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4. ANÁLISE

4.3. A avaliação do homem e da mulher: As escolhas léxico-

4.3.3. Texto III: Solteira e vaidosa, líder da greve dos professores va

Solteira e vaidosa, líder da greve dos professores vai adotar menina

Figura 4: Notícia veiculada na primeira página do jornal em 02/04/2010

(i) O CONTEXTO: VARIÁVEIS DE REGISTRO

Campo: Adoção de menina pela professora M.Izabel Noronha,

presidente da APEOESP.

Relações: Folha de S.Paulo e leitores do Caderno Ilustrada

Modo: Na página de Mônica Bergamo: Língua e visual (foto da professora)

complementam-se para organizar os significados de Campo e Relações.

(ii) AS ESCOLHAS LÉXICO-GRAMATICAIS

● A METAFUNÇÃO IDEACIONAL

[M.I.N.1] Solteira, vaidosa, líder da greve dos professores, vai adotar

Ator Material

uma criança

Meta

com o aposto: MIN é solteira - MIN é vaidosa - MIN é líder da greve dos professores

com 3 processos Relacionais (é) ligados a Portador (MIN) e a Atributos (solteira, vaidosa, líder...)

O exame do sistema de Transitividade, da metafunção Ideacional, mostra a profa. Maria Izabel Noronha, solteira, vaidosa e líder de greve como participante Ator, no processo Material (adotar), tendo como Meta a menina adotada. O Ator recebe 3 Atributos: solteira, vaidosa e líder de greve dos professores.

Quadro 23: Análise do sistema da Transitividade da notícia 3

1

Análise − 51

● A METAFUNÇÃO INTERPESSOAL

[M.I.N.] Solteira, vaidosa, líder da greve dos professores, vai adotar

Avaliat: token de Atitude Avaliat:token de Atitude Avaliat: token de Atitude

uma criança

1. Papéis desempenhados:

MIN recebe o papel desempenhado de nomeação: líder da greve dos professores

2. Avaliatividade: A avaliatividade deve levar em conta o contexto ou a posição

de leitura do leitor (MARTIN, 2000). Assim, levando em conta a adoção de uma criança, temos o seguinte quadro:

'solteira' de Atitude positiva negativa 'vaidosa' de Atitude positiva negativa 'líder da greve dos profs.' de Atitude positiva negativa

Assim, de acordo com o frame - o conhecimento de mundo - que o leitor traz na sua interação com o texto, os Atributos acima podem constituir o que se chama de 'contrabando de informação', a inserção subreptícia de avaliação negativa, além da logogênese, o significado - no caso negativo - que é construído no desenrolar do texto.

Com base nisso, notemos que as escolhas linguísticas de avaliação explícita por meio desses Atributos podem ser consideradas de avaliação de apreciação positiva, porém, também constituem tokens de Atitude nesse contexto.

Assim, poder-se-ia julgar que alguém com esses Atributos não seria a pessoa mais indicada para a adoção de uma criança, já que provavelmente muito ocupada com movimentos grevistas. E, é claro, há ainda boa parte da população que não considera adequada uma mãe ser 'solteira' e 'vaidosa'. De qualquer forma, parece perdurar a impressão de novidade, de inesperado, na informação do texto, o que tem como base a categorização que sofre a mulher nesta sociedade.

● A METAFUNÇÃO TEXTUAL

Solteira, vaidosa, líder da greve dos professores, vai adotar uma criança

Tema

Notemos que os Atributos 'solteira', 'vaidosa' e 'líder em posição temática' ocupam a posição de Tema da oração, revelando o posicionamento da autora em relação àquilo que informa: parece que a colunista julga ser um fato inusitado alguém com essas características adotar uma criança, assumindo o papel de mãe.

