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Educadora de Infância 1 – E (1)

Estou a frequentar o mestrado em educação pré-escolar e ensino do 1º Ciclo na Escola Superior de Educação de Santarém. Para finalizar o meu mestrado irei realizar um relatório final que apresentará como temática “A inclusão de crianças com necessidades educativas na Educação Pré-escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico”.

Deste modo, gostaria de solicitar a sua participação neste meu estudo. Todas as respostas aqui mencionas serão utilizadas e apresentadas apenas na dissertação de mestrado, na medida em que todo o trabalho será disponibilizado antes de qualquer tipo de divulgação.

Educadora S: Força

Percurso profissional da entrevistada:

Para começar gostaria de perguntar há quantos anos a S. desempenha a profissão de educadora de infância?

Educadora S: Pelo cálculo deve ser há 25/26 anos.

E durante a sua experiência profissional alguma vez contactou com crianças com necessidades educativas especiais?

Educadora S: Sim, sim. Durante o curso que tirei no Canada e lá o curso já está integrado

com a integração de necessidades educativas especiais no âmbito do ensino. Portanto ao longo do meu curso, ao longo do estágio tive sempre em instituições com crianças “normais” digamos assim e outras com crianças com necessidades educativas especiais, portanto tive sempre experiência e contacto com eles.

Com que tipo de necessidades educativas trabalhou?

Educadora S: O meu primeiro emprego quando eu cheguei do Canada para Portugal foi

mesmo no centro de reabilitação infantil em Almeirim que se chama o Centro de Reabilitação e Integração de Almeirim, portanto tive um ano diretamente com crianças com necessidades educativas especiais, casos profundos.

Definição do conceito “necessidades educativas”:

Para si como educadora de infância como define “necessidades educativas”?

Educadora S: Sou a favor da integração, acho que nenhuma criança deve ser excluída, com

106 cognitivo ou físico como seja ligeiro. Eu sou a favor da integração, todos nós deveremos ter o contacto com tudo o que seja a realidade, mas para isso tem que haver meios e o nosso país não tem muitos meios nem dá muitas respostas nessa área.

Tem conhecimento da legislação que se encontra em vigor para as crianças com necessidades educativas?

Educadora S: É assim infelizmente tenho, tenho a minha filha inserida no decreto-lei 3 com

necessidades educativas especiais, porque a minha filha tem uma ligeira epilepsia. É aquilo que nós estamos a falar que há casos profundos e há casos ligeiros, portanto tenho um contacto direto que surgiu propriamente dela. É assim benefícios se há alguns, há alguns poucos, porque para que fosse um decreto-lei que a criança usufruísse a 100% tinha que existir condições, espaços físicos e meios financeiros e não há. Ela já está a beneficiar do quê: tem um acompanhamento de duas horas por semana de duração de 50 minutos com uma professora do ensino especial, é muito pouco, e tem um acompanhamento durante as provas que lhe é facilitada mas as provas no entanto os conteúdos podem ter pequenas alterações, mas são praticamente os mesmos, só que ela tem um acompanhamento um pouco diferente, a meu ver é muito pouco pelas necessidades que há neste momento. Necessidades educativas especiais há n situações e Portugal não tem meios financeiros nem condições para acompanhar este tipo de crianças.

Papel a adotar na inclusão de crianças com necessidades educativas:

Qual considera que deve ser o papel do educador de infância a adotar na inclusão de crianças com necessidades educativas?

Educadora S: É assim, acho que o deve fazer e deve aceitar, mas para isso tem que haver

normas que têm que ser cumpridas: o número de crianças por grupo deve ser reduzido e o educador deve ter minimamente algum acompanhamento, porque é assim digamos que uma criança que tenha dificuldades ao nível da linguagem é uma terapia da fala é que orienta o educador, se não houver esse acompanhamento e esse intercâmbio de informação como é que nós podemos fazer o nosso trabalho dentro da sala de aula? E muitas vezes nós não temos esse apoio, estou a dar o exemplo da terapia da fala como posso falar de uma terapeuta ocupacional. Nós temos algum conhecimento e matéria para poder ajudar a criança mas para ser um trabalho de qualidade tem que ser um trabalho feito em equipa e não há condições neste momento, Portugal não tem meios, até porque acho que o sistema educativo em Portugal foi alterado relativamente ao decreto-lei e o Ministério da Educação tem vindo a cortar educadores e professores na área das necessidades educativas especiais, quando neste momento há muita necessidade, mas não há resposta.

107 A sua resposta vai de encontro á minha pergunta seguinte, porque para se trabalhar com crianças com necessidades educativas é necessário proceder a processos importante sendo estes a deteção de uma necessidade educativa na criança, a intervenção e monitorização e articulação com os restantes técnicos bem como a avaliação.

