attenuates A beta(1-42) secretion and its toxicity in human cell and Caenorhabditis elegans models of Alzheimer disease. Neuroscience Letters, v. 608, n. 0304-3940, p. 28-33, 2015.

90 CHEN, X.; BURGOYNE, R. D. Identification of common genetic modifiers of

neurodegenerative diseases from an integrative analysis of diverse genetic screens in model organisms. BMC Genomics, v. 13, n. 1, p. 71, 2012.

CHEN, Z.; ZHONG, C. Oxidative stress in Alzheimer’s disease. Neuroscience Bulletin, v. 30, n. 2, p. 271–281, 2014.

COWAN, M. M. Plants products as antimicrobial agents. Clin. Microbiol Rev, v. 12, p. 564-582, 1999.

CULVENOR, C. C. J. et al. Pyrrolizidine alkaloids as alkylating and antimitotic agents. NY Acad Sci., v.163, p. 837–847, 1969.

CULVENOR, C. C. J. et al. Active metabolites in the chronic hepatotoxicity of pyrrolizidine alkaloids, including otonecine esters. Nature New Biol. v. 229, p. 255– 256, 1971.

DEVENDRA, B. N.; SRINIVAS, N.; SOLMON, K. S.; A comparative pharmacological and phytochemical analysis of in vivo & in vitro propagated Crotalaria species. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine p. 37-41, 2012.

DAVIS, D. A. et al. Activity of Human Immunodeficiency Virus Type 1 Protease Inhibitors against the Initial Autocleavage in Gag-Pol Polyprotein Processing. v. 56, n. 7, p. 3620–3628, 2012.

DEWICK, P. M. Medicinal Natural Products. A Biosynthetic Approach. Second Edition. Chichester – New York: John Wiley & Sons Ltd, 2002.

DEWICK P. M. Medicinal Natural Products: A Biosynthetic Approach, 3rd Edition John Wiley & Sons, Ltd. ISBN: 978-0-470-74168-9, 2009.

DHOLWANI, K. et al. A review on plant-derived natural products and their analogs with anti-tumor activity, Indian Journal of Pharmacology, v.40, p. 49 -58, 2008.

91 DOSTAL, V.; ROBERTS, C. M.; LINK, C. D. Genetic Mechanisms of Coffee Extract Protection in a Caenorhabditis elegans Model of b -Amyloid Peptide Toxicity. Genetic society of America. v. 54, p. 857-866, 2010.

DUTHEY, B. Background Paper 6.11 Alzheimer Disease and other Dementias, Update on 2004. World Health Organization, n. February, p. 1–77, 2013.

EQUENCE, C. E. S. et al. Genome Sequence of the Nematode C . elegans : A Platform for Investigating Biology. Science (New York, N.Y.), v. 282, n. December 1998, p. 2012–2018, 1998.

FLORES, A. S.; MIOTTO, S. T. S. Aspectos fitogeográficos das espécies de Crotalaria L. (Leguminosae-Faboideae) na Região Sul do Brasil. Acta Bot Bras. v.19, p. 245-249, 2005.

FRASCESCATO, L. N. et al. Atividade antimicrobiana de Senecio heterotrichius DC. (Asteraceae). Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 43, n. 2, 2007.

GAUD, A. et al. Prednisone reduces muscle degeneration in dystrophin-deficient Caenorhabditis elegans. Neuromuscular Disorders, v. 14, n. 6, p. 365–370, 2004. GHOSH, S. et al Structure-based virtual screening of chemical libraries for drug discovery. Current Opinion in Chemical Biology, v. 10, p. 194–202, 2006.

GIACOMOTTO, J. et al. Caenorhabditis elegans as a chemical screening tool for the study of neuromuscular disorders. Manual and semi-automated methods. Methods, v. 56, n. 1, p. 103–113, 2012.

GIACOMOTTO, J.; SÉGALAT, L. High-throughput screening and small animal models, where are we? British Journal of Pharmacology, v. 160, n. 2, p. 204–216, 2010.