Quadro 25: Análise da metafunção textualda notícia 3

A questão do visual

Tomando por base o que Du Bois (1987) fala sobre 'peso no final' e 'foco no final', significando com isso que é nessa parte da oração que se localizam a verdadeira mensagem de um texto. Vimos que a relação Tema-Rema serve para não só enfocar um elemento da oração, mas também marcar parte da informação como a mensagem que, de fato, o autor quer que perdure na lembrança do leitor. A partir disso, pela análise da foto, podemos depreender em relação à foto que acompanha a notícia é que a mensagem que está em foco, que tem peso, e que deve permanecer na mente dos leitores é o fato da presidente da APEOESP ser solteira e vaidosa.

Tema: Solteira e vaidosa, líder da greve dos professores Rema: a imagem da líder da greve dos professores

Análise − 53

4.3.4 Texto IV: Campanha tem início com ‘scripts’ fáceis de antever

Campanha tem início com ‘scripts’ fáceis de antever

A campanha eleitoral começou da forma mais previsível. Dilma Rousseff pendurou- se, com direito a lágrimas e tudo, no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Natural. Já José Serra, também de acordo com um “script” fácil de antever, fugiu do plebiscito. [FSP, 01/04/2011]

Quadro 27: Notícia veiculada na primeira página do jornal em 0104/2010

(i) O CONTEXTO: VARIÁVEIS DE REGISTRO

Campo: Descrição do comportamento dos candidatos Dilma e Serra

na campanha eleitoral

Relações: Folha de S.Paulo e leitores do Caderno A

Modo: Na primeira página do Jornal, uma linguagem enxuta organiza os

conteúdos de Campo e Relações.

Quadro 28: O contexto social/situacional da notícia 4

(ii) AS ESCOLHAS LÉXICO-GRAMATICAIS

● A METAFUNÇÃO IDEACIONAL

A campanha eleitoral começou da forma mais previsível.

Existente Existencial Circunstância

Dilma Rousseff pendurou-se, com direito a lágrimas e tudo, no presidente Luiz

Ator Material Circunst. Meta

Inácio Lula da Silva. Natural.

Já José Serra, também de acordo com um “script” fácil de antever, fugiu

Ator Material

do plebiscito.

Circunstância

continuação

Na análise da Transitividade, podemos ver que o autor fez uso de processos materiais - pendurou-se para o Participante Ator Dilma, e fugiu - para o Participante Ator – José Serra. Podemos perceber que não há diferença quanto aos papéis projetados de atribuição, pois ambos estão no evento da oração como Ator (Dilma e Serra). Entretanto, a diferença consiste nas escolhas lexicais dos processos. Apesar de serem materiais no sistema da Transitividade, e denotarem significado negativo tanto para Dilma quanto para José Serra, sugerindo um tratamento analítico igual para os dois, veremos que há distinção de tratamento. É o que veremos na análise da metafunção interpessoal.

Quadro 29: Análise do Sistema da Transitividade da notícia 4

● A METAFUNÇÃO INTERPESSOAL

A campanha eleitoral começou da forma mais previsível.

Avaliat: Gradação - força Avaliat: token Apreciação

Dilma Rousseff pendurou-se, com direito a lágrimas e tudo,

Avaliat: token de Atitude (negativo) Avaliat: token de Atitude (negativo)

no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Natural.

Avaliat: token de Atitude (negativo)

Já José Serra, também de acordo com um “script” fácil de antever,

Avaliat: token de Atitude

fugiu do plebiscito.

Avaliat: julgamento negativo Comentário

No exame da metafunção interpessoal, percebemos a fusão da metafunção ideacional com a interpessoal, pela escolha dos processos no sistema da Transitividade.

Considerando o enfoque da Avaliatividade de Martin (2000), notemos que ambos

Análise − 55

continuação

os itens lexicais ‘pendurou-se’ (destinado à Participante – Ator, Dilma) e ‘fugiu’ (destinado ao Participante – Ator, José Serra) constituem processo material de apreciação negativa – o que os colocam a princípio em condição de igualdade em termos de Avaliatividade. Porém, a escolha do termo ‘pendurou-se´ do sistema da Transitividade caracteriza por um token de atitude.

