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4 Metodologia de Pesquisa

5.2 A Universidade e o SINAES

A Universidade “A” procurou sempre se apresentar como instituição com identidade e características próprias. Na busca e consolidação dos seus objetivos, a avaliação institucional revestiu-se de uma importância especial - independentemente de ser ou não uma exigência dos órgãos legais de ensino superior, houve uma necessidade interna de avaliação, análise, recomposição de objetivos e funções.

O seu processo de auto-avaliação teve início em 2000, quando foi realizado o documento denominado “Diagnóstico Institucional”, que identificou aspectos que se tornaram Metas e Objetivos a serem perseguidos por toda a Comunidade “A”: consolidar e garantir a continuidade do processo de avaliação; promover a sensibilização e o comprometimento de todos, funcionários, professores, alunos e técnicos administrativos, no processo de aprimoramento e crescimento da Universidade; incentivar a participação, por meio de grupos de trabalho, do corpo docente e técnico administrativo, na busca de soluções; promover uma maior interação entre as lideranças de diferentes setores; elaborar e atualizar fontes de informação unificadas e consistentes; trabalhar a aproximação e coerência entre o discurso e a prática; divulgar os resultados da auto-avaliação, visando provocar uma

reflexão sobre os mesmos junto à comunidade acadêmica e incentivar o desenvolvimento da cultura de avaliação institucional e de curso (PDI, 2006).

Em Janeiro de 2001, foi instituída a Comissão Permanente de Avaliação Institucional (COPEAI), que coordenou o processo interno, consolidando-o no Documento de Avaliação Institucional, no final do ano. O papel da COPEAI, que representou todos os segmentos da Instituição, foi encaminhar o programa com objetivos e estratégias definidos, diagnosticando, analisando e, principalmente, redimensionando as ações previstas. Essa Comissão apontou, com base no diagnóstico institucional, as grandes linhas de trabalho a serem seguidas, envolvendo oito eixos temáticos do saber: ensino-aprendizagem e currículo, docentes e sua qualificação, pesquisa e excelência, pós-graduação e corpo discente.

A partir de 2004, a Instituição, dando cumprimento às orientações da Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CONAES), passou a participar do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES) e nomeou por Resolução a sua Comissão Própria de Avaliação (CPA) que, hoje, tem a coordenação de toda e qualquer ação de avaliação, envolvendo cursos e a Instituição.

Com base nos resultados obtidos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), cada curso da Universidade “A” implementa ações, de acordo com suas peculiaridades, com o objetivo de atingir melhores resultados nos exames seguintes. Para a realização dessas atividades, os colegiados de curso contam com a participação ativa de outros órgãos da Universidade, os quais se co-responsabilizam pela implementação das ações, juntamente com o Coordenador do Curso e seu Conselho.

A principal sistemática de utilização dos resultados das avaliações é realizada em reunião anual, em que toda a Equipe Gestora da Universidade “A”, revê e redireciona as metas do PDI de acordo com cada realidade, sempre ouvindo as experiências pelas quais as Unidades já passaram.

A partir da avaliações realizadas e com o propósito de manter a coerência entre os aspectos acadêmico-administrativos e a vocação global da Universidade, foi definido o perfil desejado para o corpo docente da Instituição, incluindo as habilidades, os requisitos básicos e o compromisso social do professor. Com relação às suas emoções, espera-se um profundo equilíbrio

emocional, um elevado senso de responsabilidade e de muita sensibilidade, postura e perfil de referencialidade para seus alunos e colegas na sua ética e prática cristãs. A Universidade “A” traz como competências docentes: segurança, convicção, entusiasmo, bom humor, versatilidade, parceria, conhecimento, valoração científica e qualificação.

A Professora Alemanha exemplifica estas expectativas com relação ao seu trabalho docente:

A relação é de inclusão. Somos conscientizados sobre nossas responsabilidades e papéis que precisamos assumir frente ao sucesso da proposta da Universidade (Documento 3, 2007, p. 2).

A Professora Espanha se coloca também sobre este tema:

Eu me defino como um professor que busca desenvolver no aluno a responsabilidade pelo fazer pedagógico, trabalhando a importância de ser professor e gostar da sua profissão para poder atuar com responsabilidade, com amor, compreensão e afeto pelo ser humano. Considero muito importantes todos os cursos de licenciatura e procuro realizar, dentro da sala de aula, a integração dos diversos cursos ali representados por seus alunos para que estes, não saiam com uma visão compartimentada da sua disciplina, mas que entendam que o seu trabalho só será de qualidade se estiverem integrados às demais disciplinas para que possam juntos desenvolver o ser humano de forma integral, cada um fazendo sua parte dentro de sua área de conhecimento, buscando, também, prepará-los para a cidadania e para o mundo do trabalho (Documento 3, 2007, p. 22).

A Aluna Hungria faz das suas palavras uma oportunidade de desabafo conosco:

Ao ingressar [...] em 2002/1, guardei uma enorme expectativa sobre os estudos e a aprendizagem que iria me fortalecer como profissional, foi um ano maravilhoso. Ao passar dos anos, conheci professores bons, que desenvolvem sua disciplina com determinação e vontade, demonstram gostar do que fazem, mas também encontrei professores que me deixaram com sensação de sair sem nenhum acréscimo, falhas causadas que hoje, quando escrevo meu relatório fico pensando onde acho este assunto, qual teórico, qual material, este tipo de professor é que sinto que a [...] poderia ter mais consciência em procurar pessoas que estão determinadas a pesquisar com seus alunos, pois hoje vejo que não importa a idade, aluno é sempre aluno e professor sempre professor, então por que não trabalhar conforme estudamos, aprendemos nos livros, acredito que a [...] deixa muito a desejar com os professores que dizem uma coisa e fazem outra completamente contrária (Documento 3, 2007, p. 39-40).

Em dezembro de 2005, em um Cenário bastante agitado de mudanças nas matrizes curriculares de todos os Cursos de Graduação da Universidade “A”, foi criada a Diretoria de Assessorias Pedagógicas de todas as Áreas do Conhecimento e de setores representativos pedagógicos da Universidade como Pós-Graduação, Pró-Reitorias e Ensino a Distância. A DIAP, como ficou conhecida, teve uma vida curta, já que, em final de 2006, sua Direção foi encerrada e permaneceram, tão somente, as Assessorias Pedagógicas das Cinco Áreas do Conhecimento, já trazidas anteriormente. Estas cinco Assessorias trabalham junto aos Diretores, Coordenadores e Professores das Áreas, comprometendo-se com o desenvolvimento e a atualização pedagógica das Áreas, o que significa trabalhar diariamente com processos pedagógicos e de gestão administrativa. Visam, inclusive, intermediar e promover situações de ensino e de aprendizagem que organizem coerentemente a realidade acadêmica de acordo com as diretrizes da Universidade “A”, dispostas nos seus documentos. Estas Assessorias da Sede comunicam-se com as Assessorias dos campi de todo o Brasil, na tentativa de manter o perfil da Universidade “A” em território nacional.