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Vacância de cargo público

seja, quando o cargo fica vago na administração pública. O principal objetivo é permitir a diferenciação e imediato reconhecimento dos conceitos de vacância elencados. Serão abordadas, questões específicas sobre exoneração e demissão na administração pública. Igualmente à aula anterior, também esta tem caráter estatutário, mas apresenta igual importância no conjunto da matéria examinada. Vacância é o fato administrativo que indica que determinado cargo público não está provido, ou seja, está sem titular. A própria palavra “vacância” nos ajuda a lembrar que o cargo está “vago”, não ocupado. Diversos fatos levam à situação de vacância. Naturalmente, um cargo vago pode ser ocupado. A vacância nos cargos públicos dá-se nas seguintes situações: exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento. Alguns desses, como a demissão, a aposentadoria e o falecimento, são bem fáceis de se compreender. Se alguém falece ou se aposenta, é claro que o cargo que ocupava ficará vago. Com exceção das autoexplicativas, as demais circunstâncias serão definidas, brevemente, a seguir.

9.1 Exoneração

Vacância: Do latim, de vacare (estar vazio).Vacância do cargo: é a declaração oficial de que o cargo, ou o emprego, se encontra vago, a fim de que seja provido um novo titular

Figura 9.1 Servidor Exonerado

Improbidade administrativa:

é a falta de retidão, desonestida- de, o procedimento malicioso, a

atuação perniciosa;

Inassiduidade habitual:não é assíduo;

Incontinência pública: o que se faz com excesso ou sem me-

dida;

Legítima defesa: toda ação de repulsa levada a efeito pela pessoa ao ataque injusto a seu corpo;

Dilapidação do patrimônio nacional: prejuízo financeiro ao patrimônio da nação.

Exoneração é o desligamento do cargo público, podendo dar-se de ofício ou a pedido do servidor. Dá-se a exoneração de ofício em virtude da não aprovação em estágio probatório ou, quando dada à posse, o servidor não entrar em exercício no prazo legal. A exoneração a pedido, conforme o próprio nome demonstra, relaciona-se ao desinteresse do agente em permanecer a serviço da administração pública.

9.2 Demissão

Figura 9.2 Servidor Despedido

Fonte: http://www.hdaadvogados.com.br

A demissão, com caráter punitivo, é aplicada após o devido processo legal, assegurado o contraditório e a ampla defesa, nos casos de: crime contra a administração pública; abandono de cargo; inassiduidade habitual;

improbidade administrativa; incontinência pública e conduta escandalosa na repartição; insubordinação grave em serviço; ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; aplicação irregular de dinheiros públicos; revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; corrupção e acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas.

9.3 Promoção

Promoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente superior àquela a que pertence, dentro da mesma série de classes, obedecidos os critérios de merecimento e antiguidade, alternativamente. Não poderá haver promoção de funcionário interino, em estágio probatório ou em disponibilidade, nem para classe em que houver cargo excedente.

Merecimento é a demonstração por parte do funcionário, durante a sua permanência na classe, de fiel cumprimento dos seus deveres e de eficiência no exercício do cargo, apurada na forma regulamentar, bem como da posse de qualificações e aptidão necessárias ao desempenho das atribuições da classe imediatamente superior.

A antiguidade é critério numérico e será determinado pelo tempo de efetivo exercício na classe, apurado em dias.

Para melhor compreensão, registre-se que a promoção ocorre nos cargos organizados em carreira. Veja-se, por exemplo, o cargo de Procurador da Fazenda Nacional (PFN). Há no País aproximadamente 1200 cargos de Procurador, escalonados em três categorias: 2ª Categoria, 1ª Categoria e Categoria Especial. Quando alguém é promovido da 2ª Categoria, passa a ocupar um cargo da 1ª Categoria e deixa vago o seu cargo de 2ª Categoria. Igualmente se dá a quem é promovido da 1ª Categoria para a Categoria Especial deixando vago o cargo da 1ª Categoria.

9.4 Readaptação

Conforme já comentado na aula anterior.

9.5 Aposentadoria

É a passagem do servidor para a inatividade, sem que o seu vínculo com a administração desapareça completamente. O assunto será tratado em capítulo próprio, mais à frente.

9.6 Posse em outro cargo inacumulável

Por último, na análise dessa questão, vejamos a figura da posse em outro cargo inacumulável. É aplicável esta figura para cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios, restando óbvio que a posse em tais condições tem como consequência a exoneração, a pedido, do cargo anteriormente ocupado. A Constituição Federal proíbe a acumulação de cargos públicos, com apenas algumas exceções. As exceções (cargos acumuláveis) são: a) dois cargos de professor; b) um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) dois

cargos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (CF, art. 37, XVI, com a redação da Emenda Constitucional nº 34, de 13/12/2001). Dessa forma, quando alguém que já ocupa um cargo público vai assumir outro cargo que não admite acumulação, deve antes pedir a vacância do seu anterior cargo para assumir o novo. Ou seja, a posse em outro cargo inacumulável será uma situação que ensejará a vacância do cargo anteriormente ocupado.

Resumo

Espera-se, que no final desta aula, você possa fazer uso, corretamente, das expressões demissão e exoneração na administração pública. Pois, demissão é punição e exoneração não tem esse caráter. Além disso, promoção é a elevação do funcionário à classe imediatamente superior àquela a que pertence.

Aula 10 - Remuneração no serviço público

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