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Lai et al., em 2001, pesquisaram os mecanismos responsáveis pela redução da resistência de união induzida por dois agentes oxidantes utilizados na endodontia, hipoclorito de sódio a 5% e peróxido de hidrogênio a 10%. Além disso, testaram a hipótese de que esses agentes oxidantes pudessem ter seus efeitos revertidos com o uso do ascorbato de sódio a 10%, um agente antioxidante. A dentina oclusal de terceiro molares recém-extraídos foi exposta e tratada com peróxido de hidrogênio ou hipoclorito de sódio (antes ou depois de ter sido realizado o condicionamento ácido) e com ou sem pós-tratamento com ascorbato de sódio. Nos grupos em que os agentes foram utilizados depois do condicionamento ácido, a aplicação foi realizada durante 1 min na superfície dentinária. Já nos grupos em que os agentes oxidantes e redutor foram aplicados antes do condicionamento ácido, esse tempo de contato com a dentina era de 10 min. Para hibridização foram utilizados os sistemas adesivos Single Bond ou Excite e após foram construídos blocos de resina composta. As amostras foram fatiadas (ampulheta) e submetidas ao ensaio de microtração. Os resultados mostraram que o peróxido de hidrogênio reduziu a resistência de união à dentina para ambos os adesivos, enquanto que o hipoclorito de sódio produziu redução na adesão apenas do Single Bond (p <0,05). Após o tratamento com ascorbato de sódio, a redução da resistência de união foi revertida, independentemente da solução oxidante, agente de união e momento da aplicação. Analisando por microscopia eletrônica de varredura as superfícies de dentina, observaram a remoção parcial da matriz de colágeno desmineralizada apenas pelo hipoclorito de sódio. Dessa forma, concluíram que o comprometimento da união não pode ser atribuído apenas a incompleta desproteinização, podendo estar relacionado com as alterações no potencial redox dos substratos de ligação.

Muraguchi et al., em 2007, tiveram dois objetivos em sua pesquisa. Primeiramente, examinaram os efeitos do clareamento na resistência de união de um sistema adesivo às superfícies de esmalte e de dentina de dentes bovinos, além disso, avaliaram a eficácia de uma aplicação de ácido ascórbico para prevenir a redução da resistência de união provocada pelo clareamento. Tanto para o esmalte, quanto para a dentina foram realizados 5 grupos: controle, clareamento + análise da superfície em MEV; clareamento + aplicação de ácido ascórbico + análise da superfície em MEV; clareamento + adesão; clareamento + aplicação de ácido ascórbico + adesão. O agente clareador utilizado foi o perborato de sódio com o peróxido de hidrogênio a 30% aplicado por 1 semana e o agente antioxidante foi o ácido ascórbico a 10% que foi aplicado sobre as superfícies por 1 min. Nos grupos em que foi avaliado a resistência ao microcisalhamento, após os tratamentos, foi aplicado o sistema adesivo Clearfil SE Bond e resina composta flow. Estes foram então submetidos ao teste de microcisalhamento e os dados foram analisados estatisticamente com ANOVA two-way e teste de Bonferroni (p = 0,05). Os valores de adesão para as amostras clareadas foram significativamente menores do que das amostras não clareadas. Não foram encontradas diferenças estatísticas na resistência de união entre os grupos clareados com aplicação de ácido ascórbico e os não clareados. Os resultados deste estudo sugerem que a aplicação de ácido ascórbico 10% foi eficaz na neutralização dos efeitos dos agentes clareadores na resistência de união às estruturas dentárias.

Kaya et al., em 2008, tiveram como objetivo de sua pesquisa determinar o tempo de aplicação do gel de ascorbato de sódio que seria mais eficaz para restabelecer os valores de resistência de união ao esmalte submetido ao procedimento clareador. Foram utilizados no estudo 70 incisivos bovinos, que tiveram suas superfícies de esmalte vestibular polidas com lixas de carbeto de silício de granulação 600. Os dentes foram aleatoriamente divididos em sete grupos: 1) clareamento + imersão em saliva artificial por sete dias; 2) adesão realizada imediatamente após o clareamento, 3) clareamento + aplicação de gel de ascorbato de sódio 10% por 10 min; 4) clareamento + aplicação de gel de ascorbato de sódio 10% por 60 min; 5) clareamento + aplicação de gel de ascorbato de sódio 10% por 120 min; 6) clareamento + aplicação de gel de ascorbato de sódio 10% por 240 min; e 7) clareamento + aplicação de gel de ascorbato de sódio 10% por 480 min. O

