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VETOR AUTORREGRESSIVO (VAR) E TESTE DE COINTEGRAÇÃO DE

Exports of natural stones of Espírito Santo: an econometric study for the period from 2000 to

3 VETOR AUTORREGRESSIVO (VAR) E TESTE DE COINTEGRAÇÃO DE

JOHANSEN

5

3RGHVHH[SUHVVDUXPPRGHOR9$56 de ordem

p em função de um vetor com n variáveis endóge- nas, Xt, sendo que essas se conectam por meio de XPDPDWUL]A, da seguinte forma:

5 A metodologia descrita nesta seção está baseada em Bueno (2011) e Lütkepoh (2007).

6 Metodologia desenvolvida inicialmente por Sims (1980).

A Xt= B0+ p ™ i=1 Bi Xt–i+ t (14) em que: A p XPD PDWUL]n×n TXH GH¿QH DV

restrições contemporâneas entre as variáveis que constituem o vetor n×1, Xt; B0, vetor de constantes

n×1; BiPDWUL]HVn×n; BPDWUL]GLDJRQDOn×n de desvios padrão; e, İt, vetor n×1 de perturbações aleatórias não correlacionadas entre si contempo- rânea ou temporalmente, isto é:

İt~i.i.d (0; In) (15)

em que 0 é o vetor nulo; e, IDPDWUL]LGHQWL- dade.

A Equação (15) expressa às relações entre as variáveis endógenas, geralmente advindas de um modelo econômico teoricamente estruturado, e é denominada de forma estrutural. No entanto, devi- GRjHQGRJHQHLGDGHGDVYDULiYHLVGR9$5RPR- delo é normalmente estimado em sua forma redu- ]LGDGDGDSRU Xt= A–1 B 0+ p ™ i=1 A–1 B i Xt–i+ A –1 t= ĭ0+ ™p i=1 ĭi Xt–i+et (16) em que: ĭi= A–1 B i ,i=0,1,2,...,p; e, %İt=A et.

$ PHWRGRORJLD 9$5 SRGH VHU HVWLPDGD SRU PHLRGRPpWRGRGH0tQLPRV4XDGUDGRV2UGLQiULRV 042 OHYDQGRVHHPFRQWDSULQFLSDOPHQWHDLQ- teração entre as variáveis do sistema considerado. Entre as suas principais vantagens na análise eco- nométrica estão à obtenção das funções de impulso- UHVSRVWD )5, HDGHFRPSRVLomRGDYDULkQFLD '9  9DOH OHPEUDU TXH FDVR DV YDULiYHLV HVWXGDGDV sejam cointegradas, o modelo original pode ser descrito na forma de um vetor autorregressivo de FRUUHomRGHHUURV 9(&0 (QJOHH*UDQJHU   apresentaram a cointegração da seguinte forma. Os componentes de um vetor Xt , n×1, são ditos serem cointegrados de ordem (d,b), denotados por X

t~CI

(d,b), se: i) todos os componentes de Xt são integra- dos de ordem d, ou seja, são I (d); e, ii) existe pelo um vetor não nulo ß, tal que ut = X't ß (d–b), b>0. O vetor ß é chamado de vetor de cointegração.

&DEHGL]HUTXHDGH¿QLomRGHFRLQWHJUDomRGH Campbell e Perron (1991) é mais abrangente, não impondo a restrição de mesma ordem de integra- ção para a existência de cointegração. Segundo

esses autores, basta que ocorra a segunda condi- ção descrita anteriormente para que os elementos de um vetor Xt sejam cointegrados. Nesse caso, deve haver pelo menos duas variáveis integradas de mesma ordem na ordem máxima de integração entre todas as variáveis, para que haja cointegra- ção. Ainda, Hansen e Juselius (1995) descrevem que uma condição necessária para encontrar uma relação de cointegração entre variáveis não esta- cionárias exige que somente duas das variáveis do modelo sejam integradas de ordem um I (1).

$IRUPDPDLVJHUDOGHXP9(&0pGDGDSRU

¨Xt ĭ;t–1+ ™ȁi¨ Xt-i+et p–1

i=1

(17)

em que: Xt é um vetor n×1 de variáveis endó- genas; e, ȁ

i= ™ĭj ; i=1,2,...,p–1 p

j=1+i

+DYHQGRUDL]XQLWiULDVLJQL¿FDTXHĭ 0, de modo que ĭ Į‰. Nesse caso, ßpDPDWUL]TXH

tem r vetores de cointegração e Į p D PDWUL] GH ajustamento, com r vetores de ajustamento. O mo- delo de correção de erros é assim chamado porque a variação de Xt é explicada por dois componentes: RVIDWRUHVGHFXUWRSUD]Rp–1™ȁi¨ Xt-i

i=1

; e, a relação GHORQJRSUD]RGDGDHQWUHDVFRRUGHQDGDVGRYHWRU de variáveis endógenas, ĭ;t–1, caso ocorra coin- tegração.

8PGRVPpWRGRVSDUDYHUL¿FDUDH[LVWrQFLDGH cointegração é o teste de Johansen (1988), que é uma alternativa ao teste de Engle e Granger (1987). -RKDQVHQ  SURS}HGH¿QLURSRVWRGDPDWUL]ĭ, da Equação (17) e, dessa forma, estimar os vetores de cointegração ß3DUDGH¿QLURSRVWRGDPDWUL]ĭ, Johansen sugeriu dois testes baseados em uma esti- mação de máxima verossimilhança com restrição.

