• Nenhum resultado encontrado

Tratamento taxonômico e estudo do material

CAPÍTULO 1. Pteridófitas do Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil:

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.3. Tratamento taxonômico e estudo do material

O estudo taxonômico foi desenvolvido com base no material coletado durante as expedições de coleta e nos materiais do PEI depositados nos herbários UB, BHCB e OUPR. Quando necessário, também foram examinados materiais adicionais de localidades próximas ao PEI depositados no herbário BHCB.

Para a circunscrição dos gêneros e das famílias adotou-se o arranjo taxonômico proposto por Moran (1995c) para as licófitas (Lycopodiopsida), e a classificação de Smith et al. (2006a) para as monilófitas (Equisetopsida e Polypodiopsida). Optou-se por não adotar táxons infraespecíficos, exceto para a espécie Asplenium serra var. geraense C. Chr., nem infragenéricos, exceto quanto aos representantes de Thelypteris, como uma forma prática de separação das espécies no tratamento deste gênero.

A abreviação dos nomes dos autores dos táxons está de acordo com Pichi-Sermolli (1996). A abreviação dos livros e periódicos em que foram publicadas as espécies está de acordo com o Botanico Periodicum Huntianum (Lawrence et al., 1968) e Botanico Periodicum Huntianum-supplementum (Bridson & Smith, 1991). Optou-se por não citar basiônimos e sinônimos.

A identificação dos táxons foi realizada com base em literatura taxonômica especializada, tais como floras, revisões de famílias e gêneros, teses e monografias, bem como pela comparação com os espécimes depositados no acervo do herbário BHCB e confirmadas pelos especialistas Alexandre Salino e Vinícius Dittrich. As referências bibliográficas apresentadas no final do tratamento de cada gênero subsidiaram a identificação dos táxons.

O tratamento taxonômico segue a ordem alfabética de famílias, gêneros e espécies por classe. São apresentadas chaves para a identificação das famílias, dos gêneros e das espécies registradas para o PEI.

Para a elaboração da chave de famílias, cuja abrangência é para o Brasil, foram utilizados os seguintes trabalhos: Proctor (1989), Moran & Riba (1995), Salino

(2002), Prado & Labiak (2003) e Prado (2004a). As chaves para os gêneros foram elaboradas a partir da variação dos caracteres encontrados nos trabalhos de Tryon & Tryon (1982), Mickel & Beitel (1988), Moran & Riba (1995) e Mickel & Smith (2004) e das espécies do PEI que constituem o gênero.

As chaves de identificações de espécies foram elaboradas exclusivamente com base na análise dos materiais examinados. Procurou-se utilizar os caracteres mais marcantes e diferenciais de cada espécie. Para isso, alguns critérios foram adotados: as medidas dos diâmetros dos rizomas foram feitas próximas aos pecíolos; as dos pecíolos foram feitas nas bases dos mesmos. Para as medidas de largura e comprimento foram utilizadas as pinas medianas da lâmina; as pínulas são as medianas localizadas nas pinas medianas e os segmentos são os medianos das pínulas medianas da pina mediana. A medida das larguras foi feita na porção mediana dos mesmos (Figura 7).

Para cada família são apresentadas informações gerais sobre o número de espécies, gêneros e distribuição geográfica. Tais informações foram extraídas, principalmente, de Smith et al. (2006a) para as famílias pertencentes às monilófitas; e para as licófitas foram utilizados Alston et al. (1981), Tryon & Tryon (1982), Øllgaard & Windisch (1987), Øllgaard (1992), Øllgaard (1995a), Øllgaard (1995b) e Fraile (2005).

Seguiu-se o modelo de Mickel & Beitel (1988) para as diagnoses genéricas. Estas se basearam na variação dos caracteres morfológicos mais importantes contidas na literatura e nos materiais examinados, conforme mencionado acima para a elaboração das chaves de identificação dos gêneros. Comentários sobre o número de espécies e distribuição geográfica foram extraídos da literatura e estão citados no decorrer do texto.

