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Uma Regionalização Baseada na Configuração Territorial do Trabalho

3 DO PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO ÀS ABORDAGENS TERRITORIAIS

3.1 O PROCESSO DE DESCENTRALIZAÇÃO NA ÓPTICA FEDERATIVA

3.1.2 Uma Regionalização Baseada na Configuração Territorial do Trabalho

Um dos assuntos mais debatidos nas pesquisas regionais no país nos últimos anos foi relativo à concentração ou não das atividades industriais no Centro Sul do

país. Para autores como Diniz (1993), Cano (1997) e Guimarães Neto (1997), está ocorrendo uma reversão do processo de desconcentração em razão das reformas estruturais e associado ao modelo de integração competitiva, enquanto Pacheco (1996) e Diniz Filho (2005) afirmam que está ocorrendo um processo inverso.

Diniz (1993) refere-se ao polígono industrial existente no Sul e parte do Sudeste brasileiro, onde estariam concentradas os setores mais dinâmicos e que utilizam alta tecnologia, mas pondera que indústrias metalúrgicas, de cimento, fertilizantes e agroindústria estão ainda dispersas e respondem pelo crescimento industrial do país, tendência que deverá ser revertida com a mudança na estrutura produtiva (MATOS, 2005).

O referido autor afirma que “[...] exemplos de crescimento econômico e demográfico vêm ocorrendo no Brasil contemporâneo, não necessariamente, atrelados aos setores de alta tecnologia, sediados no polígono de Diniz” (2005, p. 25). Para sustentar seu pensamento, esclarece que no Brasil contemporâneo expansões econômicas são encontradas fora do Sudeste, relacionadas com indústrias ou serviços articulados aos recursos naturais.

Cano observa que os sistemas informacionais e tecnológicos atuam como condicionantes no processo de concentração industrial:

[...] ao introjetarmos doses significativas de ‘modernização’[novos processos ou setores mais complexos, com tecnologia mais sofisticada] haverá uma reconcentração espacial produtiva [em São Paulo e ‘adjacências’] em detrimento da periferia nacional, pois aquela modernidade, como é sabido, não pode localizar-se em qualquer tipo de espaço econômico, mas tão somente naqueles que possuem condições especiais de recepção de tais modernidades.

(1997, p. 104).

Tratando desse processo, Guimarães Neto (1997) argumenta que ele decorre também da crise fiscal e financeira do Estado brasileiro, sobretudo da desarticulação dos instrumentos de política econômica, principalmente os investimentos públicos em infraestrutura, os incentivos fiscais e os programas de financiamento da atividade produtiva. Já Pacheco (1996) assevera que está havendo uma desconcentração seletiva em pontos dinâmicos de todas as regiões do país, provocando a fragmentação da economia nacional.

Diniz Filho (2005) pondera que os chamados “custos crescentes de aglomeração” estão gerando um processo de desconcentração industrial das atividades econômicas intensivas de capital, que costumam concentrar o espaço de suas unidades produtivas em direção às cidades de porte médio, localizadas fora do eixo Rio – São Paulo. Já as empresas que utilizam os fatores de produção de bens não duráveis procuram estabelecer-se em regiões onde há abundância de recursos naturais ainda não explorados, mão de obra barata e desqualificada, infraestrutura básica e incentivo governamental.

Diante dessas contribuições, a questão fundamental que nos interessa é reconhecer que o território está diferente, “[...] que as macrorregiões que foram objeto de políticas de desenvolvimento regional nas décadas de sessenta e setenta não são mais as unidades regionais representativas, nem operacionais no país” (BECKER, 2000, p.10, grifo do autor).

Diniz Filho acentua que a dimensão territorial do país alimenta múltiplos fatores que podem condicionar a dinâmica econômica nacional, levando à desaceleração do processo de concentração, por isso recomenda prudência “[...] na análise das tendências de desconcentração industrial a partir de esquemas de divisão regional com base em unidades abrangentes, como as macrorregiões oficiais, ou numa mera contraposição entre o Centro Sul e o resto do país” (2005, p.89), uma vez que a integração do mercado interno ampliou a heterogeneidade regional brasileira.

Essa heterogeneidade decorre da divisão territorial do trabalho em escala nacional e das rugosidades “[...] que estão ligadas, de um lado, à tecnicidade dos objetos de trabalho e, de outro, ao arranjo desses objetos e às relações daí resultantes” (SANTOS; SILVEIRA, 2002, p. 268).

