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Variáveis dependentes

O comportamento “na tarefa” e comportamento “fora da tarefa”.

“Na tarefa” os registos são efetuados sempre que a criança mantiver contato visual com a tarefa que deve executar, mesmo que comece a cantarolar ou mesmo quando larga a caneta.

“Fora da tarefa” os registos são feitos sempre que a criança deixa de prestar atenção às tarefas para se comportar de outra maneira. Dentro destes comportamentos incluem-se o olhar à volta da sala, brincar com a caneta, olhar ou brincar com a roupa, falar para o professor ou colega, ou outros comportamentos em que a criança não olha para a tarefa que deve executar.

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Variável independente

Aplicação de um o programa de intervenção baseado na extinção e no reforço positivo.

Método

Participante

Tendo em conta os objetivos deste estudo o participante foi selecionado tendo a ajuda das psicólogas do agrupamento de escolas e do da confirmação do diagnóstico feito segundo os critérios do DSM-IV-TR.

O aluno tem 11 anos, e aqui é designado “Rui”. Frequenta o ensino regular e encontra-se no 5.º ano de escolaridade no Agrupamento de Escolas de Lamego. O aluno vinha sendo acompanhado pelos Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) do agrupamento devido aos seus problemas de comportamento em contexto escolar e às grandes dificuldades de aprendizagem que apresenta. Este jovem era descrito como tendo comportamentos agressivos para com os colegas bem como faltas de respeito para com professores, funcionários e técnicos.

O Diagnóstico do TDAH foi confirmado pelo investigador com acesso ao DSM- IV-TR. Quando consultado o manual verificou-se que o aluno possui Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade – Subtipo Combinado.

O “Rui” foi sujeito à aplicação da escala de Wechsler para crianças (WISC – III) e, também a exercícios de concentração e memória, bem como à observação direta.

O desempenho cognitivo do “Rui” situa-se na média esperada para a sua faixa etária com um QI de 90, havendo uma discrepância de 12 pontos entre as provas verbais e de realização, sendo nas provas de realização em que o aluno obteve os resultados mais altos.

44 Foram feitos vários exercícios com o aluno onde este demonstrou bastantes dificuldades em focar a sua atenção e concentração.

A realização destes exercícios só foi possível depois de algum treino comportamental que envolveu o condicionamento operante, ou seja, o seu comportamento foi condicionado com algumas recompensas que lhe eram dadas se o seu comportamento fosse o mais indicado.

No que diz respeito aos fatores ambientais o “Rui” pode-se dizer que a família do “Rui” não funciona como facilitador da situação pois as atitudes dos membros da família não beneficiam em nada no comportamento do aluno. Este aluno é proveniente de um meio socioeconómico disfuncional, em que existe a falta de ligações afetivas saudáveis e seguras, bem como modelos adequados. O ambiente vivido em casa, segundo relatos do próprio aluno e das psicólogas, agravou bastante o seu problema.

O “Rui” durante as sessões referia sempre a mãe e pouco fazia referência ao pai. O pai tem problemas ligados ao álcool e a mãe tenta compensar a falta de tempo para o filho com a oferta de presentes à criança que apresenta desempenhos fracos e problemas de comportamento, reforçando estes comportamentos.

O “Rui” apresenta dificuldades na leitura e na linguagem escrita. Existe também um défice no controlo de impulsos e tiques que se pode observar tendo em conta a sua falta de paciência. Este aluno alongava uma tarefa simples no tempo. A sua tomada de decisão não é ainda bem definida quando se lhe são apresentadas mais que uma opção. Tem ainda dificuldades na perceção de regras na convivência diária na escolar para com os seus colegas, professores e técnicos.

Desenho do estudo

O estudo seguiu a diretriz do tipo ABA, onde foram registados os comportamentos relacionados com as variáveis dependentes na fase de pré-teste. De seguida realizou-se a aplicação do programa de intervenção baseado na extinção e no reforço positivo. Numa última fase, de pós-teste, foram avaliadas novamente as variáveis dependentes para verificar se a aplicação do programa teve um impacto positivo.

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Instrumentos

Tendo em conta o objetivo deste estudo os instrumentos utilizados foram:

- Dossier escolar do aluno. Este dossier foi de suma importância pois permitiu

ao investigador ter acesso a alguma informação pertinente que poderia ajudar no processo de conhecimento da criança e na sua relação com o investigador. Esta informação foi também uma grande ajuda na caracterização do aluno.