agente clareador utilizado para todos os grupos foi o peróxido de carbamida 10%, sendo aplicado durante oito horas diárias por 1 semana. Após os protocolos estabelecidos para cada grupo, uma matriz de acetato com um orifício circular de 2 mm de diâmetro foi acoplada às coroas dos incisivos bovinos para delimitar a área de adesão. Através desse orifício foi aplicado o sistema adesivo auto-condicionante (Clearfil SE Bond) na superfície de esmalte e sobre ele foi aplicada de forma incremental a resina composta (Clearfil APX). Após os dentes ficarem armazenados em água destilada a 37 ° C durante 24 horas, estes foram levados para o teste de cisalhamento. Os resultados foram analisados através de testes de ANOVA e Tukey. Como resultados observaram que o gel antioxidante demonstrou ser eficaz para aumentar a resistência ao cisalhamento da resina composta ao esmalte clareado. Para uma real eficácia, o gel antioxidante deve ser aplicado ao esmalte por pelo menos 60 minutos. Aumentando o tempo de aplicação do gel, os valores de união também aumentaram. Os grupos 4, 5 e 6 foram estatisticamente semelhantes. O grupo 7 apresentou valores de resistência de união estatisticamente superiores ao grupo 1. Devido ao longo tempo indicado pelo estudo, os autores sugerem que a aplicação do gel antioxidante seja realizada pelo próprio paciente, reduzindo assim o tempo clínico.

Kimyai e Valizadeh, em 2008, testaram o ascorbato de sódio a fim de reverter a ação de peróxido de carbamida 10%, usado como agente clareador para dentes não vitais. Sessenta superfícies de dentina vestibular obtidas a partir de terceiros molares humanos foram divididos aleatoriamente em cinco grupos (n = 12): grupo 1, nenhum tratamento; grupo 2, clareamento; grupo 3, clareamento + solução de ascorbato de sódio 10%; grupo 4, clareamento + gel de ascorbato de sódio 10%; grupo 5, clareamento + gel de ascorbato de sódio 20%. As superfícies de dentina foram hibridizadas com Single Bond e restauradas com compósito (Z100). As amostras foram fatidas e os espécimes submetidos ao ensaio de microtração. A resistência de união foi significativamente maior após o tratamento com ascorbato de sódio (p <0,05), porém não houve diferença significativa entre as diferentes apresentações (solução e gel) e entre as diferentes concentrações. Além disso, os grupos com tratamento antioxidante foram estatisticamente iguais ao grupo sem tratamento clareador. Mostrando que a resistência de união pode melhorar significativamente com o uso do agente antioxidante após o agente clareador e que

o aumento da concentração do gel de ácido ascórbico não influenciou no restabelecimento da resistência de união do material adesivo ao substrato dentinário.

Türkün et al., em 2009, avaliaram o efeito do hidrogel de ascorbato de sódio em diferentes concentrações (2,5%, 5%, e 10%) no restabelecimento da resistência ao cisalhamento de uma resina composta ao esmalte clareado com peróxido de carbamida 10%. A partir de 30 incisivos bovinos foram obtidas 60 superfície do esmalte vestibular que foram planificadas e divididas em 6 grupos: grupo 1, controle (não clareado); grupo 2, apenas clareamento; grupo 3, aplicação da solução de ascorbato de sódio 10% depois do clareamento; grupo 4, aplicação do gel de ascorbato de sódio 2,5% após o clareamento; grupo 5, aplicação do gel de ascorbato de sódio 5% após o clareamento; grupo 6, aplicação do gel de ascorbato de sódio 10% após o clareamento. As aplicações da solução de ascorbato de sódio ocorreram durante 10 min, enquanto que a aplicação do gel de ascorbato foi realizado por um período de 2 horas. Este tempo foi escolhido após um trabalho piloto, no qual avaliaram os períodos de 10 min, 1, 2, 4 e 8 h do hidrogel de ascorbato de sódio 10%, determinando que o tempo de 2 h seria o usado para o presente estudo, visto que após este período não foi observado um aumento da resistência de união. Os espécimes foram hibridizados com o sistema adesivo autocondicionante Clearfil SE Bond e foi aplicada a resina composta. Após a termociclagem, os espécimes foram submetidos ao ensaio de microcisalhamento até a falha. A análise do padrão de fratura utilizou um microscópio estereoscópico e a análise estatística foi realizada utilizando Kruskal-Wallis e o teste-U de Mann- Whitney. Analisando os resultados, os valores do grupo 2 foram estatisticamente inferiores aos do grupo 1, enquanto que os valores do grupo 6 foram estatisticamente superiores. Entre os grupos antioxidantes, apenas os grupos tratados com a solução de 10% e a forma de hidrogel 10% de ascorbato de sódio (grupo 3 e 6) revelaram forças de ligação significativamente mais elevados do que o grupo clareado e sem antioxidante (grupo 2). Os autores concluem que o gel de ascorbato de sódio a 10% também pode ser utilizado em procedimentos clínicos, respeitando as concentrações determinadas no estudo.

