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uma delas.

Em termos globais o desempenho da execução física das três tipologias, medida pelos indicadores estipulados, desenvolveu-se de forma muito positiva, durante o ano de 2011 visto que em geral ultrapassaram a meta fixada. Foram atingidas 910.758 participações dos adultos no conjunto das modalidades de formação/certificação que constituem as intervenções no quadro da adaptabilidade e aprendizagem ao longo da vida, sendo que o maior número está associado às formações modulares certificadas (471.332), seguidas dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (390.397) e, por fim, dos cursos de educação e formação de adultos (49.029).

De salientar que em relação a estes cursos existe uma diferença notória entre a representação do número de abrangidos e a sua expressão financeira (ver gráfico 3.2.1) por comparação com as outras duas tipologias, atendendo a que o processo de qualificação escolar e profissional é completo, implicando um maior período de formação, necessariamente mais oneroso do que as restantes intervenções

Em termos da distribuição por sexos, verifica-se que o sexo feminino tem preponderância em todas as três tipologias.

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

2.1 - RVCC 2.2 - EFA 2.3 - FMC

H

H

H

M

M

M

 

competências – TI 2.1, 8.2.1, 9.2.1

A tipologia 2.1 – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (e análogas nos eixos 8 e 9) tem por objetivo elevação dos níveis de qualificação da população portuguesa em idade ativa, designadamente através da consolidação de mecanismos de encaminhamento dos ativos para as respostas de qualificação mais adequadas às suas necessidades e perfis, bem como da implementação de um dispositivo integrado de reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas em diferentes contextos de vida. A presente tipologia de intervenção assegura o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades implantados no território de Portugal Continental.

A gestão da tipologia está delegada na ANQEP, que assume perante o POPH a qualidade de organismo intermédio com subvenção global.

A rede de Centros Novas Oportunidades financiada pela tipologia de intervenção nas três regiões objetivo em 2011, englobou 331 Centros (Quadro 3.2.1.).

Relativamente ao ano de 2010, confirmou-se a tendência de ligeiro decréscimo no número de Centros em funcionamento, bem como do número de Centros financiados pelo POPH. De facto, ao longo do ano de 2011, houve lugar à extinção (sem substituição) de 28 Centros Novas Oportunidades, 15 dos quais por iniciativa da entidade promotora, e os restantes 13 por terem apresentado um reduzido desempenho no ano de 2010. A monitorização dos resultados relativos ao ano de 2010 enquadrou-se num processo amplo, levado a cabo no 1.º semestre de 2011 pela ANQEP, de avaliação de desempenho de todos os Centros Novas Oportunidades e de consequente reestruturação da rede nacional de Centros, balanço este realizado, sobretudo, em razão da crescente necessidade de racionalização de custos.

Conforme espelham os resultados apresentados no quadro seguinte, verificou-se o cumprimento parcial das metas anuais estabelecidas.

Quadro 3.2.1 - Centros/Equipas Novas oportunidades

Indicador Tipologia Para o ano de 2011 Meta anual (média)

Nº de Centros/Equipas Novas Oportunidades Apoiados TI 2.1 298 314 TI 8.2.1 5 6 TI 9.2.1 28 10 Total 331

A distribuição dos Centros Novas Oportunidades no território continental manteve-se praticamente inalterada no ano de 2011.

 

Distritos Nº de CNO Distritos Nº de CNO

Aveiro 29 Leiria 24

Beja 10 Lisboa 28

Braga 41 Portalegre 10

Bragança 5 Porto 78

Castelo Branco 8 Santarém 15

Coimbra 20 Setúbal 10

Évora 11 Viana do Castelo 12

Faro 5 Vila Real 6

Guarda 6 Viseu 13

Total 331

A distribuição territorial da oferta mantém-se equilibrada face às necessidades de qualificação da população portuguesa – maior número de Centros nos distritos do litoral, sobretudo na região Norte, com destaque para os distritos do Porto, Braga e Aveiro. Os distritos de Lisboa, Setúbal e Faro constituíram-se exceção a esta tendência, uma vez que não puderam contar com uma dotação financeira que abrangesse todos os Centros Novas Oportunidades destes territórios.

Embora a criação de Centros Novas Oportunidades, por parte da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, IP, seja independente da disponibilidade do financiamento europeu/público tem--se procurado assegurar uma oferta territorial equilibrada, face às necessidades de qualificação da população portuguesa.

Na medida em que o FSE visa o apoio direto aos cidadãos ou o funcionamento de estruturas de resposta direta aos cidadãos, como é o caso, verifica-se, grosso modo, uma distribuição dos apoios adequadamente concentrada nos territórios mais densamente povoados e com necessidades de qualificação acrescidas.

