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3.2 ETAPA QUANTITATIVA

4.1.2 Vantagem Competitiva

Em relação aos constructos de Inovação Tecnológica e de Vantagem Competitiva apontados por Cravo (2008).

a) Base de Conhecimento Interno; b) Desenvolvimento de Produtos; c) Forças de Mercado;

d) Incentivos à Participação e Novas Ideias; e) Mecanismos de Isolamento;

f) Raridade de Recursos.

Nesse sentido constatou-se a existência de cinco dimensões no constructo Vantagem Competitiva conforme figura 18 a seguir:

Figura 18 – Dimensões da etapa qualitativa

Fonte: dados da pesquisa 2016.

Base de Conhecimento Interno:

Para alguns, ter uma Base de Conhecimento Interno é um dos fatores de garantia da vantagem competitiva (CRAVO, 2008), como observado no excerto abaixo:

“Todos os tutores que começaram, terminaram, saíram tutores porque houve desistência, então não houve troca de tutor, então houve esse ponto positivo, isso repercute na qualidade, na confiança do aluno, então assim o nosso diferencial do curso a distância” (E-03–FMCT).

“Já tem tradição, é uma instituição com tradição na educação do ensino à distância, e que também tem um dos maiores quadros docentes do estado. É uma instituição bem avaliada, o curso de Administração foi considerado de nível de excelência, o curso presencial, e os mesmos professores que atuam nesse curso de Administração atuam também no curso de educação a distância” (E-11–VPS).

Desenvolvimento de Produtos:

Para alguns, o Desenvolvimento de Produtos é um dos fatores impulsionadores da vantagem competitiva (CRAVO, 2008), como observado no excerto abaixo:

“[...]estamos vivendo um momento, novamente uma revolução tecnológica, está ficando maçante o aluno ficar lá, quatro horas ouvindo o professor falar, dar aula com Datashow, fazer as atividades. Muitas vezes, a mesma aula que o professor deu, tem na internet por 30 minutos, 40 minutos, então as vezes muito mais dinâmicas e muito mais proveitoso” (E-04–JRI).

“[...]primeiro você começa pelos cursos que são espelho do presencial, por quê? Porque em termos de gestão também, você tem uma questão que é assim, nós trabalhamos em um modelo que é muito diferente das outras IES, que contrataram o professor conteúdista, pagam o cara, e o cara não é o funcionário da instituição, que não é o nosso caso, nosso modelo de aula ao vivo que produz o conteúdo para aquela turma, e isso impacta nessa decisão para que tipo de curso você abre, então a gente começa pelos cursos que são espelhos do presencial” (E-08– SR).

Incentivos à Participação e Novas Ideias:

Para alguns, o Incentivo à Participação e Novas Ideias é um dos fatores de garantia da vantagem competitiva (CRAVO, 2008), como observado no excerto abaixo:

“[...]acho que a universidade, desde sempre, ela vem de um modelo que prioriza as pessoas, então existe uma relação muito próxima com os tutores, com o nosso aluno, até com as próprias coordenações do curso com o aluno. Até mesmo pelo fato de a gente não ser uma universidade tão grande em número de alunos, e isso combina com o nosso modelo, que é semipresencial, então você sente a presença do aluno, porque é um EAD, mas um EAD que você sente muita proximidade” (E-08–SR).

“Quanto mais a sociedade tiver acesso e passar a utilizar esses mecanismos, acredito que maior será a abrangência e a procura e a demanda para esses cursos de educação a distância” (E-11–VPS).

Mecanismos de Isolamento:

Para alguns, o Mecanismos de Isolamento é o desenvolvimento alternativo de insumos e recursos que amplia a capacidade da organização em diferenciar-se no mercado (CRAVO, 2008), como observado no excerto abaixo:

“[...] hoje a gente já começa a procurar nichos, coisas mais especificas, como por exemplo, o curso de Gestão de Seguros, cursos que não estão no catálogo no MEC, mas que a gente percebe que é uma oportunidade, porque poucas instituições estão trabalhando com esse curso, e você tem espaço no mercado, você tem uma carência no mercado” (E-08–SR).

“[...]eu acho, uma das coisas que evoluiu muito foi a questão do próprio Moodle, e é claro que a gente vai aprendendo, mas acho assim, que o sistema está muito melhor, a gente hoje tem uma fábrica de objetos que antes era menor e hoje é gigante, você tem mil e uma ideias, e daí você chega lá e tem, tem muita coisa criativa que vem dessa área. Tem todas as coisas bem organizadas, o sistema é muito organizado” (E-02– CSS).

Raridade de Recursos:

Para alguns, o Raridade de Recursos é um dos fatores impulsionadores da vantagem competitiva (CRAVO, 2008), como observado no excerto abaixo:

“[...]particularidade da UNOPAR na modalidade é única, não existe outra faculdade oferecem uma variedade com o modelo da UNOPAR, então eu não conheço, eu só

ouvi dizer isso, que a gente não conhece. Existe algumas que oferecem um modelo semelhante, né, mas a maioria, o modelo oferecido, é semipresencial também, mas com aulas gravadas, não com aulas ao vivo” (E-05–LCOJ).

“[...] no “interiorzão” tipo Colniza. Então nesse ponto acho que é um diferencial da UNEMAT”. (E-06–NMS).

Forcas de Mercado:

Para alguns, o comportamento de mercado é definido pelo número e tamanho dos concorrentes, compradores e vendedores e pela própria estrutura do setor (CRAVO, 2008):

Em se tratando do constructo não validado Forças de Mercado, composto pelos indicadores FM.07 - quanto maior o poder de compra no mercado/setor de educação, mais forte é a pressão para que a IES conceda descontos ou reduza seus preços, FM.12 - a regulamentação governamental no setor educacional, afeta o desenho financeiro da IES. FM.18 - a atuação em mercados com elevada concorrência, limita a capacidade de crescimento da IES. Não se obteve também nenhum indicativo nas entrevistas de que a pressão na questão de poder de compra ou da regulamentação governamental ou ainda que a questão a questão de a concorrência limitar a capacidade de crescimento. Talvez pelo fato de quem responderam o questionário em grande parte serem coordenadores de curso e, a função dos mesmos estarem mais relacionada para a questão pedagógica e administrativa e, menos para a questão financeira.

4.2 ETAPA QUANTITATIVA

Seguindo o modelo de pesquisa de métodos mistos, conforme direciona Creswell (2010), passa-se na sequência a apresentação dos dados da etapa quantitativa da pesquisa.