Comlekoglu et al., em 2010, investigaram como a força adesiva de um cimento resinoso à dentina pode ser afetada pelo uso de um agente antioxidante após a realização de um protocolo de clareamento com peróxido de carbamida. Para o estudo foram utilizadas 40 superfícies de dentina (4 mm X 4 mm) obtidas a partir de 40 terceiros molares humanos recém-extraídos. Essa amostras foram divididas em 4 grupos: grupo controle (sem agente clareador, mas imerso em saliva artificial por 1 semana), adesão imediatamente após o clareamento, adesão após tratamento antioxidante e adesão após 1 semana imerso em saliva artificial. O tratamento antioxidante neste estudo foi realizado com 10 mL de ascorbato de sódio a 10% que foi irrigado sobre a superfície da dentina na velocidade de 1mL/min e agitado com um microbrush estéril. Quarenta blocos cerâmicos foram preparados e aderidos a superfície dentinário usando um cimento resinoso de cura dual. Após a adesão, os espécimes foram termociclados e a resistência de união foi analisada através do teste de microcisalhamento. Os menores valores de adesão foram obtidos pelo grupo em que o procedimento adesivo foi realizado imediatamente após o clareamento, enquanto que os demais grupos não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre si. Dessa forma, pode-se concluir que neste estudo a utilização do ascorbato de sódio a 10% por 10 min ou a espera de 1 semana é suficiente para se restabelecer os valores de união perdidos com o uso do peróxido de carbamida.

Khoroushi et al., em 2010, avaliaram a resistência a fratura de dentes clareados com peróxido de hidrogênio e a influência da utilização do ácido ascórbico na diminuição desse colapso da estrutura dentária. Foram utilizados 60 pré-molares superiores que foram obturados e tiveram suas raízes incluídas em resina acrílica até a junção cemento-esmalte. Os espécimes foram divididos em quatro grupos (n = 15) como se segue: 1- sem clareamento; 2- protocolo de clareamento + restauração imediata; 3- protocolo de clareamento + restauração após 1 semana; 4- protocolo de clareamento + aplicação do gel de ascorbato de sódio 10% por 24 horas + restauração. O protocolo de clareamento foi realizado com aplicações de peróxido de hidrogênio 38% no consultório durante 45 min, sendo repetido a cada 7 dias por 3 vezes. Entre as sessões de consultório, ainda foi realizada a simulação do clareamento caseiro utilizando o peróxido de hidrogênio 9,5% por 2 h/dia durante 3 semanas. Em cada sessão de clareamento (consultório ou caseiro), os géis de

clareamento foram aplicados à superfície vestibular e dentro da câmara pulpar do dente. Realizadas as restaurações com o sistema adesivo condicione-e-lave dois passos (Single Bond) e resina composta, os espécimes foram submetidos ao teste de resistência à fratura. Nos resultados encontraram que no grupo em que foi realizado o clareamento, foi obtida uma menor resistência à fratura em relação ao grupo em que não foi realizado. Observaram ainda que o grupo em que se esperou uma semana para restaurar o elemento não teve diferença significativa de resistência à fratura em relação ao grupo em que foi realizada a restauração imediatamente após a conclusão da sessão de clareamento. Tanto o grupo em que se utilizou o ascorbato de sódio após o agente clareador, quanto o que não foi realizado o clareamento obtiveram valores de resistência à fratura superiores ao grupo que apenas foi submetido aos agentes clareadores. Dentro das limitações deste estudo in vitro, os autores enfatizaram mais uma qualidade dos antioxidantes, sendo indicados para reverter a diminuição da resistência à fratura causada pelo clareamento dentário.