Luchjenbroers e Aldridge (2007) falam em frames, conjuntos de informação aceitos culturalmente, que acompanham qualquer termo lexical. Os autores afirmam que adequação do frame escolhido é também muito importante para ‘contrabandear

uma informação’, um termo usado quando uma informação (negativa) é

subrepticiamente inserida. Com base nisso, podemos observar que o termo ‘pendurou-se’ em relação ao termo ‘fugiu’, revela uma posição tendenciosamente machista, encavalando outras informações além de negativa. Nesse contexto, alguns significados se acrescentam àqueles proporcionados pela metafunção ideacional, graças à avaliação direta de fenômeno relacionado a um intertexto prévio, num processo chamado de logogênese [construção dinâmica do significado conforme o texto se desenvolve], segundo Halliday (1992, 1993) e Halliday & Matthiessen (1999).

O termo ‘pendurou-se’ carrega, socialmente, em determinados contextos, uma conotação pejorativa: aquele que não tem personalidade própria, que se submete, que está na dependência de, que está agarrado ou grudado. Isso revela a atitude de julgamento por parte do autor, ao apresentar uma imagem estereotipada do homem e da mulher.

Aproveitando a ocasião, White (2003), desenvolvendo o subsistema de Compromisso na teoria da Avaliatividade de Martin, postula a distinção entre enunciados monoglóssicos (afirmações não-dialogizadas) e enunciados

heteroglóssicos ou dialogísticos (nos quais se sinaliza algum compromisso com

posições alternativas/voz). Com base nisso, convém notar que o autor sinaliza sua posição de afinidade em relação àquilo que informa, ao fazer uso de o adjunto de modalização de frequência ‘natural’, reforçando o fato de ser comum e frequente a pré-candidata “pendurar-se” no Presidente - o que demonstra uma atitude pouco lisonjeira à Dilma.

● A METAFUNÇÃO TEXTUAL

Campanha tem início com ‘scripts’ fáceis de antever

A campanha eleitoral começou da forma mais previsível. Dilma Rousseff pendurou-

Tema Tema

se, com direito a lágrimas e tudo, no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Natural. Já José Serra, também de acordo com um “script” fácil de antever, fugiu do Tema

plebiscito.

Comentário

Como a análise da metafunção textual organiza o modo como as metafunções ideacional e interpessoal estão dispostas linguisticamente, vemos que o autor dispõe Dilma e Serra em posição temática, a fim de colocá-los coerentemente sob o enfoque de avaliação de suas campanhas eleitorais.

Quadro 31: Análise da metafunção textual da notícia 4

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A análise à luz da Linguística Crítica, cujos proponentes indicam Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), como a metodologia mais indicada para a análise crítica, mostra-nos dois fatos importantes:

a) A LSF, por ser uma abordagem multidimensional, permite o exame do funcionamento de três significados simultâneos (HALLIDAY, 2004).

b) A relação das estruturas linguísticas com os processos sociais faz da LSF um recurso útil para o estudo mais amplo de diferentes modos semióticos (MACKEN-HORARIK, 2004).

Os resultados mostram que a mulher frequenta apenas em ¼ do espaço da primeira página do jornal Folha de S.Paulo, enquanto o homem ocupa o restante do espaço, ou seja, ¾, portanto, 75% das ocasiões, em comparação à mulher. A primeira página de um jornal é o lugar em que acontece o resumo dos fatos mais importantes do Brasil e do mundo. Nesta pesquisa, não verifiquei se essas presenças referiam-se ao noticiário nacional ou ao internacional.

