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EB 2/3 de Vallis Longus

No documento Relatório de Estágio (páginas 40-45)

Segundo Roldão (2007), o trabalho colaborativo no trabalho do docente estrutura- estrutura-se

2.3.3. EB 2/3 de Vallis Longus

A EB 2/3 de Vallis Longus é a escola-sede do Agrupamento e pertence, tal como a E. B 1/JI do Valado, à freguesia de Valongo. Esta, é constituída por cinco pavilhões térreos com uma envolvência de espaços verdes e recreio, contando ainda com um pavilhão gimnodesportivo com balneários e outro pavilhão que era o central (com os serviços de apoio), salientando, assim, que a escola deve proporcionar “(...) espaços em que se possam movimentar, construir, escolher, criar, experimentar, (…) trabalhar com os amigos, trabalhar sozinhos e em pequenos e grandes grupos”

(Hohmann, Banet e Weikart, 1995, p.51).

A escola contém instalações sanitárias para alunos e professores, bem como três pátios interiores; o total de 21 salas: duas salas de Educação Visual, uma sala de trabalhos manuais, uma oficina de ardósia, três gabinetes do Ensino Especial, uma oficina de ciências, duas salas de música, uma sala de informática, uma sala de apoio informático, uma sala de matemática, uma sala de línguas; um campo de jogos; o gabinete do conselho diretivo; uma sala de professores; uma sala de trabalho; uma biblioteca com bastantes recursos a nível da literatura, das TIC ou do próprio lazer para os alunos; uma cantina; um bufete; um gabinete médico; uma reprografia; uma papelaria; um economato; uma sala de professores. Salienta-se, ainda, a existência de um gabinete de atendimento aos encarregados de educação e uma secretaria

, revelando uma preocupação com as ligações escola-família, favorecendo “(...) a criação e o desenvolvimento de relações de respeito mútuo entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não docente, bem como com outras instituições da comunidade” (Decreto-Lei nº240/2001, artigo 3.º, anexo IV).

No entanto, existe sobrelotação na escola o que causa a necessidade de aumentar algumas salas e, por isso, recorreram a um contentor que permitiu a existência de mais duas salas, sendo que a sala de trabalho dos professores também serve como sala de aula. Um dos maiores problemas existentes nesta escola prende-se com a falta de espaços dedicados a áreas específicas como as ciências ou a físico-química, nomeadamente, laboratórios com capacidades de albergar aulas mais experimentais, tal como as de caráter das TIC, pois são lecionadas nas salas de aula comuns.

Acrescendo a esta situação, ainda se destaca a limitação dos espaços relativos à cantina e aos balneários. Para contrapor esta situação, apostaram na qualidade e segurança das instalações, havendo uma maior vigilância e o controlo de entradas e

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saídas da escola, existindo ainda uma parceria com o programa Escola Segura da P. S.

P. (Polícia de Segurança Pública), reforçando estes ideais de segurança.

A nível da oferta educativa, a escola oferece 2.º e 3.º ciclo, tal como apoios ao estudo em geral, em específico às áreas de Português e Matemática em ano de exame nacional, bem como o apoio com planos traçados para alunos específicos, com dificuldades de aprendizagem. Na escola oferecem Cursos de Educação e Formação (CEF) de fotografia e Curso de Educação e Formação para Adultos (EFA) e, ainda, alguns clubes e projetos de envolvência dos alunos para que estes consigam uma formação integral e se sintam realizados4.

Importa realçar o envolvimento dos encarregados de educação, em especial no final de cada período. No entanto, todos podem ter acesso às informações mais importantes através de uma página Web que o agrupamento tem, disponibilizando todas as informações importantes, ou até mesmo à vida escolar dos seus educandos5.

Neste novo ciclo, a professora estagiária e o seu par-pedagógico tiveram a oportunidade de realizar a sua PES numa turma de 6.º ano de escolaridade, nas áreas de Português, História e Geografia de Portugal, Matemática e Ciências Naturais, colaborando com apenas duas docentes, uma vez que a professora de Português era a mesma de História e Geografia de Portugal e a de Matemática era a mesma de Ciências Naturais. Composta por 28 alunos, 16 do sexo feminino e 12 do sexo masculino, verifica-se que a faixa etária estava na média de 11 anos, tendo um aluno 12 anos e outro 13 anos. De acordo com o PT (2013/2014)6, identificam-se dois professoras, servindo estes de exemplo para que os restantes tentassem terminar as tarefas ao mesmo tempo, ou até como colaboradores na preparação das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), em sala de aula, sendo sempre motivados a acompanhar os colegas a ultrapassar as dificuldades sentidas. Além deste apoio no grupo de dislexia, existem dois alunos sujeitos a Plano de Atividade de Acompanhamento Pedagógico, por revelarem falta de interesse e estudo nas atividades.

6 Escola Basica Vallis Longus, PT – 2.º Ciclo

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No horário letivo, verificava-se que alguns dos alunos desta turma tinham, além das áreas curriculares comuns, apoio ao estudo de matemática, apoio ao estudo de português, apoio ao estudo em geral e apoio ao estudo a inglês, sendo todos estes acompanhados pelos professores das respetivas disciplinas. Denota-se que estes apoios ao estudo, em especial Matemática e Português, a partir de março e ao longo do último período de aulas, estariam abertos, não só a quem precisasse, mas também aos restantes alunos, como preparação para os exames nacionais a realizar em meados do mês de maio.