GILANI, A. H.; RAHMAN, A. Trends in ethnopharmacology. J Ethnopharmacol. v. 100, p. 43-49, 2005.

GOEDERT, M.; KLUG, A. Tau protein and the paired helical filament of Alzheimer’s disease. Brain Research Bulletin, v. 50, n. 5–6, p. 469–470, 1999.

92 GOLSTEIN, P. et al., Nature Reviews Molecular Cell Biology, v. 4, p. 798-807, 2003. GÖTZ, J. et al. Formation of neurofibrillary tangles in P301l tau transgenic mice induced by Abeta 42 fibrils. Science (New York, N.Y.), v. 293, n. 5534, p. 1491–5, 2001.

GOURAS, G. K.; OLSSON, T. T.; HANSSON, O. β-amyloid Peptides and Amyloid Plaques in Alzheimer’s Disease. Neurotherapeutics : the journal of the American Society for Experimental NeuroTherapeutics, v. 12, n. 1, p. 3–11, 2015.

GRÜNZ, G. et al. Structural features and bioavailability of four flavonoids and their implications for lifespan-extending and antioxidant actions in C . elegans. v. 133, p. 1– 10, 2012.

GUHA, S. et al. The longevity effect of cranberry extract in Caenorhabditis elegans is modulated by daf-16 and osr-1. AGE. v. 35, p. 1559–1574, 2013.

HARTMANN, T.; WITTE, L. Chemistry, biology and chemoecology of the

pyrrolizidine alkaloids. Alkaloids: chemical and biological perspectives, Oxford, UK, Pergamon Press, v. 9, 1995

HARVEY, A. L. Natural products as a screening resource. 2004.

HASHMI, S. et al. A C. elegans model to study human metabolic regulation. Nutrition & metabolism, v. 10, n. 1, p. 31, 2013.

HERRMANN, N. et al. Current and Emerging Drug Treatment Options for Alzheimer’s Disease A Systematic Review. Drugs, v. 71, n. 15, p. 2031–2066, 2011.

HOVERMALE, J. T.; FLEMING, F. F.; WHITE, J. D.; CRAIG, A. M. Improved labelling methods for C9-2H-retronecine. Heterocycles, 38, 135-142. 1994.

HOW, Y. C.; ATO, F. S. Screening of Isoquinoline Alkaloids for Potent Lipid

Metabolism Modulation with Caenorhabditis elegans. v. 77, n. 12, p. 2405–2412, 2013. HUANG, L. et al. Oxoisoaporphine alkaloid derivative 8-1 reduces Aβ1-42 secretion and toxicity in human cell and Caenorhabditis elegans models of Alzheimer's disease. Neurochemistry International, 2017

HURD, M. D. et al. Monetary costs of dementia in the United States. The New England journal of medicine, v. 368, n. 14, p. 1326–34, 2013.

93 HUXTABLE, R.J. Activation and pulmonary toxicity of pirrolizidine alkaloids.

Pharmacol Therapeut . v. 47, p. 371- 389, 1990.

ITOH, A. et al. Impairments of long-term potentiation in hippocampal slices of b - amyloid-infused rats. European jornal of farmacology. v. 382 p. 167–175, 1999. JAKOBSEN, H. et al. The Alkaloid Compound Harmane Increases the Lifespan of Caenorhabditis elegans during Bacterial Infection , by Modulating the Nematode ’ s Innate Immune Response. PloS One. v. 8, n. 3, p. 1–9, 2013.

JENSEN, C.; HEROLD, P.; BRUNNER, H. R. for clinical treatment. Nature reviews v. 7, n. may, p. 399–410, 2008.

KAMPKÖTTER, A. et al. Increase of stress resistance and lifespan of Caenorhabditis elegans by quercetin. Comparative Biochemistry and Physiology. v. 149, p. 314–323, 2008.

KAPLAN, M, A, C. Potencial sources of biodynamically active natural products in Brasil. Mem. Inst. Ostwald Cruz, Rio de Janeiro, v.86, suppI. II, 5-8, 1991

KHADIJAH, A. Protection from β-amyloid peptide toxicity in a transgenic caenorhabditis elegans model by phenserine, a long-acting acetylcholinesterase inhibitor and nigella sativa oil, an alkaloid antioxidant. The Journal of the Alzheimer's Association v. 12, p. 436-436, 2016.