Disso resultaram, segundo os referidos autores, “quatro Brasis”: um formado pela Região Concentrada (Sul e Sudeste) onde está presente um setor terciário superior relacionado com a informação, com as técnicas e com as finanças; o Brasil do Nordeste, de povoamento antigo, com pouca mecanização e com numerosos centros urbanos, mas baixo índice de urbanização e com áreas menos dinâmicas se comparadas a outras áreas do país; o Centro-Oeste, de ocupação recente, com elevada taxa de urbanização, com agricultura mecanizada (soja, milho, algodão, arroz) e moderno sistema de engenharia que possibilitaram o surgimento de espaços globalizados; a Amazônia, de ocupação rarefeita e baixa densidade

técnica, mas que também apresenta áreas dinâmicas interligadas por modernos sistemas de telecomunicação.

Cabe aqui considerar a obra de Becker e Egler (2003) Brasil: uma nova potência na economia-mundo, em cujo capítulo dedicado à modernização e à reestruturação do território enfatizam que os complexos industriais: químico, metal- mecânico, agroindustrial, têxtil e calçadista, papel e papelão e construção servem para analisar a atual divisão territorial do trabalho presente em solo pátrio.

Nessa direção, Moreira (2004) trabalha uma nova regionalização para o país com base na atual configuração territorial do trabalho, dividindo o país em 05 (cinco) regiões: polígono industrial; complexo agroindustral; difusão da agroindústria e indústria de não duráveis; e a fronteira biológica. (MAPA 24).

i) A região do complexo agroindustrial está localizada no Planalto Central, “[...] que avança das fronteiras da região Sul para as fronteiras com a Amazônia (‘nortão’ do Mato Grosso) e o Nordeste (oeste da Bahia, sul do Maranhão e Piauí) e grande parte da qual se sobrepõe ao território do polígono industrial” (MOREIRA, 2004, p. 140).

Esse autor esclarece que a formação dessa região antecede os planos de desenvolvimento do governo militar, pois remonta às décadas de 40 e 50 do século XX, com o processo de modernização da cultura do trigo no Rio Grande do Sul; nas décadas seguintes, com a expansão do plantio de soja e trigo no Estado de Santa Catarina e oeste-noroeste do Paraná, e no final dos anos 60 no Mato Grosso do Sul. Já nos anos 70 e 80, avança o plantio da soja sobre o cerrado matogrossense, com o apoio do Estado na implantação de um moderno sistema de engenharia.111

O complexo agroindustrial é uma unidade de economia que integra em um só sistema todos os setores tradicionais da economia, incluindo o quaternário, relacionado com a tecnologia dos sistemas informacionais, levando a divisão territorial do trabalho a uma estruturação em rede de produção e de trocas de dimensão e abrangência territorial diversificada e ampla (MOREIRA, 2004).

Em Santa Catarina esse complexo tem origem nos anos 60 do século XX, com os moinhos de trigo e frigoríficos que comercializavam produtos quase in natura para a formação dos grandes frigoríficos: Sadia, Perdigão, Seara Avícola, Chapecó e Aurora, que consolidam o complexo agroindustrial do Estado.

Com o apoio do Estado esse complexo implanta o sistema de fomento e de integrados, que expande a capacidade produtiva de todo o sistema agroindustrial. Na década de 90 esse sistema estende sua área de produção para diferentes municípios da região Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país (CAMPOS, 1987; MICHELS, 1998; GOULARTI, 2007).

Ainda no contexto da agroindústria, a produção de maçã tem início no Estado de Santa Catarina nos anos 70 do século XX com o Programa de Fruticultura de Clima Temperado da Secretaria Estadual de Agricultura. As empresas voltadas ao cultivo, colheita, armazenamento e distribuição da maçã começaram a ser constituídas em meados dessa década, destacando-se: Renar, Fischer, Agropel, Frutícula Fraiburgo e Agrícola Fraiburgo (Município de Fraiburgo). Na serra

111 Sobre a forma histórica do modelo agrícola brasileiro, ver os trabalhos de: Furtado (1959), Rangel (1965 e 1985), D’Incao e Mello (1977 e 1984, Oliveira (1981), Guimarães (1982) e Moreira ( 2003 b).

catarinense destacam-se as Cooperativas Sanjo (Cooperativa Agrícola São Joaquim Ltda) e a Cooperserra (Cooperativa Regional Serrana Ltda) e a Associação de Fruticultores de Urubici.

ii) A região da difusão da agroindústria e indústria de não duráveis abrange o Nordeste com a presença da fruticultura irrigada nos vales úmidos dessa região e nos cerrados do oeste da Bahia, sul do Piauí e do Maranhão como fronteiras de expansão do complexo agroindustrial da soja do Centro-Oeste, e também com a produção de milho, arroz e feijão. A produção industrial de bens não duráveis, como o polo têxtil e de confecções de Fortaleza, cujo capital migrou do Sul e do Sudeste atraído por vantagens fiscais e proximidade com o mercado consumidor externo (MOREIRA, 2004). Cabe relembrar que já no final da década de 60 as empresas catarinenses Artex, Teka e Hering fundam a Tecanor S.A e se estabelecem no Nordeste com apoio governamental (GOULARTI, 2007).

iii) A fronteira biológica, representada pela Amazônia, anteriormente palco dos projetos relacionados aos polos minero-industriais e pela expansão do cultivo da soja, transforma-se atualmente “[...] na mais importante fronteira bio(tecno)lógica do planeta” pelo desenvolvimento da engenharia genética de sua biodiversidade (MOREIRA, 2004, p.147).

