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UM OLHAR EM RETROCESSO UMA VOZ NESSE TEMPO: O QUE FO

Como uma tentativa de ouvir e registrar as apropriações e impressões cunhadas por nossos narradores acerca de sua inserção no curso de especialização em Educação do Campo, escrevemos nas páginas que seguem suas perspectivas em relação à elaboração e execução do curso, no sentido de tecermos um diálogo com nossas interrogações e vivências neste processo. Como afirmado ao longo deste texto, nossos narradores ao iniciarem suas falas acerca de suas histórias de vida, profissão, formação e em especial a

especialização em Educação do Campo, manifestaram de antemão suas primeiras perspectivas acerca do que foi este processo em suas vidas. Como uma voz espontânea que anunciada quer ecoar aos ouvidos de quem os escuta suas principais impressões, sentimentos e experiências num processo afirmado desde as primeiras palavras como deveras significativo, seja pelos benefícios, pelas dificuldades empreendidas e, pelas polêmicas construções e desconstruções causadas.

Quando a gente lembra hoje de como foi conversar com os professores sobre o curso, como foi trabalhar e participar das reuniões a gente sabe que não foi tão fácil assim. Muita coisa foi preciso aprender. Se eu penso em coisas que marcaram, que contribuíram eu penso que foi quebrar paradigmas, sem dúvida a percepção de que sozinhos os professores não conseguem foi um ponto alto da formação. Eles entenderam que sozinhos não dá, é preciso trabalhar junto, no coletivo, de que precisam um do outro e de que nessa relação é possível fazer melhor, e este paradigma foi também quebrado com o curso. Além disso, esta especialização nos mostrou que a UFES deve assumir a formação continuada de professores no Estado. A UFES tem condições para isso. Por isso eu acho que o curso foi muito válido, foi uma experiência que nós aprendemos muito com outros grupos e outras experiências da Educação do Campo, fez os professores saírem daqui, apenas de sua realidade e conhecerem outros trabalhos, outras práticas de educação e ainda aprender com essas práticas (NARRATIVAS - LÍRIO DRESCHER, LARANJA DA TERRA, JULHO DE 2013).

Na expressão de suas palavras a força do coletivo toma uma dimensão significativa como aprendizagem ocorrida na formação. Afirmar que professores, a partir das vivências e itinerâncias do curso passaram a reconhecer e a legitimar a necessidade do trabalho com o outro nos anima no sentido de fortalecer projetos dessa natureza, pois seu propósito, entre outros, pauta-se na crença de que o fazer é formativo e empreende transformações nos modos de pensar e agir.

Numa perspectiva da profissionalização docente, suas narrativas nos dão pistas de que o processo formativo e o trabalho demandam diálogos com o outro (sozinho não dá...), ou seja, no exercício diário da profissão professor a dimensão coletiva toma uma importância significativa como condição para o empreendimento bem sucedido do fazer docente.

Sua fala traz também seu entendimento acerca do papel da universidade na formação docente, delegando a ela não só a responsabilidade por este fazer, mas, sobretudo, lhe atribuindo a competência para tanto. Esta, portanto, é uma visão que se tem da universidade como locus do saber que, na sua perspectiva, deve circular, fazer-se presente nas formações continuadas, pois a

UFES tem condições para isso... essa condição nos parece estar relacionada

aos saberes acadêmicos e curriculares (TARDIF, 2002) da universidade, bem como, à sua capacidade de empreender projetos, considerando que estes devam ir ao encontro das demandas dos municípios do estado do Espírito Santo. Existe uma crença na potencialidade da universidade e esta deve ser motivadora de novas práticas que caminhem no sentido do fazer coletivo e democrático ansiando pela sociedade.

