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Tipo do produto: capítulo de livro Indicador atividade:

No documento RELATÓRIO DE ATIVIDADES PARCIAL 2014 (páginas 131-136)

COORDENADORA MÔNICA MARTINS DA SILVA

Anexo 1 em mídia digital )

5.2.2 Tipo do produto: capítulo de livro Indicador atividade:

Descrição do produto gerado

Produção do texto “PIBID História/UFSC: experiências de iniciação à docência nas Escolas Básicas “Dilma Lúcia dos Santos” e “Batista Pereira”- Andréa Ferreira Delgado e Mônica Martins da Silva, a ser publicado na coletânea: Reflexões sobre Formação de Professores e o PIBID UFSC (no prelo) (Anexo10 em mídia digital e ou hiperlink)

Quantidade total 01

5.3 PRODUÇÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS

Não foram desenvolvidas atividades nessa modalidade.

5.4 PRODUÇÕES DESPORTIVAS E LÚDICAS Não foram desenvolvidas atividades nessa modalidade.

5.5 PRODUÇÕES TÉCNICAS, MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURA E OUTRAS Não foram desenvolvidas atividades nessa modalidade.

6. DESCRIÇÃO DE IMPACTOS DAS AÇÕES/ATIVIDADES DO PROJETO

NA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES; LICENCIATURAS ENVOLVIDAS;

EDUCAÇÃO BÁSICA; PÓS-GRADUAÇÃO e ESCOLAS PARTICIPANTES

O PIBID História na Escola Básica Municipal “Batista Pereira” foi coordenado no ano de 2014 pela professora Mônica Martins da Silva, tal como descrito no item 4 desse Relatório, promovendo

diversas atividades, das quais se destacam a prática pedagógica, por meio do uso de diferentes materiais didáticos, produzidos em etapas anteriores do projeto, com foco no trabalho com fontes históricas e a abordagem da História Local e do Patrimônio Cultural, com quatro turmas do Ensino Fundamental da Escola Municipal “Batista Pereira”, sendo elas, duas turmas de sétimo ano do turno matutino (Turmas 71 e 72) e duas turmas do oitavo ano (Turmas 81e 82) do turno vespertino.

Na Formação dos Professores, ou seja, dos bolsistas de iniciação à docência do curso de História, as atividades desenvolvidas contribuíram de diversas formas: no estímulo à sistematização e socialização de resultados dos trabalhos desenvolvidos por meio de participação em eventos, a maioria com apresentação de trabalhos; publicações acerca das experiências desenvolvidas; aprimoramento teórico-conceitual do campo disciplinar da História articulado à prática pedagógica, desenvolvida por meio do planejamento e desenvolvimento de um conjunto de atividades que ocorreram entre o mês de maio a outubro de 2014. Essas atividades tiveram como objetivo agenciar estratégias metodológicas variadas para o uso de materiais didáticos que foram produzidos em etapas anteriores do projeto, por meio de pesquisa Histórica e que resultaram em um conjunto de textos, atividades, propostas de análise de fontes históricas e atividades de pesquisa, das quais se destaca uma investigação a ser produzida pelos alunos das turmas envolvidas. Além disso, os materiais didáticos propuseram a abordagem de temáticas da História Local, identificadas previamente como muito importantes para a cultura local: 1- Pesca e Maricultura: Saber Fazer, Cultura Material e Turismo no Ribeirão da Ilha: Essa temática se caracterizou pela discussão da pesca por meio do saber fazer dos pescadores e da cultural material que constitui essa atividade, assim como da maricultura, identificando alguns sujeitos envolvidos com esses ofícios na localidade, as características desse trabalho e os sentidos atribuídos por eles no decorrer de um processo histórico demarcado entre os anos de 1950 e os dias atuais; 2- Festas, Tradições e Patrimônio Cultural: A Festa do Divino Espírito Santo no Ribeirão da Ilha. Essa temática foi abordada como uma prática social dos moradores constituída de diversos aspectos simbólicos elaborados a partir de uma tradição popular católica e composta de diferentes elementos materiais e imateriais que constituem formas particulares de culto ao Divino Espírito Santo na localidade.

