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6.3 – TRATAMENTO FISCAL DA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

CONTABILIDADE DE CUSTOS AULA

6.3 – TRATAMENTO FISCAL DA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

A Secretaria da Receita Federal estabeleceu critérios para a avaliação de estoques, estabelecendo o conceito de Sistema de Custos Integrado e Coordenado com o restante da escrituração contábil como aquele que: I – Seja apoiado em valores originados da escrituração contábil (MP, MOD e CIF);

II – permita a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos Estoques de Matérias-Primas e outros materiais, Produtos em Elaboração e Produtos Acabados;

III – seja apoiado em livros auxiliares, ou fichas, ou formulários contínuos, ou mapas e apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; IV – permita avaliar os Estoques existentes na data de encerramento do período-base de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos.

Caso a sociedade não possua o sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, o Regulamento do Imposto de Renda estabelece os seguintes critérios para avaliação dos estoques para produtos em elaboração e acabados.

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base ou 80% do valor dos Produtos Acabados, determinado de acordo com o item seguinte;

II – para os Produtos Acabados, 70% do maior preço de venda no período-base.

Cabe observar que o Custo da Matéria-Prima deve ser considerado excluindo-se a parcela do ICMS e o preço de venda do Produto Acabado deve ser considerado incluindo-se o valor do ICMS.

QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (FCC) A empresa Albatroz tem em seu parque industrial capacidade instalada para processar o equivalente a 4 toneladas de fertilizantes agrícolas ao mês. Esta capacidade, ao longo dos últimos 5 anos, tem se mostrado superior em 10% ao que regularmente a empresa processa. No último exercício, em virtude de uma anormal crise econômica no país no qual a empresa opera, sua produção tem sido 25% abaixo de sua capacidade instalada. Se a empresa opera com uma ociosidade de 25% em relação a sua capacidade instalada, pode-se concluir que 10% é a sua ociosidade normal e os 15% restantes é a sua capacidade ociosa excedente.

Levando em consideração o que anteriormente foi exposto, a capacidade ociosa deve sofrer o seguinte tratamento contábil:

a) capacidade ociosa excedente deveria ser lançada diretamente ao resultado do período em uma despesa operacional.

b) capacidade ociosa normal deve ser lançada aos estoques para, posteriormente, ser apropriada ao Custo do Produto Vendido; a ociosidade excedente deve ser lançada a uma despesa não operacional no período em que ocorrer.

c) capacidade ociosa normal e capacidade ociosa excedente, por não estarem ligadas diretamente à produção de produtos, devem ser lançadas ao resultado do exercício, quando ocorrerem, em uma despesa não operacional.

d) capacidade ociosa excedente e a capacidade ociosa normal devem ser transferidas aos estoques de produtos acabados, para posteriormente serem apropriadas ao custo da produção vendida. e) capacidade ociosa não é mensurada, não podendo ser lançada em

estoques, custo da produção vendida ou despesas não operacionais.

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Gabarito: B

Comentários: Para acertar a questão, deve-se aplicar o mesmo raciocínio que diferencia perdas normais de anormais. A capacidade ociosa Normal é tratada como Custo de Produção e, portanto, deve ser apropriada aos produtos fabricados. Já a capacidade ociosa Excedente, por ser anormal, deve ser lançada ao resultado como Despesa.

2. (FCC) São classificados como custos primários a) matéria-prima e componentes adquiridos b) custos diretos e indiretos

c) mão-de-obra direta e indireta d) matéria-prima e depreciações

e) mão-de-obra direta e matéria-prima Gabarito: E

Comentários: Verifica-se que a Fundação Carlos Chagas considera Custos Primários como Mão-de-Obra Direta e Matérias- Primas, diferentemente da ESAF que considera Custos Primários a Mão-de-Obra Direta e os Materiais Diretos (nos quais se incluem, além das matérias-primas, as embalagens e os insumos diretamente alocados aos produtos).

3. (FCC) Os estoques de produtos fungíveis são avaliados pelo a) custo histórico de aquisição atualizado monetariamente b) valor de mercado

c) custo padrão, sem inclusão das variações do padrão d) custo padrão, com a inclusão das variações do padrão e) valor histórico de formação menos fator de obsolescência Gabarito: B

Comentários: Os estoques de produtos fungíveis são avaliados pelo valor de mercado. É uma exceção ao Princípio do Registro pelo valor original.

Vejamos uma questão do concurso de Analista de Finanças e Controle de 2002 aplicada pela ESAF relativa a Custo Padrão e suas Variações:

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4. A empresa Ferraço S/A fabrica canivetes e registra na Contabilidade todos os custos por valores padrão, controlando as variações do custo efetivo em contas específicas, encerradas ao fim de cada período mensal.

Em outubro, o custo padrão unitário foi estabelecido em: material direto R$ 50,00

mão-de-obra direta R$ 40,00 custos indiretos R$ 35,00

No mês de referência foram produzidos dois mil canivetes e vendidos um mil e seiscentos, ao preço unitário de R$ 160,00, com tributação de IPI a 10% e ICMS a 12%.

Em 31 de outubro foram apurados os seguintes custos realmente praticados no período:

material direto R$ 102.000,00 mão-de-obra direta R$ 77.500,00 custos indiretos R$ 75.000,00

Assinale o lançamento que contabiliza corretamente o encerramento das variações entre o custo real e o custo-padrão, no mês de outubro, a partir dos dados exemplificados (o histórico foi omitido).

a) Diversos a Diversos

Custo do Produto Vendido R$ 3.600,00 Produtos Acabados R$ 900,00

Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00

a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 b) Diversos

a Diversos

Variação de Material Direito R$ 2.000,00

Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 a Custo do Produto Vendido R$ 3.600,00

a Produtos Acabados R$ 900,00

a Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 c) Diversos

a Diversos

Produtos Acabados R$ 4.500,00

Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00

a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 d) Diversos

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Custo do Produto Vendido R$ 4.500,00

Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00

a Variação de Custos Indiretos R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 e) Diversos

a Diversos

Custo do Produto Vendido R$ 5.100,00 Produtos Acabados R$ 1.900,00 R$ 7.000,00 a Variação de Mão-de-Obra Direta R$ 2.500,00 a Variação de Material Direto R$ 2.000,00

a Variação de Custos Indiretos R$ 2.500,00 R$ 7.000,00 Gabarito: A

Comentários: O objetivo da questão é o de identificar o lançamento de ajuste do Custo Padrão para o Custo Real.

1. O Custo Padrão foi estabelecido da seguinte forma: CUSTO PADRÃO

Custo Unitário x Quantidade

MD = R$ 50 x 2000 = R$ 100.000 MOD = R$ 40 x 2000 = R$ 80.000 CIF = R$ 35 x 2000 = R$ 70.000 CPV = R$ 125 x 1.600 = R$ 200.000 PA = R$ 125 x 400 = R$ 50.000

O CPV corresponde ao Custo Unitário Total (50 + 40 + 35 = R$ 125) multiplicado pela quantidade vendida (1.600 unidades). O Estoque Final de Produtos Acabados corresponde ao Custo Unitário Total (R$ 125) multiplicado pela quantidade em estoque (400 unidades).

2. Neste tipo de questão deve-se comparar o Custo Padrão relativo a cada item com o Custo Real calculando-se as diferenças e contabilizando-as em contas de Variações (MD, MOD e CIF). Se a diferença for favorável, ou seja, Custo Real menor que Custo Padrão deve-se creditar a respectiva conta de variação. Por outro lado, se a diferença for desfavorável deve-se debitar a respectiva conta.

Vejamos a tabela abaixo (valores em reais).

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