- Os critérios utilizados pelo DSM-IV-TR para o diagnóstico do Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade. Este instrumento foi utilizado para fazer o

diagnóstico do transtorno na criança com base nos critérios que nele estão presente.

- Os quadros de observação do comportamento. Estes quadros de observação

do comportamento foram utilizados para observar e registar os comportamentos que o aluno tinha fora e na tarefa. Os quadros de observação das consequências desse comportamento foram utilizados para registar o que esse comportamento provocou numa fase posterior.

- Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças – III (WISC). Esta escala

avalia a inteligência de sujeitos com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos e 11 meses de idade. Esta serve como medida de funcionamento intelectual geral pode ser utilizada em vários domínios como por exemplo, orientação escolar, identificação de necessidades educativas especiais, avaliação clínica e neuropsicológica, avaliação psicopedagógica e para a investigação. Esta escala divide-se em dez subtestes obrigatórios para os quais são disponibilizados entre 60 a 90 minutos. Caso se pretenda adicionar os subtestes opcionais são acrescentados 10 a 15 minutos para o completamento da escala. Os subtestes dividem-se em dois tipos: verbais e de realização. Os subtestes verbais são:

 Informação;  Semelhança;  Aritmética;  Vocabulário;  Compreensão;

46  Memória de dígitos.

Os subtestes de realização são:  Complemento de gravuras;  Código;  Disposição de gravuras;  Cubos;  Composição de objeto;  Pesquisa de símbolos;  Labirintos.

Os resultados obtidos nos subtestes permitem obter resultados de seis tipos diferentes sendo eles, QI verbal, QI de realização, QI da escala completa, Índice Compreensão Verbal, Índice Organização Percetiva, Índice Velocidade de Processamento.

Para o estudo pretendido será muito importante obter e perceber os resultados relativos ao QI verbal e ao QI de realização. Esta escala foi muito importante pois serviu, numa fase anterior, para perceber o nível intelectual da criança de forma a adaptar da melhor forma os exercícios que iriam ser realizados com a mesma.

- Ficha de preferências. Esta ficha destinou-se à identificação de preferências

do participante. Esta foi muito importante pois ajudou o investigador a conhecer melhor o aluno e a perceber o que poderia ser utilizado para tornar o programa mais incisivo e centrado naquilo que eram as necessidades fundamentais da criança.

Procedimentos

- Contato com o diretor do agrupamento de escolas. Este foi contactado

previamente com o objetivo de ser informado do conteúdo do projeto bem como todas as informações pertinentes de se ter conhecimento para que fosse autorizada então a recolha dos dados da amostra. De seguida foi redigido um documento onde foi presente toda a informação importante acerca deste estudo, como por exemplo, objetivos, importância do estudo e com uma informação que visa esclarecer a participação voluntária do aluno, devidamente autorizados pelos seus responsáveis. No mesmo, foi ainda garantida a

47 confidencialidade e o caráter voluntário de participação, bem como uma nota de agradecimento pela colaboração.

- A seleção da criança. Esta seleção foi realizada em conjunto com as

psicólogas da escola que indicaram uma criança com TDAH. A confirmação deste diagnóstico foi realizada utilizando o DSM-IV-TR.

- Utilização dos quadros 1 e 2, numa fase de pré-teste, para registar os comportamentos da criança fora da tarefa (Quadro 1) e na tarefa (Quadro2). Nestes

quadros foram registados os comportamentos de 30 em 30 segundos durante trinta intervalos diferentes, enquanto a criança realizava exercícios adequados à sua capacidade intelectual durante 15 minutos.

- Aplicação do plano de intervenção no Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade com o recurso a estratégias de reforço. Durante um mês e meio

utilizaram-se estratégias que tiveram por base a utilização da extinção e do reforço positivo para promover os comportamentos adequados às tarefas exigidas e reduzir ou remover os comportamentos desadequados às tarefas. Estas estratégias foram criadas tendo por base os interesses que a criança revelou quando questionada durante a ficha de preferências. Chegou-se à conclusão que os reforços utilizados iriam ser a escuta de músicas de acordo com uma seleção feito com o aluno e através de feedback verbal positivo.

