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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.11. Variáveis analisadas

4.11.1. Dados meteorológicos no interior da estufa

O monitoramento da temperatura e da umidade relativa do ar no interior da estufa foi realizado por um termohigrômetro digital com data logger integrado, modelo HT-4000, (marca Icel). O termohigrômetro foi posicionado no centro da casa de vegetação e foi instalado dentro de estrutura de madeira, revestida externamente de papel alumínio para proteger o aparelho dos efeitos da radiação, e revestida internamente por isopor, para melhorar o isolamento térmico. A aquisição dos dados foi realizada a cada 10 minutos.

A radiação solar fotossinteticamente ativa foi monitorada através de um sensor Quantum LI-190SA (marca Licor) conectado ao data logger LI-1400 (marca Licor). O sensor foi instalado no centro da estufa, abaixo da tela termorefletrora e a distância de 1,90 m do chão. A aquisição dos dados foi realizada a cada 30 minutos, no período entre 5:30h até as

19:00 h de cada dia. Durante o ciclo de verão houve problema com o equipamento, e a aquisição dos dados só foi iniciada a partir do dia 20/03/2017, ou seja, após 10 dias de início do experimento.

4.11.2. Avaliação do substrato

4.11.2.1. Conteúdo volumétrico de água

Foi realizado diariamente o monitoramento do conteúdo volumétrico de água no substrato, através de sensores capacitivos conectados ao data logger. Com os dados coletados a cada 30 minutos foi calculado a média diária de umidade do substrato e o número total de acionamentos do sistema de irrigação em cada ciclo de cultivo

4.11.2.2. Condutividade elétrica e pH no substrato

A determinação da condutividade elétrica e do pH no substrato foi realizada a cada 3 dias, totalizando 8 avaliações durante cada ciclo de cultivo.

Para essa avaliação foi utilizado o método “Pour Thru”, descrito por Cavins et al. (2000). Os procedimentos utilizados foram: 1) Seleção aleatória de 5 tubetes por repetição; 2) Adição de água (coletada do sistema de abastecimento) nesses tubetes até a saturação do substrato; 3) Repouso por 40 minutos para permitir o equilíbrio; 4) Adição de água destilada até coletar volume de 50 ml de solução lixiviada; 5) Medição da condutividade elétrica e do pH na solução lixiviada utilizando medidor digital portátil, modelo HI-98130, da Hanna Instruments (Figura 23).

Figura 23. Medição da condutividade elétrica e do pH na solução lixiviada do substrato

4.11.2.3. Teor de nutrientes no substrato

No início e no final de cada ciclo de cultivo (0 e 21 dias) foram enviadas amostras de substrato para o Laboratório de Análise de Solo, Tecido Vegetal e Substrato do IAC, em Campinas/SP, para a determinação dos teores de nutrientes. O método de extração da solução do substrato foi o 1:1,5 (Holandês). Os teores de P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, Zn e Na foram determinados por espectrometria de emissão atômica por plasma acoplado (ICP-OES), os teores de N-NH4 e N-NO3 por destilação e o teor de cloreto por eletrodo de íon seletivo.

4.11.3. Monitoramento da solução nutritiva

Os valores de condutividade elétrica e do pH das soluções nutritivas de cada um dos reservatórios foram monitorados a cada 3 dias, utilizando medidor digital portátil, modelo HI- 98130, da Hanna Instruments.

4.11.4. Avaliação das mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar 4.11.4.1. Avaliação biométrica

Para avaliação biométrica das mudas de cana foram coletadas 10 amostras de cada repetição para composição da média amostral. Para isso foram desprezadas as mudas localizadas nas bordaduras das bandejas e foram escolhidas aleatoriamente 2 plantas em cada uma das 5 bandejas que não eram a de referência. Durante o ciclo de verão foram realizadas 4 avaliações (0, 7, 14 e 21 dias) e durante o ciclo de inverno foram realizadas 2 avaliações (0 e 21 dias), conforme informações da Tabela 8. O dia zero é considerado como o dia de início do experimento, ou seja, quando as mudas começaram a ser irrigadas com as soluções nutritivas via sistema de subirrigação. No dia zero de ambos os ciclos as mudas possuíam a mesma idade, 17 dias após o plantio (DAP). Essa idade, dias após o plantio, é contabilizada a partir da data em que os minirrebolos foram acondicionados em caixas plásticas de brotação, ou seja, do início da fase de brotação realizada no Centro de Cana do Instituto Agronômico em Ribeirão Preto/SP.

Tabela 8. Data das avaliações biométricas e idade das mudas durante as avaliações nos ciclos de verão e de inverno

Ciclo de Verão

Data da avaliação Período do experimento Idade da muda

10/03/2017 0 dias 17 DAP

17/03/2017 7 dias 24 DAP

24/03/2017 14 dias 31 DAP

31/03/2017 21 dias 38 DAP

Ciclo de Inverno

Data da avaliação Período do experimento Idade da muda

19/08/2017 0 dias 17 DAP

09/09/2017 21 dias 38 DAP

A avaliação biométrica consistiu na medição da altura da planta, altura da 1ª lígula visível, diâmetro da muda, massa seca da parte aérea e massa seca da raiz. Para medição das alturas foi utilizada trena milimetrada. A altura da planta foi determinada esticando-se as folhas e medindo a distância entre o ponto mais alto e a base da muda (Figura 24). A altura da 1ª lígula foi considerada como a distância entre a base da muda e a 1ª folha emergente. Para determinação do diâmetro foi utilizado um paquímetro eletrônico digital de 150 mm (da marca ZAAS Precision), e foram realizadas duas medições (uma perpendicular à outra) na base da muda. (Figura 25). Antes da determinação da massa seca, foram utilizadas uma mangueira e uma peneira de abertura de 2 mm para lavar as raízes e separa-las do substrato. Posteriormente as mudas foram colocadas em estufa de circulação forçada a 65⁰ C, onde permaneceram por 72 h antes de serem pesadas. A pesagem da parte aérea foi realizada em balança semi-analítica Marte, modelo BH3200H, com sensibilidade de 0,01 g. Já a pesagem das raízes foi realizada em balança analítica Marte, modelo AY220, com sensibilidade de 0,0001 g.

Figura 24. Medição da altura da planta Figura 25. Medição do diâmetro da planta

4.11.4.2. Análise nutricional

No início e no final de cada ciclo de cultivo (0 e 21 dias) uma amostra de cada repetição (composta pelas 10 plantas retiradas para a avaliação biométrica) foi enviada para o Laboratório de Análise de Solo, Tecido Vegetal e Substrato do IAC, em Campinas/SP, para determinação dos teores de nutrientes na parte aérea. Os teores de P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, Zn foram determinados por espectrometria de emissão atômica por plasma acoplado (ICP-OES) e os teores de N foram determinado através do método Kjeldahl.

4.11.4.3. Documentação fotográfica

No final de cada ciclo foi realizada a documentação fotográfica das plantas que estavam na bandeja de referência. Para isso a bandeja foi posicionada em frente a um fundo branco e foi utilizada câmera digital A3300 IS, da marca Canon, instalada sobre um tripé.

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