Quadro3.2.3 – Indicador dos abrangidos nos Centros de Novas Oportunidades

Indicador Tipologia Para o ano de 2011 Meta anual (média)

Nº de abrangidos em Centros de Novas Oportunidades

TI 2.1 320.554 204.000

TI 8.2.1 10.580 3.900

TI 9.2.1 59.263 6.500

Total 390.397

Salienta-se que o total de candidatos abrangidos superou a meta anual, na sua globalidade e por tipologia, em mais 116 554 (Quadro 3.2.3).

 

Fluxos

Para o ano de 2011

Pessoas que entram33 Pessoas que saem Abrangidos Total H M Total H M Total H M Nº total de adultos n.d n.d n.d 123.265 58.815 64.450 390.397 186.903 203.494

Todavia, e ainda que o número de abrangidos continue a ser superior à meta anual (Quadro 3.2.3), o número de abrangidos no ano de 2011 decresceu face ao ano de 2010..

Quanto à distribuição dos abrangidos por sexo, observa-se a ausência de uma diferença significativa entre homens e mulheres, realidade que se tem mantido ao longo dos anos, revelando uma adesão equitativa às Novas Oportunidades.

Quadro 3.2.5 – Abrangidos nos Centros de Novas Oportunidades, por situação face ao emprego, escalão etário e vertente

Ventilações Para o ano de 2011

Total H M Situação face ao emprego (no momento da candidatura):

Empregados 212.937 114.087 98.850

Desempregados procura 1º emprego 10.923 5.158 5.765

Desempregados NDL 76.764 34.909 41.855

Desempregados DLD 71.583 25.461 46.122

Inativos 18.190 7.288 10.902

Total 390.397 186.903 203.494

Escalão etário (no momento da candidatura):

Grupo etário (15 – 19) 13.868 7.526 6.342

Grupo etário (20 – 24) 40.418 21.943 18.475

Grupo etário (25 – 34) 111.779 57.018 54.761

Grupo etário (35 – 44) 117.790 52.965 64.825

Grupo etário (45 – 49) 46.516 20.047 26.469

Com idade superior a 49anos 60.026 27.404 32.622

Total 390.397 186.903 203.494

Por vertente:

Vertente escolar 226.366 115.077 111.289

Vertente profissional 5.254 2.687 2.567

      

33Em relação aos fluxos não foram registadas as ‘pessoas que entram’, por dificuldade de contagem inter-pares, ou seja, o conjunto dos projetos desenvolvido no mesmo CNO, por deficiências de registo na respetiva identificação, que é autónoma da entidade beneficiária proprietária. Movimentando cada CNO uma elevado número de pessoas, que vão passando por vários estados de intervenção num percurso relativamente longo, sucede que a sua passagem para novos projetos, por imperativo legal quanto à duração máxima de cada um, tornou inviável esta operação. Só em 2011 é que este constrangimento teve uma expressão relevante, que, por razões de consistência e fiabilidade da informação se optou por não incluir.

 

Vertente não identificada 158.965 69.224 89.741

Total 390.585 186.988 203.597

No que diz respeito à situação face ao emprego dos candidatos abrangidos (Quadro 3.2.5) a percentagem de empregados (54,54%), continua a ser superior ao número de desempregados, sendo a distribuição entre homens e mulher muito próxima, com exceção dos DLD em que o número de mulheres é francamente superior ao número de homens - (64,43% por oposição a 35,57%). A adesão da população empregada ao serviço prestado pelos Centros Novas Oportunidades continuou a ter significado, o que revela a adequação de uma oferta de qualificação destinada a toda a população em idade ativa.

Relativamente ao número de candidatos por faixa etária, a adesão aos Centros Novas Oportunidades continua a ter maior relevância nas faixas etárias entre os 25 e 44 anos, (58,8%) correspondente ao período de maior atividade nas diferentes esferas da vida quotidiana (profissionais e familiares). A relevância dos abrangidos entre os 25-45 anos parece indiciar a perceção de que os Centros Novas Oportunidades proporcionam ofertas que se constituem como uma mais-valia em termos pessoais e profissionais dos cidadãos que se encontram num momento relevante das suas carreiras.

A vertente escolar do processo de RVCC é naturalmente aquela que abrange um maior número de candidatos (57,98%), a que está associado o facto de todos os Centros implementarem processos nesta vertente e à importância do reconhecimento no mercado de trabalho das habilitações escolares. Apenas cerca de um terço dos Centros implementa processos de RVCC profissional. Estes dados demonstram ainda que os processos da vertente escolar estão já perfeitamente assimilados e em velocidade cruzeiro, enquanto os da vertente profissional ainda estão numa fase embrionária (1,35%). É importante ter em conta que os processos de RVCC profissional incorporaram o Sistema Nacional de Qualificações apenas em 2007 (enquanto o RVCC escolar nasceu com os Centros RVCC no ano 2000) e nem todas as qualificações constantes do Catálogo Nacional de Qualificações dispõem de referencial de competências profissionais34.

Na vertente profissional, verifica-se uma maior procura, em geral, pela certificação em qualificações de nível 2, revelando que os processos de RVCC profissional são encarados como uma resposta adequada aos candidatos com mais baixos níveis de qualificação, sobretudo entre os homens. Ao contrário, a maioria dos candidatos a certificação profissional de nível 3 são mulheres.

