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S UJEITOS S EXO I DADE E STADO C IVIL

No documento O trabalho juvenil em perspectiva (páginas 33-37)

O seu trabalho é o primeiro na área do adolescente com vínculo empregatício Acho

S UJEITOS S EXO I DADE E STADO C IVIL

AA Masculino 17 Solteiro BA Masculino 17 Solteiro CA Masculino 16 Solteiro AS Masculino 17 Solteiro BS Masculino 16 Solteiro CS Feminino 17 Solteira AP Feminino 16 Solteira BP Masculino 16 Solteiro CP Feminino 17 Solteira

O Quadro 3 apresenta o perfil dos representantes os órgãos públicos pesquisados.

Quadro 3 – Caracterização dos representantes dos órgãos públicos. SUJEITOS

OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6

SEXO Fem. Fem. Fem. Masc. Masc. Fem.

IDADE 29 58 39 35 52 62

ESTADO CIVIL Solteira Viúva Solteira Casado Casado Casada FORMAÇÃO PROFISSIONAL Serviço Social Psicologia Pedagogia Serviço Social Direito Pedagogia Direito Direito

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A média de tempo das entrevistas com cada representante dos órgãos públicos citados foi de aproximadamente uma hora e a dos adolescentes trabalhadores, foi de 40 minutos em média. Todos os entrevistados fizeram seus relatos no próprio ambiente de trabalho, em local reservado, não havendo interferências externas.

Após a fase da coleta de dados, realizou-se a tabulação dos dados relativos à caracterização dos sujeitos pesquisados. Em seguida, procedeu-se à leitura do material coletado, grifando-se expressões que facilitassem a compreensão dos trechos transcritos e que, num primeiro momento, foram objeto de reflexão e de análise prévia, visando facilitar a configuração do trabalho juvenil e as suas aproximações com a teoria existente. Posteriormente, levantou-se as categorias para a interpretação da realidade apreendida.

Mais do que a coleta formal de dados, procurou-se levantar o que esses dados continham enquanto informações latentes: uma tarefa paciente de desocultação, visto que a análise de conteúdo “assenta implicitamente na crença de que a categorização (passagem de dados brutos a dados organizados) não introduz desvios (por excesso ou por recusa) no material, mas dá a conhecer índices invisíveis ao nível dos dados brutos”, conforme Bardin (1979, p.119).

Dessa forma, buscou-se ainda subsídios em Gomes (1994, p.69), que compreende a análise num sentido mais amplo, abrangendo a interpretação de dados e apontando, com base em Minayo, três finalidades para esta fase:

• estabelecer uma compreensão dos dados coletados;

• confirmar ou não os pressupostos da pesquisa e/ou responder às questões formuladas;

• ampliar o conhecimento sobre o assunto pesquisado, articulando-o ao contexto cultural do qual faz parte.

Esta dissertação, consequentemente, se propõe a compor com esse variado leque de informações contidas em dados documentais, na pesquisa empírica e no relato dos sujeitos, um quadro teórico de análise que responda às questões norteadoras do estudo, bem como provocar reflexões quanto à realidade abordada, criando oportunidades para a promoção da qualidade do processo laboral do adolescentes das camadas populares.

1.4. Contextualização do cenário da pesquisa

Para a compreensão do objeto de estudo – o processo de inserção do adolescente no mundo do trabalho – faz-se necessário caracterizar o contexto onde os sujeitos envolvidos vivem, se relacionam e constróem sua história.

Bauru é uma cidade do interior paulista, fundada em 1º de agosto de 1891, localizada no centro-oeste do Estado de São Paulo e distante 286 km da capital, tem uma área geográfica de 702 km2. Confronta-se ao norte com o município

de Reginópolis, a noroeste com Avaí, a nordeste com Arealva, a leste com Pederneiras, ao sul com Agudos e a Sudeste com Piratininga. Possui apenas um Distrito, denominado Tibiriçá, distante 23 km do centro urbano, localizado na zona rural do município.

É uma cidade que possui perfil moderno, traçado com largas avenidas, um anfiteatro a céu aberto, alguns edifícios arrojados e bairros residenciais com belas mansões. É uma das cidades interioranas que mais cresceu

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nas últimas décadas. A taxa de crescimento entre 1996 e 2000 foi de 7,9%, de acordo com dados preliminares do IBGE do Censo 2000 (Rodrigues, 2000, p.10).

Município de médio porte, tem um perímetro urbano que se aproxima a 120 km2, o que corresponde a 17% do seu total. Não apresenta ainda todos os problemas das grandes cidades e isso pode ser constatado quando, no relatório de ONU (divulgado em 9 de setembro de 1998, elaborado com base nos dados do Censo IBGE de 1991), é colocada como a 68ª cidade brasileira em qualidade de vida (Muniz, 1998, p.110).

Bauru é a nona cidade do Estado de São Paulo a obter o melhor índice de desenvolvimento infantil, de acordo com uma pesquisa realizada pelo UNICEF. Entre os 5.507 municípios brasileiros, a cidade obteve a 15ª colocação, no que se refere à qualidade de vida de crianças de 0 a 6 anos (Araújo, 2000, p.12).

Caracteriza-se como um município voltado para o setor terciário da economia, com população crescente, fruto das correntes migratórias e pela possibilidade de colocação no mercado de trabalho, em virtude de ser pólo regional nas áreas de educação, comércio e prestação de serviços em geral.

Nos últimos dez anos, a cidade ganhou 56.331 novos habitantes e, desse total, pelo menos 50% chegaram de carona nas ondas migratórias inter- regionais e interestaduais, registradas de maneira ininterrupta pelo município desde sua criação. Estes dados foram registrados em pesquisas demográficas realizadas pelo Núcleo de Estudo da População, da Universidade Estadual de Campinas (Bochembuzo, 2001, p.12).

O pólo universitário de Bauru seduz os estudantes de diversas regiões do estado e do país. O grupo é composto pela Universidade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista, Universidade do Sagrado Coração, Instituição

Toledo de Ensino, Faculdades Integradas de Bauru e pela Universidade Paulista, a mais nova delas. São oferecidos mais de sessenta cursos de graduação pelas Faculdades e Universidades, fator apontado como “imã populacional” (Bochembuzo, 2001, p.13).

A cidade é sede da 7ª Região Administrativa e da Região de Governo, ambos com objetivos de promover a integração dos setores da administração pública do Estado e Municípios.

Em decorrência do próprio desenvolvimento histórico, a região dispõe atualmente de um importante entroncamento rodo-ferroviário, com sede em Bauru, continuando sua vocação de polarizadora de diversas atividades que visam o oeste paulista, facilitando a movimentação da população, dos serviços e das mercadorias. O papel redistribuidor que Bauru assume ultrapassa as fronteiras regionais na erradicação das atividades econômicas, devido à facilidade de infra- estrutura que a região apresenta e também devido a sua localização geográfica, estando próxima dos principais municípios do Estado, cerca de 300 km em diferentes direções.

De acordo com os dados preliminares do Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município possui uma população de 315.836 habitantes, distribuídos por faixa etária conforme apresenta o Quadro 4.

Quadro 4 – Distribuição dos habitantes da cidade de Bauru por faixa etária.

No documento O trabalho juvenil em perspectiva (páginas 33-37)