KINGHORN, A. D. et al. Natural Inhibitors of Carcinogenesis. planta med, v. 70, p. 691–705, 2004.

KOCH, K. et al. Caenorhabditis elegans as Model System in Pharmacology and Toxicology : Effects of Flavonoids on Redox-Sensitive Signalling Pathways and Ageing. the scientific world journal.v. 2014, 2014.

KONRATH, E. L. et al. Alkaloids as a source of potential anticholinesterase inhibitors for the treatment of Alzheimer’s disease. Journal of Pharmacy and Pharmacology, v. 65, n. 12, p. 1701–1725, 2013.

KUMAR, R. et al. ANNALS ANNALS Withania somnifera root extract extends

94 LAU, T. et al. A Novel Tankyrase Small-Molecule Inhibitor Suppresses APC Mutation – Driven Colorectal Tumor Growth. Cancer Res. v. 73, n. 10, p. 3132–3145, 2013. LEE, K.H. Human medicinal agents from plants. In : Kinghorn AD, Balandrin M, editors. ACS Symposium Series No. 534, Washington, DC: American Chemical Society; 1993. Chap.12

LEWIS, J. et al. Enhanced neurofibrillary degeneration in transgenic mice expressing mutant tau and APP. Science (New York, N.Y.), v. 293, n. 5534, p. 1487–91, 2001. LI, J.; LE, W. Modeling neurodegenerative diseases in Caenorhabditis elegans. Experimental Neurology, v. 250, p. 94–103, 2013.

LI, J.; SHA, Y. A Convenient Synthesis of Amino Acid Methyl Esters. Molecules. v. 13 p. 1111–1119, 2008.

LINK, C. D. Expression of human beta-amyloid peptide in transgenic Caenorhabditis elegans. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 92, n. 20, p. 9368–72, 1995.

LINK, C. D. et al. Gene expression analysis in a transgenic Caenorhabditis elegans Alzheimer’s disease model. Neurobiology of Aging, v. 24, n. 3, p. 397–413, 2003. LINK, C. D. C. elegans models of age-associated neurodegenerative diseases: Lessons from transgenic worm models of Alzheimer’s disease. Experimental Gerontology, v. 41, n. 10, p. 1007–1013, 2006.

LIU, F. et al. Journal of Asia-Paci fi c Entomology Nematicidal coumarin from Ficus carica L . Journal of Asia-Pacific Entomology, v. 14, n. 1, p. 79–81, 2011.

LIU, H. et al. Lifespan extension by n -butanol extract from seed of Platycladus orientalis in Caenorhabditis elegans. Journal of Ethnopharmacology, v. 147, n. 2, p. 366–372, 2013.

LIU, J. H. W. Herbal medicines and their studes. In Traditional Herbal Medicine Research Methods, Edited by Willow J.H. Liu Copyright © 2011 John Wiley & Sons, Inc.

LÓPEZ, S. et al. Acetylcholinesterase inhibitory activity of some Amaryllidaceae alkaloids and Narcissus extracts. Life Sciences, v. 71, n. 21, p. 2521–2529, 2002. MARKAKI, M.; TAVERNARAKIS, N. Modeling human diseases in Caenorhabditis

95 elegans. Biotechnol. J. p. 1261–1276, 2010.

MARSTON et al. A rapid TLC bioautographic method for the detection of acetylcholinesterase and butyrylcolinesterase inhibitors in plants. Phytochemical analysis, v. 13, p. 51-54, 2002

MATTOCKS, A.R. Toxicity of pyrrolizidine alkaloids. Nature (London). v. 217, p. 723–728, 1968.

MATTOCKS. A.R.; WHITE, I. N. H. The conversion of pyrrolizidine alkaloids to dihydropyrrolizine derivatives by rat-liver microsomes in vitro. Chem-Biol Interact. v. 3 p. 383–396, 1971.