A configuração do território é produto e produtor de novas configurações, e sua materialização depende da ação do Estado e dos interesses das empresas, na medida em que seus representantes procuram diferenciar o espaço para implantar suas estratégias.

Seguindo este pensamento é necessário ainda esclarecer que

[...] a configuração do território condiciona a dinâmica regional de forma logicamente subordinada às estratégias do Estado e das grandes empresas, uma vez que é no entrelaçamento das ações do trabalho e das grandes empresas que se determina a matriz setorial dos investimentos (DINIZ FILHO, 2005, p.94, grifo do autor).

Tomando por base o processo de industrialização, Pimenta (2003) destaca 05 (cinco) agrupamentos regionais em Santa Catarina, à semelhança dos eixos dinâmicos identificados pelo trabalho do IPEA/IBGE/NESUR/IE-UNICAMP: um agrupamento agroindustrial baseado no Oeste; o têxtil e de confecções no Vale do Itajaí, estendendo-se a Jaraguá do Sul, Joinville, e, recentemente, para a região de

Criciúma; a indústria metalmecânica, eletromecânica, de eletrodoméstico, material de transportes e plásticos, localizados em Joinville e Jaraguá do Sul, com presença menos significativa no Vale do Itajaí, Sul e Oeste do Estado; cerâmica de revestimento no Sul do Estado, principalmente em Criciúma e Tubarão; e o polo moveleiro em São Bento do Sul e Rio Negrinho.

Para esse autor,

[...] o dinamismo do processo de industrialização possibilitou a formação de grandes empresas industriais a partir de capitais locais. Estas empresas pelo seu caráter inovador e regional tornaram-se responsáveis por parcelas signifcativas do mercado nacional em seus respectivos setores, [...] criando um tecido industrial diversificado e com certo grau de complementaridade (2003, [s.p]).

A partir das cidades onde se instalam, as empresas se organizam de acordo com as possibilidades oferecidas pela combinação de novos e velhos sistemas técnicos, materiais e imateriais presentes no território. Nessa direção, Santos afirma que “Hoje não basta produzir. É indispensável pôr a produção em movimento, pois agora é a circulação que preside a produção” (1997, p. 219).

Atualmente, um moderno sistema de engenharia com fluxos mais extensos e mais seletivos permite a fluidez necessária às cidades e às empresas. “A criação de fixos produtivos leva ao surgimento de fluxos que exigem fixos para balizar o seu próprio movimento” (SANTOS; SILVEIRA, 2002, p.167), e que no período atual é expresso pela construção e modernização de portos, aeroportos, estradas, ferrovias, hidrovias e oleodutos.

No território catarinense tal sistema se traduz na malha rodoviária pavimentada que promove a interligação no sentido norte/sul, leste/oeste do Estado, conectando as fontes produtoras aos portos catarinenses e estes com o exterior.

Cabe-nos ponderar que a expansão do complexo portuário catarinense aumenta o movimento de caminhões por suas rodovias. A BR -101, via litorânea brasileira, no trecho catarinense está duplicada de Garuva a Palhoça, e em fase de duplicação em sua parte sul. Esse modal de transporte atende não só o movimento de Santa Catarina, mas de todo o Sul do país e do MERCOSUL, com uma média diária de 25 mil veículos, que na alta temporada envolve mais de 50 mil veículos/dia,

segundo dados da Federação das Empresas de Transportes de Cargas de Santa Catarina (FETRANCESC) em 2007.

Em entrevista ao Jornal Diário Catarinense de 30 de março de 2008, o presidente dessa Federação descreve assim as rodovias federais no Estado que atuam como redes de suporte para o escoamento da produção catarinense.

[...] a BR-101 Norte, duplicada, já está superada pela qualidade da obra. Não teve a manutenção adequada e tem exigências de reconstrução. [...] a BR-280 não tem planejamento e sofre conflito com as cargas desviadas do Porto de Paranaguá que acabam sendo escoadas pelo Porto de São Francisco do Sul. A BR-470 tem partes críticas, dentro das áreas urbanas, com o agravante de estar recebendo parte das cargas desviadas do Porto do Rio Grande, pelo excesso de pedágios no trecho Vacaria e Caxias do Sul. Os caminhões acabam utilizando as BRs-116 e 470 para chegarem aos Portos de Itajaí e São Francisco do Sul. O novo traçado da BR 282, atualmente em construção entre Campos Novos e Lages, só vai atender as cargas que se dirigem ao Porto de Imbituba e não desafoga o fluxo em direção a Itajaí. Na BR-116, de cada 10 veículos que trafegam, sete são de cargas.

