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Um estudo sobre as Actividades de Enriquecimento Curricular 43

2009/2010 são o Apoio ao Estudo, a Música, a Actividade Física e as actividades de expressão com o animador. (anexo3) No caso do Complexo Escolar dos Arcos, esta última actividade é substituída por Educação Criativa.

Os estabelecimentos de 1.º CEB cujos alunos beneficiam da oferta de actividades de enriquecimento curricular são os seguintes:

Quadro 3 - Distribuição dos alunos que frequentam as Actividades de Enriquecimento Curricular, por Estabelecimento de Ensino.

Agrupamento de Escolas Estabelecimentos de ensino Envolvidos N.º de alunos inscritos No 1.º CEB No Programa Josefa de Óbidos EB1 de A-dos-Negros 43 40 EB1 da Gracieira 12 10

EB1 das Gaeiras 29 27

EB1 da Quinta da

Marquesa 48 46

EB1 da Amoreira 38 36

EB1 do Olho Marinho 71 69

EB1 do Vau 19 17

EB1 do Sobral da

Lagoa 10 8

Complexo Escolar dos

Arcos 241 230

Total 511 483

A inscrição para a frequência destas actividades é feita através de uma ficha, enviada para os pais. (anexo 3-C)

Quadro 4 - Distribuição dos alunos por turma e ano de escolaridade em cada uma das escolas

Estabelecimentos de ensino Número de turmas Anos de escolaridade

A- dos- Negros 2 1 turma - 1º e 2º ano 1 turma- 3º e 4º ano

Gracieira 1 4 Anos de

escolaridade

Gaeiras 2 1 turma- 1º e 2º ano

1 turma- 3º e 4º ano Quinta da

Marquesa 2

1 turma- 1º e 2º ano 1 turma- 3º e 4º ano Amoreira 2 1 turma- 1º e 2º ano 1 turma- 3º e 4º ano Olho Marinho 4 1 turma- 1º Ano 1 turma- 2º Ano 1 turma- 3º Ano 1 turma - 4º Ano

Vau 2 1 turma - 1º e 2º ano

1 turma - 3º e 4º ano

Sobral da Lagoa 1 4 Anos de

escolaridade Complexo Escolar dos Arcos 10 2- 1º Ano 3- 2º Ano 3- 3º Ano 2- 4º Ano

Fonte: (documento cedido pela Câmara Municipal de Óbidos).ver anexo 2-C.

Quadro 5 - Locais onde são desenvolvidas as Actividades de Enriquecimento Curricular

Fonte: (documento cedido pela Câmara Municipal de Óbidos).

2.1- Objectivos da Investigação

O problema de investigação que apresento para a realização deste trabalho é tentar perceber:

Qual a relação existente entre a autarquia e as escolas do concelho de Óbidos, no âmbito da gestão da oferta educativa das actividades de enriquecimento curricular do 1º ciclo do Ensino Básico?

Numa agenda teórica decorrente do modelo político que acentua a importância dos jogos de poder, interesses, conflitos, estratégias e coligações dos actores no quotidiano organizacional, a identificação e compreensão das lógicas de acção ou dos "mundos" que norteiam a acção emerge num registo mais actual que reafirma a pertinência deste modelo analítico no estudo das organizações educativas em geral e na escola em particular.

Estabelecimento de ensino Espaços escolares utilizados Espaços não escolares Utilizados

EB1 de A-dos-Negros EB1 de A-dos-Negros

EB1 da Gracieira EB1 da Gracieira

EB1 das Gaeiras EB1 das Gaeiras Sociedade Cultural e

Recreativa Gaeirense EB1 da Quinta da Marquesa EB1 da Quinta da Marquesa

EB1 da Amoreira EB1 da Amoreira

EB1 do Olho Marinho EB1 do Olho Marinho

EB1 do Vau EB1 do Vau

EB1 do Sobral da Lagoa EB1 da Amoreira Centro Social Cultural e Recreativo da Amoreira Complexo Escolar dos Arcos Complexo Escolar dos Arcos

Procura-se reflectir sobre os pressupostos teóricos do modelo político de análise organizacional, centralizando duas focalizações estruturais do mesmo: a) a diferenciação vs complementaridade da abordagem sistémica e estratégica de Crozier e Friedberg (1977); b) a proposta de um exercício de articulação entre a perspectiva teórica da escola das convenções e o modelo político. O modelo político concebe as organizações como "sistemas de actividade política" (Morgan, 1996, p. 152), onde os valores e a diversidade de interesses fervilham no quotidiano da actividade das organizações, dando origem por vezes a conflitos e à concepção de jogos de poder. Estes jogos de poder encontram-se escondidos no interior das organizações, sendo por vezes ocultados pelos actores, que procuram mascarar e dissimular os seus interesses, poderes, estratégias e até conflitos.

A escola tem como função principal gerir, tomar decisões e criar condições de processos democráticos, funcionando como um centro cultural e educacional dos alunos e da restante comunidade escolar. Deve promover-lhes o desenvolvimento integral numa perspectiva de preparação para a vida social, profissional e como cidadãos críticos e construtivos. (Santos, 2007).

