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CAPITULO I – AS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS NA SOCIEDADE

1.3. Vigilância, controle e exposição

A intensificação do uso da rede mundial de computadores nos diversos setores sociais e econômicos faz com que a sociedade contemporânea esteja sendo caracterizada muitas vezes como uma sociedade de vigilância, em que novas formas de controle surgem diariamente. Nesta perspectiva, para Deleuze (1998), o avanço tecnológico e o crescimento das redes digitais têm feito com que a sociedade atual esteja vivenciando um momento de transição entre a “sociedade disciplinar” (Foucault, 1977) e a sociedade do controle. Isso porém não significa dizer que as tecnologias sejam determinantes, pois a sua utilização vai depender de outros aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos.

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As idéias relacionadas à vigilância, controle e disciplina já fazem parte do pensamento e das ações humanas há muito tempo, muito antes do desenvolvimento das TIC. Um dos primeiros filósofos a sistematizar aspectos relacionados ao controle disciplinar foi Jeremy Bentham (1748-1832), em 1787, quando escreveu sua obra O Panóptico. Esta denominação refere-se a uma casa de inspeção baseada num princípio de construção que pode ser aplicado a qualquer estabelecimento, no qual as pessoas são submetidas à vigilância absoluta. Na descrição de Bentham, o que torna o processo disciplinador eficiente é o fato das pessoas terem a sensação de que estão sendo constantemente vigiadas. A forma como o Panóptico foi projetado contribuiu para que as pessoas se sentissem estar sendo a todo momento inspecionadas. Por este motivo, ele é tido como um sistema eficaz de vigilância.

Além de Bentham, outros autores, embora numa perspectiva ficcional, como Huxley (1989) e Orwell (1983) também analisaram a sociedade moderna sob o aspecto da vigilância e do controle como formas de manter os indivíduos “domesticados” e obedientes ao grupo no poder. O conteúdo presente nas obras desses autores contraria a imaginação de More (2002) e Bacon (1984)22, que idealizaram uma nova sociedade num lugar melhor e com uma vida de felicidade, tendo nas tecnologias o suporte para suas utopias.

O que muda na sociedade moderna a partir das características panópticas que permitem a vigilância e o controle? Segundo Foucault (1977), o castigo, que na antiguidade era físico, passou a ser a tortura mental. O indivíduo vigiado de maneira ininterrupta muda seu comportamento ‘indisciplinado’ para obedecer aos padrões impostos por parte daqueles que estão exercendo o controle. Foucault sugere que a partir do panoptismo um novo tipo de sociedade começou a emergir. Uma sociedade onde poucos vigiam muitos. Essa nova forma de vigilância, porém, não fica restrita apenas ao ambiente prisional, pois o princípio do panoptismo foi transportado para outras instituições sociais como a escola, o hospital, as fábricas e a igreja.

Mathissen (1998) lembra, no entanto, que, apesar de Foucault ter feito uma ampla análise da vigilância na sociedade moderna, não considerou os meios de comunicação de massa como um mecanismo de vigilância, pois isso o teria levado a modificar a sua imagem de sociedade. Mathissen acredita, então, que os meios de comunicação de massa

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A obra Nova Atlântida é um curto e inacabado fragmento do último trabalho de Bacon, escrito em 1627. Nesta obra ele descreve uma sociedade na qual são concedidos todos os poderes àqueles que se dedicam à pesquisa científica e à experimentação para que o homem, conhecendo a natureza, possa dominá-la e assim alcançar um estado de pleno bem-estar e de satisfação dos seus desejos.

criaram o “Sinoptismo” onde muitos (a sociedade) vigiam poucos: “os Vips, os repórteres, as estrelas, quase uma classe nova na esfera pública” (p. 82). Desta forma, este autor acrescenta a constatação de que o panóptico e o sinóptico juntos irão exercer as principais funções de controle na modernidade, principalmente com o desenvolvimento tecnológico, pois hoje há

um grande número de consumidores assistindo televisão sinopticamente, pedindo e pagando pelos artigos anunciados, como também empreendendo várias outras transações econômicas, enquanto os produtores de mercadorias pesquisam em todo o mundo panopticamente, controlando a capacidade dos consumidores de pagar e assegurando a efetivação do pagamento, ou mesmo interrompendo a transação, em caso de possibilidade de insolvência (idem, p. 87).