Nós não trabalhamos com um grupo fechado, isolado, a gente trabalha com um coletivo, significa por um lado que trabalho com esse coletivo é... significa, como que eu vou dizer, saber que aquela ideia originária que você tinha não se restringe mais só a você, mas ela está sendo ampliada, ela está sendo discutida e cada um buscando a sua maneira de viver e a maneira de sua identidade e de sua cultura. Então quando nós nos encontramos com outros movimentos é fortalecimento do homem e da mulher do campo, é fortalecimento da juventude do campo, o trabalho hoje em rede eu penso que é a maneira de sairmos do isolamento, dos individualismos e passarmos para o coletivo e exatamente para o que é público. Outra questão é que as EFAs do Ensino Fundamental e Médio do MEPES antes recebiam os recursos econômicos que vinham de fora e a luta era individual do MEPES, a gente tinha que fazer tudo. Hoje nós temos politicas públicas e nós vamos à luta não mais sozinhos, hoje nós já podemos ir atrás e nós vamos enquanto corpo, enquanto um coletivo, uma categoria que foi

sofrida, que politicamente foi marginalizada, foi deixada de lado e o MEPES sempre lutou pela dignidade da pessoa e essa dignidade da educação formal e informal e a promoção integral da pessoal é o alicerce, e essa promoção integral você pode fazer através de crédito, você pode fazer através da educação, você pode fazer através de outros meios, vamos nos unir e mostrar a nossa força de tal modo que o meio rural possa ser fortalecido e a pessoa possa escolher eu quero ficar no meio rural ou eu não quero ficar, o que eu sonho... para que a família rural, juventude rural possa dizer: o meu sonho é estar onde eu estou! Eu faço o que eu quero fazer e essa experiência foi excluída politicamente durante décadas e então um projeto desses como foi a Especialização em Educação do Campo, que juntou professores, monitores, educadores de todos os movimentos que nós temos aqui só engrandece e nos diz que a nossa luta não foi uma luta em vão, foi uma luta vitoriosa e que eu penso ainda que deve ser mais fortalecida, porque a exclusão do meio rural ainda é grande. Quando você trabalha com a juventude, quando você faz uma dinâmica com eles, eles falam que sofrem de bullyng porque são do campo... há é da roça! é do campo! Então penso que temos sempre que trabalhar nesse conjunto. E eu vejo que esse projeto de formação de professores pensou e discutiu essas questões, levou para os professores, principalmente aqueles das escolas do campo das prefeituras, que ainda não tinham avançado nessa discussão essas preocupações sobre o descaso com o meio rural, com o homem e com a mulher e juventude do campo. Penso que nossa luta continua, é preciso investir em mais formações desse tipo, com todos os movimentos, como podemos ver hoje olhando para trás a força está na integração e no coletivo, sozinhos não vamos a lugar nenhum (NARRATIVAS - FIRMINO COSTA MARTINS, PIÚMA/ES, MAIO DE 2013).

Num incansável engajamento pela Educação do Campo, encontramos em sua voz a entonação do compromisso com o humano, do reconhecimento da diversidade dos coletivos e da necessidade da luta diária. Este é para nós o

sentimento que nos atravessou naquela manhã de escuta das narrativas de Firmino Costa Martins. Ao narrar acerca de sua vida, profissão, trajetória no MEPES e participação na Especialização em Educação do Campo, suas palavras davam conta de tecer as articulações entre as concepções cunhadas pelo processo histórico vivido de Educação do Campo, suas experiências e os desafios que temos pela frente.

Sua perspectiva não permite o derrotismo, percebe os movimentos vividos de abandono como descasos e vive intensamente no combate aos mesmos, na propositura de novas formas de ensinar, aprender, trabalhar e viver com os sujeitos do campo.

