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Elaborar questões que direcionem os aprendizes para as tarefas é uma forma de fazer com que eles aprendam a desenvolver as atividades com autonomia. O papel do professor é o de orientá-los para a execução das tarefas, desafiando-os a buscar as respostas, através da interação com o ambiente e da colaboração com os colegas ou ainda buscando conhecimento solicitado através de pesquisa na web. Nas aulas do WE, como os alunos estão acessando o ambiente do curso ao mesmo tempo em que a professora dá as instruções da tarefa, muitas vezes, a colaboração entre os colegas acontece quando um aluno está perdido e a professora não percebe. Nesse caso, geralmente o colega que está sentado ao lado levanta de seu lugar e vai até o colega para auxiliá-lo na tarefa.

Considerando as categorias de andaimes descritas por Wood et al, na análise da segunda e da terceira aula filmadas em vídeo (consideradas típicas) é possível ver que, na situação presencial, o andaime mais recorrente é o ETC, possivelmente porque a professora tem a preocupação de que o ambiente não tenha contemplado um direcionamento eletrônico para as tarefas previstas. Por outro lado, os dados também levam a crer que os alunos têm maior conhecimento da LI, o que possibilitou que eles compreendessem com mais facilidade as atividades propostas.

Andaimes mais recorrentes

em duas aulas analisadas Quantidade de andaimes

ETC 52

D 41

RGL 32

MD 19

CF 30

Tabela 2 - Andaimes recorrentes em duas aulas analisadas

Em síntese, com relação à primeira pergunta de pesquisa proposta nesta dissertação – A que recursos expressivos (verbais e extra-verbais), o professor recorre para oferecer andaimes quando o monitoramento ocorre na situação presencial (P)? – observou-se nos vídeos analisados que os recursos verbais (os questionamentos/as afirmações elaboradas pela professora) e os recursos extra- verbais (os gestos, por exemplo), constituiram-se em recursos potenciais aos quais o professor pode recorrer ao oferecer andaimes de conhecimento em LI. Esses recursos possibilitaram maior engajamento dos alunos na tarefa e também garantiram que os aprendizes solucionassem com maior autonomia os exercícios propostos.

Sendo o objetivo desta dissertação entender como as categorias já mobilizadas por Wood et al são apresentadas na modalidade a distância, na próxima seção, analiso como cada função de andaime é encontrada nas sessões de bate-papo do E1 D, destacando as semelhanças e as diferenças entre essa situação e a presencial.

4.2 Quais/como são os andaimes oferecidos pelo professor aos

alunos no E1: análise das sessões de bate-papo

Ao analisar as sessões de bate-papo, as seis funções de andaimes foram encontradas no contexto virtual. Nesta seção, apresento como são apresentadas essas funções e como elas revelam particularidades específicas do meio em que acontecem.

4.2.1 O andaime Recrutamento (R)

Para Wood et al (1976), a função Recrutamento é aquela em que o professor chama a atenção dos aprendizes para a realização da tarefa. Geralmente, a oferta desse andaime ocorre quando o aluno está dispersivo e o professor vê a necessidade de mantê -lo realizando a tarefa. Na sala de aula presencial, essa chamada à participação pode ser feita oralmente, ou pelo olhar do professor para o aluno. Ou seja, em uma interação face a face, a professora sabe quem está presente na aula e pode saber quem está realizando as atividades ou não. Pelo olhar, a professora gerencia a classe sem precisar verbalizar tal monitoramento.

Na aula virtual o Recrutamento ou chamamento para a realizar as tarefas e o gerenciamento da aula acontecem de forma diferenciada, o que confere aos andaimes de recrutamento algumas particularidades. Os dados indicam que, na aula virtual, a professora tem necessidade de identificar quem são os aprendizes conectados ao curso naquele momento e quem são os alunos que estão realizando os exercícios propostos. Ambos, no meu entender, são formas de recrutamento.

O fragmento #8 ilustra essa situação de Recrutamento com a função de identificar quem são os participantes. No E1 D, como os alunos usam um nickname diferente do nome real, há a necessidade de um reconhecimento de quem, de fato, são os participantes engajados na sessão de bate-papo. O exemplo mostra as falas sublinhadas da professora, em forma de perguntas, que buscam identificar quem são os alunos participantes da aula.

#8

<student5> Hi

<Suzi®> who else is in the class? <Suzi®> Where are the others?

<Student3> Ok..I'm here again...Cândi <Student3>

<student5> - what? <Mr.Hide> ! <student5> Hi Candi

<Student3> how is the student5? who is the student5? ( aluna quer identificar os colegas) <student5> hi Mr Hide

<Suzi®> Pessoal..vamos organizar primeiro..quero q todos entrem

<Mr.Hide> hi student <student5> Angeliseeeeee <student5> .)))

<Student3> ok

<Suzi®> wait a minute!

<Student3> fo what teacher? <student5> hihihi

(... minutos depois)

<Suzi®> so um minutinho ainda.. estou colocando a fra..e o outros no chat

<student8> how are you?

<Suzi®> Be calm pls! <Suzi®> :)

<student 4> What... sorry for the mistake...

<Suzi®> Hello!

<student10>

<Suzi®> Welcome guys!1

<student6> <student6> hvrf <student10> hello susi

<student8> the student 3 is ugly

<Suzi®>

<Suzi®> ohhhh Nice

<student 4> Wo's student 3?

<Suzi®> Agora podemos começar! We can start now!

<student11>

<Suzi®> :)

<student 4> Who... <student11> koht6dr

<Suzi®> So, firstly, could you introduce yourself?

<student8> student 3 is a bad girl

Suzi®> Say your name! <Suzi®> :)