A vida escolar, através do desenvolvimento de vários processos e vivências de situações diversas, pode constituir, uma etapa importante, quer par os alunos, quer para todas as pessoas com que trabalham.

É função da escola também criar condições que propiciem o desenvolvimento da personalidade, a formação no que respeita a direitos e liberdades das crianças e não menos importante a preparação para a vida social. Contudo, a escola não se constitui se não existir uma série de dinâmicas onde se entrecruzam dimensões pessoais, sociais e humanas. O sucesso das crianças situa-se nas sinergias para a realização, coordenação, articulação e concretização de projectos com um objectivo comum.

A aplicação do modelo político à organização escolar constitui uma das dimensões complementares para a compreensão e desmontagem das práticas dos actores organizacionais no que converge, sobretudo, às dimensões mais micro-analíticas.

Nesta acepção, a perspectiva micro-política torna-se imprescindível para uma melhor compreensão das dinâmicas, das lógicas de acção dos actores que se desenvolvem na organização escolar, uma vez que esta pode ser concebida como "uma entidade política, quer dizer, como um sistema construído por indivíduos e grupos em interacção, que perseguem interesses diferentes [...] defendem distintas ideologias através do uso do poder e de outros recursos" (González & González, 1994).

Passarei seguidamente à apresentação dos objectivos que estabeleci para esta minha investigação, assim pretendo;

1) Conhecer as actividades de enriquecimento curricular desenvolvidas pelo município de Óbidos;

2) Compreender qual o papel dos vários intervenientes da escola e da autarquia na implementação e desenvolvimento das actividades de enriquecimento curricular;

3) Saber quais os objectivos pelos quais se regem nas suas acções;

4) Conhecer os meios empregados para a concretização desses mesmos objectivos;

5) Perceber de que formas são elaboradas as directrizes e quem participa na definição das actividades de enriquecimento curricular;

6) Identificar que recursos são utilizados e por quem são utilizados; bem como a origem dos mesmos (quem suporta os custos); que evolução têm tido as origens e as aplicações dos fundos postos à disposição destas actividades.

7) Identificar eventuais dificuldades ou constrangimentos e procurar estratégias de resolução para os mesmos

De forma a conseguir recolher informação que me permita responder à concretização destes mesmos objectivos, terei de utilizar uma série de metodologias, que apresentarei em seguida.

Nesta parte do meu trabalho irei fazer uma abordagem às explicações e justificação dos métodos que pretenderei utilizar. A amostra abrangida pela investigação é toda a comunidade escolar do concelho de Óbidos (sendo que algumas das escolas têm uma população escolar reduzida) e, depois, o Complexo Escolar dos Arcos onde se concentra um número de alunos significativamente superior.

Para a recolha da informação utilizei uma serie de instrumentos, dos quais falarei de forma breve, enunciando apenas quais foram e o porquê da sua escolha e pertinência para o estudo. Assim, Construi quatro tipos distintos de questionários, (ver anexo 4), um para os professores titulares (anexo 4-A), outro para os professores das Actividades de Enriquecimento Curricular (anexo 4-B), outro para as crianças que frequentam estas actividades (anexo 4-C), e também para os pais (anexo D), no sentido de perceber a importância que estes atribuem a estas actividades e a relevância que têm no desenvolvimento das suas crianças. Elaborei também um guião de entrevista a aplicar à coordenadora do Gabinete de Educação (Dr.ª Ana Sofia Godinho), ver (anexo 4-E).

A recolha de dados para além da aplicação destes questionários e da entrevista, passou também pelo acesso que me foi dado a uma série de documentação, e também através de conversas de cariz mais informal, e nas deslocações às escolas onde consegui através de observação directa, recolher aspectos relevantes e cruciais.

Foi também através de algumas conversas informais, que recolhi muita informação relevante, que em muito contribuiu para a elaboração do trabalho pela credibilidade das próprias conversas e disponibilidade da minha coordenadora. Foi

muito importante terem existido essas conversas pois ao longo do tempo fui sendo colocada a par do que se passa no concelho no que diz respeito à educação e até às próximas modificações que vai sofrer a rede escolar do município de Óbidos.

A justificação para a pertinência da utilização da entrevista, prende-se com o facto de tentar retirar do entrevistado alguma informação que não tenha sido possível através por exemplo da utilização do questionário, que acaba por ser mais superficial. O uso das entrevistas será talvez o mais abrangente, sendo efectivamente aplicada à coordenadora do gabinete de educação.

Em relação à observação participante, achei pertinente a sua utilização principalmente para perceber a perspectiva das crianças, ao observar as dinâmicas nas actividades de enriquecimento curricular e fazendo esse registo, consigo posteriormente estabelecer um fio orientador entre o que se passa na realidade e a “ideia” que é dada do que se passa. Portanto esta técnica foi mais utilizada com as crianças.

III PARTE- Apresentação dos Dados

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