- Utilização dos quadros 5 e 6, em fase de pós-teste, para registar os comportamentos fora da tarefa (Quadro 5) e na tarefa (Quadro 6). Nesta fase

registaram-se os comportamentos observados no aluno na mesma situação e sujeito aos mesmos exercícios a que fora sujeito na fase de pré-teste. Esta última fase teve a duração de aproximadamente um mês.

- Análise dos resultados.

No início da investigação realizou-se uma apresentação formal ao aluno na qual se explicou que o que seria feito em contexto de sessão não seria para a sua avaliação escolar mas sim para o ajudar no seu dia-a-dia a controlar os seus comportamentos que o próprio reconheceu não serem os adequados. Esta primeira sessão durou cerca de trinta minutos e serviu também para registar os interesses do aluno, através da ficha de preferências, bem como o que ele esperava das sessões e o que gostaria de fazer. Estes interesses serviram

48 para construir uma base segura para que as recompensas fossem as adequadas e aplicadas de forma precisa. Em conformidade com o aluno e com as psicólogas chegou-se a um acordo que tinha como base a utilização da música como forma de recompensa quando fosse bem aplicada.

De seguida houve a construção de uma lista de músicas definida pelo aluno e pelo investigador que seria usada sempre que o aluno atingisse os objetivos comportamentais adequados. Antes da aplicação do plano de intervenção foi ainda aplicada a WISC-III para que fosse possível perceber o nível cognitivo do aluno de forma a adaptar os exercícios que iriam ser realizados de forma correta e oportuna. De seguida foi entregue uma ficha com trinta exercícios que serviu para registar os comportamentos do aluno nas categorias “Fora da Tarefa” e “Na Tarefa”, durante trinta intervalos de quinze segundos. Após esta fase realizaram-se dois encontros semanais (sessões) que duravam cerca de vinte minutos, durante quatro meses onde se aplicou um plano com base em estratégias de reforço positivo e extinção, onde o aluno era recompensado com música no final de cada sessão caso os objetivos comportamentais para cada sessão fossem atingidos. Após esta fase, reservaram-se duas sessões para nova aplicação dos exercícios e para terminar a intervenção com o aluno, de forma a não o deixar repentinamente. A última sessão foi a mais longa, tendo a duração de aproximadamente quarenta minutos.

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Apresentação e Análise dos Resultados

Neste capítulo irão ser apresentados os resultados obtidos para cada um dos objetivos e hipóteses. Para a análise destes resultados foi utilizado o Microsoft Excel 2010. Posteriormente estes resultados serão analisados demonstrando a significância dos mesmos, através do t-test, mas também a frequência de registos de comportamentos antes e após a aplicação do plano de intervenção no Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade com o recurso a estratégias de reforço.

No final será ainda apresentada a evolução dos comportamentos “Fora da Tarefa” e “Na Tarefa” entre o período Pré-teste e Pós-teste.

H0

Comporta-se “Fora da Tarefa” 50% das vezes. H1

Comporta-se “Na Tarefa”, pelo menos, 50% das vezes.

De maneira a comprovar H1 e a rejeitar H0, e de forma a verificar se a aplicação do plano de intervenção com recurso a estratégias de reforço, tomado aqui como variável independente, produziu efeitos na modificação do comportamento “Fora da Tarefa” e “Na Tarefa”, tomadas aqui como variáveis dependentes, procedeu-se ao cálculo das frequências de registo de comportamentos bem como à significância das mesmas.

Para se obter uma análise e descrição mais ordenada e cuidada procedeu-se à apresentação, em separado, dos resultados do participante na fase de pré-teste e pós- teste. O Quadro 1 demonstra, em fase de Pré-teste, no decurso dos trinta exercícios em que foi possível observar os comportamentos “Fora da Tarefa”, a frequência de registos desses comportamentos foi de 0,7.

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Quadro 1. Fora da Tarefa Fase de Pré-teste

Após o período de aplicação do plano de intervenção com recurso a estratégias de reforço, ou seja em fase de Pós-teste, a frequência de registos de comportamento “Fora da Tarefa”, no decurso dos trinta exercícios foi de 0,2 tal como é possível observar no Quadro 2.

Quadro 2.Fora da Tarefa Fase de Pós-teste

No Gráfico 1 apresenta-se de forma melhor ilustrada a evolução dos comportamentos “Fora da Tarefa”, em valores absolutos. Pode-se verificar que houve um claro declínio de comportamentos “Fora da Tarefa”, através da linha de tendência.