MATTOCKS, A. R. The conversion of pyrrolizidine alkaloids to n-oxides and to dihydropyrrolizine derivatives by rat-livermicrosomes. Chemical and biology interactions, v. 3, p. 383–396, 1971.

MATTOCKS, A. R. Acute hepatotoxicity and pyrrolic metabolites in rats dosed with pyrrolizidine alkaloids. Chemical and biology interactions, v. 5, p. 227–242, 1972. MATTOCKS, A.R. Toxicology of pyrrolizidine alkaloids inanimal. In: Mattocks A R . Chemistry and toxicology of pyrrolizidine alkaloids. New York: Academic Press, p.191- 219, 1986.

MAYEUX, R. M. S. Tratament of Alzheimer’s disiase. The New England journal of medicine, v. 341, n. 22, p. 1670–1679, 1999.

MISHRA, B. B.; TIWARI, V. K. European Journal of Medicinal Chemistry Natural products : An evolving role in future drug discovery. European Journal of Medicinal Chemistry, v. 46, n. 10, p. 4769–4807, 2011.

MOLLICA, A. et al. Bioorganic & Medicinal Chemistry Exploring new Probenecid- based carbonic anhydrase inhibitors : Synthesis , biological evaluation and docking studies. Bioorganic & Medicinal Chemistry, v. 23, n. 17, p. 5311–5318, 2015.

MOLYNEUX, R. J.; ROITMAN, J. N.; BENSON, M.; LUDIN, R. E. 13C NMR spectroscopy of pyrrolizidine alkaloids. Phytochemistry, 21, 439 – 443, 1982.

NEGREIROS, S. et al. ScienceDirect Activity of pyrrolizidine alkaloids against bio fi lm formation and Trichomonas vaginalis. Biomedicine et Pharmacotherapy, v. 83, p. 323–329, 2016.

96 NEWMAN, D.J; CRAGG G.M. Natural Products As Sources of New Drugs over the 30 Years from 1981 to 2010. J. Nat. Prod. v.75, p. 311−335, 2012.

NIWA, H. et al. Total synthesis of opticallyactive Monocrotaline, a Carcinogenic Pyrrolizidine Alkaloid possessing an elevenmembered retronecine dilactone, Tetrahedron, v. 48, n. 48, p. 10531-10548, 1992.

ORTEGA, M. G.; AGNESE, A. M.; CABRERA, J. L. Anticholinesterase activity in an alkaloid extract of Huperzia saururus. Phytomedicine, v. 11, n. 6, p. 539–543, 2004. PAGLIOSA, L. B. et al. Effect of isoquinoline alkaloids from two Hippeastrum species on in vitro acetylcholinesterase activity. Phytomedicine, v. 17, n. 8–9, p. 698–701, 2010.

PAIVA, F. A. et al. Carqueja ( Baccharis trimera ) Protects against Oxidative Stress and -Amyloid-Induced Toxicity in Caenorhabditis elegans. Oxidative medicine and cellular longevity v. 2015, 2015.

PALOMINO, G.; VÁZQUEZ R. Cytogenetic studies in Mexican populations of species of Crotalaria (Leguminosae Papilionoideae). Cytologia. v. 56 p.343-351, 1991.

PERMANNE, B. et al. Reduction of amyloid load and cerebral damage in a transgenic mouse model of Alzheimer’s disease by treatment with a beta-sheet breaker peptide. FASEB J, v. 16: 860–62, 2002.

PRINCE, M. et al. The global prevalence of dementia: A systematic review and metaanalysis. Alzheimer’s and Dementia, v. 9, n. 1, p. 63–75, 2013.

PRINCE, M. et al. World Alzheimer Report 2015: The Global Impact of Dementia - An analysis of prevalence, incidence, cost and trends. [s.l: s.n.].

PRINCE, M.; JACKSON, J. World Alzheimer Report 2009. Alzheimer’s Disease International, p. 1–96, 2009.

QIANG, L. et al. Tau Protects Microtubules in the Axon from Severing by Katanin.

Documentos relacionados