Nesta perspectiva, podemos questionar a quem a vigilância está protegendo? O cidadão ou o empresário dono do capital e grande investidor financeiro? É claro que seria ingenuidade acreditar que os sistemas de controle estão disponíveis para a proteção da população em geral. Na verdade, esses sistemas vigiam e protegem o capital de possíveis ameaças. Porém ao instalar câmeras de vigilância em locais públicos, divulga-se que isso é para a segurança de “todos”, mesmo sem saber se “todos” aprovam ou autorizam a disseminação da sua imagem. Embora, se tiverem que escolher entre a sensação de mais segurança e a invasão de privacidade, as pessoas acabem admitindo que, em nome da primeira, abdicam de ter a sua privacidade preservada.

Na obra 1984, Orwell descreve uma sociedade onde as pessoas são constantemente vigiadas por teletelas que controlam seus passos independentemente da sua vontade. A vigilância constante era uma forma de expor as pessoas e de obrigá-las a seguir um comportamento padrão imposto pelo Partido/Estado, que era tratado como o Big Brother23 (o grande irmão).

Ao contrário das previsões feitas por Orwell, a sociedade atual vive um estágio de publicização da privacidade nunca antes observado em outros períodos da história da humanidade. As TIC hoje propiciam rapidamente a divulgação de qualquer fato, acontecimento, imagem ou informação por todo o planeta em milésimos de segundo.

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O programa Big Brother da TV Globo apresenta uma inversão em relação à vigilância, controle e exposição a que se referia Orwell. Isso pode ser notado no grande número de candidatos para participar desse programa. Estas pessoas demonstram estarem a fim de se expor, ao contrário do que acontecia com os personagens do livro 1984. A exposição na TV Globo inclui aspectos comerciais que trazem um retorno ao participante do programa, ao passo que a exposição descrita por Orwell não tinha nenhum caráter comercial, pois tratava-se de uma imposição por questões políticas.

Os sofisticados sistemas de vigilância com câmeras digitais para o registro de imagens e sons fazem parte do cotidiano de uma população que vive a cada dia mais vigiada. A invasão de privacidade ganha legitimidade em nome da segurança ao se acreditar e divulgar que quanto maior for a vigilância eletrônica maior será a segurança de todos. Por outro lado, a televisão exibe programas no estilo reality show, onde milhares de pessoas disputam uma vaga para deles participar, querendo a todo custo aparecer, sair do anonimato, ou mesmo conseguir um futuro contrato de trabalho. Qual seria, hoje, o motivo pelo qual as pessoas estão buscando cada vez mais aparecer na mídia? Por que pessoas estão fotografando, filmando ou relatando a sua própria vida na internet24 ?

Ao fazer uma análise do comportamento social das pessoas na atualidade não podemos nos colocar como deterministas tecnológicos, achando que a causa das mudanças comportamentais são as TIC, pois neste caso poderíamos correr o risco de nos tornarmos ‘ludditas’25. O que não é o caso, pois não é a tecnologia que modifica o comportamento humano, mas é ou deveria ser o homem que utiliza a tecnologia para atender aos seus interesses. Neste sentido, Castells (2003a) ressalta que “a internet é um instrumento que se desenvolve, mas que não muda os comportamentos; ao contrário, os comportamentos apropriam-se da internet, amplificam-se e potencializam-se a partir do que são” (p. 273).