Educadora S: É um trabalho de equipa, voltamos ao início, tem que ser um trabalho de equipa

porque se assim não for é inútil. É assim a criança beneficia, nem que seja da parte do educador, pela parte do carinho, da atenção, da relação, mas não chega.

Estratégias a adotar na inclusão de crianças com necessidades educativas:

Quais são as melhores estratégias a adotar para integrar as crianças com necessidades educativas? O que se deve fazer por exemplo em sala?

Educadora S:É assim mante-los na mesma integração, deixar ao ritmo de cada criança como

nós já deixamos, atenção cada qual tem o seu ritmo, mas ter a noção que é assim aquela criança faz com um ritmo muito mais lento, mas não deixar que a criança não participe, é deixa-lo estar no ritmo e tentar ir ao encontro das necessidades educativas especiais. Fazer pesquisa, se for efetivamente aquilo que nós vemos que a criança tem realmente ali uma dificuldade em termos de linguagem, cabe a nós alertar e informar os pais, se nós conseguirmos ajudar na articulação da palavra através de histórias, leitura de imagens, etc… Se não for só de nós devemos pedir essa informação a quem devido, e encaminhar os pais a quem devido e depois então tentarmos estimular um caso de estudo para aquela finalidade, para aquela criança.

Validação da entrevista:

Volto a referir que o meu objetivo nesta temática é entender quais as melhores estratégias a utilizar na integração de crianças com necessidades educativas. Gostaria de perguntar se tem mais alguma questão que gostaria de acrescentar?

Educadora S: É assim, hoje em dia há muitas necessidades educativas especiais e eu

sempre tive conhecimento, mas desde que eu tenho a minha filha inserida no decreto aí é que eu tomei mais a consciência da realidade. O sistema tem que dar mais apoio, o estado tem que dar mais apoio, investir, mas tem que ser um trabalho de equipa, deveria fazer-se mais investimento a longo prazo para se poder ajudar famílias e principalmente as crianças.

Obrigado pela sua participação. Posteriormente irei transcrever a entrevista aqui realizada e entregar em sala para a poder validar.

108 Educadora de Infância 2 – E (2)

Boa tarde, estou a frequentar o mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico na Escola Superior de Educação de Santarém. Para finalizar o meu mestrado, irei realizar um relatório final que apresentará com temática “A inclusão de crianças com necessidades educativas na Educação Pré-escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico.” Deste modo, gostaria de solicitar a sua participação neste meu estudo. Todas as respostas aqui mencionadas serão utilizadas e apresentadas apenas na dissertação de mestrado, na medida em que todo o trabalho está disponibilizado antes de qualquer tipo de divulgação.

Percurso profissional da entrevistada:

Para começar gostava de perguntar, há quantos anos desempenha a profissão de educadora de infância?

Educadora M: Há 19 anos.

E durante a sua experiência profissional alguma vez contactou com crianças com necessidades educativas?

Educadora M: Não

Definição do conceito “necessidades educativas”:

Para si, como educadora de infância, como define “necessidades educativas”?

Educadora M: Quando as crianças têm algum problema que necessitam de ser

apoiadas numa maneira diferente das outras crianças. Tem algum conhecimento da legislação em vigor?

Educadora M: Não

Papel a adotar na inclusão de crianças com necessidades educativas:

Qual é que deve ser o papel do educador de infância na inclusão de crianças com necessidades educativas?

Educadora M: Deve ser mesmo esse papel de inclusão, tentar inserir a criança com

necessidades educativas no grupo de crianças ditas “normais”.

Para se trabalhar com crianças com necessidades educativas existem 5 processos importantes, sendo eles a deteção, a intervenção, a monotorização, a articulação com os restantes técnicos e a avaliação. Como considera que se deve articular todos estes processos para que se chegue a um resultado positivo?

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Educadora M: Não sei, talvez através do diálogo entre os intervenientes no processo.

O diálogo e troca de informação constante, deve ser a principal linha condutora para o sucesso.

Estratégias a adotar na inclusão de crianças com necessidades educativas:

Na sua opinião, quais são as melhores estratégias a adotar na inclusão de crianças com necessidades educativas?

Educadora M: Não tenho experiência. Validação da entrevista:

Volto a referir que o meu objetivo nesta temática é entender quais as melhores estratégias a utilizar na inclusão de crianças com necessidades educativas. Gostaria de perguntar se tem mais alguma questão a acrescentar?

Educadora M: Não

Obrigada pela sua participação. Posteriormente irei transcrever a entrevista e entregar para a poder validar.

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