Poorni et al., em 2010, utilizando análise de raios X de energia dispersiva (EDAX), avaliaram quantitativamente a perda de cálcio e fósforo pela superfície do esmalte clareado com peróxido de hidrogénio a 35% e a possível reversão dos efeitos pela aplicação do ascorbato de sódio a 10%. Foram utilizados 8 incisivos humanos recém-extraídos. Cada dente foi clareado com peróxido de hidrogênio a 35% por 30 min, sendo ativado por luz e neutralizado com gel antioxidante de ascorbato de sódio a 10% por 2 horas. A porcentagem de cálcio e fósforo foram comparados com o controle, que foi a medição antes do clareamento. A relação Ca / P foi calculada e a partir dos dados obtidos foi realizada a estatística por One-way ANOVA seguido pelo teste post hoc de Tukey, sendo comparada a relação Ca / P do controle, com após o clareamaneto, com a neutralização pelo gel de ascorbato. Nos resultados todas as amostras submetidas ao clareamento mostraram uma diminuição estatisticamente significativa na proporção de Ca / P, em comparação com amostras em que nenhum processo de clareamento foi realizado (valor de P <0,01). No entanto, havia um aumento significativo na relação de Ca / P na quando foi realizada a aplicação do gel de antioxidante após o clareamento. Dessa forma, os autores concluíram que o peróxido de hidrogénio faz com que ocorra uma

diminuição significativa na relação de Ca / P e que esta diminuição pode ser revertida através da aplicação do gel de ascorbato de sódio a 10%.

Feiz et al., em 2011, considerando que o Ca(OH)2 é utilizado como agente tamponante em casos de clareamento dentário interno, decidiram o testar in vitro como agente neutralizador do peróxido de hidrogênio a 35%, realizando uma comparação com os resultados obtidos pelo gel de ascorbato de sódio 10%. No trabalho foram utilizados 60 pré-molares humanos que tiveram as superfícies oclusais lixadas até que a dentina fosse exposta. Foram divididos em 5 grupos: 1- sem clareamento; 2- adesão imediatamente após o clareamento; 3- adesão após 1 semana do clareamento (amostra armazenada em 100% de umidade); 4- clareamento + aplicação do gel de ascorbato de sódio 10% por 40 horas + adesão; 5- clareamento + aplicação da pasta de Ca(OH)2 por 40 horas + adesão. Em todos os grupos, exceto no controle negativo, foi adaptado um cilindro de plástico transparente (3 mm x 3 mm) sobre a superfície dentinária e dentro dele o gel clareador foi injetado, permanecendo por 5 dias. Após este período, os grupos foram submetidos aos tratamentos, hibridizados com o sistema adesivo condicione-e-lave de 2 passos (Single Bond) e incrementos de resina foram realizados dentro de um cilindro semelhante ao anterior. Após 24 horas armazenados em 100% de umidade foram submetido ao teste de cisalhamento. O controle negativo, o grupo que aguardou 1 semana para realizar a adesão e o grupo em que se utilizou o ascorbato de sódio como agente redutor não apresentaram diferença estatística entre si, mas todos estes foram estatisticamente superiores ao grupo em que se utilizou o Ca(OH)2. Dessa forma, o estudo mostrou que o gel de ascorbato de sódio a 10% tem a capacidade de reestabelecer a resistência de união de dentes clareados, o que já não é possível com o uso da pasta de Ca(OH)2.

Freire et al., em 2011, quantificaram o peróxido de hidrogênio remanescente após o clareamento de consultório e investigaram a eficácia do ascorbato de sódio 35% (AS) na neutralização do agente clareador ainda presente na dentina. Para a pesquisa foram utilizados 70 terceiros molares humanos extraídos e a partir deles foram obtidos blocos de dentina (4 × 4 × 2 mm) que foram divididos em oito grupos: 1- sem clareamento; 2- clareamento (peróxido de hidrogênio 35% em 3 aplicações de 15 min cada) e medição diária; 3- clareamento +

aplicação de AS por 60 minutos; 4- clareamento + aplicação de AS por 10 minutos; 5- clareamento + duas aplicações de AS por 10 min cada; 6- clareamento + duas aplicações de AS por 5 min cada; 7- clareamento + três aplicações de AS por 1 min cada; 8- clareamento + duas aplicações de AS por 1 min cada. No estudo foi quantificado o peróxido de hidrogénio residual, utilizando um método colorimétrico de ensaio com peroxidase de rábano e o-fenilenodiamina dicloridrato como a enzima e o substrato, respectivamente. Os autores analisaram os dados usando o teste de Kruskal-Wallis. Os resultados mostraram que nenhum peróxido de hidrogênio permaneceu depois de 120 horas no grupo 2 e nas respectivas medições dos grupos de 5, 6, 7 e 8. Já nos grupos 3 e 4 o peróxido de hidrogênio foi neutralizado apenas parcialmente. Podendo-se concluir que duas aplicações de 1 min do ascorbato de sódio 35% já é capaz de remover completamente o agente clareador, obtendo o mesmo resultado encontrado na análise após 5 dias do clareamento sem a utilização do ascorbato de sódio. Dessa forma, os autores indicam que após a aplicação deste agente antioxidante por 2 minutos a restauração adesiva pode ser realizada imediatamente após o clareamento.