As tecnologias oferecem inúmeras possibilidades, cabendo a cada pessoa, comunidade ou instituição decidir de acordo com seus interesses e necessidades qual a utilização que lhe será dada. No entanto, é necessária a instituição de instâncias que estejam acima da mera vontade individual. Por este motivo, reside aqui a importância e a necessidade de políticas públicas que garantam a participação coletiva de diferentes grupos sociais no acesso às TIC de forma interativa, oportunizando aos indivíduos serem produtores de conhecimento e não apenas consumidores de informação.

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Os diários virtuais conhecidos como blog e fotolog são atualmente um exemplo de exposição da vida privada na Internet, conforme discutiremos mais adiante.

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Na primeira revolução industrial a inserção de máquinas no processo de produção ocasionou um grande desemprego que revoltou os trabalhadores ingleses. Desta forma, eles se organizaram e invadiram fábricas para quebrar as máquinas desencadeando um movimento conhecido como ‘luddismo’, devido ao nome do suposto líder do grupo Ned Ludd. Ao analisar este movimento, Marx (1987, p.490) aponta que “era mister tempo e experiência para o trabalhador aprender a distinguir a maquinaria de sua aplicação capitalista e atacar não os meios materiais de produção, mas a forma social em que são expostos”.

CAPITULO II

2. O POTENCIAL INTERATIVO DAS TECNOLOGIAS DA

INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO

A implantação de espaços públicos que possam garantir o acesso às TIC para a população é uma importante medida a ser tomada pelos órgãos governamentais. Contudo, não basta apenas garantir o acesso, é necessário preparar as pessoas para se apropriarem destas tecnologias de informação, comunicação e também de aprendizagens de maneira interativa e que lhes possibilite serem algo mais que usuários de tecnologias ou consumidores de informações.

Neste capítulo, estaremos apresentando algumas transformações tecnológicas presentes na sociedade contemporânea e as possibilidades de interatividade potencializadas pelas TIC, bem como a forma como aparecem na AllTV. Será dado relevo às categorias da virtualidade e da hipertextualidade por entendermos que ambas são importantes para o estabelecimento de uma interatividade no ambiente virtual da internet, aspecto que poderá propiciar indicação para a área da educação e, particularmente, para a sala de aula.

2.1 Primeiras aproximações

Nos últimos anos, a internet tornou-se o melhor meio de informação e divulgação de qualquer assunto, desde projetos educacionais a propagandas publicitárias. Ela é também uma grande rede de comunicação onde as pessoas interagem de diversas maneiras, superando a modalidade comunicacional tradicional. A web cria um ambiente informacional múltiplo em que as agências de notícias não são mais as

únicas a veicular informações, pois agora todos têm a possibilidade de ser também produtores de conteúdos. Desta forma, o diferencial da internet é que todos podem ser emissores e receptores.

O desenvolvimento das TIC e a disseminação da internet modificaram a maneira das pessoas comunicar-se, efetuar compras e pagamentos, estudar, pesquisar, orgazinar- se, informar-se e também divertir-se. A rapidez com que a internet se popularizou, alterando hábitos já existentes na humanidade há mais tempo, fez com que ela fosse considerada, segundo Castells (2003a), como mais que uma simples tecnologia transformando-se em “um meio de comunicação, de interação e de organização social” (p. 255). Hoje, muitas pessoas substituíram a escrita de cartas ou o uso de telefones pelo e-mail ou por mensagens trocadas instantaneamente em bate-papos restritos como, por exemplo, ICQ e MSN.

A história da criação da rede mundial de computadores teve seu início por volta da década de 1960 como um programa de pesquisa militar do governo americano. Porém, contrariando as expectativas militares, ela expandiu-se e consolidou-se de forma livre, através de uma rede interativa e aberta entre pesquisadores de diferentes países. Vale ressaltar que, no início, as empresas não acreditavam na viabilidade da internet e, por este motivo, não investiram em pesquisas nesta área. Castells (2003a) lembra-nos que, em 1972, a AT&T recusou-se a dar continuidade ao projeto da Arpanet (antepassada da internet) por achar que ela jamais seria um negócio rentável. Nesse mesmo sentido, mencionou o fato de o presidente da IBM ter declarado que, no ano de 2000, existiriam no mundo somente cinco computadores, todos IBM Mainframe, e que, por esta razão, não haveria necessidade de se criar computadores pessoais.