Tem-se que ĭpXPDPDWUL]n×n, e seu posto é dado por r < n, caso haja cointegração. Sendo o SRVWRGHVVDPDWUL]LJXDODn, as variáveis endóge- QDVVmRWRGDVHVWDFLRQiULDV6HRSRVWRGDPDWUL] for nulo (ĭ 0), não há cointegração e as variá- veis são não estacionárias. Como o determinante GHXPDPDWUL]pRSURGXWRGHVHXVDXWRYDORUHVH considerando que o posto de ĭHVWiHQWUH]HURHn, SRGHVHGL]HUTXHĭ terá r autovalores diferentes GH]HURHDXWRYDORUHVLJXDLVD]HUR$LGHLDHQWmR é encontrar esses autovalores.

9DULiYHLVGHWHUPLQtVWLFDVSRGHPLQWHUIHULUQRV valores críticos do modelo. Logo, incluem-se essas

variáveis em , no nível de vetor de cointegração, de modo que,

Xt= ĭ1 Xt–1ĭ2 Xt–2+ ĭp Xt–pįGt+et (18)

em que: dt  >t]' é um vetor com variáveis determinísticas, tais como dummiesVD]RQDLVHQ- tre outras; e, įPDWUL]GHFRH¿FLHQWHVGHGLPHQVmR compatível com d

t, que, nesse caso, tem dimensão

dada por 2×n. 1DIRUPDGH9(&0RPRGHORDQWHULRU¿FDGD seguinte forma: ¨Xt ĭ;t–1+ ™ȁi¨ Xt-i+į' d t+et p–1 i=1 (19) 3DUDHQFRQWUDURVDXWRYDORUHVGDPDWUL]ĭ, maxi- PL]DVHD(TXDomR  FRPUHVWULo}HVVREUHDPDWUL] de covariância. Os autovalores são, então, ordenados do maior para o menor, Ȝ1!Ȝ2!Ȝn, sendo que cada um está associado a um autovetor que será associado aos vetores de cointegração contidos em ß.

Nesse contexto, o primeiro teste proposto por Johansen é o teste de traço. A hipótese nula é de existência de r* vetores de cointegração. A hipó-

tese alternativa é de r ! r* vetores. De maneira

formal, tem-se:

H0:r = r*

H1:r!r* (20)

A estatística de teste é dada por7:

Ȝtr(r)= –7™ln (1–ˆȜi) (21)

2 SRVWR GD PDWUL]ĭ equivale ao número de VXDV UDt]HV FDUDFWHUtVWLFDV TXH VmR GLIHUHQWHV GH ]HUR &DVR QmR KDMD FRLQWHJUDomR RV DXWRYDOR- UHV VHUmR SUy[LPRV GH ]HUR GHPRQVWUDQGR QmR HVWDFLRQDULHGDGH RX LQVWDELOLGDGH GD PDWUL]ĭ, e

ln (1–ˆȜi ĺ. Isso implica em pequenos valores para a estatística de traço, estabelecendo a não re- jeição da hipótese nula. Se o Ȝ

ipVLJQL¿FDQWHPHQWH

GLIHUHQWHGH]HURHQWmRln (1–ˆȜi) será negativo. Logo, o valor da estatística de traço será alto, im- plicando na rejeição da hipótese.

O teste é crescente, isto é, inicia-se com a soma de n “logs” de 1 menos o autovalor, considerando, primeiramente, r =0. A rejeição da hipótese nula

 2VDXWRYDORUHVVmRQRUPDOL]DGRVSDUDTXHVHPSUHVHMDPPHQRUHV do que um. Logo, o ln será negativo. Isso é possível devido a não LGHQWL¿FDELOLGDGHGDPDWUL]ĭ.

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Edson Zambon Monte

Rev. Econ. NE, Fortaleza, v. 49, n. 3, p. 129-145, jul./set., 2018

implica a existência de mais de um vetor de coin- tegração. Continuando, parte-se para a soma dos n

– 1 “logs” de 1 menos os autovalores correspon- dentes, até o momento em que a hipótese nula não for mais rejeitada. Mackinnon, Haung e Michelis (1999) apresentam a tabela mais recente deste teste.

O segundo teste é denominado de teste de auto- valor e tende a apresentar resultados mais robustos que o teste de traço. A hipótese nula estabelece a existência de r vetores de cointegração. Já a hipó- tese alternativa é de que existem r +1 vetores de cointegração. Formalmente,

H0:r = r*

H1:r!r*+1 (22)

A estatística de teste é representada pela Equa- ção (23):

LR(r)=–Tln(1–ˆȜr+1) (23)

(PVtQWHVHRWHVWHGHDXWRYDORUYHUL¿FDTXDOR Pi[LPRDXWRYDORUVLJQL¿FDWLYRTXHGiRULJHPDXP vetor de cointegração. O teste também é crescente e UHMHLWDUDKLSyWHVHQXODVLJQL¿FDTXHH[LVWHPDLVGH um vetor de cointegração. Caso a hipótese nula não seja rejeitada, há r* YHWRUHV GH FRLQWHJUDomR 9DOH

OHPEUDUTXHQDUHDOL]DomRGRWHVWHpSUHFLVRHVWDEHOH- cer cuidadosamente o número de defasagens. Além disso, o modelo deve ser determinado com cautela, levando em conta a existência de constante e tendên- cia no nível do vetor Xt e no vetor de cointegração.