Tal como em 2009 e 2010, o somatório dos abrangidos nas vertentes escolar e profissional (bem como quando não identificada) equivale a um valor superior ao total de abrangidos. Tal deve-se ao facto de vários candidatos frequentarem as duas vertentes em simultâneo, adotando um percurso de dupla certificação.

      

34 À data de hoje, o Catálogo Nacional de Qualificações dispõe de 92 referenciais para os processos de RVCC profissional, num universo de 263 qualificações.

 

Ventilações

Total H M Certificações na vertente escolar:

1º Ciclo 1.377 592 785

2º Ciclo 19.179 8.732 10.447

3º Ciclo 93.035 47.613 45.422

Ensino Secundário 112.775 58.140 54.635

Total 226.366 115.077 111.289

Certificações na vertente profissional:

Nível 1 2.984 2.021 963

Nível 2 2.183 616 1567

Nível 3 87 50 37

Total 5.254 2.687 2.567

A análise do número de candidatos35 a certificação por nível de escolaridade (Quadro 3.2.6) nos projetos com atividade no ano de 2011, permite concluir por uma maior expressividade relativamente ao 3º ciclo e ao ensino secundário que pese embora constituam processos mais exigentes e mais morosos, indiciam uma crescente perceção da importância destes processos para a evolução profissional. É importante ter em conta que o nível secundário assume-se, neste momento, como a escolaridade obrigatória nacional reforçando a sua importância no mercado de trabalho. A análise às certificações não deve, porém, esgotar-se aqui uma vez que a informação disponibilizada apenas reflete dados de candidaturas a determinado nível de certificação.

Para os projetos com atividade no ano de 2011, foram concedidas 67.959 certificações na vertente escolar (quadro 3.2.7), com um maior peso do 3º ciclo (38.449) seguindo-se o nível secundário (25.567). A reter que uma mesma pessoa pode obter mais do que um nível de certificação, de níveis sequenciais.

Quadro 3.2.7 – Certificações concedidas pelos Centros de Novas Oportunidades, por ciclos e níveis

Ventilações Para o ano de 2011

Total H M Certificações na vertente escolar:

1º Ciclo 218 78 140

2º Ciclo 3.725 1.400 2.292

3º Ciclo 38.449 17.935 20.514

Ensino Secundário 25.567 12.366 13.201

Total 67.959 31.779 36.147

Certificações na vertente profissional:

Nível 1 1.201 700 501

      

35

 

Total H M

Nível 2 878 80 798

Nível 3 2 1 1

Total 2.081 781 1.300

Em todos níveis de certificações escolar concedidos o peso maior cabe ao sexo feminino, sendo esta diferença mais preponderante nas certificações do 2º ciclo. O número de certificações profissionais concedidas é em número reduzido (2.081), predominando a certificação de nível 1, onde os homens estão em número superior ao das mulheres.

Cursos de educação e formação de adultos – TI 2.2, 8.2.2, 9.2.2

A Tipologia de Intervenção 2.2 - Cursos de Educação e Formação de Adultos (cursos EFA) visa proporcionar uma formação de dupla certificação a adultos não qualificados, ou sem qualificação adequada para efeitos da inserção no mercado de trabalho e que não tenham concluído a escolaridade básica de quatro, seis, nove anos ou o ensino secundário (12º ano).

Da análise ao indicador número de adultos abrangidos em cursos EFA, verifica-se que os valores apurados em 2011 superam a meta anual (média) nas regiões Convergência, onde se enquadram 97,03% dos abrangidos. As regiões do Algarve e de Lisboa atingem um grau de realização de 95,38% e de 91,84%, respetivamente.

Quadro 3.2.8 Indicador dos adultos abrangidos em cursos EFA

Indicador Tipologia Para o ano de 2011 Meta anual (média)

Nº de adultos abrangidos em cursos de educação formação

TI 2.2 47.571 30.600

TI 8.2.2 558 585

TI 9.2.2 900 980

Total 49.029

Por comparação com os dados do ano de 2010, assiste-se a um decréscimo de cerca de 40% do número de abrangidos em todas as regiões. A exaustão das disponibilidades financeiras nas regiões do Algarve e de Lisboa, não permitiu a abertura de concurso para cursos EFA a iniciar em 2011 nestas duas regiões. Cumulativamente procedeu-se à revisão em baixa das disponibilidades para as regiões de convergência, tendo sido dada prioridade no ano de 2011 às ofertas promovidas por Centros de Formação Profissional da rede pública de emprego e formação.

Não obstante o referido decréscimo considera-se que o grau de satisfação deste indicador continua a revelar uma procura elevada desta tipo de cursos por parte da população, nomeadamente aquela que, sendo detentora de muito baixas qualificações escolares e profissionais, caiu numa situação de desemprego e reconhece nesta

 

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