Discussão dos Resultados − 57

Quanto às atividades, embora alguns importantes cargos já estejam ocupados por mulheres, para a par com os homens, conforme nos mostra a parte superior do Quadro 10 'Atividades Equivalentes', ainda assim, vê-se a consequência da frequência reduzida dela nessa página. Novamente, ¼ de referência a atividades ocupadas pela mulher (13 x 69), que sugere que alguns cargos ainda sejam 'femininas', ou seja, possíveis de ser ocupados por elas (atriz, conselheira da secretaria, guia, jogadora de vôlei, psicóloga, presidente de associação civil, sexóloga).

As escolhas léxico-gramaticais mostram a ideologia do jornal, de maneira, em geral, implícita, ou seja, sem o uso de palavras claramente avaliativas, ou quando o jornal o faz, são escolhas que - se merecem a avaliação positiva em alguns contextos - acabam sugerindo avaliação negativa, devido à adequada colocação sintática no texto. Essa relação entre a macro-estrutura da ideologia e a micro- estrutura das escolhas léxico-gramaticais é possibilitada, como diz Li (2010), pelo caráter multifuncional da LSF.

A análise mostra-nos também o que afirmam Luchjenbroers & Aldridge (2007), que juntamente com cada enunciado que produzimos, podemos - ativa ou inconscientemente - deixar pistas para a audiência sobre como percebemos as pessoas, ações e eventos no mundo que nos cerca. Mais ainda, cada escolha lexical ativa que fazemos revela mais diretamente como encorajamos os outros a pensar sobre determinadas pessoas, ações e eventos.

Por outro lado, o termo ‘contrabandear informação’ (cf. Luchjenbroers 1993, 1997a) é usado para quando uma informação é subrepticiamente inserida no texto. Por força do intertexto prévio, algumas escolhas lexicais podem fazer desencadear na mente do leitor situações negativas relacionadas ao termo selecionado. É o que acontece na categorização da mulher no discurso, conforme nos mostra a análise.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chego ao final desta dissertação com a plena sensação de que a pesquisa me proporcionou uma compreensão melhor dos recursos incríveis que o sistema linguístico possibilita tanto para o falante leigo, mas muito mais para o especialista que trabalha na mídia e que é o formador da opinião pública.

O contato com a Linguística Crítica e a Linguísitca Sistêmico Funcional foi de grande importância, pois partindo da análise detalhada da língua e do contexto social e cultural pudemos enxergar significados ideológicos subjacentes e compreender como identidades, ideologias e discriminações são constantemente construídas ou reproduzidas pelo discurso do jornal. No caso, na Folha de S.Paulo. foi possível verificar o tipo de ideologia que subjaz à categorização da mulher.

A avaliação implícita ou a avaliação explícita com valor positivo, mas que oculta avaliação negativa, por força do frame que o leitor traz na sua interação com o texto, são noções imprescindíveis para a formação de um cidadão consciente, que pode posicionar-se criticamente diante das situações por que passa uma nação e participar ativamente dos destinos de seu país. Agora que esses fatores estão mais claros para mim, poderei, evidentemente, proporcionar aos meus alunos um ensino de leitura e de redação, embasado por sólida teoria.

Com relação às perguntas de pesquisa, podemos afirmar que foram respondidas, como esclarecemos a seguir:

a) Primeira pergunta: com que frequência a mulher ou o homem são citados na primeira página do jornal Folha de S. Paulo?

As 30 páginas do jornal do mês de abril de 2010 mostram que a primeira página da FSP menciona o homem três vezes mais que a mulher nesse período, sugerindo diferença de oportunidade. Diante de tal resultado, concentramos- nos na verificação das atividades exercidas pelos dois gêneros.

b) Segunda pergunta: que tipo de atividade exercem homens e mulheres citados nessa página?