A partir da compreensão de materiais didáticos como “mediadores do processo de aquisição de conhecimento, bem como facilitadores da apreensão de conceitos, do domínio de informações e de uma linguagem específica da área de cada disciplina – no nosso caso – da História” (BITTENCOURT, 2004, p. 296), a produção de textos e atividades para trabalhar a educação

patrimonial no ensino de história fundamentou-se tanto na pesquisa histórica realizada quanto na investigação do processo de ensino-aprendizagem da História escolar. Essa produção de materiais didáticos baseou-se em uma metodologia de ensino de História construída na nossa prática enquanto professoras da Educação Básica no diálogo com um conjunto de autoras(es) do campo de pesquisa acerca da história ensinada. A partir desse objetivo pudemos aliar, no uso desses materiais, a análise de diferentes interpretações dos fatos e processos em estudo ao trabalho com documentos históricos em sala de aula. Essas estratégias metodológicas são consideradas fundamentais no ensino de História porque permitem, de um lado, a discussão das evidências históricas utilizadas pelos historiadores na produção de diferentes possibilidades de interpretação e, por outro lado, a incorporação de procedimentos próprios do fazer histórico por meio de atividades de interpretação de um conjunto diversificado de documentos históricos visuais, escritos, materiais e orais.

Assim, buscou-se manter a metodologia do Projeto PIBID História, iniciada desde o ano de 2012, de incorporar a dimensão da Pesquisa na Formação de Professores, desenvolvendo uma proposta de formação sistematizada por meio de diferentes estratégias, das quais se destacam:

1) Reuniões semanais para o planejamento das atividades a serem desenvolvidas, discussões coletivas a cerca do trabalho realizado e reflexões sobre os limites e possibilidades da prática pedagógica.

2) Elaboração de Relatórios semestrais, pelos bolsistas ID e supervisores, como o objetivo de organizar e sistematizar a produção resultante das atividades PIBID realizadas ao longo do ano de 2014, promovendo a prática de escrita associada à compreensão da formação docente como um processo de autoformação A produção dos relatórios também representou uma prática de escrita reflexiva que estimulou o sentido de autoria, ou seja, estimulou que os bolsistas se sentissem autores das diferentes práticas formativas que constituem o PIBID.

3) Prática Pedagógica desenvolvidas por meio de atividades variadas que promoveram diferentes formas de inserção dos bolsistas no cotidiano das aulas e desenvolveram habilidades para a “gestão do tempo” e da “classe”, estratégias diversas para o trabalho com textos didáticos e as fontes históricas e para o trabalho com a pesquisa como atividade central para o desenvolvimento de uma proposta de Educação Patrimonial por meio da abordagem da História local.

Na relação com as escolas, o trabalho do PIBID contribuiu para a integração dos alunos bolsistas em atividades rotineiras, como reuniões, colegiados de classe, formação continuada dos professores e, sobretudo, na prática pedagógica de História, desenvolvida por meio de atividades de

observação sistemáticas, assim como da incorporação de materiais didáticos diversos acerca da História local, atividades que possibilitaram o exercício de diversas funções do trabalho do professor: como elaborar planejamentos, acompanhar e orientar a produção dos alunos, corrigir atividades etc.

Para a EBM “Batista Pereira”, que abrigou o projeto em diferentes fases, as atividades do PIBID História contribuíram para a inserção de temáticas da História Local no currículo dos anos finais do Ensino Fundamental, contemplando assuntos relacionados às práticas sociais de referência de muitos dos alunos que frequentam a escola, colaborando para a ampliação da compreensão de temas locais, por meio de sua historicidade. Por outro lado, o projeto possibilitou diversificar a prática pedagógica dos professores, por meio do uso de materiais didáticos inovadores elaborados com o objetivo de desenvolver diferentes habilidades cognitivas e procedimentais.

Para o professor Ricardo Pinho, supervisor do projeto, até o mês de julho, as atividades do PIBID foram relevantes para os estudantes bolsistas. “Enquanto professores em formação, esses estudantes tiveram a oportunidade de conhecer com razoável profundidade a rotina da escola e do professor. Visitaram os espaços que compõem a escola, foram informados das dinâmicas envolvidas nesses espaços, conheceram o regimento interno e o projeto político pedagógico da escola, assistiram aulas com diferentes dinâmicas, participaram do planejamento e da aplicação de aulas e materiais didáticos, enfim, tiveram acesso a experiências múltiplas relacionadas diretamente à sua formação. Neste sentido, consideramos que esses estudantes tiveram a oportunidade de se apropriar de referências que certamente contribuirão, em futuro próximo, para que a sua experiência profissional como professores seja mais segura e eficiente.”. Além disso, acredita que “Toda a experiência de que participaram (...) há de lhes proporcionar maior clareza sobre a complexidade da profissão, fornecerá novas informações, conhecimentos teóricos e práticos, além de boas referências para pensar o processo educativo e pedagógico. Estamos convictos de que essa experiência possibilitará que os futuros professores de História que passaram pelo PIBID em nossa escola poderão começar suas carreiras profissionais com maior segurança e confiança em si mesmos e nos seus trabalhos, podendo contribuir para que o ensino de História possa se desenvolver e atingir patamares mais elevados e sofisticados”. Para este professor, supervisor deste subprojeto PIBID desde o ano de 2012 o impacto do projeto na tua trajetória, pode ser assim apresentadas: “Tenho a declarar que esta foi uma experiência marcante e decisiva tanto na minha vida como na minha carreira profissional. O PIBID me trouxe muitas experiências importantes e significativas. Foi em primeiro lugar um passo que me

