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Variação das Ações em relação ao IBOVESPA

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

4.3.3 Variação das Ações em relação ao IBOVESPA

Procedimento semelhante foi utilizado para verificação da variação das ações em relação à variação do Índice da BM&FBOVESPA. Ou seja, calculou-se a variação do referido índice para os mesmos prazos (1, 30, 90, 180, 360 e 540 dias) a partir da data de registro das ofertas na CVM, para posterior comparação com a variação das ações.

De acordo com a BM&FBOVESPA (2008, p. 03), o Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro. Sua relevância advém do fato do Ibovespa retratar o comportamento dos principais papéis negociados na BM&FBOVESPA e também de sua tradição, pois o índice manteve a integridade de sua série histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação em 1968.

ações constituída em 2/1/1968, a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes.

Segundo Fortuna (2008, p. 622), o Ibovespa é um índice extremamente confiável, com uma metodologia de fácil acompanhamento pelo mercado e representa fielmente não só o comportamento médio dos preços das principais ações, como também o perfil das negociações à vista, observadas nos pregões da BM&FBOVESPA.

O Ibovespa foi criado a partir de uma carteira teórica de ações, expressa em pontos. O valor inicial foi de 100 pontos, refletindo sua pontuação atual a variação ocorrida na carteira desde 1968. Para Assaf Neto (2003, p. 253), o objetivo básico do Ibovespa é o de refletir o desempenho médio dos negócios à vista ocorridos nos pregões da BM&FBOVESPA. A carteira teórica do índice procura retratar, da melhor forma possível, o perfil dos negócios realizados na BM&FBOVESPA, sendo considerado um indicador do retorno total das ações que o compõem, apurando não somente as variações dos preços, mas também a distribuição dos proventos.

Para tanto, sua composição procura aproximar-se o mais possível da real configuração das negociações à vista na BM&FBOVESPA. A carteira teórica do Índice é integrada pelas ações que, em conjunto, representaram 80% do volume transacionado à vista nos 12 meses anteriores à formação da carteira. Como critério adicional, exige-se que a ação apresente, no mínimo, 80% de presença nos pregões do período. As empresas emissoras das ações integrantes da carteira teórica do Índice Bovespa são responsáveis, em média, por aproximadamente 70% do somatório da capitalização bursátil de todas as empresas com ações negociáveis na BM&FBOVESPA.

últimos negócios efetuados no mercado a vista (lote-padrão) com ações componentes de sua carteira. Sua divulgação é feita pela rede de difusão da BM&FBOVESPA e também retransmitida por uma série de vendors, sendo possível, dessa forma, acompanhar on-line seu comportamento em qualquer parte do Brasil ou do mundo.

A participação de cada ação na carteira tem relação direta com a representatividade desse título no mercado à vista (número de negócios e volume financeiro), ajustada ao tamanho da amostra. Essa representatividade é obtida pelo índice de negociabilidade da ação, calculado pela seguinte fórmula:

onde:

IN = índice de negociabilidade.

ni = número de negócios com a ação "i" no mercado à vista (lote-padrão).

N = número total de negócios no mercado à vista da BM&FBOVESPA (lote-padrão). vi = volume financeiro gerado pelos negócios com a ação "i" no mercado à vista (lote-padrão).

V = volume financeiro total do mercado à vista da BM&FBOVESPA (lote-padrão). O Índice Bovespa é o somatório dos pesos (quantidade teórica da ação multiplicada pelo último preço da mesma) das ações integrantes de sua carteira teórica. Assim sendo, pode ser apurado, a qualquer momento, por meio da seguinte fórmula:

onde:

Ibovespa t = Índice Bovespa no instante t;

n = número total de ações componentes da carteira teórica; P = último preço da ação “i” no instante t;

Q = quantidade teórica da ação “i” na carteira no instante t.

A carteira teórica do Ibovespa é composta pelas ações que atenderem cumulativamente aos seguintes critérios, com relação aos 12 meses anteriores à formação da carteira:

• Estar incluída em uma relação de ações cujos índices de

negociabilidade somados representem 80% do valor acumulado de todos os índices individuais;

• Apresentar participação, em termos de volume, superior a 0,1% do total;

• Ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.

Uma ação selecionada para compor a carteira só deixará de participar quando não conseguir atender pelo menos dois dos critérios de inclusão anteriormente indicados. As companhias que estiverem sob regime de recuperação judicial, processo falimentar, situação especial ou sujeitas a prolongado período de suspensão de negociação não integrarão o Ibovespa.

No caso de suspensão de uma ação componente, o índice utiliza o preço do último negócio registrado em bolsa até a normalização das negociações com o papel. Não havendo liberação para negociação por 50 dias, a contar da data da suspensão, ou em caso de ausência de perspectivas de reabertura dos negócios ou de rebalanceamento da carteira, a ação será excluída da carteira. Nessa eventualidade, serão efetuados os ajustes necessários para garantir a continuidade do índice.

Para manter a representatividade do índice ao longo do tempo, quadrimestralmente é feita uma reavaliação do mercado, sempre com base nos 12 meses anteriores, onde se identificam as alterações na participação relativa de cada ação do índice, bem como sua permanência ou exclusão, e a inclusão de novos papéis. Em seguida, monta-se uma nova carteira, atribuindo-se a cada papel um novo peso, segundo a distribuição de mercado, apurada pela reavaliação. A carteira teórica do Ibovespa tem vigência de quatro meses, vigorando para os períodos de janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro.

A quantidade teórica de cada ação, resultante da divisão de sua parcela na composição do índice (peso) pelo seu preço de fechamento no último dia do

quadrimestre anterior, permanecerá constante pelos quatro meses de vigência da carteira, somente sendo alterada caso ocorra distribuição de proventos (dividendos, bonificações, subscrições etc.) por parte da empresa.

De forma a medir o retorno total de sua carteira teórica, o Índice Bovespa é ajustado para todos os proventos distribuídos pelas companhias emissoras das ações integrantes de seu portfólio. O ajuste é efetuado considerando-se que o investidor vendeu as ações ao último preço de fechamento anterior ao início da negociação “ex-provento” e utilizou os recursos na compra das mesmas ações sem o provento distribuído (“ex-provento”).

Objetivando auxiliar os participantes do mercado que utilizam a carteira do Ibovespa como instrumento na elaboração de suas políticas de investimento, a BM&FBOVESPA divulga regularmente três prévias das novas composições, quando faltam 30 dias, 15 dias e um dia para a entrada em vigor da nova carteira do quadrimestre. Em situações especiais, entretanto, visando a tranqüilizar o mercado, a BM&FBOVESPA poderá antecipar a difusão das prévias e/ou ampliar seu número. O Anexo A mostra a Carteira Teórica do Ibovespa válida para o dia 17.04.2009. Além das empresas que compõem o índice o anexo mostra o tipo de ação e também a participação relativa de cada papel na composição total do índice, apurada para a abertura do dia.

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