Considerações Finais − 59

Revela-se, pelos resultados, que há também uma diferença significativa tanto no que se refere à quantidade de atividades exercidas pelas mulheres (24) e pelos homens (79), quanto à diferença nos tipos de atividades: mulheres (atriz, conselheira da secretaria, guia, jogadora de vôlei, mulher-bomba, ombudsman, performer, psicóloga, presidente de associação civil, rebelde, roqueira, sexóloga, visitante); homens (advogado, analista, aposentado, arcebispo, artista, bispo, cardeal, chefe do STF, ciclista, cirurgião, deputado, governador, juiz, padre, poeta, presidente do BC, chanceler, jogador de futebol, papa, pároco, pedreiro, prefeito, relator). Como se pode observar, esse resultado sugere a existência de distinção grupal nesse setor.

c) Terceira pergunta: que escolhas léxico-gramaticais revelam a ideologia subjacente à figura da mulher e à do homem?

Fica evidente, pelos resultados da pesquisa, a questão das escolhas que a língua - como um sistema semiótico - permite fazer, em que determinada escolha adquire significado contra as que deixaram de ser feitas, a saber:

• As escolhas de léxico que refletem papéis projetados de nomeação podem desencadear - por força do frame que o leitor traz para o texto – vários tipos de imagem: vimos isso com o exemplo de imagem positiva para Mônica (esposa) e negativa para Mirian Satenscon (cigana), conforme mostrou a análise do quadro 13.

• Escolhas dos processos no sistema da Transitividade aparentemente neutros podem se revestir de caráter interpessoal, situação em que as metafunções interpessoal e ideacional se sobrepõem, construindo significados ideológicos. É o que Martin (2000) chama de token de atitude ou de dog whistle, o uso de significados aparentemente neutros em termos avaliativos, mas que devem ser ‘entendidos’ como uma mensagem negativa pela comunidade alvo. A título de ilustração, vimos que até expressões como 'despediu-se do cargo de governador' X 'deixou a casa civil', pareciam favorecer Serra, ou, 'conselheira da Secretaria da Igualdade Racial' poderia não ser aceita como enaltecedor de Dilma, nem da Secretaria. Também podemos perceber o caráter interpessoal do autor com a

escolha léxico-gramatical de José Serra como Meta no processo da Transitividade (ele é beijado pela esposa, sugerindo família bem constituída). Isso pode sugerir um reforço da categorização da mulher.

• Escolhas lexicais de atributos explícitos como “musa” ou “famosa”, aparentemente favoráveis, podem se revestir de julgamento negativo, numa avaliação por propagação ou logogênese (intertexto prévio).

• Adjuntos de modalização de frequência como ‘natural’ podem sinalizar a posição de afinidade do autor em relação àquilo que informa, conforme vimos na teoria de White (2003), com os conceitos de enunciados monoglóssicos e heteroglóssicos.

• Com relação ao elemento visual que acompanha as notícias, a LSF se mostrou mais uma vez útil, conforme apontou Macken-Horarik (2004). Vimos que a metafunção textual vê a oração dividida em Tema (aquilo de que fala) e Rema (aquilo que se fala do Tema). Numa oração, a parte final do Rema é chamada de Novo-Rema (Hasan; Fries, 1995), a parte do conteúdo que deve permanecer na mente do leitor e que será repetida no texto. Considerando o final de uma oração, Du Bois (1987) fala em dois fatores: 'peso no final' e 'foco no final'. Desta forma, constatamos que as escolhas das imagens das notícias analisadas mostraram o posicionamento dos autores, ficando coerente com as avaliações transmitidas por eles. Como foi o exemplo da notícia do texto III “Solteira e vaidosa, líder da greve dos professores vai adotar menina”. A escolha da figura da líder sindical estava coerente com a intenção da autora em reforçar a ideia de “Solteira e vaidosa”.

Portanto, à luz da LC e da metodologia da LSF foi possível verificar o tipo de ideologia que subjaz à categorização da mulher na mídia, no caso, na Folha de S.Paulo. Por outro lado, o fato de as constatações apresentadas nesse trabalho serem restritas ao corpus, posso dizer que o trabalho aguçou a minha vontade de aprofundar os conceitos e avançar nas pesquisas vislumbrando um doutorado.

Referências Bibliográficas − 61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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