levou a retomar os vínculos com a universidade, justamente a universidade que me formou professor em História e à qual, portanto, tenho já uma ligação histórica e existencial significativa. Trouxe-me a oportunidade de trabalhar diretamente com jovens estudantes de História interessados em seguir carreira docente. Este contato com os estudantes proporciona ao profissional algum elemento impalpável, difícil de expressar concretamente, mas se trata de algo como uma energia nova, que mistura uma certa dose de utopia com outra de irreverência, irresponsabilidade e entusiasmo, e acaba por quebrar um pouco daquela previsibilidade um tanto monótona que invade muitas vezes a rotina e as perspectivas de um trabalhador. Sou muito grato ao PIBID por ter-me proporcionado um trabalho em parceria com esses estudantes. E fico feliz também por ter tido a oportunidade de poder lhes transmitir um pouco das minhas vivências e experiências enquanto professor. Creio não seja falta de modéstia entender que esse pouco poderá ser de alguma forma importante para que eles possam iniciar e progredir em suas profissões com maior segurança, certeza e eficiência e, assim, não apenas serem professores mais satisfeitos com os seus trabalhos mas também protagonistas de uma escola melhor para as futuras gerações.

Para o professor Bruno Ziliotto, supervisor que atuou oficialmente até julho de 2014, os bolsistas “puderam perceber a dinâmica não só de sala de aula, mas a preparação e avaliação do trabalho, propondo ações como docentes. Creio que fez parte desse processo de se perceber docente, participar do grupo de professores de uma escola, o trânsito nos espaços escolares, como sala dos professores, refeitório, a participação no colegiado de classe, a aproximação com os diversos profissionais da educação na escola. Muitos citaram como o olhar foi rico, mesmo os que já haviam cursado o estágio curricular, no sentido de compreender a ação profissional do professor na atualidade, na rede pública municipal. Creio que o compartilhamento de um olhar otimista – e nem por isso acrítico – da educação, mesmo com seus limites, foi marca importante em nosso convívio. Quando da entrevista inicial de seleção, todos citaram o interesse na carreira e puderam perceber que há sim boas perspectivas, que há bons caminhos e exemplos, que um trabalho sistemático pode ser coroado de êxito e que a relação humana em sala é muito rica. Os bolsistas destacaram que muito do que esperavam encontrar foi diferente, principalmente na questão da apatia das turmas. Notaram como há participação e debate, opinião – matéria-prima valiosa em sua futura atuação. “

Em relação ao impacto do projeto para a escola, o professor Ricardo Pinho considera que: “A avaliação da aplicação desses materiais nas duas turmas que acompanho é positiva, bastante positiva. No entanto, a visibilidade do projeto acabou por ficar limitado a essa atividade específica

nessas turmas específicas”. Para o supervisor, Bruno Ziliotto, o principal foi “O ganho com experiências inovadoras, com um pensar sobre a educação com um paralelo fundamentalmente participativo e com a produção de materiais didáticos que poderão ser utilizados como ferramenta ou metodologia e exemplo permanente são alguns dos benefícios percebidos (...) já que a qualidade da educação básica se eleva com a formação inicial do docente que participou do PIBID. A escola participante foi beneficiada principalmente na relação direta com as turmas que puderam ter contato maior com os bolsistas”, o que de certa forma ampliou as suas relações e possibilitaram o acesso a outras formas de mediação didática.

7. CONTRIBUIÇÕES PARA AS LICENCIATURAS DA IES

No documento RELATÓRIO DE ATIVIDADES PARCIAL 2014 (páginas 131-136)