Seu olhar em retrocesso traz na lembrança e registra em palavras a importância da especialização no sentido de empreender tais discussões junto aos professores, sobretudo, das escolas multisseriadas do campo que, em muitas realidades, permanecem sem quaisquer formações que promovam o debate como realizado neste contexto. Encontramos em suas expressões mais uma vez o reconhecimento da importância da especialização ao constituir-se a partir dos diferentes coletivos do Espírito Santo e a ampliar sua oferta a outros professores-educadores um curso de nível lato sensu, que em tempos anteriores, só havia sido ofertado, como vimos, aos monitores do MEPES. No reconhecimento da importância do trabalho com coletivos diversos, nos chega também na boniteza da expressão nós não vamos à luta mais sozinhos, a força que a união representa na luta por políticas públicas que se configuram como direito dos povos do campo. Suas palavras acusam que esta luta hoje não é e nem pode ser mais individual ou de um único movimento desarticulado. A força da transformação está no empreendimento de uma luta a partir do diálogo entre os coletivos, entre os diferentes movimentos sociais do campo e, é claro, no respeito que se constrói a partir do reconhecimento de suas especificidades.

Uma outra voz que sentimos a necessidade de trazer neste momento de lembrar, narrar e refletir acerca do que foi a Especialização em Educação do Campo é da tutora presencial do polo de Piúma, Alzimaira Marcarini, juntas compartilhamos essa empreitada, cada qual com uma turma de educadores-

professores-monitores do campo. Sua experiência promove um encontro conosco de alguém que em sua trajetória profissional, em tempo algum havia atuado na Educação do Campo ou tecido quaisquer tipo de experiência nesse sentido. Por isso também importante!

[...] fiquei muito emocionada na nossa cidade quando veio o polo, fiquei super curiosa e veio a inscrição para o curso de Artes e eu não fiz, passou e eu não fiz. Depois quando eu passei no polo me informaram lá que tudo viria pelo site do Neaad, tudo que viria para Piúma eu teria que ficar olhando constantemente o site do Neaad, e fiquei, e eu adoro internet, gosto de mexer com informática, então quando eu vi o edital de tutores para pós-graduação em Educação do Campo, eu fiquei assim: _Meu Deus Educação do Campo, o que é isso? Eu nunca ouvi falar Janinha. Eu nunca escutei essa palavra Educação do Campo, aí pensei deve ser coisa de interior. Mas, Piúma não tem interior, Piúma só tem dois distritos que são Itinga e São João e por que Piúma. Ai eu falei deve ser por causa do MEPES. Lógico! Mepes e Educação do Campo! Aí fiz minha inscrição e quando veio o resultado eu vi os nomes classificados e eu não conhecia ninguém. Ai perguntei a Castorina e ela me deu seu telefone. Nós fomos juntas a Vitória, não foi? Então você lembra nós fomos daqui até lá conversando. Castorina me falou também que achava que Educação do Campo era para os alunos do MEPES estudarem, aí eu comecei a ler, joguei na internet e comecei a descobrir os sentidos das escolas agrícolas como Olivânia. Eu comecei para saber o que é Pedagogia da Alternância, até porque se me perguntassem na entrevista eu ia saber, não tava nua e crua. E eu achei muito interessante. Aí quando nós fomos pra Vitória eu fui te indagando, já conhecia um pouco, mas pensei vou perguntar. Chegou lá fui entrevistada maravilhosamente pela Gerda e no final eu falei para ela que já tinha trabalhado na secretaria de Agricultura e Pesca e ela disse que fez um seminário em Vitória e nesse seminário eu também participei, por isso que eu não achava ela estranha. Então ela disse: _Poxa que bom. Falei pra ela da situação de Piúma e que nunca trabalhei com Educação do Campo e que não sabia nada a não ser o que eu tinha lido agora sobre a