Fase Exercícios Frequência de Registos

Fora da

Tarefa Pré-teste 30 0,7

Fase Exercícios Frequência de Registos

Fora da

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Gráfico 1

No Quadro 3 é possível observar que a frequência de registos de comportamento “Na Tarefa” em fase de Pré-teste, no decurso dos trinta exercícios, foi de 0,3. Dentro dos comportamentos “Na Tarefa” foi possível, ainda, observar que nem todos estes comportamentos centrados nesta categoria foram adequados, sendo identificados comportamentos hiperativos. A frequência de registos dos comportamentos hiperativos foi de 0,56, enquanto a frequência de registos de comportamentos adequados foi de 0,44.

Quadro 3. Na Tarefa Fase de Pré-teste

O Quadro 4 representa os resultados observados após a aplicação do plano de intervenção com recurso a estratégias de reforço. Nesta fase, de Pós-teste, a frequência de registos de comportamento “Na Tarefa” foi de 0,8. Neste caso foi também possível constatar a presença de alguns comportamentos hiperativos. Dos 0,8 comportamentos

21 6 0 5 10 15 20 25 Pré-Teste Pós-Teste N. º de Co m po rt a m ent o s Fases

Registo do número de Comportamentos "Fora da Tarefa" (Dados Absolutos)

Fase Exercícios Frequência de Registos Comportamentos Hiperativos Comportamentos Adequados Na Tarefa Pré-teste 30 0,3 0,56 0,44

52 centrados na tarefa, 0,08 eram hiperativos, com os restantes 0,92 a serem comportamentos adequados.

Quadro 4. Na Tarefa Fase de Pós-teste

Fase Exercícios Frequência de Registos Comportamentos Hiperativos Comportamentos Adequados Na Tarefa Pós-teste 30 0,8 0,08 0,92

No Gráfico 2 é possível observar a informação que é passada no Quadro 3 e no Quadro 4, com os valores absolutos. Através da linha de tendência pode-se confirmar que houve um aumento de 9 para 24 comportamentos “Na Tarefa”.

Gráfico 2

Tendo em conta a diferença encontrada entre as frequências de registo de comportamento do Pré-teste e Pós-teste, pode-se dizer que essa diferença é estatisticamente significativa pois, através do t-teste, p < 0,001. Os resultados observados revelam o sucesso do programa visto terem reduzido significativamente os

9 24 0 5 10 15 20 25 30 Pré-Teste Pós-Teste N. º de Co m po rt a m ent o s Fases

Registo do número de Comportamentos "Na Tarefa" (Dados Absolutos)

53 comportamentos registados “Fora da Tarefa” e aumentado os comportamentos “Na Tarefa”.

H0

Não reduz os comportamentos hiperativos “Na Tarefa” em 50%. H1

Reduz os comportamentos hiperativos “Na Tarefa” em 50%.

De maneira a comprovar H1 e a rejeitar H0, e de forma a verificar se a aplicação do plano de intervenção com recurso a estratégias de reforço, tomado aqui como variável independente, produziu efeitos na modificação dos comportamentos hiperativos “Na Tarefa”, tomada aqui como variável dependente, procedeu-se ao cálculo das frequências de registo de comportamentos bem como à significância das mesmas.

Como é possível observar no Quadro 5 a frequência de registos de comportamentos hiperativos “Na Tarefa” foi de 0,56, enquanto a frequência de registos de comportamentos adequados foi de 0,44.

Quadro 5. Na Tarefa Fase Pré-teste

No Quadro 6 é observável que a frequência de registos de comportamentos hiperativos “Na Tarefa”, após a aplicação do plano de intervenção com recurso a estratégias de reforço foi de 0,08 e de comportamentos adequados foi de 0,92. Havendo um clara melhoria em relação à fase de Pré-teste.

Fase Comportamento

Hiperativos

Comportamento Adequados

54

Quadro 6. Na Tarefa Fase de Pós-teste

A este nível, e vista a diferença observável entre as fases de Pré-teste e Pós-teste, pode-se dizer que estes dados são significativos visto, através da utilização do t-test, p < 0.001. Fica então comprovado o sucesso do estudo visto haver uma redução importante dos comportamentos hiperativos “Na Tarefa”, e um consequente aumento dos comportamentos adequados em relação à mesma variável.