Para cada espécie são apresentados: comentários, distribuição geográfica e materiais examinados.

Nos comentários, são apresentados dados referentes ao hábito, aos ambientes preferenciais, às variações altitudinais e observações de campo de cada espécie registrada. Procurou-se apresentar uma discussão complementar composta por características morfológicas relevantes, que não foram destacadas na chave, semelhantes e/ou distintas entre as espécies congenéricas. Em situações em que foi registrada apenas uma espécie para o gênero ou se este é monotípico, foram apresentadas as características mais importantes da espécie em questão.

Os dados referentes à distribuição geográfica foram obtidos por meio de uma compilação de dados da literatura, que está citada no item “Distribuição geográfica”. Os padrões de distribuição geográfica seguem o proposto por Sehnem (1977), Parris

(2001) e Moran & Smith (2001), com modificações, enquadrando as espécies nas seguintes categorias:

• Pantropical – espécies presentes nas regiões austrais e/ou tropicais da América, da África, da Ásia e da Oceania;

• América/África – espécies presentes nas regiões austrais e/ou tropicais da América e da África, que podem estar presentes nas ilhas do Oceano Atlântico; • América/Australásia – espécies presentes nas regiões austrais e/ou tropicais

da América e Ásia e/ou Oceania;

• Neotropical – espécies presentes no trópico americano: sudeste dos E.U.A. ao Norte da Argentina;

• América do Sul – espécies presentes apenas no território sulamericano; • Brasil – espécies restritas ao Brasil.

A citação dos estados brasileiros segue a orientação: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

A citação do material examinado e adicional segue a ordem alfabética das localidades e cronológica, respectivamente.

As chamadas das figuras para as espécies são feitas após o nome e publicação da mesma.

Nas chaves de identificação e na citação do material examinado foram utilizadas as seguintes abreviações: compr.= de comprimento, larg.= de largura, diâm.= de diâmetro, s.d.= sem data, s.n.= sem número de coleta e s.c.= sem coletor.

A terminologia morfológica usada nas diagnoses, nas chaves de identificação e comentários foi baseada principalmente no trabalho de Lellinger (2002), bem como, quando necessário, nas referências bibliográficas mais importantes para o táxon em particular.

A terminologia utilizada para os eixos das lâminas seguiu Lellinger (2002), com adaptações. Para lâminas inteiras adotou-se o termo costa para o eixo principal; para lâminas pinatífidas, pinatissectas e 1-pinadas a 1-pinado-pinatífidas os eixos constituintes são: raque e costa; para lâminas 2-pinadas ou mais divididas: raque, ráquila, cóstula e costúlula.

Figura 2. Pontos de coleta realizadas no levantamento das pteridófitas do Parque Estadual do Itacolomi (MG), em diferentes altitudes.

Figura 3. Pontos de coleta no Parque Estadual do Itacolomi (MG). Proximidade destes em relação aos cursos d’água.

Figura 4. Áreas de Floresta Estacional Semidecidual Montana e do Complexo Rupestre coletadas no Parque Estacional do Itacolomi (MG).

Figura 5. A-G. Formações florestais ocorrentes e coletadas no Parque Estadual do Itacolomi. A. Baú (foto: T.E Almeida). B. Captação d’água (foto:T.E.Almeida). C. Cibrão (foto: T.E.Almeida). D. Fazenda do Manso (foto: L.B.Rolim). E. Forno (foto: L.B.Rolim). F. Serrinha (foto: T.E.Almeida). G. Tesoureiro (foto: L.B.Rolim).

B

A

F

G

C

D

E

Figura 6. A-F. Formações campestres ocorrentes e coletadas no Parque Estadual do Itacolomi. A e B. Lagoa Seca (fotos: T.E.Almeida). C. Platô (foto: T.E.Almeida). D e E. Sertão (fotos: T.E.Almeida). F. Torre (foto: V.Dutra).

A

B

C

D

E

F