Pedagogia da Alternância. Passou, quer dizer veio o curso e nós fomos classificadas. E eu, caramba tive aquela visão de aprender com vocês todo o processo de ensino e aprendizagem do campo, que até então só tinha visão de leitura. E eu pude ver e conhecer as escolas de Olivânia, Mimoso, aqui o MEPES o Centro de Formação e, além disso, eu pude ver que os monitores-professores que eram os alunos do curso tinham uma vivência muito grande, eles traziam suas experiências para os encontros e eu pude aprender muito com eles, nós fazíamos uma troca muito bacana, acho que dali duas foram fazer o mestrado a Ildranis e a Sônia, sentia uma vontade de mudar de buscar conhecimento. Eu acho que os alunos que vieram, só uma que desistiu, que era daqui de Piúma e que não tinha nada a ver com o curso mesmo, a maioria era do MEPES e eles têm a referencia em Educação do Campo e isso a gente precisa falar. O material, nem se fala, era uma riqueza, as vezes muitos temas, mas eu acho que os meninos deram conta. Nós tivemos um feedback do coordenador do curso, o professor Erineu. E isso foi outra coisa. A gente ia muito pra Vitória, quase todo mês a gente estava lá, eles chamavam e a gente arrumava o carro e ia. Nossa! Um monte de gente na mesma sala!!! Na minha opinião foi juntar os movimentos para dar força, foi se agregar para a Educação do Campo funcionar. Eu acho que MST, quilombola, índio tem que ficar junto nessa hora, pensar, falar, para ter força, mas acho que índio não tinha não né Janinha! e eu gostava muito porque esses encontros eram crescimento. É claro que às vezes era cansativo, ter que ir para Vitória, mas hoje eu sinto falta. No outro curso que eu fui tutora não tinha isso de ir, a gente nunca foi chamado. Não tinha essa dinâmica e esse que eu sou tutora agora também não tem. E isso eu tenho que falar verdade, faz falta. É claro que é outro curso, acho que o povo está se estruturando ainda, mas... Então, a pós da Educação do Campo a gente foi mais vezes a Vitória, mas era exatamente isso, a gente via as diferentes realidades do Norte, do Sul de cada um, cada um falava uma coisa, nós conhecemos outras pessoas, foi bacana! Hoje eu vejo com outros olhos o que é a Educação do Campo, como o conhecimento tem o direito de ser interiorizado, valorizado, o filho do agricultor não pode mais estudar numa escolinha,

ele tem direito de aprender o que se aprende aqui, com qualidade e com respeito, ele tem direito de estudar lá, onde mora [...] (NARRATIVAS - ALZIMAIRA MARCARINI, PIUMA, SETEMBRO DE 2013).

Hoje Alzimaira, mais conhecida por todos nós como Mara, trabalha como diretora de uma escola de Ensino Fundamental no município de Piúma e sua história de vida foi nos contada em meio aos interruptos de professores que ora e outra adentravam a sala em busca de algo junto a ela, bem como, dos alunos que neste dia se mobilizavam na organização de chapas que concorreriam à diretoria do grêmio estudantil. Outros tempos! Outros desafios! No entanto, sua memória manteve viva o que foi a atuação como tutora, as experiências vivenciadas e concepções construídas a partir dos encontros formativos da pós-graduação, como vimos, no fragmento de suas narrativas.

Ouvir alguém que não milita na Educação do Campo, que nunca atuou e que conheceu nosso trabalho por meio da tutoria, nos possibilita refletir acerca de outras dimensões alcançadas pela formação. Ou seja, a história de Mara nos revela uma dimensão de propagação do que vem a ser a Educação do Campo, que se deu por meio da oferta da especialização. Quem nunca tinha ouvido falar do que era Educação do Campo, teve a oportunidade de não só conhecer, mas de inserida neste processo aprender e conviver com os desafios, limites, entraves e perspectivas de nosso fazer. Levou a busca, à leitura e hoje, a tecer novas e outras leituras a partir da caminhada que se fez.

Como professora de muitos anos, Mara viveu a vida toda em Piúma e não conhecia a Escola Família Agrícola de Olivânia, que fica no município vizinho e pouco compreendia acerca do trabalho desenvolvido pelo Centro de Formação do MEPES, localizado há mais de 30 anos na sua cidade. Nos perguntamos: Por que? Se temos uma caminhada reconhecida por nós como expressiva, por que ainda este estranhamento por parte de alguém tão próximo a nós? O que nos falta? Entendemos que é importante e necessário que os espaços de diálogo interinstitucionais sejam ampliados, que os intercâmbios de experiências formativas no âmbito dos alunos, professores e família possam ser promovidos e fortalecidos como possibilidades concretas de trocas de

saberes e práticas entre campo e campo, campo e cidade, cidade e cidade, cidade e campo, para além, é claro, de demarcações espaciais, mas no reconhecimento da diversidade de experiências. Sentimos a necessidade de diminuir as distancias e de promover os encontros.