Em geral, era uma turma com muito bom aproveitamento, que trabalhava bem, participando em todas as atividades propostas e, acima de tudo, muito autónoma, sendo esta última característica trabalhada frequentemente, em todas as aulas, quer individualmente, quer nos vários trabalhos de grupo/par realizados. Sendo ainda de ressalvar que todos os alunos eram muito pontuais e assíduos e tinham encarregados de educação interessados e empenhados na vida escolar dos seus educandos.

A turma participava em diversas atividades de enriquecimento ao longo do ano letivo, nomeadamente o clube de inglês, as olimpíadas da matemática (Matemática), torneio de andebol (Educação Física), campeonato de verbos (Português), campeonato de vocabulário (Inglês), corta-mato escolar (Educação Física), convívio de natal, campanha “Um amigo, um Alimento”, campeonato intraturmas e interturmas “Supertmatik” (Matemática e Inglês), importância da dádiva de sangue e infeções sexualmente transmissíveis (Formação Cívica e Ciências Naturais), exposição “O Mês das Artes” (Educação Tecnológica, Educação Visual e Educação Musical), corta-mato distrital (Educação Física), teatro “Ulisses” (Português) e celebração Pascal (Educação Moral e Religiosa Católica e Educação Física).

Relativamente à sala de aula atribuída a esta turma, notava-se que as infraestruturas já eram antigas e, de certo modo, estavam já um pouco debilitadas. As mesas encontravam-se em filas, para que todos os alunos conseguissem ver para o quadro e as professoras circulassem livremente pela sala. Esta possuía dois quadros, uma tela branca com um projetor e um computador, na mesa da professora, que servia para dar aulas interativas. Continha um armário e cacifos que serviam para os alunos guardarem os seus materiais, especialmente de Educação Visual e Educação Tecnológica, visto que esta sala estava reservada para todas as disciplinas, excetuando Educação Musical e Educação Física. Refere-se, ainda, que era uma sala propícia à iluminação de luz natural, apesar das cortinas estarem sempre fechadas, resultando no uso excessivo de luz artificial. Como era a sala fixa desta turma, destaca-se que na mesma faltava material adequado às aulas de Ciências Naturais, para promover aulas práticas ou experimentais, existindo apenas um lavatório com uma longa banca. Relativamente aos placard’s existentes nas paredes, eram mais visíveis os trabalhos realizados pelos alunos no âmbito de Ciências Naturais/Formação Cívica e Inglês, além de um mapa, recurso de editora. Salientam-se, ainda, aspetos ligados à segurança, com a existência de um extintor dentro da sala

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de aula. No entanto, esta sala continha quatro portas, duas utilizadas pelos alunos e outras duas por professores, sendo estas últimas motivo de distração aquando das entradas e saídas das aulas, pois a sala em questão permitia o acesso a outras salas, por parte dos professores.

Foca-se, ainda, a relação aluno-aluno e aluno-professor sendo de salientar que existia um ambiente de apoio e cooperação entre os professores, transmitido a todos os alunos, além de uma relação flexível e permissiva com estes, em que era dada a oportunidade ao aluno de exprimir as suas ideias e dúvidas, sem constrangimentos.

Notando-se que existia mais abertura dos alunos para com a professora de Matemática/Ciências Naturais por esta ser a Diretora de Turma e estar a par de todas a situações que ocorriam. Esta professora tinha, ainda, a oportunidade de lecionar Formação Cívica, disciplina na qual realizava muitas ligações com as outras áreas disciplinares, pretendendo que fosse um

“espaço privilegiado para o desenvolvimento da educação para a cidadania, visando o desenvolvimento da consciência cívica dos alunos como elemento fundamental no processo de formação de cidadãos responsáveis, críticos, activos e intervenientes, com recurso, nomeadamente, ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos e à sua participação, individual e colectiva, na vida da turma, da escola e da comunidade” (Decreto Lei nº6/2001).

Desta forma, nesta área curricular não-disciplinar pretendia-se que os alunos se tornem mais críticos e intervenientes na nossa sociedade atual e futura, com conhecimentos para tal.

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29 3.

I NTERVENÇÃO EM CONTEXTO EDUCATIVO

O presente capítulo tem como objetivo demonstrar as intervenções realizadas ao longo da PE, estabelecendo relações entre os saberes teóricos e práticos, com a intencionalidade educativa de desenvolver processos de ensino e de aprendizagem, nas áreas disciplinares de Estudo do Meio (Ciências Humanas e Sociais) /História e Geografia de Portugal; Estudo do Meio (Ciências Naturais) /Ciências da Natureza, Português, Matemática e por fim, Articulação de Saberes que mesmo não sendo uma área merece destaque por ser transversal a todas as áreas. Nesta compreensão, explana-se as estratégias que a mestranda desenvolveu conforme as necessidades e interesses dos alunos; os recursos, motivadores e resistentes; as planificações, que visam o suporte e a orientação das atividades a realizar, sendo estas flexíveis a alterações; o tipo de avaliação, fundamental, para que sejam analisadas quais as metas e objetivos alcançados, salientando que todos os instrumentos dinamizados constituíram-se cruciais no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.

Este capítulo, por ter um caráter mais descritivo do percurso e evolução da mestranda na PES, torna-se importante apresentar, similarmente, os projetos desenvolvidos, em comum, com os professores estagiários do mesmo Agrupamento de Escolas, assim como momentos cruciais de aprendizagem, reuniões de pais, reuniões de corpo docente, entre outras atividades.

No documento Relatório de Estágio (páginas 40-45)