De seguida, é possível observar no Quadro 7 que houve uma enorme evolução no que diz respeito aos comportamentos adequados “Na Tarefa”. Pode-se verificar que os comportamentos adequados “Na Tarefa” passaram de 4 para 22. Registou-se, neste caso, uma evolução bastante grande nesta categoria visto a diferença entre os valores absolutos em fase de Pré-teste e Pós-teste.

Quadro 7. Comportamentos Adequados “Na Tarefa”

Fase Comportamentos Adequados (Dados Absolutos) Desvio Padrão Na Tarefa Pré-teste 4 12,7 Pós-teste 22

O Gráfico 3 demonstra a evolução registada do número de comportamentos adequados “Na Tarefa”, entre a fase de Pré-teste e Pós-teste. Através da linha de

Fase Comportamentos

Hiperativos

Comportamentos Adequados

55 tendência podemos observar que o plano de intervenção com base em estratégias de reforço foi bastante útil melhorando este registo.

Gráfico 3

No Quadro 8, tal como no Quadro 7 pode-se observar uma evolução, mas neste próximo a evolução é em relação aos comportamentos hiperativos registados na categoria “Na Tarefa”. Em relação a esta evolução é possível observar um decréscimo dos comportamentos hiperativos “Na Tarefa” entre as fases de Pré e Pós-teste. Enquanto numa fase de Pré-teste registaram-se, em valores absolutos, 5 comportamentos hiperativos, na fase de Pós-teste registaram-se, apenas, 2 comportamentos hiperativos. Esta diferença demonstra que ao mesmo tempo que se conseguiu potencializar os comportamentos “Na Tarefa”, conseguiu-se também diminuir os comportamentos hiperativos. 4 22 0 5 10 15 20 25 Pré-teste Pós-teste N. º de Co m po ra m ent o s Fases

Evolução do Registo de Comportamentos Adequados "Na Tarefa"

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Quadro 8. Comportamentos Hiperativos “Na Tarefa”

O Gráfico 4 ilustra a diferença verificada entre o registo de comportamentos hiperativos “Na Tarefa”, entre as fases de Pré e Pós-teste. A este nível pode-se verificar que houve um decréscimo benéfico, reduzindo os comportamentos hiperativos, e potencializando os comportamentos adequados “Na Tarefa”.

Gráfico 4 5 2 0 1 2 3 4 5 6 Pré-teste Pós-teste N. º de Co m po rt a m ent o s Fases

Evolução do Registo de Comportamentos Hiperativos "Na Tarefa"

Fase Comportamentos Hiperativos

(Dados Absolutos) Desvio Padrão

Na Tarefa Pré-teste

5

2,1

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Discussão/Conclusão

O objetivo geral do estudo consistiu em perceber se o plano de intervenção no Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade com o recurso a estratégias de reforço reduzia ou removia os comportamentos desadequados “na tarefa” e “fora da tarefa” num aluno previamente selecionado.

No que diz respeito ao comportamento “Fora da Tarefa”, através da análise efetuada o aluno registou uma frequência de registos de 0,7, em fase de Pré-teste. Após a aplicação do plano de intervenção, em fase de Pós-teste a frequência de registos foi de 0,2. A diferença média entre as duas fases foi de 0,5 revelando um decréscimo significativo na frequência de registos, o que demonstra o efeito positivo do plano de intervenção.

Na categoria “Na Tarefa”, os comportamentos registados em fase de Pré-teste revelaram uma frequência de registos de 0,3. Este valor aumentou numa fase de Pós- teste, após a aplicação do plano de intervenção, para uma frequência de registos de 0,8. Como é possível verificar, houve uma evolução positiva visto a diferença média ser de 0,5. No entanto nesta categoria discriminaram-se ainda duas categorias contidas nesta última, observando ainda comportamentos hiperativos e comportamentos adequados.

No que diz respeito aos comportamentos hiperativos “Na Tarefa”, houve, em fase de Pré-tese, uma frequência de registo de 0,56 enquanto numa fase de Pós-teste essa frequência de registos baixou para 0,08. Posto isto, os comportamentos adequados “Na Tarefa”, em fase de Pré-teste, representaram uma frequência de registos de 0,44. Numa fase de Pós-teste, após a aplicação do plano de intervenção, verificou-se um aumento bastante positivo para uma frequência de registo de 0,92. Como é possível observar pelas diferenças entre Pré-teste e Pós-teste, o plano teve o resultado que se pretendia, melhorando de facto os comportamentos “Na Tarefa” e reduzindo os

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