A internet foi sendo desenvolvida por pessoas que se interessaram por ela e que começaram a realizar pesquisas durante as suas horas de folga. Desta forma, um dos principais protocolos da Internet, o TCP/IP, criado no início da década de 1970 e utilizado ainda hoje, acabou sendo distribuído gratuitamente na rede, onde cada pesquisador ou técnico de informática podia ter acesso ao seu código fonte. O correio eletrônico surgiu a partir de mensagens trocadas entre pesquisadores internacionais, que compartilhavam e desenvolviam tecnologias em cooperação e de forma paralela. É neste sentido que, para Castells (2003a), “as tecnologias são produzidas por seu processo histórico de constituição e não simplesmente por desenhos originais da tecnologia” (p. 262).

Paralelamente ao desenvolvimento e difusão da internet no mundo, outras tecnologias foram criadas e adicionadas a ela num processo de interconexões e interação que passou a ser conhecido como convergência de mídias26. Hoje, usando apenas o computador conectado à Internet, podemos assistir televisão, ouvir música de rádio ou de CD, jogar, digitar textos, ler notícias de jornais de vários países, participar de videoconferências, enviar e-mails e conversar nas salas de bate-papo, entre outras tantas atividades possíveis de serem realizadas. Os telefones celulares também possibilitam acesso à internet (embora limitado), já existindo inclusive aparelhos de celular que tiram fotografias digitais e as enviam por e-mail.

Além das atividades acima citadas, existem outras que também possibilitam interatividade e que a cada dia tem aumentado o número de seus adeptos. Atualmente, uma novidade na rede têm sido os diários virtuais chamados de webloger27 ou simplesmente blog, como são mais conhecido pelos informatas. Os blogs são relatos escritos em forma de diários, que se tornaram uma mania na internet nesse início do século XXI por ser a maneira mais fácil de se publicar algo na rede. Criar um blog é algo simples e rápido, bastando para isso acessar um provedor gratuito que ofereça esse serviço. Uma nova versão do blog é o fotolog. Trata-se de um diário virtual fotográfico onde constantemente são publicadas fotografias e imagens significativas para o autor do fotolog.

No fotolog, ao contrário do blog, há poucos relatos escritos em forma de texto, pois o objetivo dele é apresentar fotos, desenhos e imagens, enquanto no blog são (des)escritos acontecimentos, fatos e informações. Numa rápida pesquisa28 feita num site de busca, pudemos constatar a existência de 23 milhões de blogs na Internet. Deste total, 437 mil são sites do Brasil. Nessa mesma pesquisa, observamos a existência de cerca de 789 mil fotologs, dos quais 120 mil são do Brasil29.

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A palavra convergência possui diferentes significados que não se restringem apenas à área da informática. Podemos constatar a presença deste conceito na física, na geometria, na lingüística e na oftalmologia. Ao analisar o significado do conceito de convergência, na especificidade da nossa pesquisa, percebemos que com as tecnologias digitais todas as mídias passaram a operar com bits, diferentemente do que acontecia anteriormente onde cada meio tinha seu próprio sistema de processamento e distribuição de sinais (Rabaça e Barbosa, 2001). Para Bianchetti (2001, p. 73), passamos a ter um predomínio da “gradativa convergência entre setores ou duas trajetórias tecnológicas, que (...) até a década de 60 do século XX haviam percorrido rotas próprias: a informática e as telecomunicações”.

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Para mais informações ver: Oliveira, Rosa Meire Carvalho de. De onda em onda: a evolução dos ciberdiários e a simplificação das interfaces. http://bocc.ubi.pt acessado em 29/07/2003

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Pesquisa feita no www.google.com.br em 31/01/2004

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Estes dados chamaram-nos a atenção para o fato de que a participação de brasileiros nesta modalidade é inversamente proporcional ao número de conexões, comparado-se com os outros países.

