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Uso de tecnologias no ensino de Histologia

1. INTRODUÇÃO

1.5. ENSINO DE HISTOLOGIA

1.5.3 Uso de tecnologias no ensino de Histologia

A tecnologia está presente em muitos setores da sociedade, independente de classe social. As pessoas utilizam celulares, smartphones android e tablets no dia-a-dia para comunicar-se e ter acesso a websites de busca rápida. A tecnologia também adentrou na escola e, portando, faz-se necessário o seu uso a favor do processo de ensino e aprendizagem (FERNANDES; ARNONI, 2013).

Com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), ou mídias como Data Show, Computadores, quadros digitais entre outros, é possível analisar figuras, imagens e conceitos dos tecidos histológicos nas escolas que não têm equipamentos eletrônicos essenciais ao ensino dinâmico e interativo de Histologia (FERNANDES; ARNONI, 2013; HONORATO; REIS, 2014; PACIEVITCH, 2015).

Segundo Vasconcelos e Vasconcelos (2013), a utilização de TIC no Ensino de Histologia é um ótimo instrumento para aperfeiçoar a qualidade de ensino, por proporcionar ao estudante maior aproveitamento do tempo e melhor desempenho na aprendizagem.

Como alternativa à redução de carga horária e dos recursos disponíveis para a montagem e manutenção de laboratórios de microscopia ótica e com o intuito de melhorar a qualidade de ensino, diversas Universidades, tem buscado nas TICs soluções que possibilitem aos estudantes mais aproveitamento do tempo de contato com o estudo da Histologia (SANTA-ROSA; STRUCHINER, 2011, p. 2).

As escolas de educação básica esforçam-se para trabalhar os extensos conteúdos de Biologia em reduzida carga horária. Assim, como forma de estender a aula de Histologia para casa, trabalho e outros ambientes de aprendizagem não formal, é válido fazer uso da Tecnologia da Comunicação e Informação por meio de software, tal como o WhatsApp, sites de grupos

sociais, CD-ROMs, websites entre outros (MACHADO-SPENCE, 2014; PACIEVITCH, 2015).

Desenvolver programas de computador com jogos, atlas de histologia e microscópios virtuais, também é uma ótima maneira de usar a TIC. No entanto, pode ser inviável para um professor desenvolvê-los pela falta de tempo e por ser necessário ter uma formação técnica em informática. Dessa forma, é preciso pesquisar por programas já existentes, analisá-los se atendem aos objetivos educacionais dos docentes e discentes para utilizá-los (VALDEZ, 2014).

Algumas instituições de ensino no Brasil já usam atlas virtual de Histologia como instrumento alternativo para o processo de ensino – aprendizagem focada no aluno do século XXI. Para essas instituições, esses ambientes virtuais possibilitam maior aproveitamento do tempo e desempenho na aprendizagem. Espera-se que quanto mais órgãos sensoriais forem estimulados no aprendiz, maiores serão as possibilidades de aquisição da informação e do aprendizado (FERNANDES; ARNONI, 2013; VASCONCELOS; VASCONCELOS, 2013; MACEDO et al., 2014).

De acordo com Santa-Rosa e Struchiner (2011), os softwares são excelentes para substituir o microscópio óptico, pois permitem ao aluno o manuseio virtual do microscópio, em que ele pode visualizar os cortes histológicos em vários aumentos de modo interativo, complementando as aulas teóricas.

Segundo Downing (1995), o uso de tecnologias e recursos multimídias no processo de ensino-aprendizagem de histologia pode favorecer a apresentação rápida e de ótima qualidade de imagens histológicas específicas sempre em foco, aos quais todos podem ver ao mesmo tempo, oportunizando discussões e debates sobre elas.

O ensino de Histologia por meio da tecnologia evita erros na identificação das estruturas, além de “resolver os problemas de secção e perdas de lâminas de vidro” (ACKERMANN, 2004; COTTER, 2007; MACÊDO, 2014). A grande vantagem desses ambientes virtuais de ensino é que estão disponíveis a qualquer hora e podem ser acessados fora do ambiente escolar com

informações importantes que auxiliam na compreensão dos conteúdos, facilitando o aprendizado dos alunos (DOWNING, 1995; SATHLER, 2008). Todavia, os materiais elaborados em TIC devem ser adequados às expectativas dos professores e alunos. Eles podem ser usados como coadjuvantes (material de apoio) no processo de ensino e aprendizagem, mas não podem ser usados como única maneira de ensinar (SANTA-ROSA; STRUCHINER, 2011; VASCONCELOS; VASCONCELOS, 2013).

A TIC pode ser explorar através da tecnologia existente nos celulares,

smartphones android e tablets que os alunos têm. Postar imagens

microscópicas que remetem o conteúdo estudado de Histologia via WhatsApp, Facebook, Instagram, Blogs, Websites, fomentar discussões e estabelecer desafios, são maneiras de instigar o aprendizado e levá-lo para fora da sala de aula. Além disso, essas informações poderão servir para revisar o conteúdo quando os estudantes estiverem mais adiantados no curso (SANTA-ROSA; STRUCHINER, 2011).

Através de aplicativos de celulares e páginas de rede social, o professor consegue desenvolver atividade de interação, lançar perguntas sobre o conteúdo, incitar os estudantes a reconhecer o tecido, criando um ambiente de discussão e debates virtuais como forma de ensino à distância (HONORATO; REIS, 2014).

Promover tal interação é muito simples, basta que o professor disponha alguns minutos de seu planejamento para selecionar boas imagens ou perguntas. A cada resposta, a interação acontece e compete ao professor apenas direcionar a discussão. Diante da pequena carga horária destinada à Biologia nas escolas públicas, essa é uma boa maneira de expandir a aula e os conhecimentos biológicos (MACHADO-SPENCE, 2014; NOVA ESCOLA, 2014; OLIVEIRA, 2014).

Outra excelente alternativa para melhorar o processo de ensino e aprendizagem de Histologia é o Prezi. Trata-se de um software online que permite criar apresentações não lineares, que possibilita apresentar imagens e conceitos de uma maneira bem interativa e dinâmica. Com o Prezi, é possível

(1) desenvolver aulas com conteúdo e imagens de Histologia para reconhecer e classificar os tecidos; (2) elaborar aulas em um ambiente virtual que possibilita ao aluno acessar o material pela internet e assim, estudar a distância e no momento que for mais oportuno para ele; (3) baixá-lo no computador, tablet ou smartphones android (HONORATO; REIS, 2014).

Rezende (2002) salienta que as características da TIC fundamentam-se na abordagem construtivista, que possibilita interatividade entre os sujeitos na relação de ensino-aprendizagem, mesmo à distância. Contudo, Santa-Rosa e Struchiner (2011), ressaltam que para os alunos considerarem úteis os ambientes virtuais de aprendizagem, é necessário que o material atenda as especificidades da disciplina e também as necessidades dos alunos. Além disso, todos os alunos devem saber manuseá-lo para evitar dificuldades na comunicação e conflitos na interação.