Visitas técnicas

Os alunos veem uma importância na realização das visitas dentro da disciplina.

Em uma cadeira de modelagem, é interessante o conhecimento e entendimento da Geometria

dos processos construtivos, para que possa facilitar e melhorar os detalhamentos dos modelos

criados na fase de projeto. O (aluno 8) concluiu que a importância das visitas na disciplina

“Visaram intensificar os estudos de classe e levar os alunos a entender como ocorre na prática

o que é estudado em sala.”

A (aluna 1), inclusive, disse que esperava que houvesse mais visitas, quando ela

afirma que “Antes de cursar a disciplina, eu esperava que a gente fizesse mais visitas à obra,

eu esperava que, vamos supor, quando a gente estudasse a geometria construtiva de cada

processo, seja ele de alvenaria, um processo estrutural... porque a gente precisa disso para

construir um modelo virtual, a gente pudesse ver todo esse passo-a-passo em campo, sabe?”

60

O (aluno 6) citou que nas próximas turmas, fossem estimuladas um maior número

de visitas. Ele completa que “Minha sugestão é mais visitas porque pelo que eu conheço de

projeto, quanto mais próximo da obra, quanto mais próximo da realidade o projeto for, mais

bem utilizado, mais bem executado ele vai ser. Então entender melhor os impactos de cada

uma das modalidades de projetos envolvidos em numa obras. E isso só se faz com visitas.

Tanto visitas à obra, como visitas a escritório para entender a logística de trabalho BIM, a

metodologia de trabalho BIM.”

Visita a VMB Engenharia

A visita a VMB Engenharia ocorreu sem grandes problemas. A (aluna 1) gostou

da observação da relação entre a teoria dada em aula e a prática vista no escritório. Ela diz que

“foi bem proveitoso pra entender a estrutura, como é que se organizavam eles dentro do

escritório, que foi uma coisa que a gente viu em sala de aula. Foi muito bacana essa relação

entre teoria e prática, que eu queria ter visto mais na disciplina.”

O (aluno 5) falou que essa foi a visita preferida pois “foi uma visita feita numa

empresa que mexia com o Revit, que mexia com BIM, compatibilidade, o diretor teve bastante

paciência, explicou, mostrou os procedimentos, a gente conversou com o engenheiro, tiraram

as nossas dúvidas. Acredito que foi muito positivo essa visita.”

Um problema relatado foi à demora em o início da visita. Os alunos chegaram ao

local, mas demorou até começar a explicação por parte dos profissionais. A aluna deixa isso

evidente no trecho “a gente passou um bom tempo, acho que a gente chegou e não foi

rapidamente direto ao assunto. A gente demorou muito pra começar a ter a aula.”

Um fato curioso observado é que o (aluno 6) demonstrou desconhecimento sobre

a realização da visita ao escritório na entrevista. Ele afirma “Não tivemos a visita ao

escritório para poder conhecer as modelagens, os conceitos que foram usados, mas a prática

não foi tão infeliz porque a gente teve essa apresentação dessa casa, né? A gente entrou em

uma casa em construção e pode ver como que ela é realmente executada.” O que não foi

verdade, já que a visita foi realizada e o pesquisador deste trabalho esteve presente.

Isso pode evidenciar que não houve uma boa divulgação para os alunos das visitas

realizadas durante a disciplina.

61

Visita Smart City Laguna

A visita a Smart City Laguna recebeu bastantes reclamações por dois motivos: o

engenheiro que iria receber o grupo no canteiro de obra não poder ir e o professor da

disciplina não estava presente na visita. O primeiro problema era externo a UFC e a

disciplina, já que houve um contratempo com o profissional que iria receber o grupo. O (aluno

6) relatou o fato no trecho “a visita a Smart City laguna que poderia ter sido muito melhor se

não tivesse tido o problema do engenheiro que teve que se ausentar no dia da visita e acabou

enviando um corretor de imóveis.”

Os alunos reclamaram bastante da desorganização na realização da visita e da

falta da presença do professor. A (aluna 1) relata que “ eu acho que foi muito desorganizada.

Muito! Porque o ônibus levou a gente, o professor não foi conosco, a gente chegou lá, não

sabíamos o que íamos ver. O engenheiro não foi! Quem, gentilmente, porém despreparado,

teve que atender a gente, foi o corretor. E ele não sabia o que a gente estava disposto a ver lá

e queria analisar e a gente também não sabia o que ele poderia nos mostrar, então, ficou uma

coisa bastante desorganizada.”

O (aluno 7) evidenciou a falta que fez o professor da disciplina na visita, ele disse:

“se o professor tivesse lá também tivesse sido mais produtivo já que ele poderia fazer esse

paralelo com a metodologia BIM da cadeira com os métodos de construção lá e etc.”

A (aluna 2) não esteve presente na visita, mas relatou que o lhe foi comentado

pelo colegas; “o pessoal do meu grupo que foi pra essa visita não gostou muito não.

Justamente porque já é um inconveniente muito grade ir, não tinha ônibus, foi mó coisa, mas

eles acharam que podia ter sido mais proveitoso que lá não tinha ninguém por eles e o

professor também não foi.” A questão relatada em relação ao ônibus, foi o atrasado que

ocorreu para a chegada dele.

Apesar dos problemas inicias, a visita teve lados positivos, já que foi possível a

turma entrar em algumas casas em construção com sistemas construtivos diferentes dos

convencionais. Um engenheiro que estava no canteiro aceitou demonstrar para a turma o

processo construtivo. A (aluna 3) relatou esse fato dizendo “a melhor parte da visita foi

quando a gente passou em umas casas em construção e realmente o engenheiro que estava lá

falou sobre a construção de casas com parede de concreto. E foi bem interessante ver isso,

mas não teve nenhuma ligação com o BIM.”

Apesar de todos os problemas relatados, o (aluno 9) demonstrou ter gostado

bastante da visita no trecho: “Eu só consegui ir pra visita da Smart City e pra mim foi muito

62

bom porque a gente deu pra ter uma noção do que um projeto bem construído, bem pensado e

modelado, pode resultar numa execução de extrema eficácia. E pra mim, foi de extrema

importância essa visita.”