Khoroushi e Aghelinejad, em 2011, compararam a resistência ao cisalhamento (SBS) de três diferentes adesivos ao esmalte previamente clareado. No estudo foram avaliadas restaurações realizadas imediatamente após o clareamento, após 1 semana do clareamento e após a aplicação de gel de ascorbato de sódio a 10% por 6 horas. Foram utilizadas as superfícies de esmalte de 144 incisivos recém-extraídos que foram planificadas e divididas em 12 grupos. A agente clareador utilizado foi o peróxido de carbamida simulando um clareamento caseiro, sendo aplicado por 6 horas diárias durante 5 dias consecutivos. Os seguintes sistemas adesivos foram investigados: Optibond FL (OFL- condicione-e-lave de 3 passos), Optibond Solo Plus (OSP - condicione-e-lave de 2 passos) e Optibond All- in-One (OA- auto-condicionante de frasco único). No grupo controle negativo o esmalte não foi clareado. Tanto a colocação do agente clareador, como a hibridização com o respectivo sistema adesivo e a aplicação da resina composta na superfície de esmalte foi delimitada por uma matriz de celofane de diâmetros e alturas padronizadas. Após 500 ciclos de ciclagem térmica, a resistência ao cisalhamento foi medida e os dados foram analisados com Kruskall-Wallis e Mann- Whitney U-testes. Nos resultados, apenas a resistência ao cisalhamento do sistema

adesivo Optibond FL não sofreu redução com a utilização do agente clareador. Em relação à aplicação do ascorbato de sódio comparando com o controle negativo de cada grupo, o grupo OFL obteve valores estatisticamente superiores, o grupo OPS obteve valores estatisticamente semelhantes e o grupo OA foi significativamente inferior ao controle negativo. Concluindo que dependendo do tipo do sistema adesivo obtêm-se uma resposta diferente em relação a aplicação do antioxidante.

Kunt et al., em 2011, avaliaram a ação do tratamento antioxidante sobre a resistência ao cisalhamento da resina composta ao esmalte clareador por duas marcas diferentes de géis de clareamento a base de peróxido de hidrogênio a 35% (White Smile e Opalasence Utah). A superfície de esmalte de 70 molares recém- extraídos foram planificadas para a realização do estudo. Os dentes foram então divididos aleatoriamente em 7 grupos de acordo com o procedimento realizado. Além do controle negativo, ambas as marcas de clareamento foram testadas de 3 formas: clareamento + restauração imediata; clareamento + restauração após aplicação ácido ascórbico 10% por 10 min e clareamento + restauração após duas semanas de imersão em saliva artificial. A aplicação do agente clareador foi realizada da mesma forma para as duas marcas: 3 aplicações de 15 min cada. Realizada a hibridização com o sistema adesivo condicione-e-lave de dois passos (Single Bond) e finalizada a construção de cilindros de resina composta sobre o esmalte, os espécimes foram submetidos ao teste de resistência ao cisalhamento. Na análise dos resultados, a força de ligação das amostras clareadas foi significativamente mais baixa do que o controle negativo. Nenhuma diferença estatística foi encontrada na resistência de união entre os grupos clareados e não clareados quando o tratamento antioxidante foi realizado. Os autores concluíram que o uso de ácido ascórbido 10% por 10 min é um método eficaz para reverter a resistência de união comprometida.

Lima et al, em 2011, avaliaram a influência do clareamento na resistência de união ao esmalte e dentina subjacente e ainda, se a aplicação do agente antioxidante por um tempo reduzido (1 min) conseguiria restabelecer os valores de resistência de união comprometidos com o uso do agente clareador. Para o estudo foram utilizados 112 incisivos bovinos, dos quais foram obtidas amostras de esmalte e dentina com espessura padronizada de 1 mm. Além dos grupos controle (sem

tratamento), as amostras foram divididas em 12 grupos de acordo com o tratamento: