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Nesta oitava sessão sobre EF e PE recorreu ao apoio de um PowerPoint (ANEXO 26) assim como de algumas páginas da internet que adiante se identificam.

Numa primeira fase, a PE questionou o grupo sobre o tema das sessões levadas a cabo pelo Poupas sendo que facilmente vários alunos prontamente responderam que o Poupas trazia assuntos “sobre o dinheiro” (Vários alunos) ou até “sobre poupar” (Aluno LS). Neste seguimento a PE apresentou um novo diapositivo (Figura 75) sendo que as questões não surgiram em simul- tâneo, tal como apresentadas.

Segundo os alunos o dinheiro tem vários fins o que denota uma ideia abrangente sobre o dinheiro pois, na verdade, nós usámo-lo para fins diversos, não obstante servir essencialmente para efetuar compras/pagamentos.

Aluno IC: Serve para comprar coisas que necessitamos. Aluno CR: Serve para pagar as nossas despesas.

Aluno LT: Também serve para pagarmos as despesas inesperadas.

Gastos (10) Despesas (7) Compras (2) Orçamento (14) Rendimento (2) Dinheiro (2) Ordenado (1) Contas (10) Despesas (6) Compras (3) Positivo (16) Na conta (2) Afirmativo (1) Poupanças (15) Economias (2) Moedas (2)

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Na perspetiva dos alunos, caso o dinheiro não existisse seria complicado:

Aluno CA: Porque se não houvesse dinheiro não podíamos comprar nem pagar o que nós necessi- tamos.

Aluno CP: Sem dinheiro não conseguíamos viver!

Aluno LT: O dinheiro é mais ou menos a causa de tudo o que temos.

É certo que visualizar a vida, atualmente, sem dinheiro, recorrendo apenas a trocas é bas- tante difícil. Os alunos manifestaram esta ideia considerando que a vida seria impossível se não existisse dinheiro, o que não é uma visão errónea.

Por exemplo, diante de uma chuva inesperada, um indivíduo desejoso de adquirir um guarda-chuva e que tivesse um excedente de laranjas teria que encontrar alguém que tivesse um excedente de guarda-chuvas e que desejasse trocar, naquele momento, uma parcela desse excedente por laranjas. Esse tipo de coincidência é chamado de coincidên- cia mútua e complementar de necessidades. Elas podem ocorrer, mas certamente são raras e sua busca desgasta física e mentalmente os interessados em transações tão espe- cíficas (Carvalho, Souza, Sicsú, Paula, & Studart, 2005).

No seguimento desta discussão um aluno referiu que “fixe era se o dinheiro caísse do céu. Pedia chuva todos os dias!” (aluno IC) mas a PE retorquiu que assim tudo perderia a graça. “É bom quando lutamos pelos nossos sonhos e porque depois, quando conseguimos concretizá- los, sabe tããão bem! Não acham?”. Na sequência do dito pela PE, o aluno TM referiu ter criado um pequeno negócio, algo que se considera verdadeiramente pertinente e certifica que há re- almente alunos cujos progressos se tornaram evidentes.

Aluno TM: Lembraste que eu te disse que tinha uma máquina de fazer pipocas no continente, eu pedi ao meu pai e à minha mãe para comprar e agora eu estou a fazer pipocas. Eu agora tenho uns saquinhos e encho esses sacos com pipocas e depois dou aos meus familiares e eles pagam-me e depois quando eu tiver o dinheiro que os meus pais me emprestaram eu vou-lhes dar e depois ganho.

Aluno LT: Eu faço pulseiras de elásticos e às vezes também vendo.

Aluno TM: Boa ideia! Eu e a minha irmã também fazíamos muitas pulseiras de elásticos, tenho uma caixa assim deste tamanho (exemplificando com as mãos), também podia vender.

Aluno IC: Até podias oferecer, na compra de dois sacos de pipocas uma pulseira de oferta! (risos)

Como consequência destas intervenções um novo termo foi referenciado – investimento. Foi explicado aos alunos que quando aplicamos uma determinada quantia de dinheiro em prol da obtenção de lucros, chamamos de investimento. A PE tirou partido do exemplo fornecido pelo TM para explicar de forma mais prática este conceito.

Relativamente às últimas duas questões colocadas os alunos demonstraram ter conheci- mento de que há várias moedas diferentes e que a usada em Portugal é o Euro. O aluno RD revelou um conhecimento mais completo referindo que “antes era o escudo”. Por sua vez o aluno LT acrescenta: “O meu pai já me explicou uma vez que antes, quando era o escudo, os

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outros países tinham todos moedas diferentes, mas que depois muitos países passaram a ter a mesma moeda, quando foi o euro”, mas apenas o aluno TM soube exemplificar um outro país com a mesma moeda oficial, destacando o caso de Espanha.

Figura 63 – Diapositivo para discussão em grupo – ANEXO 26

Terminada esta primeira exploração seguiu-se para a página online do Guito (Figura 64).

Figura 64 - Exploração da página online Gerir e Poupar Retirado de: http://www.gerirepoupar.com/guito/

Esta personagem, o Guito, questionou os alunos sobre as moedas existentes e todos sou- beram enumerá-las. Não obstante, o facto de o terem feito em conjunto, impede uma clara audição na vídeo-gravação, por forma a compreender corretamente todas as moedas referidas. Consegue, contudo, compreender-se que iniciam a listagem com a moeda de um cêntimo e ter- minam com as notas de 500€.

Foi de seguida explorada uma imagem com as moedas e notas e os alunos conseguiram identificar cada uma. Por fim foi realizada uma pequena tarefa, na mesma página online. Pri- meiramente era indicado o que se podia adquirir com cada uma das notas e moedas e depois pedia aos alunos que escolhessem a opção de troca correta (Figura 65). Todos souberam iden- tificar a troca correta referindo que a segunda opção perfazia um total de 600€. O mesmo foi realizado para as restantes notas e moedas e os alunos demonstraram destreza nas contagens de dinheiro. Apenas o aluno BF não conseguiu responder acertadamente ao exemplo fornecido na Figura 66.

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Figura 65 - Exemplo da tarefa proposta pela página online

Figura 66 - Exemplo errado pelo aluno BF

Os exercícios propostos pela página vão-se tornando mais complexos, contudo a grande maioria dos alunos conseguiu responder acertadamente. Quando se trata da moeda de 20 cên- timos o Guito refere que por ser uma quantia muito baixa pouco se pode adquirir, contudo sali- enta que várias destas moedas podem por exemplo comprar um gelado de 1€. A questão já é em torno da quantidade necessária de moedas de 20 cêntimos para perfazer 1€. O mesmo pro- cedimento se repete para todas as moedas de inferior valor.

Apesar de se considerar que as últimas trocas a efetuar eram mais complexas, a maioria dos alunos respondia rapidamente sem necessidade de grande reflexão, apenas as moedas de 5, 2 e 1 cêntimos causaram maiores dificuldades, exigindo um maior tempo para pensar.

Seguidamente, visualizaram a página online do Banco Central Europeu verificando que nem todos os países pertencentes à União Europeia têm como moeda oficial o Euro. A PE listou todos os países em jeito de curiosidade, pois não foi nunca objetivo que os decorassem. A ideia

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central era a de que compreendessem que fazemos parte de um grupo de países, de uma união de países com uma mesma moeda oficial e que o facto de se chamar União Europeia não signi- ficava que todos os países membros tinham a mesma moeda.

A PE explicou que não obstante a moeda oficial ser a mesma, cada país escolheu imagens características para o verso das moedas. Alguns alunos manifestaram ter conhecimento desta especificidade provavelmente porque já haviam contactado com moedas com versos distintos. Terminada esta exploração seguiu-se mais uma leitura e respetiva exploração da história “Pagar na mesma moeda” (MEC, 2015) (ANEXO 20). Previamente à leitura da história os alunos demonstraram dúvidas relativas ao significado do título. Neste sentido a PE pediu-lhes que ou- vissem primeiro o conto e no final voltariam à questão do título. É certo que no final os alunos compreenderam a mensagem que tal expressão queria dizer.

Aluno CP: Imagina que eu faço alguma coisa ao aluno RD e que ele não gosta, por exemplo, tiro- lhe a borracha. Ele depois vai pagar com a mesma moeda e vai-me fazer a mim também alguma coisa que eu não gosto.

O texto lido, sobre meios de pagamentos, fez com que os alunos ficassem despertos para as muitas informações fornecidas. Deste modo, após uma breve exploração de alguns conceitos contidos no texto visualizou-se um vídeo, “Como surgiu o dinheiro” da autoria da Deco Jovem (ANEXO 21) para complementar e consolidar a informação fornecida na história. O vídeo foi visualizado apenas durante 1’12’’, a parte mais relevante no âmbito das informações que se pretendiam transmitir. O vídeo passou duas vezes de modo a garantir que a mensagem era mais bem compreendida e deu-se especial ênfase à evolução histórica da moeda: como se adquiriam os bens antes de existir dinheiro e que fases lhe seguiram até aos dias de hoje.

Tarefa 8 – Exercício de correspondência

Desta exploração (filme visualizado) surgiu a T8 (MEC, 2015) na qual os alunos deviam fazer corresponder a cada imagem a denominação correta. Considera-se que esta exploração decorreu de forma simples, sem complicações e com grande êxito, o que se constata no Quadro 24. O uso de um estímulo visual permitiu os bons resultados. Acredita-se que caso não fossem usadas imagens e apenas fosse pedido para colocarem por ordem cronológica as etapas da evo- lução da moeda os resultados seriam diferentes.

Quanto aos erros assinalados crê-se que se prendem sobretudo com as diferenças, quer a nível comportamental, quer a nível cognitivo. Este tema foi apenas explorado nesta sessão e é natural que nem todos os alunos tenham a mesma capacidade de retenção.

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Esta atividade é também uma prova de que as aprendizagens devem ser trabalhadas ao longo do tempo. O número de respostas corretas não pode ser visto como uma aprendizagem consolidada. Seguramente que se à data desta escrita se voltasse a aplicar a mesma tarefa, tendo em conta que provavelmente não voltaram a trabalhar estes conhecimentos, o número de resposta erradas poderia ser mais elevado.

Respostas corretas Respostas erradas

Tro ca Dir eta 19 0 Mo ed a Me r- cad o ria 18 1 Mo ed a Me - tá lic a 17 2 Pa p el -Mo ed a 18 1 Cartã o d e d éb ito 19 0 Quadro 24 - Resultados da T8

Surgiu desta tarefa o mote para a visita de um funcionário bancário. Prestes a terminar a sessão a PE informou os alunos da visita que iriam receber e o que se esperava que fizessem. Foi pedido aos alunos que, em casa, pensassem sobre algumas questões que gostassem de es- clarecer com a convidada.

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