Os blogs passaram a ser utilizados por profissionais das mais diversas áreas, principalmente por jornalistas. Nem todos os jornais, no entanto, aceitam que seus repórteres tenham seus blogs, pois desta forma eles estariam sendo seus concorrentes diários na disseminação das notícias. Vale ressaltar que os jornais também têm sites onde, nem sempre, o acesso às informações é gratuito para qualquer visitante. Algumas notícias publicadas nos sites jornalísticos ficam restritas a assinantes. Se um jornalista disponibilizar uma informação no seu blog pessoal (que é de acesso gratuito), ele estará prejudicando os interesses empresariais do mercado da informação.

Apesar do blog ser uma espécie de diário, a escrita nele não é individualizada. Pelo contrário, há possibilidades de inserir outros integrantes, que poderão colaborar numa escrita coletiva. Os blogueiros30 acabam formando uma rede, ou talvez uma comunidade, como discutiremos mais adiante. Ao visitar um blog, é possível encontrar indicações (links) de outros blogs, formando um hipertexto de informações, uma teia, onde diariamente novos fios são tecidos com a entrada de novos participantes.

Diante desta potencialidade oferecida pela internet, percebemos que ela disponibiliza uma forma de comunicação horizontal e interativa, pois cada pessoa tem a possibilidade de criar um site próprio e divulgar as informações que desejar sem que haja uma avaliação ou um enquadramento editorial. Isto nos mostra que estamos diante de uma nova forma de produção e disseminação do conhecimento, que dispensa emissão de parecer avaliativo, aspecto que está a demandar acompanhamento e avaliação.

Tradicionalmente, para que livros ou artigos possam ser publicados, é necessário que sejam analisados por um conselho editorial, que irá aprová-los, rejeitá-los e/ou sugerir alterações antes da publicação. Na medida em que a rede oferece um espaço aberto para publicações, cada pessoa poderá disponibilizar, em seu próprio site, qualquer informação que ela mesma julgue pertinente. Desta forma, ao buscar informações na internet quais seriam os critérios adotados para considerar uma informação como verdadeira? Será que para uma informação ou conteúdo científico ser disponibilizado na rede é necessário que antes ele precise ser aprovado? Haveria uma distinção para a disponibilização de conteúdos acadêmicos e outros tipos de informação na rede?

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Percebemos que a utilização da Internet fez com que a comunicação de massa deixasse de ser o único meio de divulgação de conteúdos apresentados de forma padronizada. A facilidade oferecida pela Web para a divulgação de informações fez com que artistas, músicos e outros profissionais, que não possuíam espaço em outros meios de comunicação, passassem a usá-la para divulgar seus trabalhos e/ou vender seus produtos. O crescimento diário da Internet, porém, muitas vezes, dificulta o acesso a informações mais específicas, uma vez que cada página pode multiplicar-se em outras páginas, formando uma rede de redes. Nesta perspectiva, é importante verificar a credibilidade das informações publicadas. Para tanto, torna-se importante realizar pesquisas em sites que tenham confiabilidade como, por exemplo, as bibliotecas virtuais que muitas vezes são disponibilizadas por instituições de ensino reconhecidas.

Não basta, contudo, apenas usar sites confiáveis para realizar uma boa pesquisa. É preciso saber o que fazer com os dados coletados, e para isso é imprescindível ter uma educação que possa orientar para a utilização das TIC não somente como fontes informativas ou como ferramentas auxiliares no processo pedagógico, mas como potencializadoras na construção de conhecimentos. Esses conhecimentos, elaborados a partir da rede e de outras discussões com professores e alunos, precisam retornar à web para que ela, além de ser uma grande fonte de informação, possa constituir-se em fator desafiador para a construção e troca de saberes.

As tecnologias da informação e da comunicação são propiciadoras de processos como a virtualização, a hipertextualidade e a interatividade, que serão objeto de nossa análise a seguir.