Além da duplicação da BR-101 Sul o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal destina recursos para a: duplicação do trecho da BR-280, entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul; conclusão da pavimentação entre São José do Cerrito-Vargem-Campos Novos, construção do trecho São Miguel d’Oeste com a fronteira da Argentina; duplicação da BR-470, entre Navegantes até o acesso a Timbó, essencial para o escoamento da produção do Oeste – polo agroindustrial do Estado – cuja exportação de carnes e aves é direcionada ao Porto de Itajaí112. (BRASIL, 2007b).

Em 2007, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) realizou pesquisa nas rodovias brasileiras envolvendo os trechos federais pavimentados, as principais vias estaduais e as vias sob concessão. O resultado: 54,5% das rodovias pesquisadas no total de 47.777 km estão com a pavimentação em estado regular; 65,4%, (57.253 km) apresentam sinalização com problemas; 39,0% (31.889 km)

112

O aumento do nível da água do rio Itajaí em dezembro de 2008 destruiu integralmente o berço 1, e parcialmente os berços 2 e 3 do Porto de Itajaí. Os deslizamentos de terra alteraram a profundidade do canal do Rio Itajaí impedindo a entrada de navios de grande porte. Antes dos deslizamentos, a profundidade média do canal do rio era de 11,5 metros, e agora a profundidade média registrada é de 5,5 metros. A prioridade para a recuperação do Porto de Itajaí é a dragagem de 3.800.000 m3 de lama e entulho depositados no rio. (FOLHA DE SÃO PAULO, 8 de dezembro de 2008).

apresentam placas com legibilidade comprometidas; e 42,5% (37.259km) não apresentam acostamento.

Em Santa Catarina essa pesquisa revela que 70% dos trechos rodoviários não apresentam condições de tráfego, dos quais: 45,7% estão em situação regular; 15,1% estão em situação precária e 7,1%, péssimas. Apenas 8,6% foram consideradas em ótima situação e 23,4% em boas condições.

Cabe aqui lembrar que a estrutura portuária catarinense congrega o Porto de Itajaí, administrado pelo Município de Itajaí, o segundo porto no país em movimentação de contêineres; o porto graneleiro de São Francisco do Sul, administrado pelo Estado, via Administração do Porto de São Francisco, vinculado à SDR de Joinville, que está ampliando sua base de operação com a construção de um novo berço de atracação, com obras de dragagem do canal de acesso, bacia de evolução e um anel rodoferroviário que dará condições de dobrar sua capacidade operacional; o Porto de Imbituba, administrado pela Companhia Docas de Imbituba, opera com cerâmica e grãos, e o porto pesqueiro de Laguna, administrado pela União. Na Região do Extremo Oeste está localizado o único porto seco com saída para os países vizinhos do MERCOSUL – o Porto Seco de Dionísico Cerqueira., com um fluxo de 80 (oitenta) caminhões/dia (DIONÍSIO CERQUEIRA, 2008).

Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Santa Catarina tem dois terminais de uso privativo em construção: Navegantes e Itapoá. Este último vai atuar na navegação de cabotagem, transportando produtos catarinenses para outras regiões do país, a exemplo do Porto de Imbituba (2007).

Maior concessionária em operação do modal ferroviário no Estado, a América Latina Logística (ALL) é uma holding que obteve em 1996 a concessão da malha sul, pertencente à Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Opera também nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Sua malha de 20,5 mil km transporta contêineres, frigorificados, grãos, papel, celulose, milho, soja e óleo vegetal, além das cargas importadas de fertilizantes, cevada e produtos siderúrgicos, atuando interconectadamente com os portos de Paranaguá (PR), São Francisco (SC) e Rio Grande (RS (BRASIL, 2006).

Desde 1996 a Empresa Tereza Cristina SA é a concessionária do transporte de cargas da Malha Tereza Cristina, que pertencia à RFFSA. Primeiramente, transportava o carvão da bacia carbonífera até o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo; mas atualmente, além do transporte do carvão,

agrega também o transporte de cerâmica, oriundo do polo ceramista do sul do Estado para o Porto de Imbituba e redistribui as cargas que chegam àquele terminal portuário.

3.2. DOS MACROEIXOS DE DESENVOLVIMENTO ÀS MESORREGIÕES

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