Na voz de Mara, mais uma vez a força da diversidade e do empreender coletivo foi registrado como especificidade na realização da especialização. Como expressado, as idas a UFES para participar dos planejamentos, ajustes e rearranjos do curso, foram significativos em sua perspectiva pelo processo vivido e pelo conhecimento do outro nesta caminhada. O outro que no seu entendimento deve “ficar junto nessa hora, para pensar, falar, para ter força!”. Essa dinâmica de reunir os coletivos ganha notoriedade em sua perspectiva e ao fazer parte de outros processos de tutoria, o mesmo passa a ser notado como ausência.

Como um fio puxa o outro, a partir das escutas de Mara, tornou-se imprescindível escutar o que nos tem também a narrar nossa coordenadora do polo de Educação a Distância de Piúma, a professora Castorina Calenzani do Nascimento.

Quando eu penso numa discussão mais ampliada eu penso na pós em Educação do Campo, porque eu me lembro que a gente sentou lá no polo, com o padre Firmino para discutir o edital, não ele pronto, mas uma proposta de como ele poderia ser feito, quem seriam os professores que poderiam fazer o curso e como ele seria e eu me senti muito orgulhosa de poder fazer parte do nascimento de um curso e nós pensamos num formato e quando saiu o edital a gente viu que não havia ficado exatamente como tínhamos pensado e na reunião em Vitória discutimos essas elaborações e o coordenador professor Erineu nos explicou que era preciso atender as normas da educação a distancia, mas também a especificidade do povo do campo. Aquele momento foi de difícil compreensão, foi tenso. Aí teve todo o processo e começamos o curso e a gente lembra dos alunos chegando, uma turma no sábado de manhã as 7 horas, o leite que um monitor trazia já estava fervendo na cozinha do polo e hoje a gente tem a certeza de que o modelo que ele explicou

era esse mesmo. Não podia ser do nosso jeito aqui do polo, porque nós partimos de uma realidade que pouco conhecia a educação do campo. Então assim, hoje eu vejo que nós precisamos aprender com o campo e assim me traz muita emoção. Dois cursos me marcaram muito aqui no polo: gestão pública da saúde e educação do campo. Porque a gente traz para o cotidiano do polo profissionais que não são do nosso cotidiano e isso nos proporciona confrontos. A gente vê que o que hoje nos diferencia aqui, depois lá na ponta nos aproxima. A gente precisa do campo. Vivemos muitos debates nos espaços do polo e a gente acaba aprendendo muito com todas essas diferenças. Então assim, até hoje quando eu encontro ex-alunos do curso da educação do campo é um abraço aqui, uma saudade ali, parece que existe ainda aquela sensibilidade que aqui na correria da cidade a gente já perdeu e isso eu consegui viver junto com os alunos do curso. Foi muito bom!

Se eu penso no material também eu vejo uma riqueza muito grande porque traz a vida do campo, foi escrito porque quem vivencia essa realidade e não só por teóricos que pesquisaram e isso agrega um valor importante nos objetivos do curso. O curso foi conduzido por nós, principalmente a partir do trabalho da tutoria, de troca, de aprendizagem e principalmente de compromisso. Enquanto que em outros cursos a gente não vê o mesmo compromisso que o povo do campo tem, neste curso a gente via a seriedade, o acordar cedo de quem vinha de longe, o envolvimento. Quando a gente pensou em iniciar os encontros no sábado 7 horas da manhã eu pensei: - eles não vão conseguir chegar, mas chegavam e como eu disse já com o leite e o pão. Então foi um momento de partilha, de convivência, e isso nos marcou muito. Outra coisa marcante foi aquele seminário que a gente fez no Mepes, onde

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